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16 de março de 2020

COMO ABORDAR CORONAVÍRUS E OUTROS VÍRUS COM A TURMA?

O novo coronavírus (2019-nCoV), até então desconhecido, chamou atenção do mundo já na primeira semana de 2020 pelo alto número de casos. Além da abordagem de saúde pública que pode render discussões para a comunidade escolar, o tema pode ser tópico para desenvolver habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em Ciências, Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. “É o tipo de conteúdo que dá para ser abordado em todas as séries. Ele é relevante e pode ser facilmente trabalhado de forma interdisciplinar”, afirma a professora Maria Cristina Muñoz, da EM Coronel Ladislau Leme, em Bragança de Paulista (SP), e membro do Time de Autores de NOVA ESCOLA. 


O grupo viral do coronavírus

Conhecidos desde os anos 1960, o grupo viral do coronavírus inclui doenças como a Sars e a Mers. Relembre e compare as epidemias:



Ao fim do mês de janeiro, o novo viral da família coronavírus já tinha mais de 8 mil casos registrados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A maior parte está localizada na China, mas 18 países já registram infecções pelo novo coronavírus, que é disseminado de pessoa para pessoa e causa infecções respiratórias leves a moderadas que podem levar à morte. Até o final de janeiro, o número de vítimas do novo grupo viral (360 pessoas) já superou a do Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave), que entre 2002 e 2003 levou 349 pessoas a óbito.


Sugestões de como trabalhar o tema com a sua turma

Em Geografia, a partir de mapas que indiquem os países contaminados pelo coronavírus é possível construir análises sobre a transmissão de epidemias. Comparações, por exemplo, entre a disseminação de vírus em épocas passadas e hoje, com o desenvolvimento dos transportes e a possibilidade de que o vírus atravesse o mundo em um curto espaço de tempo, são uma opção. Para quem busca informações atualizadas sobre os países, números de infectados, mortos e sobreviventes pelo coronavírus, a Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, criou um mapa dinâmico com esses dados (em inglês). Clique aqui para acessar. Sites como o Infogram e o próprio Excel permitem criar gráficos de mapas.

Além disso, a pesquisa de outras epidemias que ganharam o mundo no passado pode ser uma atividade associada ao componente curricular de História, enquanto os mesmos dados rendem análise de dados estatísticos em textos, tabelas e gráficos em Matemática.

Em Língua Portuguesa ou Língua Estrangeira, é possível aproveitar para debater o efeito das fake news; explorar a busca de informações e dados, argumentos e outras referências em fontes confiáveis; e a produção de textos que colaborem para a construção de habilidades listadas na Base Nacional Comum Curricular.

As competências gerais da BNCC também devem ser contempladas nessas atividades. O pensamento científico, o autocuidado e a responsabilidade social podem ser abordados dentro da prevenção do coronavírus e outras doenças virais. “O professor tem 40 alunos em uma sala de aula, então é preciso trabalhar com esses estudantes suas atitudes e hábitos”, diz Leandro Holanda, mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e autor do curso de NOVA ESCOLA “STEM: Estratégias para aplicar nas aulas de Ciências”.

As recomendações oferecidas pela OMS são básicas e servem para prevenir a transmissão de infecções respiratórias agudas. Lavar as mãos sempre, cobrir nariz e boca ao tossir, manter os ambientes ventilados e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença são algumas das medidas. Como as atividades de higiene são mais frequentes na Educação Infantil, o professor desta etapa pode aproveitar esses momentos para conversar com os pequenos sobre seus hábitos e os cuidados a serem tomados.



Cuidar e ensinar são indissociáveis na Educação Infantil 

A professora Karina Rizek, autora do curso “Rotina das crianças: momentos de higiene”, aponta que ao levar as crianças para lavar as mãos, atividade feita frequentemente durante o dia, é possível contemplar quatro campos de experiência previstos na BNCC: 

- Eu, o outro e o nós; 
- Corpo, gestos e movimentos;
- Escuta, fala, pensamento e imaginação
- Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações 

“É importante entender que esse momento de higiene e alimentação é um momento de garantia da aprendizagem, para que assim, a gente possa olhar para os objetivos de aprendizagem e os campos de experiências com cunho pedagógico”, afirma Karina. Saiba também como aplicar os objetivos de aprendizagens com os pequenos aqui!


Outra oportunidade é transformar o assunto em uma sequência de aulas maior e falar também sobre a questão da vacina, o movimento antivacina e as consequências disso para doenças que já são erradicadas, isso está previsto na habilidade 10 de Ciências para o 7º ano. “Pesquisadores já disseram que estão produzindo uma vacina contra o coronavírus, então dá para utilizar esse tema também”, afirma Holanda. 




O que a BNCC prevê?

Tanto no Ensino Fundamental 1, como no 2, a Base propõe trabalhar habilidades em temas como saúde pública e transmissão de microrganismos (como os vírus). No 7º ano, por exemplo, é possível expor as questões de saneamento básico e políticas públicas destinadas à saúde.



Precisando de uma inspiração para tirar essa aula do papel? Confira nossos planos de aula sobre o tema alinhados à BNCC:



O objetivo dessa sequência didática é trabalhar com os alunos as formas de transmissão de alguns microrganismos e as medidas de prevenção. Veja todos os planos de aula que integram a sequência: 




Voltado para alunos do 7º ano, o material trabalha a importância da vacinação para imunização contra os vírus e usa diferentes tipos de análises para levar o tema para sala de aula. Confira abaixo os planos que compõem a sequência didática:




Explicando sobre fake news



Fonte: Nova Escola

VÍRUS: CONHECENDO E PREVENINDO DOENÇAS PROVOCADAS POR VÍRUS

Conteúdos:
Doenças causadas por vírus: contágio e prevenção

Objetivos:
  • Identificar as principais doenças provocadas por vírus.
  • Compreender os mecanismos de prevenção de algumas doenças provocadas por vírus.


1ª Etapa: Obtendo informações

a) Assista com seus alunos o vídeo “Vírus: inimigos da humanidade”, produzido pela Discovery Chanel. O vídeo apresenta algumas informações sobre as características dos vírus, algumas doenças provocadas por esses seres e o histórico sobre o desenvolvimento das vacinas. Está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=lDSAUlUkJ4k.

Oriente os alunos que, após assistirem ao vídeo, irão responder algumas questões.


b) Providencie cópias ou redija na lousa as seguintes questões sobre o vídeo assistido:

1) Qual a origem da palavra vírus?

2) Quais os tipos de doenças provocadas por vírus citadas no vídeo?

3) Qual o tipo de instrumento que permite a observação dos vírus, já que estes são seres minúsculos?

4) Por que os vírus não podem se reproduzir sem atacar uma célula?

5) Qual é a origem das vacinas?

6) Divida a turma em grupos de no máximo 4 alunos, distribua as cópias (ou peça a cópia da lousa) e solicite que discutam e respondam às questões.




2ª Etapa: Socializando informações
Com a turma reunida, corrija a atividade da etapa anterior, solicitando a cada grupo que apresente os resultados da discussão. 


3ª Etapa: Navegando na internet em busca de informações
No laboratório de informática, solicite que cada grupo, formado na 1ª. etapa, pesquise sobre as doenças provocadas por vírus. Cada grupo deverá pesquisar os seguintes itens para 5 doenças:

1) Nome da doença

2) Formas de contágio

3) Medidas de prevenção

Oriente os alunos a obter essas informações em sites confiáveis da internet. Indique os sites sugeridos no item 3 do tópico “Para saber mais…”. Cada grupo deverá entregar um relatório sobre a pesquisa realizada. OBS: A 4ª. etapa só deverá ser desenvolvida após a correção dos relatórios e devolutivas aos alunos.


4ª Etapa: Trabalhando com esquetes
a) Com a turma reunida, explique, em linhas gerais, o que é uma esquete. Esquete é uma peça de curta duração, geralmente de caráter cômico, produzida para teatro, cinema, rádio ou televisão. O termo em Inglês com o mesmo significado é “sketch”.Cada esquete tem cerca de 10 minutos de duração. Os atores ou comediantes possuem forte capacidade de improvisação. Os temas para os esquetes são variados, mas geralmente incluem paródias sobre política, cultura e sociedade. (http://www.significados.com.br/esquete/). Assista com os alunos ao vídeo indicado no item 4 do tópico “Para saber mais….” que é um exemplo de esquete.


b) Solicite a cada grupo, formado na 1ª. etapa, a escolha de um dos vírus pesquisados na 3ª. etapa e a elaboração de uma esquete que deve ter como principal objetivo informar as pessoas, de uma forma engraçada, as principais formas de prevenção do vírus escolhido.Oriente os alunos que cada esquete deverá ter, no máximo, 3 minutos.





5ª Etapa: Apresentação das esquetes
Essa etapa está reservada para a apresentação das esquetes elaboradas pelos grupos. Reserve alguns minutos para fazer a devolutiva (avaliação) das esquetes elaboradas por cada grupo. 


PARA SABER MAIS...

1) O vídeo “Vírus: inimigos da humanidade” parte 1, produzido pela Discovery Chanel apresenta algumas informações sobre as características dos vírus, algumas doenças provocadas por esses seres e o histórico sobre o desenvolvimento das vacinas. Está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=lDSAUlUkJ4k.

2) Para obter maiores informações sobre as características dos vírus e as principais doenças causadas por esses seres acesse o link (OBS: O link demora para carregar).http://www.edicoessm.com.br/backend/public/recursos/Biologia_SP_capitulo.pdf

3) Sugestões de sites para a pesquisa sobre as doenças causadas por vírus: http://ciencias.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=13 e http://eveh.tripod.com/virus.html

4) Um exemplo de esquete humorística pode ser encontrada no link https://www.youtube.com/watch?v=1uBOlroAmRY&feature=related.



5 de fevereiro de 2020

AULAS LÚDICAS PARA O ENSINO DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS

Muitas vezes, nós, professores, ficamos restritos a ministrar aulas expositivas, fugindo pouco do quadro e giz. Algumas vezes essa escolha é baseada na comodidade, uma vez que essas aulas são mais fáceis de elaborar. Entretanto, o aprendizado obtido por meio dessa metodologia é bem inferior quando comparado ao de outras.

Na Biologia e Ciências, por exemplo, frequentemente lidamos com temas que não despertam a curiosidade dos alunos. Processos e nomes complexos tornam a aula facilmente desmotivante e de difícil assimilação por parte dos alunos. Sendo assim, procurar metodologias diferentes é essencial para melhorar o aprendizado em sala de aula.

Diante dessa realidade, é cada dia mais comum o uso de atividades lúdicas em aulas de Biologia, Ciências e também de outras disciplinas. Chamamos de atividades lúdicas aquelas que estimulam e causam prazer nas pessoas que estão envolvidas, tais como jogos e brincadeiras.

A utilização dessas atividades pode contribuir positivamente para a construção do conhecimento do aluno. Os jogos, por exemplo, fazem com que os estudantes sejam desafiados e busquem as respostas para determinado problema. Além disso, fazem com que eles aprendam a interagir, ajudem o colega e também respeitem regras. As atividades lúdicas também atuam estimulando a criatividade e melhorando a autoestima.

Outro ponto importante dessas atividades é que elas tornam a rotina escolar mais leve e com menos pressão. Ao preparar-se para uma prova, por exemplo, o aluno está sob pressão de conseguir boas notas, o que faz com que o estudo seja obrigatório. Quando estamos brincando, por outro lado, não existe o peso das notas e o conhecimento torna-se prazeroso. Sendo assim, é importante não tornar o jogo uma imposição, e sim uma atividade que todos queiram participar.

É importante destacar que as aulas lúdicas necessitam de grande dedicação do professor, que deve orientar a aula e guiar o aprendizado. Preparar a aula com cuidado e compreender os objetivos que devem ser alcançados são fundamentais para que a atividade tenha sucesso.

Outro ponto fundamental é deixar que os alunos divirtam-se e entreguem-se à atividade proposta. Se o professor ficar evidenciando a cada momento o que deverá ser aprendido naquela aula, o aluno perderá o interesse na metodologia aplicada. Sendo assim, o papel do professor é estimular a atividade e não deixar que ela perca o foco.

Diante da importância das atividades lúdicas para o ensino de Biologia e Ciências, separamos alguns exemplos de brincadeiras e atividades, são eles:















3 de fevereiro de 2015

PLANO DE AULA: CÉLULAS-TRONCO

Este Plano de Aula elaborado por Cristina Faganeli Seixas, utilizei com turmas de 8º ano, foi bastante proveitoso e significativo para os alunos.

Células-tronco



Objetivos: Incentivar a discussão e a análise crítica do uso científico das células-tronco. 

Comentário introdutório:
De modo geral, as células-tronco são apresentadas como uma promessa de resolução de doenças tais como diabetes, mal de Parkinson e de Alzheimer, alguns tipos de câncer, doenças degenerativas e cardíacas, etc. No entanto, estas e outras possíveis soluções ainda são, somente, uma luz no fim do túnel, pois as pesquisas se encontram em estágio inicial. De qualquer modo, já está consignado o direito, garantido por lei, de manipular embriões em busca de células-tronco. 

Materiais: Diferentes textos sobre o tema (veja sugestões abaixo). 

Estratégias:

1) O professor deverá trazer diferentes reportagens sobre o tema, espalhá-las sobre uma mesa e solicitar que os alunos escolham uma delas, leiam e registrem as informações principais. 

2) Dividir a sala em dois grupos e determinar um deles seja a favor do uso de células-tronco e outro contra. 

3) Os grupos discutirão as informações obtidas nos diferentes textos, anotando os argumentos favoráveis ao seu ponto de vista, que deverá ser posteriormente defendido. 

4) Deixar os grupos discutirem aproximadamente por 10 minutos e anotarem seus argumentos para discussão posterior com o restante da classe. 

5) Organizar os dois grupos, um de frente para o outro. 

6) Deixar que cada grupo escolha um relator que anotará os argumentos utilizados durante a discussão, bem como um mediador para assegurar a postura dos alunos de seu grupo, bem como intervir quando ocorrer alguma eventual animosidade. 

7) A partir daí, terá início o debate. 


Sugestão: O professor poderá solicitar que os alunos redijam textos dissertativos em que exponham suas opiniões. 


2 de fevereiro de 2015

PLANO DE AULA: MAMÍFEROS

Objetivos:

1) Compreender, de forma simplificada, a história evolutiva dos mamíferos;

2) Estudar as características gerais dos mamíferos atuais;

3) Analisar as principais especializações dos mamíferos;

4) Estudar a diversidade de espécies dos mamíferos.



Comentários:

Mencione "animal" para alguém e provavelmente essa pessoa irá pensar em um mamífero. Isso acontece porque, além de pertencermos a esse mesmo grupo de animais, alguns mamíferos são comuns à vida da maior parte das pessoas. Tal fato, por si só, justifica o estudo dessa classe. Mas as razões para que o conhecimento acerca dos mamíferos seja fundamental é sua diversidade de formas e habitats - o que reflete uma incrível capacidade de adaptação.

Das mais de 50 mil espécies conhecidas de vertebrados, apenas cerca de 4.500 correspondem a mamíferos. Apesar disso, a diversidade da classe Mammalia é imensa: das profundezas dos oceanos até as mais altas montanhas, podemos encontrar espécies de mamíferos.
Procedimentos


1) Professor, inicie a aula pedindo para que cada aluno pense em um animal. Em seguida, conte quantos alunos optaram por um mamífero e, se desejar utilize o comentário acima para começar a abordar o tema dessa aula.

2) Para que os alunos compreendam a história evolutiva dos mamíferos, mesmo que de maneira superficial, é preciso que eles entendam a classificação dos crânios quanto às fendas temporais. É importante, em termos evolutivos, que os alunos saibam as diferenças entre os tipos de crânio. Para tanto, você pode utilizar as informações abaixo:

a) Crânio anápsido: sem fendas temporais. São exemplos os testudines (tartarugas aquáticas, terrestres e cágados).



b) Crânio diápsido: possui duas fendas temporais. Os animais viventes que possuem esse tipo de crânio são os lagartos, serpentes, tuataras, e aves. Muitos animais pré-históricos como o Tiranossauro, Velociraptor e arcossauros eram diápsidos.



c) Crânio euriápsido: apresentava uma fenda temporal superior e era o tipo de crânio dos plesiossauros.



d) Crânio sinápsido: possui uma fenda temporal inferior. São exemplos os animais ancestrais dos mamíferos, os Synapsida e os próprios mamíferos.



3) Em seguida, professor, utilize um cladograma como ferramenta para explicar a evolução dos mamíferos, de maneira superficial. Segue abaixo uma sugestão de imagem: 



4) Professor comente com os alunos que todos os mamíferos apresentam (ou já apresentaram em algum momento de sua evolução) as seguintes características, e explique-as:


a) Tegumento:

- Pelos e camada subcutânea de gordura: funcionam como um isolante térmico, pois dificultam a perda de calor para o meio externo. São importantes para a endotermia, ou seja, para a manutenção da temperatura corpórea. Além de ajudar a reduzir a perda de calor, os pelos desempenham outras funções como a camuflagem, distinção sexual e interações sociais. Muitas vezes animais como cães, lobos, ursos, e gatos sinalizam medo e agressividade ao eriçar os pelos. Quando uma pessoa sente arrepio (de frio, por exemplo), seus pelos se eriçam - essa é uma reação involuntária que tem a função de evitar a perda de calor. Muita gente sente arrepios ao passar por alguma situação estressante.

- Glândulas cutâneas: são as glândulas sudoríparas, sebáceas, odoríferas e mamárias. Apesar de todas as fêmeas de mamíferos apresentarem lactação, nem todas possuem mamilos e, essas glândulas são ausentes em machos marsupiais. O leite das fêmeas de monotremados (ornitorrinco e as equidnas) brota de poros na região ventral e escorre nos pelos.


b) Viviparidade: os mamíferos dão a luz a filhotes, ao invés de botar ovos - as únicas exceções são os monotremados.


c) Glândula hardeniana: associada aos olhos, essa glândula secreta uma substância oleosa que, chega às narinas. Então, os animais utilizam as patas dianteiras para espalhar essa substância em sua pelagem - isso cria uma barreira contra o frio e a umidade.


d) São difiodontes: apresentam apenas dois grupos de dentes substituíveis. Um bom exemplo disso, nos seres humanos, são os dentes de leite e os dentes permanentes.


e) Heterodontia: a dentição dos mamíferos é formada por diferentes tipos de dentes (caninos, incisivos, molares etc.).


f) Músculos da face: é um traço exclusivo dos mamíferos, pois são ausentes nos outros vertebrados. São esses músculos que permitem as expressões faciais. Obviamente o desenvolvimento varia entre as diferentes espécies.



5) Professor, agora comece a explicar sobre as principais especializações, ou adaptações dos mamíferos, e dê exemplos:

a) Quanto à locomoção: patas adaptadas para andar, correr, nadar, cavar, voar etc.

b) Respiração aliada à locomoção: o tipo de movimento realizado pelos mamíferos aumenta a eficiência respiratória, em relação aos répteis: 


c) Anexos tegumentares: unhas, cascos, garras.

d) Chifres e cornos.

e) Tipos de postura.

f) Tipos de alimentação e as adaptações relacionadas: herbívoros, carnívoros, onívoros.

g) a mandíbula dos mamíferos é formada por um único osso, ao contrário dos demais vertebrados, que possuem mandíbula de ossos múltiplos.



5) Professor, para começar a explicar a diversidade dos mamíferos, esclareça as principais diferenças entre os grupos da classe Mammalia: Monotremados, eutérios e térios.



6) Em seguida, proponha a leitura dos textos Mamíferos 1 e Mamíferos 2 para casa, com o seguinte questionário:

a) Cite seis ordens de mamíferos com seus respectivos exemplos.

b) É correto dizer que os mamíferos apresentam uma grande diversidade? Explique sua resposta.

c) Como é o cérebro dos mamíferos e quais as vantagens de suas características?

d) Cite dois exemplos de mamíferos e explique o modo de desenvolvimento dos filhotes dos grupos: monotremados, marsupiais, placentários.

e) Quais são as características do grupo dos mamíferos que você identifica em si mesmo? Quais você não possui?

f) Em qual momento da história da Terra os mamíferos se diversificaram? Por quê?



Texto: MAMÍFEROS 1

Mamíferos: Diversidade e capacidade de adaptação

Qualquer um que observasse a corrida da evolução cem milhões de anos atrás e tivesse que apostar no sucesso de algum grupo de espécies, dificilmente colocaria suas fichas nos mamíferos. Se hoje a zebra é um conhecido mamífero, na época os mamíferos eram uma grande zebra...

Afinal, no mundo dos tiranossauros e velociraptores, os mamíferos não passavam de lanchinhos rápidos à disposição dos terríveis predadores. Só que o tempo passou, os dinossauros também e aqueles bichinhos peludos, que estavam sempre fugindo ou se escondendo de algum réptil, se deram bem.


Da África ao Ártico

Quando viram o terreno livre, os mamíferos se espalharam por todo o planeta e se adaptaram a todos os ambientes. Das tórridas savanas da África às gélidas paisagens do Ártico, os mamíferos ocuparam terras, oceanos, rios e os próprios ares.

A razão desta adaptabilidade única entre os vertebrados, com similar próximo, mas não alcançado, nas aves, reside nas características típicas dos mamíferos - animais cordados, de sangue quente, cobertos por pelos, cujas fêmeas são capazes de produzir o alimento de seus filhotes, o leite.

Mamíferos, claro, são animais que mamam quando pequenos, uma tremenda vantagem evolutiva, uma vez que as mamães mamíferas são capazes de transformar suas reservas de gordura em alimento para os filhotes, garantindo a sobrevivência deles em condições de escassez de alimentos. Coisa que nenhum outro animal, vertebrado ou invertebrado, tem condição de fazer.


Animais de sangue quente

Além disso, como se disse, os mamíferos são animais de sangue quente, ou homeotérmicos, o que quer dizer que sua temperatura corporal é constante e não depende da temperatura externa.

Isto permite que os mamíferos habitem regiões nas quais os répteis em geral não sobreviveriam, uma vez que estes animais precisam aquecer-se ao sol para obter a energia necessária às suas atividades físicas. É por isso que existem ursos polares, mas não existem lagartos polares.


Nas águas e nos ares

A grande maioria dos mamíferos é terrestre, mas baleias, golfinhos e mamíferos fluviais como o peixe-boi representam bem o grupo pelas águas do mundo.

E se aves e insetos são mais comuns no céus, há pelo menos uma ordem de mamíferos representando a classe junto aos alados, os quirópteros, nome de família dos conhecidos, e nem sempre queridos, morcegos.

Existem por volta de 4.600 espécies de mamíferos, cuja diversidade pode ser constatada numa rápida olhada em algumas de suas principais ordens:
Ordem Monotremataornitorrinco, equidna
Ordem Dasyuromorphiadiabo da Tasmânia
Ordem Diprotodontiacoala, canguru
Ordem Xenarthrapreguiça, tatu, tamanduá
Ordem Chiropteramorcego
Ordem Primatalêmur, macaco, chimpanzé, mico, homem
Ordem Rodentiarato, hamster, esquilo, porco-espinho, castor
Ordem Lagomorphalebre, coelho
Ordem Insectivoramusaranho, toupeira, ouriço
Ordem Carnivoracão, lobo, felinos, urso, doninha, foca, morsa
Ordem Artiodactylaporco, veado, boi, bode, ovelha, camelo
Ordem Cetaceabaleia, golfinho
Ordem Perissodactylacavalo, anta, rinoceronte
Ordem Proboscideaelefante
Ordem Sireniapeixe-boi


Texto: MAMÍFEROS 2


Mamíferos: características


Poucas imagens podem dar uma ideia da diversidade de formas dos mamíferos, como se vê a seguir:


O ornitorrinco, da ordem Monotremata, tem bico, assim como os patos; o golfinho, da ordem Cetacea, é um mamífero aquático; o chimpanzé, da ordem Primata, é muito semelhante ao homem; e o morcego, da ordem Chiroptera, voa como os pássaros.

As diferenças entre os mamíferos não se limitam à forma. O estranho mas simpático ornitorrinco não se assemelha às aves apenas no bico de pato. Ele também se reproduz botando ovos, ao contrário da maioria dos mamíferos que geram seus filhotes por gestação placentária.


Diferenças e semelhanças

Nisso diferem também os marsupiais, como o canguru e o diabo da Tasmânia, cujas fêmeas não possuem placenta para nutrir os fetos, que assim completam seu desenvolvimento em uma bolsa, na barriga da mãe.

Mas se as diferenças entre os mamíferos são muitas, suas semelhanças preponderam. Todos os mamíferos possuem respiração pulmonar e um sistema circulatório onde um coração de quatro cavidades mantém separado o sangue arterial (que vem do pulmão e, portanto, rico em oxigênio) do venoso (que recebeu o dióxido de carbono das células). Nos répteis, anfíbios e peixes não há esta separação e o sangue arterial e venoso se misturam ao longo da circulação.



Cérebro e zelo

Os mamíferos são animais notáveis por mais duas características na qual se destacam entre todos os demais. Possuem cérebros grandes proporcionalmente às suas massas corporais, o que lhes confere melhor coordenação, memória e capacidade de aprendizagem e solução de problemas.

Também são pais zelosos por suas crias, zelo este que não é incondicional, mas que na maioria das situações e espécies sugere que o amor é um talento especial dos mamíferos.

Na espécie Homo sapiens sapiens, que nos define entre os mamíferos, as habilidades conseqüentes de um cérebro grande nos dotou de uma forma de inteligência que ultrapassa tudo que a natureza produziu antes (até onde sabemos, pelo menos).



Espécie humana

Podemos fazer muito mais que resolver problemas concretos, como encontrar o melhor modo de abrir um fruto ou usar grandes folhas para nos proteger da chuva, coisas que gorilas e orangotangos, primatas como nós, também conseguem fazer.

A inteligência humana se define por sua capacidade de abstração e imaginação. Também somos, entre todos os animais, os mais dispostos a defender e cuidar de suas crias.

Essas duas qualidades foram fundamentais para o homem se tornar a espécie dominante no planeta, o que significa que de certa forma, o que há de melhor em nós foi nossa sorte em aprimorar o que os mamíferos tem de melhor, um grande cérebro e um grande coração de quatro cavidades.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/

29 de janeiro de 2015

E AINDA NOS ACHAMOS SUPERIORES

O massacre de nove gorilas no Congo expõe os riscos de extinção da espécie



   O Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo, é o principal santuário dos gorilas-das-montanhas na África. Lá vive metade dos 700 animais da espécie que restam no mundo. Assim como os gorilas das planícies, mais numerosos, eles vêm sendo eliminados sistematicamente por caçadores e pela destruição de seu habitat.

   Os gorilas são hoje uma das 7.700 espécies de animais do planeta ameaçadas de extinção. Por esse motivo, e também pelos laços ancestrais que nos ligam aos grandes primatas, nossos parentes mais próximos na árvore da evolução, causou choque e revolta a execução sumária de nove gorilas do Parque de Virunga nos últimos sete meses.

   Os animais não foram mortos por caçadores profissionais, já que os corpos foram abandonados na selva, alguns deles parcialmente queimados. Além disso, foram encontrados junto a eles, vivos, dois gorilas bebês, que valeriam 10.000 dólares no mercado negro de animais selvagens.

   Os guardas do parque logo elucidaram a charada: os matadores foram capangas dos madeireiros e carvoeiros da região, impedidos de entrar na reserva para derrubar árvores e afeitos a barbáries desse tipo como forma de retaliação e intimidação.

   "O primeiro passo para proteger os gorilas-das-montanhas do Congo é colocar mais guardas nas reservas e demitir os guardas corruptos, aliciados pelos exploradores em troca de propina", disse a VEJA o paleontólogo queniano Richard Leakey, presidente do programa africano de conservação ambiental Wildlife Direct.

   A matança dos gorilas de Virunga não é um episódio isolado. Nos últimos dez anos, a eliminação de animais selvagens na África e na Ásia, por ação do homem, conheceu uma escalada sem precedentes na história recente.

   Em grande parte, ela se deve a um ciclo perverso que começa com a multiplicação de madeireiras, mineradoras e carvoarias instaladas nas florestas. A atividade extrativista reduz o habitat de muitas espécies - e essa não é a única ameaça que ela representa.

   O primeiro passo das empresas, ao ganharem concessões para explorar os negócios de mineração e madeira, é rasgar estradas para escoar sua produção. As estradas servem também para que os caçadores penetrem cada vez mais fundo na selva em busca de suas presas. "Praticamente todas as florestas tropicais da África e da Ásia são hoje cortadas por estradas", aponta a bióloga Elizabeth Bennett, da Wildlife Conservation Society.

   Os caçadores se multiplicam e se tornam mais ousados porque a caça de animais selvagens nunca foi um negócio tão lucrativo. A demanda por pele, dentes, presas e até pela carne dos animais da floresta é cada vez maior.

   Na Inglaterra, no ano passado, funcionários da alfândega apreenderam 163.000 produtos e objetos feitos com partes de animais selvagens, muitos deles ameaçados de extinção. O maior volume de apreensões foi de remédios da medicina oriental.

   O uso de tecidos, órgãos e glândulas de animais na medicina, a opoterapia, é um costume arraigado na cultura da China há muito tempo. Os chineses atribuem aos ossos do tigre poderes antiinflamatórios e aos testículos, propriedades afrodisíacas. Um tigre morto e dividido em pedaços pode render até 50.000 dólares. Os animais selvagens também vão parar na mesa das populações pobres da África. Para muita gente, sua carne constitui a única forma de adicionar proteínas à dieta.

   A experiência mostra que as ações de proteção aos animais e os parques de preservação são eficazes para evitar a extinção das espécies. As baleias jubarte, que costumam aparecer na costa brasileira, quase foram extintas nos anos 60.

   A pesca fez sua população cair de 200.000 para 15.000 animais. Com a ação de grupos de proteção, hoje já existem 35.000 baleias jubarte nos oceanos. No sul da África, a população de rinocerontes-brancos, que há um século era de apenas cinqüenta, está em 11.000, graças à criação de parques nacionais e ao remanejamento de animais.

   A preservação de espécies não é tarefa fácil. Cada uma exige um projeto especial, dependendo de suas características e das ameaças sofridas. Em vários países africanos, especialmente no Quênia, a opção para evitar a extinção de animais foi investir no turismo, transformando os safáris de caça em safáris fotográficos. Assim, as populações locais e estrangeiras se conscientizam da necessidade de manter os animais vivos.

   O mesmo foi feito no Parque Nacional de Virunga, onde os turistas pagam 500 dólares para passar uma hora ao lado dos gorilas e fotografá-los. Mesmo assim, os animais do parque congolês continuam a sofrer as investidas dos caçadores e, como se viu após o massacre de nove gorilas, dos capangas dos donos de madeireiras.

FAMÍLIAS QUE ENCOLHERAM
Há hoje 7.700 espécies de animais ameaçadas de extinção, entre elas¿1.090 de mamíferos. Além dos gorilas, estes são os casos mais dramáticos:

Tigre
Onde vive: leste e sudeste da Ásia
Situação: há 100 anos, eram 100.000 animais. Hoje, são 6.000. Três das nove subespécies já estão extintas
Por que a espécie está sumindo: caça para alimentar o comércio ilegal de pele, ossos e órgãos para fabricação de remédios da medicina oriental. Além disso, apenas nos últimos dez anos o habitat dos tigres foi reduzido em 40%

Hipopótamo-pigmeu
Onde vive: Libéria, Serra Leoa, Guiné e Costa do Marfim
Situação: há hoje menos de 3.000 animais da espécie
Por que a espécie está sumindo: redução do habitat e caça

Hipopótamo
Onde vive: África
Situação: desde 1994, o número de exemplares caiu de 160.000 para 125.000. Apenas na República Democrática do Congo a população de hipopótamos passou de 30.000 para 1.500 animais
Por que a espécie está sumindo: caça para venda da carne e para extração dos dentes, usados em jóias

Orangotango
Onde vive: Sudeste Asiático
Situação: em 100 anos, a população foi reduzida em 91%. Hoje, há 30.000 espécimes
Por que a espécie está sumindo: os orangotangos são caçados e vendidos como alimento ou como animais de estimação. Além disso, nos últimos vinte anos cerca de 80% de seu habitat foi destruído

Rinoceronte-negro
Onde vive: África do Sul, Namíbia, Quênia e Zimbábue
Situação: de 1970 até 1994, o número de animais caiu de 60.000 para 2.550. Nos últimos anos, um esforço de conservação permitiu o aumento da população para 3.600 animais
Por que a espécie está sumindo: caça-se o rinoceronte-negro para retirar os chifres, usados na China para fazer remédios e em artesanato

Elefante africano
Onde vive: África
Situação: em sessenta anos, a população foi reduzida de 5 milhões de animais para 700.000
Por que a espécie está sumindo: os elefantes são mortos para que as presas de marfim sejam retiradas

Gorila-das-montanhas
Onde vive: Congo, Ruanda e Uganda
Situação: hoje, há apenas 700 exemplares
Por que a espécie está sumindo: durante a guerra civil em Ruanda, entre 1990 e 1994, os parques nacionais ficaram sem policiamento e a caça desenfreada reduziu o número de gorilas da região em 30%. Aproveitando-se da fiscalização deficiente e corrupta, caçadores continuam a abater os gorilas.


Sugestão de trabalho em sala de aula:

Esta reportagem é da Revista Veja, no ano de 2007. Apesar de antiga, pode-se realizar um trabalho em sala de aula bem interdisciplinar:

Língua Portuguesa: Exploração do gênero textual REPORTAGEM, gramática, produção de texto.

Geografia: Localização do Continente Africano, países citados no texto, situação política e econômica.

Matemática: Construção de gráficos e tabelas.

Ciências: Pesquisar sobre o tema abordado para verificar qual a situação atual dos Gorilas no Parque de Virunga, pesquisar ainda sobre os outros animais citados na reportagem.

Arte: Construção de maquetes.

Produção Final: Confecção de um álbum com os animais pesquisados e a situação atual, utilizando ilustrações, Após, transformar a pesquisa numa nova reportagem e publicar em alguma mídia (blog, rede social, jornal da escola, etc).



 

27 de junho de 2014

NOSSO CÉREBRO E OS CINCO SENTIDOS: PLANO DE AULA

Objetivos:
1. Conhecer a importância dos órgãos dos sentidos para nossa sobrevivência.
2. Associar os sentidos à percepção do ambiente em que estamos inseridos e dos perigos que nos cercam.
3. Identificar os órgãos dos sentidos e seu funcionamento.
4. Relacionar os sentidos ao cérebro.


Introdução:

Os seres humanos têm cinco sentidos: audição, olfato, tato, paladar e visão. Eles nos garantem a percepção do ambiente em que estamos inseridos, reconhecendo tudo que está ao nosso redor, identificando se algo oferece ou não perigo à nossa sobrevivência.
A visão nos permite distinguir pessoas, objetos, formas, cores e muito mais. Por meio do tato, pegamos um objeto, sentimos como é sua textura, temperatura, etc. O paladar garante que percebamos os diferentes sabores e se o alimento está estragado, assegurando nossa saúde. O olfato permite que as partículas dispersas no ar sejam captadas e levadas ao cérebro, reconhecendo os diferentes odores. Pela audição captamos os sons, que passam através do nosso tímpano e chegam até o ouvido interno e, depois, ao cérebro.
Para que os sentidos exerçam suas funções é necessário que as informações captadas cheguem ao cérebro, pois é ele quem decodifica e interpreta os dados.


Materiais:

1. Texto: Órgãos dos sentidos.
2. De 20 a 25 figuras dos órgãos dos sentidos, em folha A3. Essas figuras deverão conter todas as partes de cada órgão, devidamente identificadas e nomeadas.
3. Dez figuras do cérebro em A3, demarcando as regiões onde são interpretados os cinco sentidos.

Estratégias:
1. Introduzir o tema por meio da leitura do texto (que pode ocorrer de forma coletiva).

Órgãos dos sentidos: Visão, audição, tato, olfato e paladar


Você já reparou quantas coisas diferentes nosso corpo é capaz de fazer? Podemos perceber o ambiente vendo, ouvindo, cheirando, apalpando, sentindo sabores. Recebemos informações sobre o meio que nos cerca. Ao processá-las em nosso cérebro, nós as interpretamos, seja como sinais de perigo, sensações agradáveis ou desagradáveis, etc. Depois dessa interpretação, respondemos aos estímulos do ambiente, interagindo com ele.

Nossos corpos podem fazer diversas coisas que uma máquina não é capaz.

Como você sabe o que está acontecendo ao seu redor? Recebemos informações sobre o ambiente através dos cinco sentidosvisãoaudiçãopaladarolfato e tato.


A visão
A energia luminosa (luz) chega aos nossos olhos trazendo informações do que existe ao nosso redor. Nossos olhos conseguem transformar o estímulo luminoso em uma outra forma de energia (potencial de ação) capaz de ser transmitida até o nosso cérebro. Esse último é responsável pela criação de uma imagem a partir das informações retiradas do meio.

Observe seus olhos em um espelho. Você verá uma "bolinha" bem preta no centro da região colorida. É a pupila. Mas, o que é a pupila? Nada mais do que um orifício que deixa passar a luz.




Você já saiu de um local escuro e entrou em outro ambiente bem claro? O que aconteceu? Provavelmente, você ficou ofuscado, isto é, deixou de enxergar por alguns segundos. A região colorida de seus olhos é conhecida como íris. Trata-se de uma delicada musculatura que faz sua pupila ficar grande ou pequena, de acordo com a quantidade de luz que ela recebe.

Quando a quantidade de luz é pequena, é preciso aumentar esse orifício para captar a maior quantidade possível de energia luminosa. Já quando a luminosidade é grande, a íris diminui a pupila, tornando menor a entrada de luz, para seus olhos não receberem tanta "informação" ficando incapazes de transmiti-las ao cérebro.


Audição
Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que está ocorrendo a nossa volta. Além de perceberem os sons, eles também nos dão informações sobre a posição de nossos corpos, sendo parcialmente responsáveis por nosso equilíbrio. O pavilhão auditivo (orelha externa) concentra e capta o som para podermos ouvir os sons da natureza, diferenciar os sons vindos do mar do som vindo de um automóvel, os sons fortes e fracos, graves e agudos.

Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da cabeça, conseguimos localizar a que distância se encontra o emissor do som. Percebemos a diferença da chegada do som nas duas diferentes orelhas. Desse modo, podemos calcular a que distância encontra-se o emissor. Nossas orelhas captam e concentram as vibrações do ar, ou melhor, as ondas sonoras, que passam para a parte interna do nosso aparelho auditivo, as orelhas médias, onde a vibração do ar faz vibrar nossos tímpanos - as membranas que separam as orelhas externas das médias.

Essa vibração, por sua vez, será transmitida para três ossículos, o martelo, a bigorna e o estribo. Através desses ossos, o som passa a se propagar em um meio sólido, sendo assim transmitido mais rapidamente. Assim, a vibração chega à janela oval - cerca de vinte vezes menor que o tímpano - concentrando-se nessa região e amplificando o som.

Da orelha interna, partem os impulsos nervosos. Nosso aparelho auditivo consegue ampliar o som cerca de cento e oitenta vezes até o estímulo chegar ao nervo acústico, o qual levará a informação ao cérebro. Quando movemos a cabeça, movimentamos também os líquidos existentes nos canais semicirculares e no vestíbulo da orelha interna. É esse movimento que gera os estímulos que dão informações sobre os movimentos que nosso corpo está efetuando no espaço e sobre a posição da cabeça, transmitindo-nos com isso a noção de equilíbrio.


Olfato e tato
Podemos adivinhar o que está no forno apenas pelo cheiro que sentimos no ar da cozinha. Esse é o sentido do olfato. Partículas saídas dos alimentos, de líquidos, de flores, etc. chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido que reveste a região interna do teto da cavidade nasal, a mucosa olfatória. Ali a informação é transformada, para ser conduzida, através do nervo olfatório, até o cérebro, onde será decodificada.

Já a nossa pele nos permite perceber a textura dos diferentes materiais, assim como a temperatura dos objetos, pelas diferenças de pressão, captando as variações da energia térmica e ainda as sensações de dor. Podemos sentir a suavidade do revestimento externo de um pêssego, o calor do corpo de uma criança que seguramos no colo e a maciez da pele de um corpo que acariciamos. Sem essas informações, nossas sensações de prazer seriam diminuídas, poderíamos nos queimar ou nos machucaríamos com frequência. Essa forma de percepção do mundo é conhecida como tato.

Os receptores do tato percebem as diferenças de pressão (receptores de pressão), traduzem informações recebidas pelo contato com diferentes substâncias químicas, percebem também a transferência de energia térmica que ocorre de um corpo para outro (receptores de calor).


Paladar
Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de identificar um alimento que é colocado dentro de nossa boca. Esse sentido é o paladar. Partículas se desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca, onde a informação é transformada para ser conduzida até o cérebro, que vai decodificá-la. Os seres humanos distinguem as sensações de doce, salgado, azedo e amargo através das papilas gustativas, situadas nas diferentes regiões da língua.

Para sentirmos os diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são dissolvidos pela água existente em nossa boca e estimulam nossos receptores gustativos existentes nas papilas.

Nossos sentidos nos informam, de várias maneiras, sobre o que está acontecendo a nossa volta. Podemos ver e ouvir, cheirar e sentir sabores. Podemos sentir a textura e a temperatura das coisas que tocamos. Nossos sentidos são impressionados pela matéria e a energia e, assim, nosso organismo entra em contato com o meio ambiente.

No entanto, nossos órgãos dos sentidos são limitados, percebem apenas uma determinada quantidade de comprimentos de ondas luminosas, sonoras, etc. Do mesmo modo, nosso corpo suporta somente uma determinada quantidade de pressão. Mas o homem passou a criar instrumentos para ampliar a sua percepção do mundo, podendo enxergar objetos cada vez menores e maiores, compreender e identificar ultra-sons e infra-sons. Com a possibilidade de um novo olhar, o homem foi encontrando novos problemas, levantando novas hipóteses, chegando a novas conclusões e conhecendo novas realidades.

Texto de: Maria Sílvia Abrão, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação. 


2. Organizar os alunos em trios.
3. Pedir para que escolham, inicialmente, duas figuras dos órgãos dos sentidos, discutindo o percurso das informações, desde que elas são capturadas na realidade até chegarem ao cérebro.
4. Registrar no caderno os percursos discutidos.
5. Realizar o mesmo procedimento com os outros órgãos dos sentidos.
6. Assegurar o conteúdo, solicitando que alguns grupos realizem a apresentação de seus registros. O professor deve fazer intervenções, quando necessário.
7. Entregar a figura do cérebro aos grupos, a fim de eles conheçam as diferentes regiões cerebrais e sua relação com os sentidos.


Dica:
Seria interessante que os alunos pudessem assistir ao filme A pessoa é para o que nasce, de Roberto Berliner.