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16 de março de 2020

CORONAVÍRUS: QUAL O TAMANHO DESSA AMEAÇA?

Para quem é útil: Turmas de 6º e 7º ano, professores de Ciências e gestores escolares

Qual o objetivo: Compreender, a partir da recente epidemia que começou na China, o que é um vírus e quais medidas de prevenção de doenças virais podem ser adotada nas escolas.

Habilidade da BNCC: EF07CI08, EF07CI09


     Com a abundância de fotos, vídeos e artigos sobre a epidemia, é possível propôr uma atividade de pesquisa para apresentar o mundo dos vírus à turma.


Material: notícias, gráficos com números atualizados, fotos da China, artigos acadêmicos e o pôster de NOVA ESCOLA que faz parte desta caixa, com o infográfico que mostra em detalhes o coronavírus (para baixar o material, clique aqui)

Espaço: agrupe as carteiras para grupos de dois ou três estudantes, de acordo com o número total da sala. 

PASSO A PASSO:

1. Escolha os materiais: antes de levar para sala de aula, é importante pensar quais são os materiais mais interessantes para entregar para turma. Quais notícias e com quais enfoques são mais relevantes para os seus alunos? Na hora das fotos, pense naquelas que podem mostrar a realidade da China, por exemplo, como de hospitais. Leve também o pôster produzido por NOVA ESCOLA (você pode imprimir várias cópias ou mesmo exibi-lo na tela de um computador ou com um projetor).




2. Comece a aula com um panorama geral: não comece falando só do coronavírus, nem cause preocupação e alarde com a turma. Desta forma, você dá uma maior abertura para tratar dos vírus de maneira geral. Puxe o assunto perguntando aos alunos se eles têm acompanhado o noticiário e levante as informações que a turma já possui. 


3. Apresente a situação da epidemia: mostre os dados sobre contágio e taxa de mortalidade do novo coronavírus e conte sobre como o Brasil está situado no cenário atual. Para isso, você pode levar fotos de hospitais da China e de pessoas usando máscaras, além de selecionar informações na lista de fontes confiáveis criada por NOVA ESCOLA.


4. Levante as dúvidas: depois dessa apresentação inicial, divida a turma em grupos de 2 ou 3 alunos e peça para que eles escrevam todas suas dúvidas em relação ao coronavírus e a situação atual da epidemia.


5. Proponha a pesquisa: peça para que os grupos selecionem duas perguntas e pesquisem as respostas em casa, na biblioteca, na sala de informática ou mesmo utilizando o celular.


ATENÇÃO: nesse momento, você precisa orientar o trabalho do aluno, recomendando fontes oficiais e alertando-o em relação às fake news. A lista de fontes selecionadas por NOVA ESCOLA pode ser compartilhada com a turma e usada como ponto de partida da pesquisa.


6. Crie um espaço de troca: a partir das informações encontradas, faça uma roda com os alunos, onde cada um pode compartilhar o que encontrou e levantar os pontos que gostaria de aprofundar. Garanta que os alunos registrem os principais aprendizados compartilhados pelos grupos, tanto em relação ao vírus como aos procedimentos de pesquisa. Além disso, vale a pena ficar atento ao que os estudantes dizem e, se for o caso, compartilhar as suas observações com outros professores.  Por exemplo, se surgirem comentários xenófobos sobre os chineses, seria interessante a ajuda da professora de História e desenvolver um planejamento conjunto para tratar dessa questão específica.




Fontes seguras para ficar longe das fake news

Sites, livros e filmes para entender tudo sobre o universo dos vírus



VÍDEOS

Drauzio Varella: Devo me preocupar com o coronavírus?


O médico, considerado uma referência no jornalismo sobre saúde e qualidade de vida, divulgou no YouTube um vídeo sobre a epidemia. O canal, aliás, é uma ótima fonte de informação para vários outros assuntos relacionados à saúde.




SITES

Coronavírus e novo coronavírus: o que é, causas, sintomas, tratamento e prevenção


O Ministério da Saúde criou uma página com as principais perguntas e respostas sobre o tema. A página também é atualizada constantemente com os números atualizados de casos suspeitos e as medidas que o governo está tomando para impedir a disseminação do vírus no Brasil. 



Organização Mundial da Saúde


A Organização Mundial da Saúde (OMS) é o principal órgão que trata sobre as questões de saúde do mundo. Em seu site, por exemplo, todos os dias são publicados os boletins epidemiológicos sobre o coronavírus e outras doenças. Todas as informações são atualizadas diariamente. 



Fiocruz


Reconhecida por sua grande contribuição em pesquisa e desenvolvimento de vacinas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma ótima fonte para assuntos relacionados à saúde.



Postal de Busca da USP


O Portal de Busca Integrada é um acervo da Universidade de São Paulo (USP) que reúne diversos materiais: desde acervos físicos a estudos feitos por pesquisadores da instituição. 




LIVROS

A virologia no Estado do Rio de Janeiro: uma visão global, de Hermann Schatzmayr e Maulori Cabral
Nessa obra, Hermann, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e Maulori, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentam os impactos da gripe espanhola no Rio de Janeiro, a maior pandemia causada pelo vírus Influenza no Brasil.



Epidemias no Brasil Uma Abordagem Biológica e Social, de Rodolpho Telarolli Júnior
O professor universitário e médico traz em seu livro um histórico e explicações das principais doenças transmissíveis do Brasil. A produção leva o leitor a estudar sobre os problemas de saúde do país. 




FILMES

Vírus letal, 2012, Hong Kong - 122 min
O longa conta a corrida de um ex-agente da Comissão Internacional de Doenças que rouba uma cópia do vírus da varíola da Jordânia para transformá-lo em uma arma biológica.



Contágio, 2011, EUA/Emirados Árabes - 102 min
Depois de quase uma década de seu lançamento, o filme voltou a ganhar destaque após a divulgação do novo coronavírus. A obra cinematográfica mostra a rápida disseminação de um vírus letal, transmitido pelo ar e que mata em poucos dias. 



A gripe, 2013, Coreia do Sul - 117 min
É a história de uma cidade que mergulhou no caos por causa de um vírus desconhecido. A população não se previne e depois de algumas semanas, centenas de pessoas apresentam os sintomas. O filme também mostra a busca de um médico para realizar a vacina que irá combater o vírus.



93 dias, 2016, Nigéria - 118 min
Baseado em fatos reais, o filme mostra a corrida da comunidade médica para impedir o aumento do surto de Ebola. Se você não se lembra, teve uma epidemia do vírus em dezembro de 2013 na África Ocidental.



Pandemia, 2020, EUA - 6 episódios de 50 min
A série documental de seis episódios retrata o trabalho de médicos e cientistas contra um vírus da gripe. Pandemia discute sobre o movimento antivacina e suas consequências.



Fonte: Site Nova Escola

28 de dezembro de 2016

GOVERNO DO RS EXTINGUE A FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA

O governador do RS José Ivo Sartori (PMDB) propôs a extinção da Fundação Zoobotânica do RS (FZB/RS) e a Assembleia Legislativa aprovou.




A decisão causou revolta e repudio por parte de diversas entidades e associações ligadas ao Meio Ambiente e profissionais da área, Conselho Regional de Biologia, Juízes ambientais de vários estados, universidades, entre outros. Para estes, a Fundação Zoobotânica exercia papel estratégico na preservação da biodiversidade, realizando, entre muitas atividades, pesquisas de fauna e flora; inventários e diagnósticos de ecossistemas; recuperação em áreas degradadas; reposição florestal; preservação do patrimônio fóssil; conscientização ambiental, além de administrar o Jardim Botânico, o Parque Zoológico de Sapucaia do Sul e o Museu de Ciências Naturais.


Para compreender melhor o quão significativa será a perda da FZB, compartilho aqui uma reportagem feita pela Sul21, em http://www.sul21.com.br/jornal/entenda-o-que-pode-significar-para-o-estado-a-extincao-da-fundacao-zoobotanica/,publicada em 13/12/16, enquanto a extinção da Fundação ainda não havia sido aprovada.


Neste texto, fica explícito toda real importância da FZB para a preservação da biodiversidade do Rio Grande do Sul e o retrocesso socioambiental que sua extinção promoverá.


Entenda o que pode significar para o Estado a extinção da Fundação Zoobotânica


Jaqueline Silveira
Prevista para ser extinta no pacote do governo José Ivo Sartori (PMDB) em nome do ajuste fiscal, a Fundação Zoobotânica (FZB) está presente na comunidade, por meio dos serviços prestados, embora, muitas vezes, a própria sociedade desconheça esse trabalho. O biomonitoramento da qualidade do ar que respiramos todos os dias, por exemplo, é feito pela FZB. Já o horto florestal, mantido pela fundação dentro de uma área de 640 hectares do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, é um sopro de ar puro em meio aos núcleos urbanos cercados de concreto. Ao mesmo tempo, é um oásis que ameniza a temperatura escaldante nos dias mais quentes – estudos apontam que a temperatura nessa região é 8ºC menor devido à preservação da área verde.
É a fundação, ainda, que fornece o veneno usado para a produção do soro antiofídico, usado para tratar pessoas picadas por cobras no Estado. Os animais apreendidos em virtude do tráfico ou provenientes de resgates também contam com o auxílio da FZB. Todos são levados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Zoológico, onde recebem os cuidados de tratadores, biólogos e médicos veterinários. Só em 2015, o Cetas recebeu cerca de 2 mil animais. Atualmente, há aproximadamente 350 animais apreendidos ou resgatados. “O Cetas é um órgão muito importante para o Estado”, frisou Josy Matos, presidente da Associação de Funcionários da FZB, sobre o trabalho que é de responsabilidade do governo.


Diferentes frentes de atuação
Essas ações em diferentes frentes são uma pequena amostra do trabalho da Fundação Zoobotânica, tocado por 198 funcionários. Constituída, além do Zoológico de Sapucaia do Sul, pelo Museu de Ciências Naturais e o Jardim Botânico, a FZB é responsável, ainda, pelo auxílio nos licenciamentos, pela elaboração da lista de espécies da flora e da fauna em extinção no Rio Grande do Sul e por laudos paleontológicos. Somado a isso, é a única instituição estadual responsável pela preservação da biodiversidade do Rio Grande do Sul e pela execução da política de educação ambiental, atendendo 150 mil alunos por ano.
Com a extinção, o trabalho hoje feito pela FZB tende a ficar prejudicado, já que, de acordo com o projeto do Piratini, as atividades serão assumidas por um departamento da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, à qual a fundação é vinculada, e os funcionários da fundação, que são celetistas, serão demitidos. Como a pasta não teria suporte e nem um quatro técnico específico para desempenhar essas atividades, a extinção da FZB aponta para prejuízos tanto ao meio ambiente quanto à qualidade de vida dos gaúchos. “Não tem especialista, o trabalho que nós desenvolvemos é muito específico”, explicou a presidente da Associação dos Funcionários da FZB, sobre o fato de a Secretaria do Ambiente assumir o trabalho.
Dos 198 funcionários da fundação, 194 são técnicos, 43 deles pesquisadores. Só quatro são cargos em comissão (CC). Recentemente, a promotora da Promotoria da Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre Ana Marchesan demonstrou preocupação com o fim da FZB, depois de uma reunião com funcionários e ambientalistas. A fundação, justificou ela, tem um quadro técnico de alto nível e faz “trabalhos indelegáveis”, já que seus funcionários têm a “expertise” para desempenhar tais atividades. “Nós temos uma posição bem clara: contrária à extinção da fundação”, afirmou Ana, na ocasião.

Instituto carioca usa veneno da FZB para soro
Uma das instituições beneficiadas com o trabalho da FZB é o Instituto Vital Brazil de Niterói, no Rio de Janeiro, produtor de soro antiofídico. A fundação é a única instituição da Região Sul que fornece o veneno ao instituto. Comparadas às cascáveis do restante do país, conforme o pesquisador do Vital Brazil Carlos Corrêa Netto, as cobras dessa espécie encontradas no Rio Grande do Sul apresentam um componente peculiar na composição do seu veneno, dificultando ao instituto obtê-lo caso se confirme a extinção da FZB. “É retroceder em qualidade, a gente vai ter dificuldade de obter o veneno”, comentou Netto.
A partir dessa peculiaridade, o soro produzido e aplicado nas pessoas picadas por cascavel no Estado é muito mais eficiente em relação ao medicamento fabricado com veneno proveniente de outra região. “Esse soro não vai ser tão eficiente, por isso da importância (extração do veneno pela FZB)”, esclareceu a bióloga Maria Lúcia Machado Alves, que trabalha no Núcleo Regional de Ofiologia de Porto Alegre (Nopa) do Museu de Ciências, onde fica o serpentário com mais de 300 cobras. “Eu vejo um retrocesso na ciência, principalmente pela dificuldade para a produção de antivenenos”, completou o pesquisador do Vital Brazil, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Netto alertou ainda que os funcionários da fundação têm “habilidade” para trabalhar com as serpentes. “Precisa ter uma experiência grande. Não dá para fazer a soltura no meio ambiente”, enfatizou a bióloga do Nopa, sobre o trabalho com as serpentes e o futuro das mesmas com a extinção da FZB. Com uma parceria que já dura oito anos, a fundação e o Vital Brazil, neste momento, realizam estudos sobre o veneno da cobra coral. A FZB também, segundo o professor, tem um papel relevante na educação ambiental. “(A fundação) tem um papel social não só na produção de veneno, mas em educação ambiental”, avaliou ele, lamentando a possibilidade de extinção da instituição ambiental. A extinção prejudicará, ainda, a produção de pesquisas, na opinião de Netto. “Se fechar a Fundação Zoobotânica, compromete o desenvolvimento científico do Estado”, concluiu Netto.

Orçamento pequeno
O recurso destinado à fundação – cerca de R$ 26 milhões por ano – representa 0,04% do montante total do Estado, que em 2016 é de R$ 63,4 bilhões. Dos R$ 26 milhões, R$ 18,6 milhões são para o pagamento da folha e dos encargos dos 198 funcionários e R$ 8,8 milhões são para manutenção do Jardim Botânico, do Museu de Ciências e do Zoológico. Como a FZB tem uma receita anual de R$ 5,2 milhões, que vem de consultorias, de pareceres e laudos elaborados, entre outros serviços, o Estado destinaria aproximadamente R$ 20 milhões, o que, na opinião dos servidores, não seria um valor significativo diante da importância do trabalho da instituição ambiental à sociedade.

Argumento do governo
Já o governo do Estado argumenta que o Plano de Modernização do Estado (PME), que inclui a extinção de nove fundações, é necessário para que o Piratini possa investir os recursos em áreas essenciais, como saúde, educação, segurança, infraestrutura e social. Entretanto, as verbas economizadas com o fim dos nove órgãos, que somariam R$ 137,1 milhões ao ano, só serão revertidas, por exemplo, em asfalto e contratação de mais policiais, depois que o Piratini equilibrar as contas.
O Zoológico, conforme o governo, registra um gasto com pessoal de R$ 474 mil, valor que corresponderia a 30% das despesas com a folha de pagamento da FZB, e passará a ser administrado por uma parceria público-privada. Por ano, o parque, que possui 79 funcionários, recebe aproximadamente 620 mil pessoas, 200 mil são estudantes. Apesar da concessão, a Secretaria do Ambiente garante que o trabalho não será comprometido. “O Jardim Zoológico será mantido e continuará acessível a todos os gaúchos. E os cuidados com os animais estarão assegurados, pois a concessão será apenas para a gestão do parque”, promete a titular da pasta, Ana Pellini.

Conceito A do Jardim Botânico
Já o Jardim Botânico e o Museu de Ciências Naturais ficarão sob a gestão da secretaria, que criará um departamento para absorver as inúmeras atividades hoje de responsabilidade da FZB, e seu patrimônio será revertido para o Estado. Os três órgãos, de acordo com Ana Pellini, são bens públicos e “merecem ser preservados com as características que possuem.” Entretanto, os funcionários projetam que o trabalhado realizado pelos técnicos da FZB ficará comprometido. Com conceito A, ao lado de somente mais quatro espaços no país, o Jardim Botânico, por exemplo, pode não conservar suas características, caso não receba os cuidados adequados de especialistas, alertou a presidente da Associação dos Funcionários da FZB. Isso porque o espaço não se limita a áreas de lazer, mas tem por finalidade a realização de pesquisas, conservação de espécies raras e ameaçadas e manutenção de reservas genéticas.
“O Jardim Botânico pode deixar de ser Jardim e virar um Parque da Redenção”, avisou Josy, sobre as consequências de não contar com o cuidado de um quadro técnico especializado. Com 39 hectares distribuídos numa área nobre de Porto Alegre e de valorização imobiliária, o local possui um banco de sementes de grande importância tanto para pesquisas da própria fundação e de instituições acadêmicas (UFRGS e PUCRS), quanto para a produção de mudas de espécies nativas em extinção no Estado e que são usadas para a recuperação de áreas degradadas.



Museu abre as portas para a comunidade
Já o Museu de Ciências Naturais realiza uma série de atividades focadas na educação ambiental em escolas e lugares públicos, por meio dos projetos Museu vai à escola e Ciência na praça. O museu também abre as portas para a população conhecer o trabalho realizado no local e, ainda, recebe escolas e universidades. Além disso, há uma intensa produção de pesquisas científicas. Atualmente, os especialistas na área estão engajados no desenvolvimento de 54 projetos de pesquisa em diversas áreas, como de monitoramento de fauna e flora, ecologia, taxonomia, sistemática, paleontologia.
Diante das inúmeras atividades realizadas e serviços prestados à comunidade pela instituição ambiental, os funcionários consideram irrisória a economia pregada pelo Estado para o fechamento das portas da FZB. Isso porque, conforme a analista bióloga da instituição Janine Oliveira Arruda, o Estado terá de repassar serviços à iniciativa privada com um custo bem mais elevado. “Não vai ter economia nenhuma. Os serviços que a fundação presta à sociedade terão de ser contratados pela iniciativa privada”, sustentou ela. Em documento entregue aos deputados para justificar a manutenção da fundação, os trabalhadores fizeram um comparativo entre os valores cobrados pela FZB e pela iniciativa privada. Na elaboração dos planos de manejo, por exemplo, o Estado economizaria uma média de quase R$ 5 milhões com o trabalho hoje realizado pela instituição pública. Também, enfatizou a analista, como será criado um departamento para tocar as atividades, será inviável a captação de recursos.

Votação do projeto ocorre neste mês
O projeto de extinção da FZB e das demais fundações será votado ainda neste mês. Diretora do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi), ao qual a FZB está vinculada,  Mara Feltes disse que “o pacote faz mudanças severas na estrutura do Estado” e que, por esse motivo não pode ser avaliado em 30 dias, tempo que tramitará no legislativo gaúcho. No caso específico das fundações, afirmou a dirigente sindical, essas instituições têm uma grande importância devido “à captação de recursos e ao acúmulo de saber” não podendo ter o futuro decidido num período tão curto. Ela também criticou a versão dada pelo Estado para promover as extinções: “O que o governo diz para a sociedade está muito longe do que é verdade, da realidade.”
Se o projeto de extinção da FZB for aprovado na Assembleia Legislativa, as inúmeras atividades, distribuídas em diferentes frentes de atuação, ficarão limitadas a um departamento da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento e a seus servidores.

Trabalho que só a FZB faz:

É a única instituição do sul do Brasil fornecedora de veneno para produção de soro antiofídico
– Faz pesquisas sobre a descrição de novas espécies de plantas e animais, realiza inventários biológicos, o manejo de animais peçonhentos visando à produção de soro antiofídico
– Faz biomonitoramento da qualidade do ar, da recuperação de ambientes degradados, do impacto de estradas sobre a fauna, da proliferação de algas tóxicas, do efeito de espécies parasitas e exóticas invasoras, da fauna fóssil e muitos outros
– É única instituição pública estadual que realiza o monitoramento da qualidade do ar utilizando organismos vivos como indicadores de índices de poluição atmosférica
– É o único órgão no Estado que mantém acervos vivos de espécies da flora raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, cujo resguardo requer cuidados e manejo especializados
– Mantém, por meio do Jardim Botânico, banco de sementes representativo da flora de todo o Rio Grande do Sul, para fins de pesquisa e melhoramento do manejo de sementes visando ao repovoamento e à restauração de ambientes degradados
– Realiza laudos para detectar florações de algas tóxicas em reservatórios de abastecimento de água à população e outros mananciais, atendendo demandas de prefeituras e órgãos públicos
– Oferece treinamentos específicos no manuseio de animais silvestres e peçonhentos a agentes de fiscalização da Polícia Ambiental do Estado e de outros órgãos públicos de controle, assim como a criadouros de animais
– Elabora a pedido dos poderes Executivo e Judiciário pareceres e laudos sobre questões relacionadas à fauna, à flora e ao meio ambiente
– Elabora laudos paleontológicos
– Coordena a elaboração das listas da fauna e da flora em extinção no Rio Grande do Sul e propõe medidas para a sua conservação
–Treinamento de agentes ambientais no manuseio de animais silvestres e peçonhentos
– Auxilia nos licenciamentos
–Execução da política estadual de educação ambiental

Movimentação financeira da FZB
Orçamento – R$ 26 milhões, representa 0,04% do orçamento total do Estado, de R$ 63,4 bilhões
Folha de pagamento e encargos dos 198 funcionários– R$ 18, 6 milhões
Manutenção do Zoológico, Jardim Botânico e Museu de Ciências Naturais – R$ 8,8 milhões
Receita (recurso do trabalho prestado pela fundação) – R$ 5,2 milhões

A FZB em números
Funcionários – 198, só quatro ocupam cargos em comissão
Técnicos de pesquisa – 43 (33 biólogos, 3 engenheiros agrônomos, 3 engenheiros florestais, 2 veterinários, químico e 1 paleontólogo
– 70% do quadro técnico possui doutorado
Coleções científicas do Museu de Ciências Naturais – 500 mil exemplares, entre plantas, animais e fósseis
Coleção de plantas vivas do Jardim Botânico – mais de 1.000 espécies e dezenas de milhares de exemplares
Animais do Parque Zoológico – 1.065 animais
Plantel do serpentário – Mais de 300 serpentes
Acervo da biblioteca – cerca de 13 mil livros e 1.300 títulos de periódicos científicos

O que o Estado perderá com a extinção da FZB?
– Mais de R$ 3 milhões de reais captados em projetos de pesquisa nos últimos 5 anos
– R$ 884 milhões de reais captados para o Estado em apenas dois grandes projetos internacionais
– Todos os veículos novos da FZB adquiridos com recursos de projetos de pesquisa próprios
– Corpo técnico altamente qualificado: 70% possui titulação de doutorado
– Serviços prestados pela FZB ao Estado apresentam valores inferiores aos do mercado

29 de junho de 2015

SANEAMENTO BÁSICO MUNDIAL, NÚMERO POR NÚMERO

• 748 milhões de pessoas não têm água limpa. Isto é quase um em cada dez habitantes do planeta.

• 2,5 bilhões de pessoas não têm banheiro adequado. Isto é um em cada três habitantes do planeta.

• Cerca de 700 mil crianças morrem por ano de diarreia causada por água contaminada e falta de saneamento. Isto é quase duas mil crianças por dia.


Fonte: WaterAid



27 de março de 2015

HORA DO PLANETA 2015



A organização ambientalista internacional WWF lançou no dia 25 de fevereiro, em âmbito global, a Hora do Planeta 2015, que ocorrerá no dia 28 de março. Nesta data, pessoas, empresas e cidades devem apagar suas luzes por 60 minutos, como um alerta mundial contra o aquecimento global. Este é o sétimo ano consecutivo que a WWF promove a iniciativa para enfrentar as mudanças climáticas.

No Brasil, as crises hídrica e energética serão o tema central da campanha, disse o coordenador do Programa Água para a Vida, da WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas. “Nós somos muito dependentes da matriz hidráulica. Aí, não chove, não tem água para gerar energia, para beber e se usa combustível fóssil, como termelétricas para gerar energia, que é mais cara e mais poluente". Com isso, os gases de efeito estufa aumentam o problema do aquecimento global gerando mais secas. "Ou seja, a gente está em um ciclo vicioso”, acrescentou.

Glauco Kimura ressaltou que a Hora do Planeta é uma oportunidade para as pessoas refletirem. Quando os cidadãos, as empresas e os governos apagam as luzes por uma hora, eles refletem sobre qual é a contribuição de cada um para a solução dos problemas ligados às mudanças climáticas. Ele explicou que, no caso do Brasil, a ideia é "aproveitar isso como um grande ato de mobilização. Nós vamos, este ano, propor uma petição ao governo federal para que se crie um plano nacional de proteção das nascentes”.

Kimura considerou positiva a decisão dos governos estaduais e federal de construir mais reservatórios, embora não seja suficiente para solucionar as crises hídrica e energética. “Essa não pode ser vista como a única solução”. Segundo ele, a dependência da matriz hidráulica coloca o país em uma situação de vulnerabilidade. “A gente não pode garantir que essa crise não se repetirá no futuro. Ela pode se tornar cada vez mais frequente e intensa devido às mudanças climáticas daqui para a frente”. Para ele, não pensar em modelos alternativos é “insistir no erro”.

Por isso, ressaltou o coordenador, a WWF Brasil defende a proteção das bacias hidrográficas como um todo, em paralelo à construção de novos reservatórios, para não correr o risco de ter mais reservatórios no futuro, sem água. “O que abastece os reservatórios são as nascentes dos rios”, frisou. Kimura destacou que os rios estão sendo “soterrados, aterrados, degradados e desmatados” no Brasil a um custo muito alto.

No ano passado, a campanha mobilizou mais de 7 mil cidades, em cerca de 150 países. O Brasil bateu o recorde em termos de adesões ao ato simbólico, com 144 cidades, das quais 24 capitais, em todo o território, disse o representante da WWF.

5 de julho de 2014

COSTA RICA: FENÔMENO VERDE MUNDIAL




Não é só no futebol que a Costa Rica surpreende. Com inovação, planejamento e boa gestão, este pequeno país da América Central mandou para escanteio uma das maiores taxas de desmatamento do mundo, transformando-se em exemplo de conservação ambiental e disputado destino de ecoturismo.

Na década de 70, quase 80% da cobertura florestal da Costa Rica havia praticamente desaparecido para dar espaço à criação de gado para produção de carne bovina, que tinha como principal comprador (e financiador) os Estados Unidos.

Mas isso é passado. Atualmente, mais da metade da cobertura florestal existente no país encontra-se sob a proteção de parques nacionais, reservas biológicas, ou refúgios de vida silvestre.

A vitória nessa seara só foi possível graças aos esforços do governo e da sociedade nos últimos 20 anos, a começar pela implementação de um programa de pagamento por serviços ambientais (PES).

Remunerar produtores rurais familiares e comunidades tradicionais, com o objetivo de incentivar uma mudança de comportamento para conservação da natureza, é o cerne do pagamento por serviços ambientais.

Instituído na Lei de Florestas da Costa Rica, em 1996, o programa é financiado por um imposto de energia, principalmente sobre combustíveis fósseis.

Este programa formou a base para o protagonismo do país no programa REDD+, mecanismo que busca reconhecer a contribuição das florestas em mitigar mudanças climáticas através do sequestro de carbono.

Além da fotossíntese, que captura o gás carbônico (CO2) da atmosfera, as plantas e árvores ajudam a fixar o carbono no solo. Quando são derrubadas, este carbono no subsolo é liberado.

É aí que o REDD+ , compensando países em desenvolvimento por emissões evitadas por aumento do estoque de carbono.

O sucesso dessas investidas demonstrou que desenvolvimento social e econômico pode ser importante para diminuir o desmatamento, conforme destaca relatório recente da Union of Concerned Scientists, que reconhece a Costa Rica como um campeão no combate ao desmatamento.

Mudanças no mercado internacional também ajudaram a reverter as taxas de desmatamento, segundo o estudo.

O colapso das exportações de carne bovina na década de 80, por exemplo, impulsionou a criação e expansão de áreas protegidas em larga escala no nordeste do país, uma região dominada pela criação de gado desde os tempos coloniais.

Em paralelo, o país descobriu seu potencial para o ecoturismo, um setor fundamental para a economia costa-riquenha.

Todos os anos, milhões de turistas visitam o país, atraídos pelos encantos naturais e diversos como suas cordilheiras, vulcões, reservas ambientais, praias e resorts no Pacífico e no Caribe.

Pensa que a Costa Rica se dá por satisfeita? Nada disso.

No ano passado, surpreendeu o mundo ao anunciar que fecharia seus dois zoológicos estatais para transformá-los em jardins botânicos.

Sua meta mais ambiciosa é tornar-se um país neutro em carbono, com pelo menos 100% das suas emissões que causam o aquecimento global equilibradas pelo sequestro de carbono até 2021.





Fonte: Revista Exame

2 de julho de 2014

COPA DAS ÁRVORES




Assim que terminar a Copa do Mundo da Fifa, uma outra copa terá início aqui no Brasil. Sem estádios monumentais, nem grandes delegações ou nomes importantes do futebol, os povos indígenas estarão promovendo entre os dias 10 e 17 de julho de 2014, a Copa das Árvores. O evento, que será realizado na Aldeia Kuntamanã, no município de Marechal Thaumaturgo, no Acre, reunirá diferentes etnias e ainda a comunidade extrativista e organizações governamentais e civis, para discutir a importância da floresta dentro da concepção das culturas ancestrais.

Compostas de diversas atividades, as rodadas da Copa das Árvores girarão em torno de cinco eixos diferentes: sustentabilidade, cultura, ambiente, espiritualidade e medicina.
Na parte de sustentabilidade, haverá uma feira de conhecimentos tradicionais, comércio justo e economia solidária para compartilhar o conhecimento dos povos das florestas na questão da soberania alimentar.

As manifestações tradicionais das comunidades extrativistas e também dos indígenas, compõem a parte cultural da festa. No quesito sobre o ambiente, será aberto um diálogo sobre as potencialidades da floresta e o uso sustentável dos recursos naturais, como a implantação da agrofloresta e formas naturais de plantio.
Para ilustrar o tema da espiritualidade, os anciões das comunidades vão explicar sobre a cosmologia indígena e a contextualização das plantas de poder. A sabedoria do uso da ervas para a cura será o tema da eixo medicinal.
“Para nós, essa é a copa da vida, pois a floresta é a morada de milhares de seres viventes”, diz Haru Kuntamanã, liderança indígena e também um dos organizadores do evento. É claro que teremos também atividades esportivas como campeonato de arco e flecha, cipó de força, arremesso de lança e até jogos de futebol”, conta Haru. “Nós gostamos de futebol, mas para nós é diferente, porque ele não é prioridade. O que mais importa para gente é preservar a floresta, nossa casa sagrada.”

A I Copa das Árvores pretende, a partir dos povos indígenas Amazônicos e comunidades tradicionais do Alto Juruá, desenvolver e disseminar por todas as bio regiões do Acre, novos modelos de desenvolvimento sustentável, com práticas agroflorestais e tecnologias sociais, utilizando do mega evento esportivo que acontecerá em 2014 no Brasil, como escopo temático para promover maior conscientização sobre a necessidade de adoção de modelos produtivos mais coerentes com modelos de inclusão socioambiental,suprindo a crescente demanda alimentar e a sustentabilidade econômica dos povos indígenas e tradicionais.

Acesse a página oficial do evento e saiba mais sobre a Copa das Árvores

10 de janeiro de 2014

REMÉDIOS NATURAIS QUE ALIVIAM AS PICADAS DE INSETOS

Nesta época do ano, não são poucas as pessoas que sofrem com a presença dos insetos: irritações na pele, coceira, inchaço e dor são os principais vestígios que mosquitos, abelhas e formigas costumam deixar no organismo – além das noites embaladas pelos zunidos ao redor do travesseiro. A situação fica ainda pior quando as pessoas estão longe dos centros urbanos ou quando as crianças são afetadas. Pensando nisso, separamos cinco remédios naturais e eficientes para aliviar os incômodos das picadas – que podem até mesmo entrar para as páginas de um manual de sobrevivência para os aventureiros.
A lista traz opções naturais que substituem cremes e pomadas específicas. No entanto, caso a reação alérgica seja mais intensa que o comum, ou haja suspeita de dengue ou malária, é imprescindível procurar a ajuda de um médico.

Casca de banana
Utilizar a casca da banana como remédio natural contra as picadas de mosquitos é uma alternativa sustentável de aproveitamento em totalidade da fruta. Assim, o resíduo pode substituir com bastante eficiência as pomadas e cremes específicos, basta esfregar a parte interna da casca na área atingida pelos insetos – em alguns minutos, a picada vai desinchar, diminuindo, também, o incômodo. Além disso, a casca de banana é eficiente para estancar sangramentos e ajudar na cicatrização de feridas.



Manjericão
Engana-se quem pensa que a erva aromática tem apenas importância na cozinha, pois o óleo extraído do manjericão alivia a alergia causada no local das picadas de insetos. Para preparar o remédio natural, basta amassar as folhas até extrair o líquido de cor escura que elas reservam. Isso porque a substância aromática contém cânfora e timol, duas propriedades utilizadas para aliviar a coceira.



Mel
Composto por substâncias antibacterianas e anti-inflamatórias, o mel trata o incômodo causado pelas picadas e traz vários benefícios para o corpo. Assim, basta passar um pouco do produto natural na picada para diminuir a irritação. Além disso, a consistência do mel dificulta que as pessoas cocem o local, contribuindo para desinchar a derme mais rápido.


Gelo
Uma compressa de água gelada ou de pedras de gelo consegue aliviar não só a coceira causada pelos mosquitos, mas também a dor que resulta da picada de outros insetos, como abelhas e formigas. Isso porque as fibras nervosas da pele “congelam”, contribuindo para que a pessoa não sinta mais os incômodos trazidos pelos insetos. No entanto, na hora de fazer compressas, é preciso ficar atento e nunca optar pela água quente, pois, após a sua aplicação, as altas temperaturas fazem com que o organismo volte a produzir histamina, substância responsável pela resposta alérgica do corpo.



Leite e água
Aplicar leite misturado com água nas picadas é uma maneira simples de reduzir não apenas a dor e a coceira, mas também o inchaço e a inflamação que ocorre no local atingido (caso a pessoa não tenha alergia à lactose). O remédio natural é preparado, de preferência, com os dois ingredientes bem gelados, em quantidades iguais. Depois de ficar pronta, a mistura deve ser aplicada na pele com um pedaço de tecido, reduzindo  os incômodos trazidos pelos insetos em pouco tempo. A mistura também pode ser aplicada nas queimaduras causadas pelo sol.


Fonte: Gabriel Felix - Redação Ciclo Vivo