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29 de outubro de 2013

O ÁRTICO PEDE SOCORRO

As implicações ambientais e políticas do rápido degelo marinho

Por Jefferson Cardia Simões, diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) — publicado na edição 70 da Revista Carta Capital, de outubro de 2013.

Os alarmes no Ártico, ano a ano, vêm disparando, a cobertura de gelo do oceano alcançou, no dia 16 de setembro, o menor tamanho já registrado, desde que medições começaram a ser feitas no local, em 1979. O derretimento recorde fez com que a extensão da camada de gelo no oceano se reduzisse a apenas 3,41 milhões de quilômetros quadrados, número 18% menor ao de 2007, quando foi registrado o último recorde antes do verão de 2012.

Para entender o que esse número representa, é importante conhecer o ciclo da região. A extensão do gelo no Oceano Ártico cresce a cada inverno, quando o Sol se põe por vários meses, e encolhe a cada verão, quando o sol sobe mais alto no céu e a claridade toma conta da região. A cada ano, a cobertura registra seu ponto mínimo em setembro, com o fim do verão, o que é um fenômeno natural. O inédito é a redução dessa cobertura na comparação ano a ano, que vem acontecendo de forma acelerada.


Em agosto, o tamanho de 4,1 milhões de quilômetros quadrados foi encarado não apenas como um novo recorde, mas também um alarme para as consequências das mudanças climáticas. Embora pareça isolado do resto do mundo, o oceano que rodeia o Polo Norte afeta todo o planeta. As mudanças climáticas que lá estão mais evidentes podem, já a curto prazo, acentuar eventos climáticos extremos, como secas e chuvas fortes. A seguir, reunimos as características do Oceano Ártico e explicamos suas principais mudanças.

O mar congelado e a Criosfera

Atualmente, 10% da superfície da Terra é coberta por neve e gelo, formando a -Criosfera. Este termo é usado para se referir coletivamente a todo gelo e neve existentes na superfície terrestre. Forma-se basicamente por duas maneiras: pela precipitação e acumulação de neve sobre continentes ou ilhas, constituindo as geleiras e os dois grandes mantos de gelo (massa de neve e gelo com grande -espessura e área maior do que 50 mil quilômetros quadrados) da Antártica e da Groenlândia.  E pelo congelamento da água do mar, formando uma fina capa de gelo marinho sobre o Oceano Ártico e o Oceano Austral, aquele que rodeia o continente antártico. 

Os oceanos polares são cobertos por uma fina capa de mar congelado, mas com características diferentes que refletem, antes de tudo, a distribuição da massa continental. No Ártico, o oceano é circundado por continentes, permitindo a estabilidade do pacote de gelo marinho no seu interior. Na Antártica, o Oceano Austral é aberto e a extensão desse pacote tem grande variação entre o verão e o inverno. 

Quando o inverno se aproxima e a temperatura cai abaixo do ponto de congelamento do mar, –1,83°C graças à salinidade, o pacote de gelo marinho (a banquisa) expande-se. Esse gelo, que no primeiro ano terá entre 15 e 60 centímetros de espessura, poderá ultrapassar 2 metros de espessura, se sobreviver ao derretimento de verão. No Hemisfério Norte, esse gelo pode expandir-se para mais de 15 milhões de quilômetros quadrados no inverno, avançando muitas vezes até 55°N, na -região da Terra Nova (Canadá) e no Mar de Okhotsk (extremo leste da Rússia). 

Por outro lado, seu derretimento também é rápido, e no fim de setembro a extensão de gelo é reduzida para 7 milhões de quilômetros quadrados, medida mínima média até a década de 1990. Já a variação do mar congelado ao redor da Antártica é o fenômeno natural com maior variação de área ao longo de um ano – salta de 1,8 milhão de quilômetros quadrados para até 20 milhões de quilômetros quadrados, entre o verão e o inverno. Portanto, essa variação sazonal na extensão de gelo do mar é um ciclo normal. 

A capa de gelo marinho do Ártico 

Nas últimas três décadas, no entanto, a extensão mínima do gelo ártico decresceu rapidamente. A figura da página ao lado mostra a área mínima da cobertura do gelo marinho no Oceano Ártico no mês de agosto desde 1979 até 2012. A extensão de agosto de 2012 é 2,9 milhões de quilômetros quadrados menor do que a média entre 1979 e 2000. Ainda: no dia 17 de setembro de 2012, o mar congelado atingiu a menor extensão já constatada, somente 3,4 milhões de quadrados quilômetros.

Essa rápida redução do gelo marinho ártico surpreendeu a comunidade científica, pois as previsões indicavam que tal redução ocorreria somente em algumas décadas. Também é observada a redução da espessura desse gelo marinho, conforme indicam os dados de sonares de submarinos nucleares obtidos durante as décadas de 1960 e 1970. A causa é o aquecimento da atmosfera regional, um dos maiores do mundo. 

A manter-se a tendência das últimas duas décadas, prevê-se um verão ártico sem mar congelado já na década de 2020. 

Tal modificação tem sérias implicações climáticas, para os hábitats de várias espécies polares e até geopolíticas. O desaparecimento desse mar congelado tende a deixar mais quente o Ártico, pois a superfície do oceano absorve mais energia que chega do Sol do que aquela superfície de neve e gelo. Isso ocorre porque o oceano é mais escuro do que a superfície de neve e gelo. Além disso, o próprio oceano transfere mais energia para a atmosfera, o que aquece mais ainda o ar da superfície do Ártico. Seria como removêssemos um cobertor do oceano, que então começa a perder energia mais rapidamente para a atmosfera. Em suma, dá-se o início a um retroprocessamento, em que o derretimento do gelo aquece ainda mais o Ártico, que derrete mais gelo, que aquece mais o Ártico, e assim por diante.

A circulação geral da atmosfera e dos oceanos, que origina o clima planetário, basicamente é o transporte de energia dos trópicos (que recebe mais energia do Sol) que perde para o espaço exterior para as regiões polares (que perde mais energia para o espaço exterior que recebe do Sol). Assim, o aquecimento e a remoção do gelo do Oceano Ártico certamente causarão mudanças do clima afetando todo o planeta. 

 Tanto as espécies que se movem sobre o gelo marinho para caça e migração, urso e raposas polares, por exemplo,quanto o plâncton que prolifera logo abaixo do gelo terão de passar por rápidas adaptações. O caso dos mamíferos que caçam parte do ano sobre o gelo marinho já recebe muita atenção da imprensa, mas é o fitoplâncton ártico, base da teia alimentar, que é muito mais sensível ao aumento da radiação solar, decorrente da remoção da capa de gelo, que deveremos observar.

Sobre o ponto de vista histórico, abre definitivamente uma passagem entre a Europa e a Ásia via norte da Sibéria. Essa é a passagem do Nordeste (imagem ao -lado), sonhada desde a época dos Grandes Descobrimentos, reduzindo a rota marítima em milhares de quilômetros e facilitando a exploração de recursos minerais na Sibéria. Em particular, facilita a exploração de recursos de óleo e gás na costa e plataforma continental norte-americana e siberiana. 

Esse é o motivo básico das diferentes ações russas ao longo dos últimos anos para reforçar sua soberania no alto ártico, inclusive para estender sua plataforma continental conforme permite a -Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Ainda, não devemos esquecer o impacto dessas rápidas modificações nas comunidades autóctones, como os inuits (esquimós) que têm seu modo de vida baseado na caça e pesca ártica.


Essas rápidas modificações na extensão do gelo marinho do Oceano Ártico são uma das mais fortes evidências das rápidas modificações globais no clima do planeta. A comunidade científica já tem evidências indiretas (pelo estudo de amostras de neve e gelo da Groenlândia e de outras ilhas canadenses) que tal processo não ocorreu pelo menos nos últimos 1,5 mil anos, ou seja, estamos tratando de um fenômeno drástico, com provável causa antrópica e cujas consequências ainda não são totalmente entendidas. Finalmente, ressaltamos que o derretimento do gelo do Oceano Ártico não afeta o nível dos mares, pois ele já se encontra flutuado. 

Guia de atividades didáticas


Mitos polares. Com o uso de mapas em projeções polares, compare as características geográficas  entre o Ártico e a Antártica 

Ainda persistem muitos mitos sobre as regiões polares em sala de aula. São vários os motivos: a falta de um globo ou o uso de projeções geográficas que deformam o Ártico e a Antártica; livros didáticos desatualizados; ou mesmo, o mito que vivemos em um país tropical verdejante, longe e pouco afetado pelas regiões mais frias do planeta. Sobre esse ponto, você sabia que Porto Alegre (RS) está mais perto da Antártica (3.600 km) do que Boa Vista, capital de Roraima (3.700 km)? 

Assim, uma interessante atividade de aula é o uso de mapas em projeções polares (como aqueles das figuras da página 32), ou um globo, ou o Google Earth, para mostrar várias características das regiões polares:

a) A diferença básica entre o Ártico (um oceano circundado por continentes) e a Antártica (um continente cercado por oceanos);

b) As características do mar congelado (que é formado pelo congelamento d’água, raramente ultrapassa 3 metros de espessura e cuja extensão varia milhões de quilômetros quadrados entre inverno e verão) e os grandes mantos de gelo da Antártica (que cobre 13,6 milhões de quilômetros quadrados, tem espessura média de 1.980 metros) e da Groenlândia (que cobre 1,7 milhão de quilômetros quadrados). Esses dois mantos são massas permanentes de gelo formadas pela precipitação e acúmulo de neve;

c) A diferença entre icebergs (que são pedaços de gelo que se desprendem dos mantos de gelo da Antártica e Groenlândia, e, portanto, são de água doce) e o mar congelado que é de água salgada;

d) Atualmente vivem no Ártico mais de 4 milhões de pessoas, onde  os inuits (antigamente chamados de esquimós) são somente uma de 14 etnias árticas (existem cerca de 144 mil inuits na Groenlândia, Canadá e Alasca). Enquanto isso, a população da Antártica oscila entre 800 (inverno) e 4 mil pessoas (verão). 

Competências Compreender as transformações dos espaços geográficos

Habilidades Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos

26 de agosto de 2013

CONSUMO HUMANO EXCEDEU ORÇAMENTO PLANETÁRIO 2013

     Em pouco mais de oito meses, utilizamos todos os recursos naturais que o nosso planeta consegue regenerar durante o ano de 2013.
    Em 20 de agosto de 2013, a humanidade esgotou o orçamento da natureza para este ano e começou a operar no vermelho. Os dados são da Global Footprint Network – GFN (Rede Global  Pegada Ecológica), instituição internacional que gera conhecimento sobre sustentabilidade e tem escritórios na Califórnia (EUA), Europa e Japão, e é parceira da rede WWF.

    O Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day) é a data aproximada em que a demanda anual da humanidade sobre a natureza ultrapassa a capacidade de renovação possível do planeta no período de um ano.


     Para chegar a esse dia, a GFN faz o rastreamento do que a humanidade demanda em termos de recursos ecológicos do planeta (tal como alimentos, matérias primas e absorção de gás carbônico) — ou seja, a Pegada Ecológica – e compara com a capacidade de reposição desses recursos pela natureza e de absorção de resíduos. Os dados da GFN demonstram que, em pouco mais de oito meses, utilizamos todos os recursos naturais que o nosso planeta consegue regenerar durante o ano de 2013.
     O restante do ano corresponde ao que ficou descoberto em nossa conta. Esse nosso déficit ecológico continuará, devido à dilapidação dos estoques pesqueiros, das árvores e outros recursos naturais, bem como o C2 jogado na atmosfera.
     À medida que aumenta nosso nível de consumo ou de “gastos”, os juros que pagamos sobre esse crescente débito ecológico – redução de florestas, perda da biodiversidade, colapso dos recursos pesqueiros, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e acúmulo de gás carbônico na atmosfera – não apenas sobrecarregam o meio ambiente como também debilitam nossa economia.

     As mudanças climáticas -- decorrentes da emissão de gases de efeito estufa em ritmo mais rápido do que sua absorção pelas florestas e oceanos – são o maior impacto desse consumo excessivo.

      Em 1961, a humanidade utilizou somente cerca de dois terços dos recursos ecológicos disponíveis no planeta. Naquela época, a maior parte dos países possuía reservas ecológicas. No entanto, a demanda global, assim como a população mundial, estão em ascensão. No início da década de setenta (1970), o crescimento das emissões de carbono e da demanda humana por recursos naturais começou a ultrapassar a capacidade de produção renovável do planeta. Essa condição é conhecida como Ecological overshoot. E entramos no vermelho ecológico.
     "O enfrentamento de tais restrições impacta diretamente as pessoas. As populações de baixa renda têm dificuldade em competir por recursos com o restante do mundo," afirma Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network e co-criador da Pegada Ecológica, uma medida para contabilizar o uso de recursos naturais.
Preparar para o futuro:

     A contabilidade da Pegada Nacional de 2012 feita pela GFN demonstra que, no ritmo em que a humanidade utiliza os recursos e serviços ecológicos hoje, precisaríamos de um planeta e meio (1,5) para renová-los. Se continuarmos nesse ritmo, vamos precisar de dois planetas antes de chegar à metade do século.
    A Pegada Ecológica total da China é a maior do mundo, principalmente devido a sua grande população. A Pegada por pessoa da China é muito menor do que aquela dos países da Europa ou da América do Norte; nos últimos sete anos, entretanto, a China ultrapassou os recursos disponíveis por pessoa no mundo todo.
      Na realidade, se todos vivessem como um típico habitante da China, seria preciso dispor de 1,2 planeta para prover a população mundial. A demanda por pessoa de outros países sobre os ecossistemas do planeta é mais elevada ainda: se todos vivessem como quem reside nos Estados Unidos, seria preciso dispor de quatro planetas para prover a população mundial. No Catar (um dos Emirados Árabes), o típico morador demanda recursos de seis planetas e meio (6,5).
    Segundo tendências atuais, os recursos disponíveis já não conseguem atender as necessidades da população do planeta, que está em 7 bilhões de pessoas e continua crescendo. Cerca de 2 bilhões de pessoas não têm acesso aos recursos necessários para satisfazer suas necessidades básicas.
    Hoje, mais de 80% da população mundial vive em países que utilizam mais do que seus próprios ecossistemas conseguem renovar. Esses países “devedores ecológicos” esgotam seus próprios recursos ecológicos ou os obtêm de outros lugares.
     Os devedores ecológicos utilizam mais do que possuem dentro de suas próprias fronteiras. Os moradores do Japão consomem os recursos ecológicos equivalentes a 7,1 Japões.  Seriam necessárias três Itálias para prover a Itália. O Egito utiliza os recursos ecológicos de 2,4 Egitos. Nos países devedores destacados no primeiro infográfico, a seguir.

      Nem todos os países demandam mais do que seus ecossistemas são capazes de prover. Mas até mesmo as reservas de tais “credores ecológicos”, como o Brasil, diminuem com o tempo. O Brasil possui a maior reserva ecológica; no entanto, ela diminui constantemente. A Austrália também perde rapidamente sua reserva. À medida que suas reservas se reduzem, Madagascar e Indonésia enfrentam enorme perda de biodiversidade, o que também acontece em outros países apresentados no segundo infográfico. Esse infográfico abaixo revela as reservas e as tendências de Pegada Ecológica per capita. Não podemos mais manter essa discrepância orçamentária que se alarga entre o que a natureza é capaz de prover e as demandas de nossa infraestrutura, economia e estilo de vida.


     "A América Latina e, mais especificamente, a América do Sul está numa posição única no contexto mundial, já que suas reservas ecológicas ainda superam sua Pegada Ecológica na maior parte dessa região”, afirma Juan Carlos Morales, Diretor Regional para a América Latina da Global Footprint Network. "No entanto, esse padrão está mudando e agora, mais do que nunca, os países da América do Sul precisam realmente compreender a produção e o consumo e seus recursos naturais para continuarem competitivos na nova economia,” concluiu Morales.
Pegada Ecológica:

     Com o objetivo de ampliar o debate sobre o consumo e equilíbrio ambiental, o WWF-Brasil iniciou em 2010 um trabalho pioneiro no Brasil, em parceria com a GFN, prefeitura de Campo Grande (MS) e parceiros locais. Realizou o cálculo da Pegada Ecológica da capital sul-mato-grossense, primeira cidade brasileira a fazer esse cálculo. Em 2011, realizou o cálculo para o estado e para a capital São Paulo.
     De acordo com a Secretária Geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, cidadãos e governos têm papel fundamental na redução dos impactos do consumo sobre os recursos naturais do planeta. "Políticas públicas voltadas para esse fim, como a oferta de um transporte público de qualidade e menos poluente, construção de ciclovias, e o estímulo ao consumo responsável, por exemplo, são essenciais para reduzir a Pegada Ecológica. E este é um papel dos governos",  ressalta.  Já os cidadãos, na opinião de Maria Cecília,  devem cobrar dos governos e dos políticos a criação e aplicação de politicas deste tipo. "Mas enquanto elas não existem, nós podemos fazer nossas escolhas lembrando que nosso planeta é finito, como é a nossa conta no banco", salienta.
     Em Campo Grande, as ações de mitigação para ajudar a reduzir a Pegada Ecológica estão em curso e o estudo de São Paulo, lançado em 2012, durante a Rio+20, ainda carece de uma ação concreta dos poderes estadual e municipal.  "O cálculo traz informações importantes que ajudam no planejamento da gestão ambiental das cidades com o direcionamento das políticas públicas de forma a reduzir esses impactos" afirma o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Michael Becker, responsável pela condução dos estudos, pelo WWF-Brasil.

7 de abril de 2013

PLANO DE AULA: MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE


Objetivos:

- Compreender as questões atuais referentes ao meio ambiente, como efeito estufa e aquecimento global, chuva ácida, poluição ambiental, desperdício de recursos naturais e geração de lixo.

- Evidenciar que os problemas ambientais vêm ocorrendo sequencialmente e há muito tempo, estando vinculados às atividades econômicas praticadas no planeta.

 

Duração das atividades: 4 horas/aula
 
Desenvolvimento:

1-      Leitura e discussão sobre o texto:

2-      Recurso:

3 - Caso o professor não tenha trabalhado nunca com o assunto, segue um recurso que pode ser utilizado.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/12435/chuva_acida.swf
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/12435/chuva_acida.swf


4 - ATIVIDADE : Discussão de notícias de jornal. Segue alguns links abaixo encontrados no site www. folha.uol.com.br:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u494425.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u482598.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u453401.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u441273.shtml
Uma sugestão ao professor é dividir a turma em grupos, onde cada um se responsabiize por ler e analisar cada reportagem. Alguém do grupo expõe resumidamente a matéria em voz alta para os outros grupos. O professor dá continuidade à discussão com questionamentos que busquem uma reflexão crítica por parte dos alunos..
5 - Partindo da temática poluição, a próxima sugestão é a abordagem do tema aquecimento global.
 
AQUECIMENTO GLOBAL E EFEITO ESTUFA - GRANDE AMEAÇA DA MODERNIDADE

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/9063/01_mudancas_ambientais_globais/01_mudancas_ambientais_globais.html

A partir da utilização do recurso, o professor já introduz um resumo do assunto. A questão da poluição já é abordada, mas aconselha-se uma explicação razoável do que de fato acontece com as emissões desenfreadas de dióxido de carbono para o efeito estufa:
 O efeito estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. Por isso ele chega a ser essencial à vida, caso contrário o nosso planeta seria uma bola de gelo!!!
6 - TEXTO:

EFEITO ESTUFA
COMO ISSO SE DÁ?
"Pense na Terra como sendo um carro que ficou estacionado o dia inteiro exposto ao Sol. Depois de algum tempo sob o Sol a temperatura dentro do carro está sempre bem mais alta do que a externa. Os raios do Sol entram pelas janelas do carro, e parte do calor é absorvida pelos assentos, pelo painel, pelo carpete e pelos tapetes. Quando esses objetos liberam calor, ele não sai totalmente pelas janelas. Um pouco se reflete no interior do veículo. O calor que os assentos liberam tem um comprimento de onda diferente da luz do Sol que conseguiu atravessar as janelas. Isso quer dizer que a quantidade de energia que entra é maior do que a que sai. O resultado é um aumento gradual na temperatura dentro do carro."
O calor que não consegue sair pela atmosfera da Terra mantém o planeta mais aquecido do que o espaço sideral, porque há mais energia entrando por ela do que saindo. Tudo isso faz parte do efeito estufa que mantém a Terra aquecida.

QUAL O PROBLEMA ENTÃO? 
O excesso dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa, ao qual desencadeia um fenômeno conhecido como Aquecimento Global, que é o grande vilão.
A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes na atmosfera. Essa camada impede a dispersão da energia luminosa proveniente do Sol, que aquece e ilumina a Terra e também retém a radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície do planeta. O efeito do espessamento da camada gasosa é semelhante ao de uma estufa de vidro para plantas, o que originou seu nome. 


E AS CONSEQUÊNCIAS???
Professor, instigue os alunos a responderem quais são as consequências do aquecimento global de acordo com os conhecimentos prévios deles e qual a participação deles, mesmo que indireta sobre o aquecimento global.
Algumas consequências...  Verões cada vez mais quentes; pessoas morrendo por causa das altas temperaturas; peixes migrando para águas mais profundas por causa do calor; gelo dos pólos derretendo; inundações em algumas regiões, grandes secas em outras...


7 - Uma animação/simulação do efeito estufa pode ser encontrado no repositório de objetos educacionais do mec, no site:

8 - Introduzindo o conceito de sustentabilidade: Professor, para começar, instigue seus alunos sobre a palavra SUSTENTÁVEL e SUSTENTABILIDADE. O que eles conhecem sobre o assunto e o que de fato ele significa para eles.
Conceitos: “desenvolvimento que vem ao encontro das necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras atingirem as suas necessidades” - Comissão Mundial do Desenvolvimento e Meio Ambiente
*** Quais são, de fato, essas necessidades ??? As necessidades de hoje são as mesmas de antes??
                      “necessidades do desenvolvimento com perspectivas a longo prazo, integrando os efeitos locais e regionais de mudança global no processo de desenvolvimento, e usando o melhor conhecimento científico e tradicional disponível” - Agenda 21, capítulo 35.
*** Que tipo de desenvolvimento, é esse? até onde ele pode  ir ??
*** Qual é e qual a importância desse conhecimento tradicional citado ?
*** Questões sugeridas para que o professor se questione para posteriormente questionar seus alunos

9 - Considera-se interessante a reflexão do professor, juntamente com os estudantes, sobre o impacto do desenvolvimento econômico e social na sustentabilidade dos recursos do planeta. Sugestão de vídeo: The story of stuff. Mostra de modo crítico, o modo de produção existente em nosso sistema. Pode ser facilmente encontrado na rede.


10 - “O ser humano se diferencia dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser Livre. Livre é o estado daquele que tem liberdade. Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” ILHA DAS FLORES, documentário de Jorge Furtado, produzido em 1989, e ainda completamente atua. Super recomendável sua apresentação aos alunos.

  • Professor, o vídeo pode e deve ser considerado como uma ferramenta de aprendizagem. Deve, portanto ser levado a sério. Para isso, torna-se indispensável o aprofundamento do mesmo. Instigar a discussão é uma ótima alternativa. Instigar com ela a criticidade, primordial. Passá-la para o papel melhor ainda. Além de um mecanismo de avaliação, trata-se de um forte mecanismo para formar alunos cidadãos pensantes.


 
Avaliação: A avaliação das aulas deve ser feita a partir da participação dos alunos, da atividade de discussão das reportagens, podendo o professor pedir algum texto reflexivo sobre o que entendeu das discussões. Outra ferramenta avaliativa pode ser um trabalho ilustrativo/visual sobre o cotidiano dos alunos que ilustre o modo de vida, consumo, desperdício, lixo ou ainda quando promovem ações sustentáveis.



24 de março de 2013

PEGADA ECOLÓGICA, QUAL É A SUA?


Você já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas no meio ambiente? É isso mesmo nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, que podem ser maiores ou menores, dependendo de como caminhamos. De certa forma, essas pegadas dizem muito sobre quem somos!

A partir das pegadas deixadas por animais na mata podemos conseguir muitas informações sobre eles: peso, tamanho, força, hábitos e inúmeros outros dados sobre seu modo de vida. Com os seres humanos, acontece algo semelhante. Ao andarmos na praia, por exemplo, podemos criar diferentes tipos de rastros, conforme a maneira como caminhamos, o peso que temos, ou a força com que pisamos na areia.

Se não prestamos atenção no caminho, ou aceleramos demais o passo, nossas pegadas se tornam bem mais pesadas e visíveis. Porém, quando andamos num ritmo tranquilo e estamos mais atentos ao ato de caminhar, nossas pegadas são suaves.

Assim é também a “Pegada Ecológica”. Quanto mais se acelera nossa exploração do meio ambiente, maior se torna a marca que deixamos na Terra.  O uso excessivo de recursos naturais, o consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que ainda se vê fora e distante da Natureza.

A Pegada Ecológica não é uma medida exata e sim uma estimativa. Ela nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos. Isto considerando que dividimos o espaço com outros seres vivos e que precisamos cuidar da nossa e das próximas gerações. Afinal de contas, nosso planeta é só um!

Para calcular tua pegada ecológica, acesse o link abaixo:

http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/


MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AQUECIMENTO GLOBAL




11 de fevereiro de 2013

CONHEÇA OS 10 PONTOS MAIS CRÍTICOS (HOTSPOTS) DE DEVASTAÇÃO DA NATUREZA:



      Considerando a porcentagem de vegetação original destruída, a bacia do mar Mediterrâneo é a região mais agonizante do planeta: apenas 4,7% da área original segue intacta e 32 espécies de animais endêmicas (que só existem no próprio lugar) estão ameaçadas de extinção. Mas neste ranking ingrato há outras nove regiões com mais de 90% do território original destruído.

      Elas fazem parte de uma lista de 34 regiões definidas por organizações ambientais como as mais importantes para a conservação da biodiversidade mundial. São os hotspots: locais que possuem ao menos 1 500 espécies de plantas endêmicas e já perderam 70% ou mais de suas áreas originais. Juntas, as 34 regiões ocupam menos de 3% da superfície do planeta, mas concentram 50% de todas as espécies vegetais e 42% de todos os vertebrados da Terra.

   "Você acaba com a força de evolução do planeta quando interrompe de maneira tão abrupta a existência dessas regiões riquíssimas", afirma a bióloga Monica Fonseca, da ONG Conservation International do Brasil. Duas dessas regiões estão no Brasil: a mata Atlântica, com 8% da cobertura original, e o cerrado, com 20%.

Fonte: Revista Mundo Estranho

9 de fevereiro de 2013

A FRONTEIRA FINAL


               
http://planetasustentavel.abril.com.br/infograficos/popup.shtml?file=/infoIce


Nos pólos estão gravadas as informações que permitem entender o passado e fazer uma aposta segura de como será o futuro da Terra. O Ártico e a Antártica são ao mesmo tempo o termômetro das atuais alterações ocorridas no clima e um arquivo minucioso da história da atmosfera nos últimos milhões de anos. O que se ouve nos pólos agora é, infelizmente, um grito agônico: as mudanças que estão acontecendo por lá são mais rápidas e intensas do que as sentidas em qualquer outra parte do mundo.

No Ártico, o ritmo da elevação da temperatura na atmosfera é o dobro da média global. A calota gelada do Oceano Ártico deve desaparecer totalmente durante o verão a partir de 2060. Na escala geológica, meio século é um piscar de olhos. As crianças de hoje serão testemunhas dessa mudança brutal e talvez não possam ver ursos-polares fora de zoológicos.

A sobrevivência desse magnífico predador na natureza está ameaçada pela redução da área de mar congelado, seu território de caça. No sul, registra-se a formação de áreas verdes maior do que o comum na Península Antártica, antes predominantemente branca, como o resto do continente. Ninguém pode ficar indiferente diante dessas mudanças. O que ocorre nas regiões polares tem repercussão direta no equilíbrio climático em escala planetária. 

A compreensão do que acontece nos pólos se tornou tão crucial e urgente que mais de sessenta países, entre eles o Brasil, estão mobilizando 10.000 cientistas e vão dedicar 1,5 bilhão de dólares a 228 projetos de pesquisa no Ártico e na Antártica, como parte do Ano Polar Internacional 2007-2008, que começou em fevereiro.

O pano de fundo das pesquisas é o aquecimento global, que é causado pelo aumento dos gases do efeito estufa na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono, resultado da atividade humana. Esses gases formam uma espécie de cobertor em torno do planeta, impedindo que a radiação solar, refletida pela superfície em forma de calor, se dissipe no espaço. O efeito estufa é um fenômeno natural, que garante as condições de temperatura e clima necessárias para a existência de vida na Terra, mas agora se tornou sufocante.

Quando esse mecanismo delicado saiu dos trilhos é uma das perguntas às quais a Antártica começa a responder. Quando a neve se solidifica, pequenas bolhas de ar ficam presas no gelo. O exame dessas bolhas em gelo formado nos últimos 720.000 anos, extraído na Antártica, mostra que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem oscilado para mais e para menos ao longo dos séculos, mas nunca foi tão elevada como hoje.

O terceiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), da ONU, divulgado na sexta-feira passada, coloca o Ártico no topo da lista das regiões sob pressão do aquecimento global, devido à elevação da temperatura superior à média mundial. As mudanças aceleradas na criosfera - como é chamado o conjunto dos ambientes congelados da Terra - terão repercussões dramáticas nas outras partes do mundo.

"As regiões polares são como gigantes adormecidos: seu despertar será sentido com violência em toda parte", disse a VEJA o oceanógrafo americano Paul Berkman, da Universidade da Califórnia, que há mais de vinte anos pesquisa as regiões polares.

Os pólos, devido a suas baixas temperaturas, ajudam a manter o clima global ameno, alimentando as correntes marítimas, resfriando as massas de ar e devolvendo ao espaço a maior parte da energia solar que recebem, graças a suas vastas superfícies brancas.

Por isso, mesmo alterações aparentemente pequenas nos ambientes polares podem quebrar o equilíbrio climático do planeta . "Algumas projeções indicam que a superfície do Oceano Ártico vai ficar 12 graus mais quente quando todo o gelo derreter, alterando dramaticamente o clima no Hemisfério Norte", disse a VEJA o australiano Tim Flannery, autor do livro Os Senhores do Clima (Editora Record).

Uma dificuldade para a humanidade se preparar melhor para as mudanças climáticas decorre da falta de conhecimento científico sobre o Ártico e a Antártica. Os modelos meteorológicos usados na previsão do tempo ainda não dão o devido peso à influência dos pólos.

"Uma melhor compreensão do complexo sistema climático das regiões polares faria a previsão do tempo de três dias de antecedência ser tão acurada quanto a de dois dias é hoje", afirma Rainer Vockenroth, chefe da base alemã de pesquisas polares em Ny-Ålesund, no arquipélago norueguês de Svalbard, localizada dentro do Círculo Polar Ártico, a apenas 1 200 quilômetros do Pólo Norte. O mesmo tipo de conhecimento é necessário para antecipar com maior precisão os efeitos do aquecimento global em todo o planeta.

Já se sabe que o nível dos oceanos está aumentando 3 milímetros por ano por causa do derretimento do gelo dos pólos e dos glaciares das montanhas. A Groenlândia e a Antártica, que acumulam 99% do gelo do planeta, por enquanto respondem por 30% da elevação dos mares.

Os glaciologistas estão tentando descobrir agora se - e quando - a perda de volume desses dois imensos reservatórios de água doce chegará ao ponto em que a elevação anual do nível do mar será medida em metros, não mais em milímetros. Nas páginas seguintes, o relato dos repórteres de VEJA enviados ao Ártico e à Antártica.

1 de fevereiro de 2013

ATIVIDADES SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL

O site Smart Kids (http://www.smartkids.com.br) é maravilhoso!!!! Encontrei alguns passatempos sobre Aquecimento Global que podem ser utilizados/adaptados para aulas de ciências, tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais do Ensino Fundamental: