28 de dezembro de 2016
Estudo Faz Diagnóstico Sobre Declínio De Insetos Polinizadores No Mundo
Por Rodrigo de Oliveira Andrade | Revista Pesquisa FAPESP
O uso intensivo de fertilizantes químicos, a destruição e degradação de áreas florestais e o agravamento das mudanças climáticas são as causas do declínio das populações de insetos polinizadores, como abelhas, moscas e borboletas, ao redor do mundo. A conclusão é de um amplo estudo de revisão feito por um grupo internacional de pesquisadores, entre eles a bióloga Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).
Em artigo publicado na revista Nature, a equipe apresenta as principais ameaças associadas à diminuição de espécies polinizadoras em várias regiões do planeta tendo como base dados biológicos e registros da lista vermelha das espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). No estudo, há ainda indicação de políticas e intervenções que poderiam ajudar a reverter esse cenário.
As abelhas e outros insetos polinizadores são conhecidos por proporcionar uma variedade de benefícios econômicos e ambientais, entre os quais a polinização de plantas e a produção de alimentos são os mais notáveis. No Brasil, as abelhas respondem em média por até 24% do ganho em produtividade agrícola em pequenas propriedades rurais. Também se estima que a exportação global de mel tenha movimentado US$ 1,5 bilhão em 2007. Em 2016, os benefícios obtidos graças à polinização no mundo, os chamados serviços ecossistêmicos, foram calculados em aproximadamente US$ 577 bilhões.
No estudo, os pesquisadores verificaram que as cerca de 20 mil espécies de abelhas conhecidas polinizam mais de 90% das 107 principais culturas do mundo. Não por acaso, 75% da alimentação humana depende direta ou indiretamente da ação de animais polinizadores. O declínio de algumas espécies de abelhas está associado ao processo de industrialização, sobretudo na Europa e na América do Norte, segundo os cientistas.
Espécies invasoras de polinizadores também podem causar o desaparecimento ou a diminuição de populações de espécies nativas, como a Bombus dahlbomii, na Argentina. Em algumas regiões da Europa, por exemplo, 9% das espécies de abelhas podem desaparecer nas próximas décadas. É o caso da B. franklini e da B. cullumanus. De acordo com os pesquisadores, as alterações climáticas previstas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estão influindo na distribuição geográfica de muitos desses polinizadores a uma velocidade maior do que a capacidade de dispersão desses animais.
Os problemas causados pela perda de polinizadores não se restringem à produção agrícola. Segundo eles, há também impactos negativos na reprodução de plantas silvestres, uma vez que mais de 90% das espécies de plantas tropicais com flores e cerca de 78% das espécies de zonas temperadas dependem, pelo menos em parte, da polinização desses insetos.
“O estudo verificou que os polinizadores são significativamente afetados pelo uso de pesticidas, pelas alterações climáticas globais e mudanças no uso da terra”, diz Vera Lúcia, que também é pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale (ITV), em Belém, no Pará. “Com base nesse conhecimento, apresentamos algumas ações de políticas públicas para conservação desses animais que devem ser discutidas na Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, entre os dias 4 e 17 de dezembro no México.”
Entre as medidas sugeridas no estudo estão políticas de estímulo a sistemas agrícolas mais diversos, melhor regulamentação do comércio de polinizadores manejados, como as colmeias de abelhas, de modo a controlar a propagação de parasitas e patógenos, e maior investimento na educação dos agricultores sobre o controle de pragas, a fim de reduzir a dependência de pesticidas. “O objetivo é melhorar as condições de vida das populações rurais, conservar a biodiversidade, melhorar as boas práticas de manejo do meio e direcionar o planejamento para guiar as ações futuras de restauração e conservação”, diz Vera Lúcia. “Garantir a conservação dos polinizadores é retorno certo para a agricultura, biodiversidade e desenvolvimento científico.”
O artigo Safeguarding pollinators and their values to human well-being, de Pott, S.G e outros, publicado na revista Nature de 28 de novembro de 2016, pode ser acessado em http://www.nature.com/nature/journal/v540/n7632/full/nature20588.html.
Fonte: EcoDebate
2 de fevereiro de 2016
2 de setembro de 2015
18 de agosto de 2015
SE O HIPOPÓTAMO É HERBÍVORO, POR QUE ELE ATACA OUTROS ANIMAIS?
Estão circulando pela internet imagens e um vídeo no qual um grupo que visitava o Parque Nacional Kruger, na África do Sul, flagrou o momento em que um antílope consegue fugir de um leão, mas acabou sendo morto por um hipopótamo.
http://zip.net/bprQ9Z
Os hipopótamos são animais extremamente territorialistas e costumam avançar sobre pessoas e bichos que invadam seu habitat. Apesar da aparência pacata, eles superam animais mais ferozes, como leões e tubarões, no número de ataques a seres humanos, sendo que a maior parte das investidas acontece quando os hipopótamos estão na água. Encontrados apenas na África, eles vivem em bandos de 30 indivíduos, em média, liderados por um macho. Corpulentos, chegam a pesar mais de 3 toneladas e medir 3,5 metros. Para escapar do calor africano, passam o dia mergulhados em lagos ou rios e saem à noite para pastar. Apesar do corpo pesado, são capazes de correr curtas distâncias a 50 km/h! Hoje só existem duas espécies do animal: o hipopótamo comum (Hipopotamus amphibius) e o pigmeu (Hexaprotodon liberiensis), que tem o tamanho de um porco e é encontrado em florestas tropicais africanas. Ao contrário de seu "primo" mais conhecido, os pigmeus são animais solitários ou que vivem em pares. Estima-se que existam no máximo 3 mil hipos pigmeus no planeta.
Bom de boca!
Hipos têm dentes com mais de 30 cm de comprimento e podem arrancar pernas e braços de uma pessoa
1. Boa parte dos ataques a seres humanos ocorre quando a pessoa está em uma canoa. Especialistas acreditam que os hipopótamos confundam o barco com crocodilos, um dos maiores predadores de seus filhotes
2. Na hora do ataque, os hipos partem pra cima dando dentadas para todos os lados. Assim, estraçalham a canoa e derrubam seus ocupantes na água. "Muita gente também se apavora e pula na água", afirma o biólogo alemão Hans Klingel, estudioso do comportamento desses animais
3. Depois que a pessoa cai na água, o hipo continua mordendo e é capaz de arrancar um braço ou uma perna. A ferocidade desse peso pesado faz com que ele seja responsável pelo maior número de mortes causadas por animais selvagens de grande porte na África
4. A principal arma do hipopótamo é a enorme boca, que atinge uma abertura de até 180 graus, com uma distância de 1,2 metro entre a parte de cima e a de baixo. Dentro dela há longos e afiados caninos, que chegam a superar os 30 centímetros de comprimento maior do que seu antebraço, leitor!
Vidas secas!
Fora da água, animal precisa de proteção extras
FILTRO SOLAR
Apesar de espessa, a pele do hipopótamo é muito sensível a queimaduras do sol. Por isso, glândulas sob sua pele liberam um líquido viscoso que funciona como um eficiente protetor solar. Como esse líquido é avermelhado, surgiu o mito de que o animal sua sangue.
PARCEIRO BICÃO
Os hipopótamos também contam com outro protetor: os passarinhos pica-bois, que vivem bicando as costas dos hipos. Nessa espécie de faxina, os passarinhos comem parasitas da pele do animal uma troca de favores chamada pelos biólogos de comensalismo.
Mergulho autônomo!
Ele pode permanecer submerso por até dez minutos
REI DO RIO
Dono de um fôlego invejável, o hipopótamo permanece até cinco minutos debaixo dágua. Para isso, possui adaptações em seu corpo, como membranas nas orelhas e válvulas nas narinas para tapá-las durante o mergulho
NADO LIVRE
O corpo dos hipos é muito denso para que eles possam nadar. Para se deslocar na água, eles caminham no fundo do rio, numa espécie de galope em câmera lenta, tocando levemente o solo com a ponta dos dedos.
Fonte:
www.bol.com.br
http://mundoestranho.abril.com.br/
29 de junho de 2015
SANEAMENTO BÁSICO MUNDIAL, NÚMERO POR NÚMERO
• 748 milhões de pessoas não têm água limpa. Isto é quase um em cada dez habitantes do planeta.
• 2,5 bilhões de pessoas não têm banheiro adequado. Isto é um em cada três habitantes do planeta.
• Cerca de 700 mil crianças morrem por ano de diarreia causada por água contaminada e falta de saneamento. Isto é quase duas mil crianças por dia.
Fonte: WaterAid
• 2,5 bilhões de pessoas não têm banheiro adequado. Isto é um em cada três habitantes do planeta.
• Cerca de 700 mil crianças morrem por ano de diarreia causada por água contaminada e falta de saneamento. Isto é quase duas mil crianças por dia.
Fonte: WaterAid
ECONOMIA VERDE
Segundo definição do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a Economia Verde é aquela que promove a melhoria do bem-estar humano e da igualdade, e , ao mesto tempo reduz significativamente os riscos ambientais. As três características principais das atividades dessa economia são: reduzir a emissão de carbono, ser eficiente no uso de recursos naturais e ser socialmente inclusiva. Um dos termos centrais da Rio+20, recebeu duras críticas de diversos atores da sociedade civil. Há muita desconfiança de que uma espécie de "manto verde" seja usado por segmentos do mercado para encobrir a falência do modelo de economia em curso e, assim, dar sobrevida a um sistema de exploração e injustiças. Alguns especialistas ressaltam que a economia verde é aquela que precisa levar em conta os limites ecossistêmicos do planeta, resgatando conceitos da chamada Economia Ecológica.
Fonte: Projeto Apoema
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