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29 de janeiro de 2015

E AINDA NOS ACHAMOS SUPERIORES

O massacre de nove gorilas no Congo expõe os riscos de extinção da espécie



   O Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo, é o principal santuário dos gorilas-das-montanhas na África. Lá vive metade dos 700 animais da espécie que restam no mundo. Assim como os gorilas das planícies, mais numerosos, eles vêm sendo eliminados sistematicamente por caçadores e pela destruição de seu habitat.

   Os gorilas são hoje uma das 7.700 espécies de animais do planeta ameaçadas de extinção. Por esse motivo, e também pelos laços ancestrais que nos ligam aos grandes primatas, nossos parentes mais próximos na árvore da evolução, causou choque e revolta a execução sumária de nove gorilas do Parque de Virunga nos últimos sete meses.

   Os animais não foram mortos por caçadores profissionais, já que os corpos foram abandonados na selva, alguns deles parcialmente queimados. Além disso, foram encontrados junto a eles, vivos, dois gorilas bebês, que valeriam 10.000 dólares no mercado negro de animais selvagens.

   Os guardas do parque logo elucidaram a charada: os matadores foram capangas dos madeireiros e carvoeiros da região, impedidos de entrar na reserva para derrubar árvores e afeitos a barbáries desse tipo como forma de retaliação e intimidação.

   "O primeiro passo para proteger os gorilas-das-montanhas do Congo é colocar mais guardas nas reservas e demitir os guardas corruptos, aliciados pelos exploradores em troca de propina", disse a VEJA o paleontólogo queniano Richard Leakey, presidente do programa africano de conservação ambiental Wildlife Direct.

   A matança dos gorilas de Virunga não é um episódio isolado. Nos últimos dez anos, a eliminação de animais selvagens na África e na Ásia, por ação do homem, conheceu uma escalada sem precedentes na história recente.

   Em grande parte, ela se deve a um ciclo perverso que começa com a multiplicação de madeireiras, mineradoras e carvoarias instaladas nas florestas. A atividade extrativista reduz o habitat de muitas espécies - e essa não é a única ameaça que ela representa.

   O primeiro passo das empresas, ao ganharem concessões para explorar os negócios de mineração e madeira, é rasgar estradas para escoar sua produção. As estradas servem também para que os caçadores penetrem cada vez mais fundo na selva em busca de suas presas. "Praticamente todas as florestas tropicais da África e da Ásia são hoje cortadas por estradas", aponta a bióloga Elizabeth Bennett, da Wildlife Conservation Society.

   Os caçadores se multiplicam e se tornam mais ousados porque a caça de animais selvagens nunca foi um negócio tão lucrativo. A demanda por pele, dentes, presas e até pela carne dos animais da floresta é cada vez maior.

   Na Inglaterra, no ano passado, funcionários da alfândega apreenderam 163.000 produtos e objetos feitos com partes de animais selvagens, muitos deles ameaçados de extinção. O maior volume de apreensões foi de remédios da medicina oriental.

   O uso de tecidos, órgãos e glândulas de animais na medicina, a opoterapia, é um costume arraigado na cultura da China há muito tempo. Os chineses atribuem aos ossos do tigre poderes antiinflamatórios e aos testículos, propriedades afrodisíacas. Um tigre morto e dividido em pedaços pode render até 50.000 dólares. Os animais selvagens também vão parar na mesa das populações pobres da África. Para muita gente, sua carne constitui a única forma de adicionar proteínas à dieta.

   A experiência mostra que as ações de proteção aos animais e os parques de preservação são eficazes para evitar a extinção das espécies. As baleias jubarte, que costumam aparecer na costa brasileira, quase foram extintas nos anos 60.

   A pesca fez sua população cair de 200.000 para 15.000 animais. Com a ação de grupos de proteção, hoje já existem 35.000 baleias jubarte nos oceanos. No sul da África, a população de rinocerontes-brancos, que há um século era de apenas cinqüenta, está em 11.000, graças à criação de parques nacionais e ao remanejamento de animais.

   A preservação de espécies não é tarefa fácil. Cada uma exige um projeto especial, dependendo de suas características e das ameaças sofridas. Em vários países africanos, especialmente no Quênia, a opção para evitar a extinção de animais foi investir no turismo, transformando os safáris de caça em safáris fotográficos. Assim, as populações locais e estrangeiras se conscientizam da necessidade de manter os animais vivos.

   O mesmo foi feito no Parque Nacional de Virunga, onde os turistas pagam 500 dólares para passar uma hora ao lado dos gorilas e fotografá-los. Mesmo assim, os animais do parque congolês continuam a sofrer as investidas dos caçadores e, como se viu após o massacre de nove gorilas, dos capangas dos donos de madeireiras.

FAMÍLIAS QUE ENCOLHERAM
Há hoje 7.700 espécies de animais ameaçadas de extinção, entre elas¿1.090 de mamíferos. Além dos gorilas, estes são os casos mais dramáticos:

Tigre
Onde vive: leste e sudeste da Ásia
Situação: há 100 anos, eram 100.000 animais. Hoje, são 6.000. Três das nove subespécies já estão extintas
Por que a espécie está sumindo: caça para alimentar o comércio ilegal de pele, ossos e órgãos para fabricação de remédios da medicina oriental. Além disso, apenas nos últimos dez anos o habitat dos tigres foi reduzido em 40%

Hipopótamo-pigmeu
Onde vive: Libéria, Serra Leoa, Guiné e Costa do Marfim
Situação: há hoje menos de 3.000 animais da espécie
Por que a espécie está sumindo: redução do habitat e caça

Hipopótamo
Onde vive: África
Situação: desde 1994, o número de exemplares caiu de 160.000 para 125.000. Apenas na República Democrática do Congo a população de hipopótamos passou de 30.000 para 1.500 animais
Por que a espécie está sumindo: caça para venda da carne e para extração dos dentes, usados em jóias

Orangotango
Onde vive: Sudeste Asiático
Situação: em 100 anos, a população foi reduzida em 91%. Hoje, há 30.000 espécimes
Por que a espécie está sumindo: os orangotangos são caçados e vendidos como alimento ou como animais de estimação. Além disso, nos últimos vinte anos cerca de 80% de seu habitat foi destruído

Rinoceronte-negro
Onde vive: África do Sul, Namíbia, Quênia e Zimbábue
Situação: de 1970 até 1994, o número de animais caiu de 60.000 para 2.550. Nos últimos anos, um esforço de conservação permitiu o aumento da população para 3.600 animais
Por que a espécie está sumindo: caça-se o rinoceronte-negro para retirar os chifres, usados na China para fazer remédios e em artesanato

Elefante africano
Onde vive: África
Situação: em sessenta anos, a população foi reduzida de 5 milhões de animais para 700.000
Por que a espécie está sumindo: os elefantes são mortos para que as presas de marfim sejam retiradas

Gorila-das-montanhas
Onde vive: Congo, Ruanda e Uganda
Situação: hoje, há apenas 700 exemplares
Por que a espécie está sumindo: durante a guerra civil em Ruanda, entre 1990 e 1994, os parques nacionais ficaram sem policiamento e a caça desenfreada reduziu o número de gorilas da região em 30%. Aproveitando-se da fiscalização deficiente e corrupta, caçadores continuam a abater os gorilas.


Sugestão de trabalho em sala de aula:

Esta reportagem é da Revista Veja, no ano de 2007. Apesar de antiga, pode-se realizar um trabalho em sala de aula bem interdisciplinar:

Língua Portuguesa: Exploração do gênero textual REPORTAGEM, gramática, produção de texto.

Geografia: Localização do Continente Africano, países citados no texto, situação política e econômica.

Matemática: Construção de gráficos e tabelas.

Ciências: Pesquisar sobre o tema abordado para verificar qual a situação atual dos Gorilas no Parque de Virunga, pesquisar ainda sobre os outros animais citados na reportagem.

Arte: Construção de maquetes.

Produção Final: Confecção de um álbum com os animais pesquisados e a situação atual, utilizando ilustrações, Após, transformar a pesquisa numa nova reportagem e publicar em alguma mídia (blog, rede social, jornal da escola, etc).



 

20 de abril de 2013

MELANOPHRYNISCUS ADMIRABILIS LUTANDO EM PROL DE SUA PRESERVAÇÃO E CONTRA A IGNORÂNCIA DE MUITOS

Nos últimos dias, temos acompanhado uma série de discussões sobre o 'atraso nas obras de uma hidrelétrica' por conta de um 'sapinho que cabe na palma da mão' e infelizmente a abordagem dada sempre coloca o pequeno anfíbio como vilão, quando na verdade seria justamente o contrário, a obra ameaçando o animal! 

Uma das reportagens mais comentadas foi a veiculada pelo site "Zero hora" (veja a reportagem aqui: http://tinyurl.com/bwtlcdp), que também comentou sobre outro sapo que emperrou outra obra e sobre o comentário do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a questão (veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Qzu-qrBQkPs).

Por conta disso, gostaríamos de divulgar essa Carta Eletrônica enviada ao "Zero hora".

Vale a pena parar para ler! 

"Carta eletrônica enviada a Zero Hora.

Caros editores e redatores da ZH,

É vergonhosa a postura da ZH perante o polêmico caso do licenciamento ambiental da PCH Perau de Janeiro e seu envolvimento com a espécie endêmica e ameaçada de sapo, Melanoprhyniscus admirabilis.
O texto foi construído de forma extremamente parcial, onde a posição técnico-científica, que possui amparo legal na constituição e na legislação ambiental brasileira, é reduzida a mera ideologia. Saibam que a conservação de uma espécie biológica é obrigatoriedade constitucional, sustentada por critérios científicos e éticos mundialmente reconhecidos. O Brasil peca por não reconhecer o valor de sua biodiversidade, a qual poderia estar aliada ao desenvolvimento e não impedindo-o, como frisa o texto de vocês. Os países desenvolvidos sabem muito bem desse ponto e a biopirataria ocorre desde sempre em nossas terras, com patentes de produtos de alto valor mundial (vide Captopril e o caso da Petunia exserta) sendo extraídos de nosso território. A biodiversidade é a grande riqueza nacional ainda não reconhecida.

Nosso modelo de desenvolvimento segue sendo o modelo colonial, onde somos o grande exportador de commodities (soja, minério de ferro, alumínio, celulose, etc), produtos sem grande valor agregado. Nessa lógica entram as obras do PAC, principalmente aquelas que constituem o setor energético. As empresas do setor eletrointensivo são as grandes consumidoras de energia elétrica em território nacional. As obras não estão a favor da população em geral. Os casos emblemáticos de Belo Monte e Pai Querê representam de forma quase caricatural essa situação.

Uma matéria que não menciona sequer um aspecto desse panorama maior e usa frases de tendência clara e alinhada com o empreendedor como "Animal raro emperra construção de usina no Vale do Taquari", "Um animal que cabe na palma da mão de uma criança ameaça a construção de uma hidrelétrica em Arvorezinha, no Vale do Taquari." e "Atrasada, a obra pode não avançar por colocar em risco de extinção do sapo que só existiria no Rio Grande do Sul." mostra claramente seu descompromisso com a verdade.

Pergunto-lhes:

- O animal emperra a construção de uma usina? Qual é o processo já estabelecido e qual é o interferente? A espécie existe há milhões de anos. A hidrelétrica é a novidade que deveria estar sendo contestada e repensada. Não só pelos problemas ambientais, mas sua proposta deveria ser alvo de um pensamento crítico mais criterioso. Para quem vai essa energia? Para quem serve esse investimento? Sabiam que a produção energética da usina (1,8 MW) é inferior a um ÚNICO aerogerador moderno (2 MW)?

- O tamanho do animal é proporcional à sua relevância ecológica? Essa é a ideia que o texto parece passar...

- A obra não está atrasada. A realidade é que a lei concebe a possibilidade de a obra NÃO SE CONCLUIR. Sim, isso é possível, de acordo com as leis de Licenciamento Ambiental.

Encerro reafirmando o imenso descontentamento do setor acadêmico e científico com a equipe de reportagem da ZH no tratamento dado a esse caso. Fica evidente a posição vergonhosa do veículo. A Zero Hora, mais uma vez, presta um desserviço à população, fornecendo conteúdo claramente tendencioso. Qualquer um com um mínimo conhecimento de psicologia de massas e retórica sabe reconhecer o mecanismo de uma estratégia de manipulação e devo afirmar que, nesse quesito, os senhores fizeram um bom trabalho."

Texto de Paulo Barradas

24 de março de 2013

PLANEJAMENTO DE AULAS: SOBREVIVÊNCIA DOS ANIMAIS EM EXTINÇÃO

Objetivos:
Discutir sobre problemas ambientais e as mudanças de comportamento social necessárias para revertê-los 

Introdução:  
O massacre de gorilas nas montanhas do Congo, focalizado na reportagem de VEJA, revela que, mesmo com projetos nos quais o turismo é usado como incentivo para a preservação de ambientes naturais, ainda é grande a fragilidade da proteção às espécies ameaçadas de extinção. As conseqüências do desaparecimento desses grupos e as alternativas para evitá-lo devem ser conhecidas por seus alunos e pela comunidade em que vivem. 

Desenvolvimento: 

1ª aula - 

* Discuta as principais causas apontadas por VEJA para o aumento do número de espécies ameaçadas de extinção. O debate deve contemplar: 
• # A ação de caçadores; 
• # O porquê da promoção da matança por madeireiros, carvoeiros e mineradores; 
• # O uso de estradas em florestas; 
• # As conseqüências do desaparecimento de espécies, em especial no contexto da redução de biodiversidade (perda de informações biológicas, desestruturação de teias alimentares, questões éticas envolvidas etc.). 

* Distribua cópias do quadro "Na Lista Vermelha" (abaixo) e peça que os alunos, organizados em equipes, executem as atividades nele previstas. Pergunte quais são as informações mais confiáveis em termos de análise da situação dos grupos de vertebrados. Resposta: aquelas que se referem ao maior número de espécies avaliadas em relação às conhecidas. 


* Sugira que os times elaborem gráficos que representem os dados da tabela para os mamíferos, foco desta lição. 


MAMÍFEROS AMEAÇADOS 

     De cima para baixo, quatro espécies que podem desaparecer das matas e dos mares brasileiros: tatu-bola, mico-leão-de-cara-dourada, peixe-boi-marinho e ariranha. Os animais terrestres e o anfíbio ocupam a categoria "vulnerável", menos grave. Já o peixe-boi se encontra "criticamente em perigo", ou seja, enfrenta um risco extremamente alto de extinção na natureza.





2ª aula - 

* Mostre as figuras de animais reproduzidas acima. Todos esses bichos são encontrados no Brasil e pertencem a espécies em risco. Chame a atenção para as diferentes categorias de risco de extinção e explique de que modo são estabelecidos os critérios empregados nessa classificação: 
• # Criticamente em perigo - o táxon enfrenta um risco extremamente alto de extinção na natureza; 
•#  Em perigo - o táxon enfrenta um risco muito alto de extinção na natureza; e 
•# Vulnerável - o táxon enfrenta um risco alto de extinção na natureza. 

* Esclareça que a expressão táxon designa uma unidade taxonômica empregada em sistemas de classificação. Assim, gêneros e espécies de animais constituem táxons. 

* Proponha uma pesquisa, nas tabelas do Ministério do Meio Ambiente, sobre outras espécies de mamíferos existentes no Brasil que estejam ameaçadas de desaparecer. 

* A discussão deve passar pela análise das categorias de perigo de extinção em termos de quantidade, relacionando quantas espécies aparecem em cada categoria. Oriente a tabulação desses dados. Eles serão utilizados na formulação de um texto para ser veiculado em murais ou em páginas de internet da escola. É importante fazer os adolescentes compreenderem que as mudanças de atitude, necessárias para reversão de quadros graves como o atual, passam pelo acesso à informação por parte da comunidade.


3ª aula - 

* Apresente o conceito Hipso, cunhado por Edward Wilson em seu livro O Futuro da Vida. O autor acredita que as principais causas para a extinção das espécies atuais estão resumidas em: 
• # Hábitats destruídos; 
• # Invasões por espécies exóticas; 
• # Poluição ambiental; 
• # Superpopulação; 
• # Opção pela caça indiscriminada. 

* Conte que os anfíbios ilustram bem os efeitos letais do Hipso. O principal fator de declínio dos anfíbios, desde 1980, é o H desse conceito. Outros fatores, porém, estão ligados direta ou indiretamente à destruição de hábitats. Entre eles temos a poluição atmosférica proveniente de regiões mais longínquas; a intensificação dos raios ultravioleta B por causa do aumento do buraco na camada de ozônio; a introdução de espécies vorazes em certas regiões (é o caso da rã-touro, que devora quaisquer anfíbios menores); a presença cada vez maior de poluentes químicos sensivelmente mutagênicos; e fungos, originários de outras regiões, que parasitam a pele dos anfíbios, asfixiando-os. Informe que, além disso, existe o perigo da depressão endogâmica. Em geral, a endogamia começa a prejudicar uma espécie quando o número de adultos férteis cai abaixo de quinhentos. Ela se torna grave quando são registrados menos de cinqüenta exemplares e pode ser fatal se o total é inferior a dez espécimes. 

* Mostre como o exemplo dos anfíbios orienta o exame das chances de sobrevivência dos mamíferos brasileiros. Uma possibilidade é a discussão sobre o crescente desmatamento da Amazônia, suas causas e as conseqüências da extinção da floresta para a biodiversidade. Também é interessante verificar em que medida o conceito Hipso se aplica às espécies focalizadas por VEJA. 

4ª e 5ª aulas - 

* De posse desses dados e com a ajuda do professor de Língua Portuguesa, estabeleça os passos para a elaboração de um texto informativo destinado à comunidade sobre as espécies ameaçadas de extinção. As atividades devem se estender por mais de uma aula a fim de que todas as etapas sejam cumpridas satisfatoriamente: 
• - Estruturação do texto, indicando o que será discutido em cada parte; 
•-  O primeiro parágrafo deve resumir o problema e apontar que caminho o texto vai percorrer; 
• - A argumentação vai ocupar o corpo da dissertação; 
• - O parágrafo final terá de mostrar as conclusões a que a turma chegou acerca da situação das espécies brasileiras ameaçadas de extinção, particularmente as de mamíferos; 
-  Imagens pesquisadas na primeira aula ilustrarão o que foi discutido; 
•-  Podem ser incluídos a tabela deste roteiro e os gráficos construídos em sala de aula. 

* Realize pequenas avaliações ao término de cada etapa, levando em conta a participação nas tarefas coletivas. O resultado final do projeto pode ser divulgado inicialmente para as outras classes e, em seguida, com os devidos ajustes, para toda a comunidade escolar.

Fonte: Nova Escola

Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA 
O Futuro da Vida - Um Estudo da Biosfera para a Proteção de Todas as Espécies, Inclusive a Humana, Edward Wilson, Ed. Campus, tel. (21) 3970-9300 

INTERNET
• O site www.iucn.redlist.org traz a Lista Vermelha da The World Conservation Union (IUCN) 
• Espécies brasileiras ameaçadas estão no endereço www.mma.gov.br/port/sbf/fauna/index.cfm

11 de fevereiro de 2013

CONHEÇA OS 10 PONTOS MAIS CRÍTICOS (HOTSPOTS) DE DEVASTAÇÃO DA NATUREZA:



      Considerando a porcentagem de vegetação original destruída, a bacia do mar Mediterrâneo é a região mais agonizante do planeta: apenas 4,7% da área original segue intacta e 32 espécies de animais endêmicas (que só existem no próprio lugar) estão ameaçadas de extinção. Mas neste ranking ingrato há outras nove regiões com mais de 90% do território original destruído.

      Elas fazem parte de uma lista de 34 regiões definidas por organizações ambientais como as mais importantes para a conservação da biodiversidade mundial. São os hotspots: locais que possuem ao menos 1 500 espécies de plantas endêmicas e já perderam 70% ou mais de suas áreas originais. Juntas, as 34 regiões ocupam menos de 3% da superfície do planeta, mas concentram 50% de todas as espécies vegetais e 42% de todos os vertebrados da Terra.

   "Você acaba com a força de evolução do planeta quando interrompe de maneira tão abrupta a existência dessas regiões riquíssimas", afirma a bióloga Monica Fonseca, da ONG Conservation International do Brasil. Duas dessas regiões estão no Brasil: a mata Atlântica, com 8% da cobertura original, e o cerrado, com 20%.

Fonte: Revista Mundo Estranho

30 de março de 2012

TAMANDUÁ-MIRIM

Essa é outra espécie de mamífero que tive a alegria de conhecer pessoalmente, pena que numa situação desfavorável ao animal:


Nome Científico: Tamandua tetradactyla

Nome popular: Tamanduá-mirim, tamanduá-de-colete

Mamífero Xenartro da Família Myrmecophagidae

Distribuição: Ocorre na América do Sul


Descrição: A pelagem é curta e densa e sua coloração é amarela pálida, com duas listras pretas que avançam da região escapular até a porção posterior do animal, lembrando um colete. O comprimento de corpo é geralmente entre 47 e 77 cm, com uma cauda de 40 a 68 cm, e o peso em torno de sete kg.
    O tamanduá mirim possui a cauda preênsil sendo sua extremidade desprovida de pêlos. Os membros anteriores são muito desenvolvidos e cada um apresenta quatro dedos com garras recurvadas, sendo que a garra do terceiro dedo é a maior, mas proporcionalmente não tão longa quanto a equivalente no tamanduá-bandeira. Já o membro posterior apresenta cinco dedos com garras menores. 

   Quando o tamanduá- mirim é atacado, sua defesa consiste em assumir uma postura ereta, sob um tripé formado por suas pernas traseiras e sua cauda, deixando assim as garras dianteiras livres para o combate.

    Esta espécie utiliza de diferentes habitats, como floresta decídua, floresta úmida, cerrado etc. No Brasil, a espécie ocorre em todos os biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos).
    Tem hábitos preferencialmente noturnos, mas também costuma sair em busca de alimento durante o crepúsculo. Mamífero, prefere alimentar-se de insetos, sendo a formiga e o cupim seus preferidos. Utiliza as fortes garras para fazer um buraco no cupinzeiro e, com a língua, captura os insetos.
    Esta espécie encontra-se ameaçada pela ação predatória dos homens, pela redução das florestas, pelas queimadas que eliminam sua fonte de alimento, pelos atropelamentos em rodovias que cruzam seu habitat natural e pelo ataque de cães domésticos.

RINOCERONTES À CAMINHO DA EXTINÇÃO



    Os rinocerontes são grandes mamíferos perissodátilos (com número ímpar de dedos em cada pata) caracterizados por apresentarem uma pele espessa e pregueada e um ou dois chifres sobre o nariz; é esta característica que está na origem do nome.
    Estes animais habitam as savanas e florestas tropicais da África e Ásia.
    Como símbolo do safári africano, pertence ao grupo de animais selvagens chamado de big five, correspondente aos cinco animais mais difíceis de se caçar:leãoleopardoelefantebúfalo e rinoceronte.

    No entanto, mesmo sendo difíceis de se caçar, eles têm sido alvo fácil de gangues de caçadores, especialmente para a extração de seus chifres, que são utilizados na medicina alternativa popular.

      Em oito anos, os rinocerontes poderão ser extintos da África do Sul e após certamente da Ásia. 
    Só nos três primeiros meses de 2012 mais de mil rinocerontes foram mortos durante caçadas esportivas promovidas por agências de turismo. O número corresponde ao triplo do que foi registrado em todo o ano de 2011 no país.
                                            Rinoceronte encontrado morto e sem os chifres.

        Na extração dos chifres, o caçador arranca metade da cabeça do animal, que acaba morrendo de dor e hemorragia. Uma crueldade!
    A Avaaz está fazendo uma petição mundial para pressionar a criação de medidas que protejam os rinocerontes, basta seguir o link :
                          http://www.avaaz.org/po/save_rhinos/?cl=1695174438&v=13397


    Eu já assinei e você vai ficar aí de braços cruzados???


Fontes e mais informações:


http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/20823/caca+de+rinocerontes+na+africa+do+sul+pode+levar+especie+a+extincao.shtml


http://artedofim.blogspot.com.br/


http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/efe/2012/03/27/caca-furtiva-na-africa-do-sul-ameaca-rinoceronte-de-extincao.jhtm


http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/03/caca-excessiva-de-rinocerontes-na-africa-do-sul-ameaca-especies.html

21 de julho de 2011

REDUÇÃO DAS POPULAÇÕES MARINHAS

     A pesca oferece à humanidade um alimento rico em proteínas. Além disso, os peixes constituem um recurso natural renovável: eles se reproduzem e dão origem a novos peixes. Ao contrário do petróleo, por exemplo, que é um recurso natural não renovável, ou seja, não pode ser recomposto na natureza e, mais cedo ou mais tarde, vai acabar.
     No entanto, recursos renováveis também podem acabar. Ao serem consumidos em uma velocidade maior do que a de sua reposição natural, eles vão se reduzindo até chegar ao fim.

As populações de algumas espécies marinhas vêm diminuindo:

     É exatamente isso o que vem ocorrendo com algumas espécies de peixes e outros animais marinhos usados como alimento pelo ser humano. Nos últimos cinquenta anos, a pesca excessiva reduziu em 90% a população dos grandes peixes, como o atum, o arenque, o peixe-espada, o salmão, o hadoque, o esturjão, a cavala e o bacalhau. Houve redução também entre os crustáceos comestíveis, como o camarão e a lagosta. Estima-se que cerca de um terço das espécies marinhas encontra-se ameaçada de extinção. Essa ameaça deve-se, principalmente, à eficiência da pesca em escala industrial, que utiliza grandes navios pesqueiros capazes de locali­zar os cardumes por satélite ou sonar, e de fazer a captura com imensas redes de arrasto. Essas redes, que são puxadas junto ao fundo do mar, acabam arrastando também moluscos, crustáceos e peixes pequenos demais para o comércio, que, em sua maioria, morrem esmagados na própria rede ou no convés dos barcos, muito antes de serem devolvidos ao mar.

Oásis marinhos:

     Não devemos nos iludir com a vastidão dos oceanos. É verdade que eles cobrem cerca de 70% da superfície da Terra. No entanto, longe da costa, os sais minerais tendem a se depositar no fundo, onde não há luz. Sem os sais minerais, a fotossíntese diminui, diminuindo também a população de algas que sustentam a cadeia alimentar e, conseqüentemente, a população de peixes e de outros animais. Por isso, a maioria das espécies situa-se próxima às regiões costeiras. Elas podem ser encontradas também, em grande quantidade, nas regiões em que correntes marítimas levam os sais minerais do fundo para a superfície iluminada: é o fenômeno conhecido como ressurgência, que aumenta o número de algas e, em conseqüência, o de peixes.

    




     O resultado é que, apesar de toda a sua imensa área, os seres aquáticos estão concentrados em um número relativamente pequeno de "oásis". A pesca também se concentra nessas regiões, o que aumenta o risco de extinção das espécies. O problema não afeta apenas os que vivem da pesca e os seres humanos que consomem peixes, mas toda a cadeia alimentar.
     Os grandes peixes são predadores que estão no topo das cadeias alimentares. Por isso, sua extinção pode provocar desequilíbrios em toda a cadeia. Em um rio da Califórnia, por exemplo, observou-se que peixes do topo da cadeia alimentar, como as trutas, comiam libélulas, que, por sua vez, ingeriam um tipo de mosquito que se alimentava de algas. Os pesquisadores removeram então boa parte das trutas e observaram que a população de libélulas aumentou. Com isso, a população de mosquitos diminuiu e a de algas aumentou, a ponto de cobrir a superfície dos rios e provocar desequilíbrios ecológicos. Outro exemplo de desequilíbrio foi observado no Atlântico Norte, onde a pesca do bacalhau provocou o aumento da população de ouriços-do-mar, que destruíram as algas do fundo.
     E, ao contrário do que imaginamos, nem sempre a criação de peixes é a solução para desequilíbrios. Em artigo na revista Scientific American Brasil, Daniel Pauly e Reg Watson comentam que, embora muitos acreditem que criações de peixes possam ajudar a manter os estoques naturais, isso só acontece se os peixes criados não forem alimentados com produtos do mar. Mas a criação de peixes carnívoros, como o salmão, por exemplo, é feita com ração produzida de peixes e outros seres marinhos e, por isso, criações de salmão consomem mais peixes do que produzem.



Fernando Gewandsznajder

17 de maio de 2011

BIODIVERSIDADE E EXTINÇÃO DE ESPÉCIES

BIODIVERSIDADE
                Biodiversidade é a palavra usada para expressar a variedade de espécies de seres vivos que existem em nosso planeta (ou em uma região em particular), a variedade de aspectos que existem dentro de uma mesma espécie e também a complexidade das interações entre as diversas espécies de uma região.
                Todos os índices que medem essa variedade apontam o Brasil como o país da biodiversidade mais rica do mundo (vivem no Brasil cerca de 20% do total de espécies do planeta).
                Entretanto, essa grandeza da diversidade da fauna brasileira sugere a falsa ideia de abundância, o que conduz ao extermínio das espécies.

EXTINÇÃO DE ESPÉCIES
                Quando o último indivíduo de uma espécie morre, tal espécie foi extinta. Nunca mais existirá um indivíduo vivo que pertença a essa espécie.
                A extinção de uma espécie pode ocorrer por causas naturais como mudanças climáticas, aparecimento de novas doenças, incêndios naturais, erupções vulcânicas, secas e enchentes.
                Contudo a principal razão para a grande extinção de espécies que vem ocorrendo atualmente é a alteração radical do meio ambiente pelo ser humano. Um dos principais exemplos dessa alteração é o desflorestamento de extensas áreas, por meio de queimadas e corte, para o crescimento de cidades ou para a agricultura e pecuária. Além disso, a introdução de novas espécies em ambientes em que elas não ocorrem naturalmente, a caça predatória, o tráfico de animais e a poluição da água, ar e do solo também contribuem para a perda de várias espécies.
 Quando os indivíduos vivos de uma espécie correm risco de desaparecer da natureza dentro de pouco tempo, dizemos que a espécie está ameaçada de extinção.

·         Para saber mais...









PLANO DE AULA

         ·            Objetivos:
 - Usar  hipertexto na realização de pesquisas, descobrindo através dos links um caminho mais direcionado aos objetivos propostos.
- Descobrir através das pesquisas, os animais ameaçados em extinção e as principais ameaças à sobrevivência dos animais brasileiros.
Dica: As atividades devem ser feitas de preferência em dupla ou trio.
         ·            Desenvolvimento:

1 – No laboratório de informática. (50 minutos)
  v   Apresentação de um hipertexto com links referentes à lista de animais ameaçados em extinção.
Explicar aos alunos que o hipertexto lhes dará liberdade de escolher vários caminhos tornando a pesquisa mais dinâmica.
Hipertexto
A lista da fauna brasileira ameaçada de extinção divulgada em maio de 2003 apresenta 386 espécies ameaçadas de extinção,  2 extintas na natureza e 7 extintas não incluindo os invertebrados aquáticos e peixes, cujos números ainda não foram divulgados pelo IBAMA. Fazendo um comparativo com os números do levantamento anterior, divulgado em dezembro de 2002, pode-se observar que o número de animais extintos se mantiveram os mesmos, o que também ocorreu com os mamíferos, répteis, anfíbios e insetos. Infelizmente, apenas o número de invertebrados terrestres cresceu assustadoramente, passando de 21 para 30 animais em risco de extinção. O número de aves e mamíferos ameaçadas também cresceu, mas em escala bem menor, de 153 para 156 animais. No levantamento publicado em 1989,  estavam ameaçadas 218 espécies, não incluindo peixes e invertebrados. Segundo os pesquisadores, a falta de conhecimento científico na época, impediu que se levantasse o real número de espécies ameaçadas, que provavelmente era maior que o divulgado. As principais ameaças à sobrevivência dos animais brasileiros são a caça predatória, as queimadas e os desmatamentos.

  v   Leitura do hipertexto e dos textos anexados, seguindo os links.

  v   Registro escrito dos nomes de alguns animais ameaçados de extinção.

2 - Atividade realizada na sala de aula. (50 minutos)
  v   Na sala de aula, retomar com os alunos os nomes de animais ameaçados de extinção.

  v   Discussão através de questionamentos orais:
1) Quais são as principais ameaças à sobrevivência dos animais?
2) Existe na nossa região animal ameaçado de extinção?
3) Que atitude deve tomar em relação a estes animais?
4) Quais as vantagens de navegar por um hipertexto?

Trabalho Avaliativo – Valor: 3,O

         ·            Dividir a turma em duplas e determinar duas letras do alfabeto para cada dupla, que deverá escolher o nome de um animal com cada letra indicada.
         ·            Cada dupla deverá pesquisar em casa sobre os animais escolhidos e em seguida organizar as informações no editor de texto, em forma de ficha, conforme o modelo:
         ·            As fichas deverão ser entregues na próxima aula, juntamente com uma imagem de cada animal.
         ·            As fichas e imagens serão utilizadas na montagem de um Mural intitulado “Animais ameaçados de extinção – Conhecer para preservar”!
         ·            Dica: Para a pesquisa e elaboração da ficha poderão acessar o link abaixo: http://portalamazonia.globo.com/amazoniaaz/categoria_artigo_amazonia_az.php?idCAmz=3
Basta navegar pelas páginas do site, procurar o nome do animal que comece com sua letra do alfabeto, quando achar o nome, clicar sobre a foto do animal, então, irá aparecer uma página com todas as informações necessárias para preencherem a ficha.