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29 de janeiro de 2015

DINÂMICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: A TEIA DA VIDA

Objetivo: Trabalhar conceitos básicos de ecologia e demonstrar a interdependência entre os diversos elementos dos ecossistemas.

Materiais necessários: 
-Tarjetas em número suficiente para todos os participantes
-Giz de cera ou hidrocor
-O1 rolo grande de barbante

Público alvo: entre 10 e 30 pessoas, a partir de 10 anos de idade

Método:
- Escrever em cada tarjeta elementos do ecossistema, como ar, água, solo, planta, animal, homem, árvore, rio, sapo, etc.;

- Pedir que os participantes formem um círculo, de pé, e distribuir as tarjetas entre eles;

- Contar uma história que inclua todos os elementos das tarjetas, passando o rolo de barbantes para cada pessoa quando seu elemento é mencionado. Ex: 

"Era uma vez um VALE onde nasceu uma ÁRVORE muito alta. Logo, alguns PÁSSAROS fizeram um NINHO nesta árvore que, por sua vez, alimentaram-se do DETRITO das folhas que caiam daquela ÁRVORE. Quando a ÁGUA da CHUVA caia, aquele SOLO ajudava a filtrá-la para que chegasse limpa ao LENÇOL FREÁTICO. As RAIZES da mesma ÁRVORE ajudavam a segurar o SOLO e evitar que ele deslizasse para o LAGO próximo, onde havia PEIXES que também se alimentavam daquelas FOLHAS. Os PESCADORES da COMUNIDADE vizinha pescavam aqueles PEIXES para se alimentar. Quando iam pescar, eram picados por vários INSETOS, entre os quais alguns eram apreciados pelos SAPOS do local, cujos GIRINOS serviam de alimento para alguns dos PEIXES maiores. Um dia, porém, uma madeireira resolveu tirar aquela e outras ÁRVORES dali..." (sair puxando a árvore e todos juntos).


- Lembrar sempre, ao final, de retirar um dos elementos por meio de algum impacto ambiental e vir puxando todos juntos.

- Outro método é deixar que os participantes passem o rolo de barbante de um para o outro explicando o porquê.

- No caso de crianças pode se fazer uma atividade prévia onde cada uma cria uma máscara de acordo com o elemento da teia que irá representar.


10 de dezembro de 2013

PLANO DE AULA: RELAÇÕES ECOLÓGICAS

Objetivos:
1) Compreender o conceito de relação ecológica;

2) Analisar os tipos de relação ecológica;


3) Identificar as relações ecológicas exemplificadas em imagens;

4) Desenvolver a capacidade de diferenciar e caracterizar as relações ecológicas;

5) Perceber a importância das relações ecológicas, tanto para a saúde dos ecossistemas como para as populações de seres vivos.


Comentários:
É importante que os alunos compreendam os conceitos sobre as relações entre os seres vivos, porém é fundamental que os estudantes percebam o quão interligado está o equilíbrio dos ecossistemas com as interações ecológicas — e quão delicada é essa ligação.

Obs.: Podemos chamar de relações/interações/associações ecológicas.


Procedimentos:
1) Inicie a aula com um diálogo sobre os tipos de sociedades que as pessoas estabelecem entre si, nos negócios. Esse tipo de abordagem tem finalidade de despertar e focar a atenção da classe nas relações humanas, que são mais fáceis de se compreender e que servirão como introdução ao tema dessa aula. 

2) Comente que existem sociedades em que os sócios têm igual participação nos lucros da empresa, e outras em que uns levam vantagem sobre os outros. Em seguida, explique sobre as relações harmônicas e desarmônicas, que ocorrem na natureza. 

3) Explique o conceito de interação ecológica e, em seguida, esclareça que as relações entre os seres vivos podem ser entre seres de mesma espécie (intraespecíficas) e seres de espécies diferentes (interespecíficas). 

4) Agora, inicie uma apresentação de imagens, com um exemplo de cada uma das interações ecológicas e, explique-as para os alunos. Professor, se achar conveniente, estimule a participação dos estudantes com perguntas como: “Nesse caso, será que a relação é benéfica para ambos os seres vivos? Como vocês acham que essa interação se chama?” 

5) Após explicar cada uma das interações ecológicas, peça para que os alunos trabalhem em duplas, o seguinte questionário, que deverá ser entregue na próxima aula: 

Questionário:

1. Diferencie e explique, com exemplos, as relações intraespecíficas harmônicas e desarmônicas.

2. O que é simbiose? Dê um exemplo.

3. Explique o que é um predador, e o que é uma presa e, em seguida, explique como e quando um predador pode se tornar uma presa?

4. Qual a diferença entre mutualismo e de protocooperação?

5. O que você entende por neutralismo?

6. Defina e exemplifique:
a) parasitismo;
b) parasita;
c) ectoparasita;
d) endoparasita;
e) hospedeiro. 

7. Diferencie uma orquídea de uma erva-de-passarinho quanto às interações ecológicas que elas estabelecem com outras plantas. 

8. O inquilinismo e o amensalismo possuem características em comum, apesar de serem relações ecológicas distintas. Comente a semelhança dessas interações. E o que as diferencia? 

9. O que aconteceria se um predador como o lobo (Cannis lupus) deixasse de existir? Isso seria benéfico para os animais que fazem parte de sua alimentação? E quanto ao seu habitat natural, quais seriam as consequências? 

10. Qual a importância das interações ecológicas para a manutenção da vida? 

11. Como o ser humano interfere no equilíbrio das interações ecológicas? 

12. Na sua opinião, o que é preciso ser feito para mudar essa situação?

28 de setembro de 2013

MIMETISMO


A partir do texto, solicitar aos alunos que pesquisem sobre casos de mimetismo no mundo animal.

As pesquisas poderão compor um painel coletivo ou um vídeo.

21 de setembro de 2013

TEXTO E ATIVIDADES SOBRE MIGRAÇÃO DAS BALEIAS-JUBARTE



Ano/série: 6º ao 7º ano

Área: Ciências

Possibilidade Interdisciplinar: Geografia e Língua Portuguesa

Objetivos:

  • Estabelecer relações entre as características e comportamentos dos seres vivos e as condições do ambiente em que vivem.
  • Compreender cadeias alimentares e outras relações, identificando desequilíbrios ecológicos produzido por intervenção humana.
  • Relacionar informações obtidas em diferentes fontes para construir argumentação consistente.


A CANTORA DOS SETE MARES

Por Milton Marcondes*
Abra os olhos! Quem visitar o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos até novembro terá um motivo a mais para ficar atento: além dos corais, peixes, tartarugas e aves marinhas que habitam o lugar, nesse período chegam à região as baleias-jubarte para reproduzir. As jubarte (Megaptera novaeangliae) são animais migratórios e para a reprodução buscam as águas tropicais, quentes e abrigadas, onde os filhotes têm mais condições de sobreviver, e para se alimentar elas viajam até as águas geladas das regiões polares, onde há mais fartura de alimento.
No Hemisfério Sul, as jubarte se alimentam de krill, um pequeno crustáceo que é a base da dieta de diversas outras espécies. Durante o verão, próximo aos polos, os dias são mais longos e isso favorece a fotossíntese e faz com que a proliferação de algas alimente o zooplancton, que por sua vez serve de alimento ao krill. No inverno, com os dias mais curtos, ocorre uma diminuição na oferta de alimentos nas regiões polares. Assim, as jubarte desenvolveram um ciclo de vida baseado no krill. No verão, elas se alimentam o máximo possível e armazenam o excesso de energia na forma de uma espessa camada de gordura. Quando o inverno se aproxima, elas migram para os trópicos para ter seus filhotes. Nesse período não se alimentam, apenas vão queimando a gordura acumulada até o próximo verão, quando repetem o ciclo.

Há sete populações de jubarte no Hemisfério Sul, uma delas é a do Brasil, que pode ser encontrada desde o norte do Rio de Janeiro até o Ceará, embora ocasionalmente seja vista também em São Paulo e nos estados da Região Sul. As outras seis populações da espécie são encontradas nas costas oeste e leste da África e da Austrália, na região da Polinésia e na costa oeste da América do Sul.
Na costa brasileira, a maior concentração de jubarte ocorre no Banco dos Abrolhos, um alargamento da plataforma continental localizado entre o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia, onde está também a maior concentração de recifes de coral do Atlântico Sul. O Banco dos Abrolhos é o grande berçário das jubarte brasileiras.
A jubarte é conhecida como baleia cantora, pois os machos cantam durante o período de reprodução para atrair as fêmeas e também para afastar outros machos. Após uma gestação de perto de 11 meses, nasce um único filhote, medindo de 4 a 4,5 metros de comprimento e pesando cerca de 1 tonelada. Nos primeiros meses de vida, o filhote é completamente dependente da mãe para amamentá-lo e protegê-lo do ataque de tubarões e orcas, seus grandes predadores.
Mas a maior ameaça já enfrentada foi a caça durante os séculos XIX e XX. Uma jubarte adulta pode chegar a 16 metros de comprimento e pesar 35 toneladas. Cerca de 30% desse peso é constituído de gordura, que foi muito utilizada no século XIX para iluminação pública e como argamassa na construção de casas. Calcula-se que existiam mais de 220 mil animais apenas no Hemisfério Sul antes da caça. Em 1966, porém, quando a caça da espécie foi proibida, restava menos de 10% da população. No Brasil, estima-se que existam entre 25 mil e 30 mil baleias-jubarte, mas no fim da década de 1960 restavam menos de mil desses cetáceos em nossas águas. A maior parte das jubartes brasileiras foi caçada quando elas estavam em áreas de alimentação, mas também houve caça nos locais de reprodução.

Passeio recorde
Em 1983, quando foi criado o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, não se conhecia quase nada sobre as jubartes. Somente com a implantação do Parque descobriu-se que elas visitavam regularmente aquela região. Iniciou-se assim um trabalho de pesquisa sobre a espécie que segue até hoje. Algumas questões básicas que intrigavam os pesquisadores eram: qual o tamanho da população das baleias e qual a área de sua ocorrência? Não se sabia para onde elas migravam quando deixavam o Brasil nem quantas existiam.
As jubartes possuem um padrão de manchas na parte de baixo de sua nadadeira caudal que é única em cada indivíduo e serve para identificá-las, como nossas impressões digitais. Ao se fotografar a cauda, quando elas mergulham, consegue-se identificar os indivíduos. As primeiras fotos foram feitas em 1989 e hoje existem mais de 4 mil indivíduos identificados. Algumas baleias são conhecidas e reavistadas há mais de 20 anos. Por meio da comparação de fotos feitas em Abrolhos com imagens registradas por pesquisadores, foi possível descobrir que as jubartes migram de Abrolhos para a região das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, percorrendo uma distância de cerca de 4 mil quilômetros.
Com a continuação desses estudos, também foram descobertos outros casos curiosos. Uma jubarte registrada em Abrolhos foi fotografada dois anos depois por um turista em Madagáscar, no Oceano Índico, com a população da costa leste da África. Isso representa o recorde mundial de migração de um mamífero, pois a distância mínima a ser percorrida entre os dois locais é de quase 10 mil quilômetros. Outro caso foi o de uma jubarte do Equador que deixou o Oceano Pacífico e foi encontrada em Abrolhos, mostrando que o contato entre as populações da espécie no Hemisfério Sul pode ser mais comum do que se imaginava.
Para descobrir quantas jubarte frequentam o litoral do Brasil e qual a sua distribuição exata, em 2001 os pesquisadores passaram a realizar sobrevoos ao longo da costa. São percorridas linhas previamente estabelecidas desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Dois observadores seguem nas janelas e, ao avistarem as baleias, registram a posição do avião, quantos animais foram vistos e o ângulo vertical. Com essas informações e usando trigonometria, é possível marcar a posição que os animais estavam, construir mapas com sua distribuição ao longo da costa e estimar o tamanho da população.
A boa notícia é que a população de baleias-jubarte vem aos poucos crescendo e se recuperando dos anos de caça. As primeiras estimativas, em 2002, apontavam para cerca de 3 mil baleias. Dez anos depois, o número pulou para, aproximadamente, 15 mil indivíduos na costa do Brasil. Ainda é um total baixo perto do que existia antes da caça, mas já é um bom sinal.
Contribuíram para a recuperação as medidas de proteção adotadas, como a criação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, as regulamentações que controlam a aproximação de barcos das baleias e a restrição à prospecção de petróleo na Bahia e no Espírito Santo no período em que elas estão no Brasil.
Mais encalhes
Mas, apesar disso, as jubarte enfrentam outras sérias ameaças. O atropelamento por navios e o emalhe acidental em redes de pesca são problemas que tendem a se tornar mais frequentes com o crescimento do número de baleias. Além disso, a degradação do ambiente marinho e as mudanças climáticas globais podem impactar a saúde da população. Para entender esses problemas são feitos estudos com animais encalhados nas praias. Um caso de sucesso foi uma jubarte encalhada em Ubatuba, no litoral de São Paulo, em 2000, que foi resgatada por pesquisadores da região. Esse mesmo animal foi encontrado oito anos depois em Abrolhos, comprovando o sucesso do resgate.
Em média, todos os anos, encalham perto de 37 jubarte no Brasil, e a maior parte já chega morta às praias. Em 2010, esse número quase triplicou, chegando a 96 encalhes. Há fortes indícios de que as mudanças climáticas afetaram a oferta de krill naquele ano na região da Geórgia do Sul, causando o aumento da mortandade no Brasil.
Embora as jubarte ainda enfrentem desafios, a população segue crescendo, voltando todos os anos ao Brasil para reproduzir, dando esperança de que seu canto continue sendo ouvido pelos mares por muitos anos.
* Diretor de Pesquisa do Instituto Baleia Jubarte
Fonte: Revista Carta Fundamental

ATIVIDADES


1. Onde estão as baleias?

Materiais: 
  • lápis
  • compensado fino
  • cola
  • pó de serra
  • pincel
  • tinta guache

Oriente os alunos para construir um planisfério (um mapa-múndi) com as áreas de alimentação e reprodução das baleias-jubarte no Hemisfério Sul e sua migração de acordo com os períodos citados no texto.

2. Pensar a convivência: 

Monte um debate em sala de aula sobre o tema "As Baleias e os Seres Humanos: Convivência ou Conflito". Cada grupo de alunos deverá desempenhar um papel e defender o ponto de vista de seus personagens. Os alunos podem usar o artigo como base e também pesquisar em outras fontes. O professor será o mediador do debate. Os demais alunos serão a plateia e poderão fazer perguntas aos debatedores, que serão:

* Pescador: preocupado com as baleias que se emalham e destroem suas redes de pesca, causando prejuízo para sua atividade. Depende da pesca para o sustento de sua família.

* Pesquisador: estuda as baleias e está preocupado com os impactos que elas sofrem pelas atividades humanas.  Quer que a população de baleias cresça para não sofrerem ameaça de extinção.

* Governo: cria parques nacionais para proteger as baleias e outros animais, mas ao mesmo tempo quer aumentar a exploração de petróleo no País e incrementar a pesca.

* Operador de Turismo: o turismo de observação de baleias impulsiona a economia local, gera trabalho e renda para a comunidade, os turistas deixam dinheiro nos mercados, restaurantes e pousadas, indicam o passeio para seus amigos e deixam seu dinheiro no município. Isso não é uma forma sustentável de explorar nossas riquezas?

* Educador Ambiental: tenta ver todos os lados do problema e busca desenvolver uma sociedade que se preocupe com a conservação do planeta e com a qualidade de vida.

* Estudantes: dentro do processo de aprendizagem, buscam aprender sobre o tema e formar opiniões. Podem se engajar em campanhas defendendo suas ideias. Têm uma importância grande como modificadores da sociedade.

17 de setembro de 2013

FILME "BEE MOVE" E AS RELAÇÕES ENTRE FAUNA E FLORA


Introdução:

Incomodado com a perspectiva de passar a vida fabricando mel, Barry B. Benson decide viajar para fora da colmeia com outras abelhas que colhem o néctar. Ao descobrir que humanos coletam o mel e o vendem, o herói do filme decide processar toda a raça humana. O professor Henzo Gualberto, do Colégio Aliado, em São Paulo, recomenda o filme não só para ensinar o processo de polinização e as relações ecológicas entre fauna e flora, como, por exemplo, a importância que as flores têm para o pleno funcionamento de uma colmeia, e também para mostrar a complexa estrutura social dentro das colmeias. 

Objetivos:
Conhecer e compreender a relação entre plantas e animais, o processo de polinização e a importância dos polinizadores. 

Conteúdos:
Reino animal, artrópodes e insetos, relações ecológicas, polinização das plantas, desequilíbrio ecológico e insetos sociais. 

Trechos selecionados: 
Cenas que mostram a polinização feita pelas abelhas (12m38s a 16m04s) e trecho onde as abelhas produzem o mel, que mostra a estrutura social das colmeias e como cada abelha tem a sua função dentro do processo (4m00s a 6m40s) 

Atividade:
Converse com as crianças sobre polinização e produção do mel e a estrutura social das colmeias. Dessa forma, levante as informações e hipóteses que as crianças dispõem sobre o tema. Anote tudo. Isso vai ser essencial na hora de avaliar as aprendizagens. Exiba os trechos selecionados do filme e apresente à garotada outros materiais de consulta, como livros e revistas para que pesquisem sobre os dois tópicos e discutam coletivamente. Pergunte que tipo de recursos as flores têm para atrair os polinizadores, de que forma esses polinizadores realizam a reprodução nas plantas com flores e o que as abelhas buscam nas flores. 

Avaliação:
Solicite que as crianças façam esquemas mostrando o ciclo da polinização e a estrutura social das colmeias. Depois, compare esse material com as hipóteses iniciais delas sobre o assunto.