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29 de outubro de 2013

SAPOS, RÃS E PERERECAS

Os anfíbios são animais que vivem parte de sua vida em ambiente aquático (fase larval) e parte em ambiente terrestre (adulto). No Brasil, ocorrem cerca de 800 espécies, sendo que o grupo mais diversificado é o dos anuros.

Os anuros compreendem animais sem cauda. Fazem parte desse grupo os sapos, pererecas e rãs. Esses seres são frequentemente motivo de medo e nojo por grande parte das pessoas, entretanto não há motivo para pânico. Vamos conhecer algumas características desses animaizinhos?


Os sapos são geralmente da família Bufonidae. Apresentam pele seca e áspera, sendo capazes de dar pequenos saltos. Frequentemente os adultos são encontrados em ambientes com pouca água, entretanto eles voltam para lagos e lagoas na época de reprodução. Eles possuem tamanho médio e não são usados na alimentação humana. 

Os sapos possuem uma glândula de veneno localizada próxima à região dos olhos. Vale destacar que não há motivo para pânico, pois, diferente do que muita gente pensa, eles não lançam veneno. A substância tóxica só é liberada quando a glândula é pressionada, como quando o animal é mordido por outro. Entre as espécies de sapo brasileiras, podemos destacar o sapo-cururu (Bufo marinus).




Existem espécies de rãs em inúmeras famílias, mas podemos destacar a família Ranidae e Leptodactylidae. Esses animais são de tamanho médio a grande, sendo capazes de darem saltos longos que podem atingir mais de 1 metro de comprimento. Diferentemente dos sapos, gostam de viver próximos a lagos e lagoas. A pele é mais fina e úmida que a dos sapos e suas patas traseiras são longas. As rãs frequentemente são usadas na culinária.





Por fim, temos as pererecas, que, assim como as rãs, possuem representantes em diversas famílias, sendo uma delas a família Hylidae. Quando comparadas a sapos e rãs, ela apresenta tamanho muito reduzido. Sua pele é lisa e úmida como a das rãs, podendo ser diferenciada pelos seus dedos. Os dedos das pererecas possuem ventosas que permitem que elas literalmente subam pelas paredes. Essas ventosas são importantes, uma vez que elas possuem hábito arborícola. 

Agora você já sabe a diferença entre esses três tipos de anfíbios! Quando ouvir alguém falando que a rã é a fêmea do sapo, explique a diferença‼!

20 de abril de 2013

MELANOPHRYNISCUS ADMIRABILIS LUTANDO EM PROL DE SUA PRESERVAÇÃO E CONTRA A IGNORÂNCIA DE MUITOS

Nos últimos dias, temos acompanhado uma série de discussões sobre o 'atraso nas obras de uma hidrelétrica' por conta de um 'sapinho que cabe na palma da mão' e infelizmente a abordagem dada sempre coloca o pequeno anfíbio como vilão, quando na verdade seria justamente o contrário, a obra ameaçando o animal! 

Uma das reportagens mais comentadas foi a veiculada pelo site "Zero hora" (veja a reportagem aqui: http://tinyurl.com/bwtlcdp), que também comentou sobre outro sapo que emperrou outra obra e sobre o comentário do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a questão (veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Qzu-qrBQkPs).

Por conta disso, gostaríamos de divulgar essa Carta Eletrônica enviada ao "Zero hora".

Vale a pena parar para ler! 

"Carta eletrônica enviada a Zero Hora.

Caros editores e redatores da ZH,

É vergonhosa a postura da ZH perante o polêmico caso do licenciamento ambiental da PCH Perau de Janeiro e seu envolvimento com a espécie endêmica e ameaçada de sapo, Melanoprhyniscus admirabilis.
O texto foi construído de forma extremamente parcial, onde a posição técnico-científica, que possui amparo legal na constituição e na legislação ambiental brasileira, é reduzida a mera ideologia. Saibam que a conservação de uma espécie biológica é obrigatoriedade constitucional, sustentada por critérios científicos e éticos mundialmente reconhecidos. O Brasil peca por não reconhecer o valor de sua biodiversidade, a qual poderia estar aliada ao desenvolvimento e não impedindo-o, como frisa o texto de vocês. Os países desenvolvidos sabem muito bem desse ponto e a biopirataria ocorre desde sempre em nossas terras, com patentes de produtos de alto valor mundial (vide Captopril e o caso da Petunia exserta) sendo extraídos de nosso território. A biodiversidade é a grande riqueza nacional ainda não reconhecida.

Nosso modelo de desenvolvimento segue sendo o modelo colonial, onde somos o grande exportador de commodities (soja, minério de ferro, alumínio, celulose, etc), produtos sem grande valor agregado. Nessa lógica entram as obras do PAC, principalmente aquelas que constituem o setor energético. As empresas do setor eletrointensivo são as grandes consumidoras de energia elétrica em território nacional. As obras não estão a favor da população em geral. Os casos emblemáticos de Belo Monte e Pai Querê representam de forma quase caricatural essa situação.

Uma matéria que não menciona sequer um aspecto desse panorama maior e usa frases de tendência clara e alinhada com o empreendedor como "Animal raro emperra construção de usina no Vale do Taquari", "Um animal que cabe na palma da mão de uma criança ameaça a construção de uma hidrelétrica em Arvorezinha, no Vale do Taquari." e "Atrasada, a obra pode não avançar por colocar em risco de extinção do sapo que só existiria no Rio Grande do Sul." mostra claramente seu descompromisso com a verdade.

Pergunto-lhes:

- O animal emperra a construção de uma usina? Qual é o processo já estabelecido e qual é o interferente? A espécie existe há milhões de anos. A hidrelétrica é a novidade que deveria estar sendo contestada e repensada. Não só pelos problemas ambientais, mas sua proposta deveria ser alvo de um pensamento crítico mais criterioso. Para quem vai essa energia? Para quem serve esse investimento? Sabiam que a produção energética da usina (1,8 MW) é inferior a um ÚNICO aerogerador moderno (2 MW)?

- O tamanho do animal é proporcional à sua relevância ecológica? Essa é a ideia que o texto parece passar...

- A obra não está atrasada. A realidade é que a lei concebe a possibilidade de a obra NÃO SE CONCLUIR. Sim, isso é possível, de acordo com as leis de Licenciamento Ambiental.

Encerro reafirmando o imenso descontentamento do setor acadêmico e científico com a equipe de reportagem da ZH no tratamento dado a esse caso. Fica evidente a posição vergonhosa do veículo. A Zero Hora, mais uma vez, presta um desserviço à população, fornecendo conteúdo claramente tendencioso. Qualquer um com um mínimo conhecimento de psicologia de massas e retórica sabe reconhecer o mecanismo de uma estratégia de manipulação e devo afirmar que, nesse quesito, os senhores fizeram um bom trabalho."

Texto de Paulo Barradas

7 de abril de 2013

SAPOS SÃO SERES INOFENSIVOS E MUITO FOFOS!!!


Essa foto é para desmitificar as histórias que cresci ouvindo e que ainda ouço sobre sapos.

# Eles não esguicham veneno, o par de glândulas paratóides (produtoras de toxina) ficam atrás dos olhos e só liberam o "veneno" se forem pressionadas.
# Eles não urinam veneno e sim "xixi" mesmo. O seu xixi é venenoso?
# A pele deles não é venenosa, apenas "geladinha " e rugosa.
# Eles não dão "cobreiro" ou alergias.
# Eles não mordem nem arranham.

Sapos são anfíbios inofensivos, que tem fundamental importância no equilíbrio dos ecossistemas, devido à seu papel nas cadeias alimentares. Ele controla o tamanho das populações de insetos e outros pequenos invertebrados.

Sapos respiram por pulmões pouco desenvolvidos e através da pele (respiração cutânea), necessitam de água para reprodução e dependem de ambientes úmidos e sombrios para sua sobrevivência, já que são bastante suscetíveis à desidratação.

Não ponha sal ou álcool sobre os sapos, eles poderão morrer desidratados ou sofrer graves queimaduras. Isso é crueldade!

Não mate os sapos! Você prefere ter um sapo inofensivo no seu quintal ou diversos insetos transmissores de doenças dentro de sua casa?

Ensine seus cães e gatos a conviverem com sapos, a fim de que não desfiram mordidas e ataques sobre ele.

Ignorância é o desconhecimento de alguma coisa. Ignorância gera medo, e o medo gera atitudes irracionais. Não seja ignorante! Preserve os sapos, rãs e pererecas!