9 de abril de 2012

VISITA TÉCNICA AO CRIADOURO CONSERVACIONISTA SÃO BRÁS

    Em março deste ano, tive a alegria de conhecer como bióloga, o Criadouro Conservacionista São Brás em Santa Maria-RS, através de uma visita técnica representando a Secretaria do Meio Ambiente de Santiago. Fomos até o Escritório Regional do Ibama - Santa Maria/RS, a fim de regularizar os tramites legais para realizar o transporte e realocação de um casal de furões que eram criados em cativeiro na zona urbana do nosso município e nos foram entregues espontaneamente.


    






























 Visitantes: Daniela Oliveira, Andressa Bitencourt e Leovegildo Fortes
  

DIAMANTE

O diamante é uma pedra preciosa de estrutura muito simples, composta do elemento químico C (carbono). Trata-se, portanto de uma das formas alotrópicas do carbono, que também pode se apresentar na forma pura como: grafite, carvão e fulerenos.
Esta forma alotrópica do carbono é a substância natural mais dura existente no mundo. É definido pela escala de dureza de Mohs, dureza igual a 10 para o diamante.  O diamante pode ser utilizado para riscar, marcar, ou cortar qualquer outra substância, dura ou não. A dureza do diamante é derivada da sua estrutura altamente compacta.
O diamante é altamente duro, ou seja, risca qualquer outro material existente, no entanto, sua tenacidade não é grande como sua dureza. Sendo assim, o diamante pode sim ser quebrado, mas não, ser riscado. Uma martelada em uma pedra de diamante pode quebrá-lo em diversos pedaços.
Raro, elaborado pela natureza há milhões de anos, em camadas profundas da Terra, é desde a Idade Média, o ornamento mais fascinante e valioso das jóias.
Por suas propriedades, os diamantes podem ser utilizados em usinagens de metais, instrumentos medidores de radiações, computadores, naves espaciais, perfuração de poços de petróleo, etc.
Atualmente, é possível a produção de diamantes em laboratório. A primeira vez que se obteve diamante em laboratório foi em 1905, quando o físico Charles Burton alegou haver produzido microscópicos cristais de diamantes pela dissolução de carbono em liga fundida de chumbo e cálcio.
Recentemente, diamante foi obtido à temperatura ambiente, tratando o fulereno C60 à altas pressões. O que ocorreu foi a compressão de fuligem do fulereno até 200 atm, o que produziu uma pastilha brilhante e translúcida, que se mostrou ser diamante, através de análise por difração de raio-X.
A produção artificial de diamante não é economicamente viável, uma vez que manter condições de altas pressões e temperaturas não é fácil, nem barato. Sendo assim, fica mais barato adquirir um diamante natural do que produzir uma pedra artificialmente.
                                                                                                                                 Texto adaptado


RESPONDA AS QUESTÕES:

a) O diamante é constituído por qual elemento químico? ______________________________

b) O que significa dizer que o diamante é uma substância alotrópica? __________________________________________________________________________________

c) Quais são as propriedades da matéria apresentadas pelo diamante?
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d) Qual dessas propriedades o torna uma substância que desperta o interesse de cientistas em produzi-la artificialmente? _________________________________________

e) Naturalmente, onde o diamante é formado? ________________________________________

f) Quais são as utilidades do diamante? ______________________________________________


g) Por que produzir diamantes em laboratório é anti-econômico? ________________________

7 de abril de 2012

EXPERIMENTOS E CURIOSIDADES




BAGUNCEIROS MASCARADOS

       O guaxinim parece usar uma máscara de super-herói, mas no dia-a-dia ele adora aprontar todas... É que ele gosta de viver em pântanos, come de tudo e adora fazer bagunça. Curioso, ele revira tudo por onde passa e fareja cada canto em busca de alimento. Ele adora sapos, caranguejos, ovos, peixes e ratos, mas também come frutas e cereais. Ele se instala em troncos, buracos e cavernas perto de rios e lagos para ter sempre água por perto e em locais povoados, pode até fazer a toca em garagens e revirar o lixo das casas para achar comida.

       É um oportunista, pois não tem frescura na hora de escolher o cardápio, mas antes de dar a primeira mordida, passa o alimento na água e o fareja com cuidado. Os guaxinins vivem sozinhos e só se encontram na primavera, que é a época do acasalamento. Cerca de 3 meses depois, as fêmeas têm até sete filhotes. Os bebês nascem cegos e nos primeiros dias dependem da mãe. Aos cinco meses, os pequenos saem da toca para caçar com a mãe e após 1 ano já podem viver sozinhos. 
        No Brasil, a espécie aqui encontrada, também é chamado de mão-pelada, cujo nome científico é Procyon cancrivorus.

        

FICHA DO ANIMAL:
Onde vive: Em toda a América Latina.
Tamanho: até 95 centímetros.
Peso: 6 quilos.
Tempo de vida: 5 anos.
       A pelagem é densa, com coloração acinzentada, quase negra, algumas vezes com tons castanhos ou vermelhos. Possui uma máscara negra ao redor dos olhos e cauda com anéis, as principais características da espécie. As patas têm dedos longos, com pelagem bastante curta , o que o levou a ser chamado de mão-pelada no Brasil.

       É um dos carnívoros neotropicais pouco estudado, com escasso conhecimento sobre sua ecologia. Eles ocorrem em toda a América Latina, leste da Costa Rica e Peru até o Uruguai, mas são raros ao longo da sua distribuição. Esta espécie é principalmente noturna e são bons escaladores e nadadores, com a sua ocorrência em áreas de floresta associada positivamente com corpos d’água.
       O sentido tátil é bem desenvolvido e usa as mãos regularmente, de forma similar aos macacos - o alimento é geralmente manipulado com as mãos e, em seguida, colocado na boca. Considerado onívoro, sua dieta consiste de crustáceos (caranguejos), frutos, insetos e outros artrópodes e vertebrados (mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios).
        A mãe abriga a prole em um oco de árvore até que eles tenham de 7 a 9 semanas. A partir de então, passam a fazer pequenas saídas com a mãe, e após 12 semanas, abandonam o ninho.

Ameaças e Conservação:
       Considerada pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como “pouco preocupante”. Entretanto, as populações estão em declínio e as ameaças incluem a caça de peles, o uso para a “prática de alvo”, e, em algumas áreas a destruição do habitat. Projetos de desenvolvimento costeiro e a destruição dos mangues também contribuem regionalmente para o declínio de populações.


VOCÊ SABIA QUE...

No inverno, há pouca comida disponível e os guaxinins se recolhem nas tocas e passam dias dormindo? Assim, seu corpo economiza energia. 

Eles podem cair de grandes alturas sem se machucar, pois conseguem girar o corpo durante a queda e se apoiar corretamente quando chegam ao chão? 

O guaxinim nada muito bem? Mas ele evita passar muito tempo na água, pois seus pelos ficam pesados quando molhados e ele tem de fazer muito esforço para não afundar. 

Em alguns lugares ele é chamado de mão-pelada, rato-lavador ou mascarado? 

Os guaxinins inspiraram vários personagens de desenhos? É o caso de RJ de “Os Sem-Floresta”.

4 de abril de 2012

DISTRIBUIÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA

Onde é encontrada a Diversidade Biológica?

Richard B. Primack e Efraim Rodrigues


      Os ambientes mais ricos em termos de quantidades de espécies são as florestas tropicais, os recifes de corais, os grandes lagos tropicais e as profundezas do mar. Há também abundância de espécies em habitats tropicais secos, como florestas tropicais estacionais, savanas (cerrados), desertos e regiões temperadas de arbustos de clima mediterrâneo como as encontradas no sul da áfrica, sul da Califórnia e sudoeste da Austrália. Nas florestas tropicais, esta diversidade é devida principalmente à grande abundância de espécies de animais em uma única classe: os insetos. Nos recifes de corais e nas profundezas do mar, a diversidade se deve a uma gama muito mais ampla de filos e classes. A diversidade no fundo do mar pode ser devida à longa existência, tamanho de área e estabilidade desse meio ambiente, bem como a especificidade de determinados tipos de sedimentos. A razão da grande diversidade de peixes e outras espécies em grandses lagos tropicais, é a rápida radiação evolucionária em uma série de habitats produtivos e isolados.






     Em quase todos os grupos de organismos, a diversidade de espécies aumenta em direção aos trópicos. Por exemplo, a Tailândia tem 288 espécies de mamíferos, enquanto que a França possui apenas 93, e os dois países ocupam, a grosso modo, a mesma área. O contraste é particularmente notável no caso das árvores. Um hectare de floresta na Amazônia peruana ou na Baixa Malásia tem aproximadamente 200 ou mais espécies, enquanto que uma floresta temperada contém 30 espécies por hectare ou menos. Os padrões de diversidade das espécies terrestres encontram paralelo nos padrões das espécies marinhas e aumento semelhante de diversidade de espécies em direção aos trópicos. Por exemplo, a Grande Barreira de Recifes, na costa da Austrália, tem 50 gêneros de Corais formados por recifes em seu limite norte onde ele se aproxima dos trópicos, mas apenas 10 gêneros em seu limite sul.





     A maior diversidade de espécies é encontrada nas florestas tropicais. Embora as florestas tropicais ocupem apenas 7% da extensão da Terra, elas contém mais da metade das espécies de todo o mundo. Esta estimativa é baseada apenas em amostras limitadas de insetos e outros artrópodes, grupos que são conhecidos por conter a maioria das espécies do mundo. Estimativas do número de espécies de insetos não descritos nas florestas tropicais, variam de 5 a 30 milhões. Dez milhões é uma estimativa considerada razoável atualmente. Se esta quantidade estiver correta, significa que os insetos encontrados nas florestas tropicais podem representar 90% das espécies de todo o mundo.

QUEIMADA GRANDE: A ILHA DAS COBRAS

      Queimada Grande é uma pequena ilha, de 40 ha, a 35 km de Itanhaém, São Paulo, intensamente estudada pelos pesquisadores do Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan. Aproximadamente metade de sua área é coberta por Mata Atlântica e capinzais, e metade corresponde a rochas nuas. É considerada como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE).

      Não possui praia, nem tampouco água potável, sendo que a vegetação é arbustiva e densa. É comum a prática de pesca amadora de arremesso e mergulho.  Conta ainda com variadas espécies de peixes como garoupas, budiões e caranhas. Ao sul, no Parcel de Fora, com profundidades variando entre 3 e 30 m, circulam os peixes maiores, muito cobiçados pelos caçadores. Há, ainda, no local, um farol para auxílio à navegação, sendo a altitude máxima de 1,90 metros.
    
     Esta ilha também é conhecida como Ilha das Cobras e o desembarque não é aconselhado devido ao elevado número de cobras peçonhentas. É considerada, no meio científico, como o maior serpentário natural do mundo.


    Nas áreas com vegetação ocorre apenas duas espécies de serpentes, ambas endêmicas da ilha, a dormideira-da-queimada-grande e a jararaca-ilhoa.
     A raríssima Dormideira (Dipsas albifrons carvalheroi), é uma serpente da família Colubridae, que se alimenta de lesmas e é absolutamente inofensiva, sendo consideradamente como criticamente em perigo pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.



    
      A Jararaca Ilhoa (Botrophs insularis), uma serpente da família Viperidae, ocorre em altíssima densidade. Biólogos, em um dia de trabalho, podem encontrar de 30 a 60 exemplares desta espécie. Por não haver mais mamíferos terrestres na ilha, esta serpente adaptou-se à dieta de aves migratórias. Para poder se alimentar de uma ave, é necessário que o veneno da serpente seja de ação bastante rápida, senão esta ave termina por morrer fora do alcance da serpente. Em decorrência da dieta de aves, seu veneno foi selecionado para tornar-se mais forte e especializado que o da jararaca do continente (Botrophs jararaca).
    
     Além do veneno, a Jararaca ilhoa apresenta uma outra particularidade: a presença de hemiclitóris desenvolvido na maioria dos exemplares fêmeas desta população. Esse fato é conhecido para poucas espécies no mundo, e na maioria delas, é eventual. O hemiclitóris muitas vezes apresenta-se como o hemipênis dos machos, os órgãos copuladores. Essa característica é chamada de inter-sexualidade, embora os exemplares com hemiclitóris sejam genética e fisiologicamente fêmeas.
    
     Por tudo isso, esta ilha e seus habitantes são muito especiais. Portanto todo esforço é válido para preservá-los intactos para gerações futuras, para que possam conhecê-los e aprender com eles.


Fontes:

MARQUES, O.A.V.; ETEROVIC, A.; SAZIMA, I. Serpentes da Mata Atlântica - Guia Ilustrado para a Serra do Mar. Holos Editora. São Paulo, 2001

PRIMACK, R.B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação.Editora Planta. Londrina, 2001

CIÊNCIA HOJE. vol 31. nº 186, setembro de 2002, pg 56-59.

Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.



1 de abril de 2012

PRESERVANDO O PLANETA


       Nós, seres da espécie Homo sapiens, popularmente chamados de seres humanos, fazemos parte do planeta Terra, mas não somos donos dele, e esse é o maior equívoco que cometemos. Por dependermos da natureza, os recursos naturais não podem mais ser vistos e tratados como simples mercadorias que podem ser exploradas indiscriminadamente.
       O considerável aumento da degradação ambiental causa sérios danos aos ecossistemas e problemas à saúde coletiva.
       É imprescindível, estimular o exercício pleno da cidadania e da consciência ecológica, a fim de propiciar o surgimento de novos valores, que levem a uma sociedade mais justa, solidária e sustentável.
       A Educação Ambiental, é uma valiosa ferramenta para promover a sensibilização e conscientização frente às questões ambientais, atingindo pessoas de todas as faixas etárias, dentro e fora das instituições escolares, em todas as classes sociais, e deve desencadear a análise dos problemas ambientais locais, regionais, nacionais e internacionais, para que se possa buscar e  aplicar alternativas que amenizem ou solucionem tais problemas.
       Muitos avanços em prol da natureza foram registrados nos últimos anos, através da ampliação de organizações e movimento de defesa ao meio ambiente, porém parte da população mundial ainda não percebeu a necessidade da implementação de um modelo de sustentabilidade planetária.
       Cada indivíduo deve ser capaz de identificar as situações ambientalmente degradantes que afetam sua comunidade, engajar-se na descoberta de suas causas, ajudar a encontrar soluções e desenvolver projetos que estimulem a população a buscar melhorias na qualidade de vida.