13 de setembro de 2013

PAPAGAIO-DO-PEITO-ROXO E ARAUCÁRIAS SÃO PRESERVADOS EM SANTA CATARINA

O Papagaio-de-peito-roxo e araucárias são as principais espécies preservadas no Parque Nacional das Araucárias, no Oeste de Santa Catarina. Criado em 2005, o local tem 12.841 hectares de mata preservada entre os municípios de Ponte Serrada e Passos Maia.

Um dos principais projetos desenvolvidos no Parque é para a conservação de papagaios-de-peito-roxo. Desde 2010 a espécie, extinta no local, está sendo reintroduzida na mata. A ave é uma espécie natural da região, porém, há 20 anos não era mais vista no local.
Desde então 43 aves foram soltas e são monitoradas periodicamente pelo Espaço Silvestre Instituto Carijós. Todas as aves foram apreendidas pela polícia em casos de tráfico de animais e passaram por diversos treinamentos de reabilitação. No dia 5 de setembro de 2013 o projeto comemorou um ano da soltura do segundo grupo de aves.

O período de reprodução é entre agosto e janeiro, e a esperança dos biólogos do projeto é que as aves já se reproduzam ainda este ano. Junto com o trabalho realizado com os animais, ainda é feito um trabalho na comunidade.
O objetivo é que todos se conscientizem de que não devem alimentar as aves e nem capturá-las. Além disso, está sendo implementado um trabalho com os moradores da região, para que desenvolvam um trabalho de artesanato ligado à temática dos papagaios. A renda será convertida para as famílias e os produtos ajudam a divulgar o projeto. “Estamos procurando patrocinadores para o projeto também, para que possamos continuar com os trabalhos de pesquisa e conservação”, explica Vanessa.
Mata de Araucárias

A Floresta Ombrófila Mista, conhecida como Mata de Araucárias, produz o pinhão, principal alimento da dieta das aves, e por isso, também precisa ser preservada. A Araucária também é conhecida com pinheiro do Paraná ou pinheiro-brasileiro. Mesmo ameaçada de extinção, ela cresce na presença de outras espécies e por isso constitui um subsistema. Estas árvores podem atingir alturas de cerca de 50 metros, com um diâmetro de 2,5 m e podem viver 700 anos.
De acordo com as informações do Parque Nacional, a floresta está reduzida a menos de 3% da área original e sobrevive nos planaltos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. A qualidade da madeira fez com que a araucária fosse explorada, principalmente a partir do início do século XX e estima-se que entre 1930 e 1990, cerca de 100 milhões de pinheiros tenham sido derrubados.
Existe uma lista de espécies da fauna que encontram-se atualmente ameaçadas pela redução da Mata de Araucárias, entre elas a Gralha Azul, o Papagaio-charão, o Papagaio-de-peito-roxo e o leão-baio. Espécies da flora, como Canela-amarela, Peroba e Xaxim, também estão ameaçadas.

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