Objetivos:
1. Conhecer a importância dos órgãos dos sentidos para nossa
sobrevivência.
2. Associar os sentidos à percepção do ambiente em que estamos inseridos
e dos perigos que nos cercam.
3. Identificar os órgãos dos sentidos e seu funcionamento.
4. Relacionar os sentidos ao cérebro.
Introdução:
Os seres humanos têm cinco sentidos: audição, olfato, tato, paladar e
visão. Eles nos garantem a percepção do ambiente em que estamos inseridos,
reconhecendo tudo que está ao nosso redor, identificando se algo oferece ou não
perigo à nossa sobrevivência.
A visão nos permite distinguir pessoas, objetos, formas, cores e muito
mais. Por meio do tato, pegamos um objeto, sentimos como é sua textura,
temperatura, etc. O paladar garante que percebamos os diferentes sabores e se o
alimento está estragado, assegurando nossa saúde. O olfato permite que as
partículas dispersas no ar sejam captadas e levadas ao cérebro, reconhecendo os
diferentes odores. Pela audição captamos os sons, que passam através do nosso
tímpano e chegam até o ouvido interno e, depois, ao cérebro.
Para que os sentidos exerçam suas funções é necessário que as
informações captadas cheguem ao cérebro, pois é ele quem decodifica e
interpreta os dados.
Materiais:
1. Texto: Órgãos dos sentidos.
2. De 20 a 25 figuras dos órgãos dos sentidos, em folha A3. Essas
figuras deverão conter todas as partes de cada órgão, devidamente identificadas
e nomeadas.
3. Dez figuras do cérebro em A3, demarcando as regiões onde são
interpretados os cinco sentidos.
Estratégias:
1. Introduzir o tema por meio da leitura do texto (que pode ocorrer de
forma coletiva).
Órgãos dos sentidos: Visão, audição, tato, olfato e paladar
Você já reparou quantas coisas
diferentes nosso corpo é capaz de fazer? Podemos perceber o ambiente vendo,
ouvindo, cheirando, apalpando, sentindo sabores. Recebemos informações sobre o
meio que nos cerca. Ao processá-las em nosso cérebro, nós as
interpretamos, seja como sinais de perigo, sensações agradáveis ou
desagradáveis, etc. Depois dessa interpretação, respondemos aos estímulos do ambiente,
interagindo com ele.
Nossos corpos podem fazer diversas coisas que uma máquina não é capaz.
Como você sabe o que está acontecendo ao seu redor? Recebemos informações sobre
o ambiente através dos cinco sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato.
A visão
A energia luminosa (luz) chega aos nossos olhos trazendo informações do
que existe ao nosso redor. Nossos olhos conseguem transformar o estímulo
luminoso em uma outra forma de energia (potencial de ação) capaz de ser
transmitida até o nosso cérebro. Esse último é responsável pela criação de uma
imagem a partir das informações retiradas do meio.
Observe seus olhos em um espelho. Você verá uma "bolinha" bem preta
no centro da região colorida. É a pupila. Mas, o que é a pupila? Nada mais do
que um orifício que deixa passar a luz.
Você já saiu de um local escuro e entrou em outro ambiente bem claro? O
que aconteceu? Provavelmente, você ficou ofuscado, isto é, deixou de enxergar
por alguns segundos. A região colorida de seus olhos é conhecida como íris.
Trata-se de uma delicada musculatura que faz sua pupila ficar grande ou
pequena, de acordo com a quantidade de luz que ela recebe.
Quando a quantidade de luz é pequena, é preciso aumentar esse orifício para
captar a maior quantidade possível de energia luminosa. Já quando a
luminosidade é grande, a íris diminui a pupila, tornando menor a entrada de
luz, para seus olhos não receberem tanta "informação" ficando
incapazes de transmiti-las ao cérebro.
Audição
Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que está ocorrendo a nossa
volta. Além de perceberem os sons, eles também nos dão informações sobre a
posição de nossos corpos, sendo parcialmente responsáveis por nosso equilíbrio.
O pavilhão auditivo (orelha externa) concentra e capta o som para podermos
ouvir os sons da natureza, diferenciar os sons vindos do mar do som vindo de um
automóvel, os sons fortes e fracos, graves e agudos.
Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da cabeça, conseguimos localizar
a que distância se encontra o emissor do som. Percebemos a diferença da chegada
do som nas duas diferentes orelhas. Desse modo, podemos calcular a que
distância encontra-se o emissor. Nossas orelhas captam e concentram as
vibrações do ar, ou melhor, as ondas sonoras, que passam para a
parte interna do nosso aparelho auditivo, as orelhas médias, onde a vibração do
ar faz vibrar nossos tímpanos - as membranas que separam as orelhas externas
das médias.
Essa vibração, por sua vez, será transmitida para três ossículos, o martelo, a
bigorna e o estribo. Através desses ossos, o som passa a se propagar em um meio
sólido, sendo assim transmitido mais rapidamente. Assim, a vibração chega à
janela oval - cerca de vinte vezes menor que o tímpano - concentrando-se nessa
região e amplificando o som.
Da orelha interna, partem os impulsos nervosos. Nosso aparelho auditivo
consegue ampliar o som cerca de cento e oitenta vezes até o estímulo chegar ao
nervo acústico, o qual levará a informação ao cérebro. Quando movemos a cabeça,
movimentamos também os líquidos existentes nos canais semicirculares e no
vestíbulo da orelha interna. É esse movimento que gera os estímulos que dão
informações sobre os movimentos que nosso corpo está efetuando no espaço e
sobre a posição da cabeça, transmitindo-nos com isso a noção de equilíbrio.
Olfato e
tato
Podemos adivinhar o que está no forno apenas pelo cheiro que sentimos no
ar da cozinha. Esse é o sentido do olfato. Partículas saídas dos alimentos, de
líquidos, de flores, etc. chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido que
reveste a região interna do teto da cavidade nasal, a mucosa olfatória. Ali a
informação é transformada, para ser conduzida, através do nervo olfatório, até
o cérebro, onde será decodificada.
Já a nossa pele nos permite perceber a textura dos diferentes materiais, assim
como a temperatura dos objetos,
pelas diferenças de pressão, captando as variações da energia térmica e ainda
as sensações de dor. Podemos sentir a suavidade do revestimento externo de um
pêssego, o calor do corpo de uma criança que seguramos no colo e a maciez da
pele de um corpo que acariciamos. Sem essas informações, nossas sensações de
prazer seriam diminuídas, poderíamos nos queimar ou nos machucaríamos com
frequência. Essa forma de percepção do mundo é conhecida como tato.
Os receptores do tato percebem as diferenças de pressão (receptores de
pressão), traduzem informações recebidas pelo contato com diferentes
substâncias químicas, percebem também a transferência de energia térmica que ocorre de
um corpo para outro (receptores de calor).
Paladar
Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de
identificar um alimento que é colocado dentro de nossa boca. Esse sentido é o
paladar. Partículas se desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca,
onde a informação é transformada para ser conduzida até o cérebro, que vai
decodificá-la. Os seres humanos distinguem as sensações de doce, salgado, azedo
e amargo através das papilas gustativas, situadas nas diferentes regiões da
língua.
Para sentirmos os diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são
dissolvidos pela água existente em nossa boca e estimulam nossos receptores
gustativos existentes nas papilas.
Nossos sentidos nos informam, de várias maneiras, sobre o que está acontecendo
a nossa volta. Podemos ver e ouvir, cheirar e sentir sabores. Podemos sentir a
textura e a temperatura das coisas que tocamos. Nossos sentidos são
impressionados pela matéria e a energia e, assim, nosso organismo entra em
contato com o meio ambiente.
No entanto, nossos órgãos dos sentidos são limitados, percebem apenas uma
determinada quantidade de comprimentos de ondas luminosas, sonoras, etc. Do
mesmo modo, nosso corpo suporta somente uma determinada quantidade de pressão.
Mas o homem passou a criar instrumentos para ampliar a sua percepção do mundo,
podendo enxergar objetos cada vez menores e maiores, compreender e identificar
ultra-sons e infra-sons. Com a possibilidade de um novo olhar, o homem foi encontrando
novos problemas, levantando novas hipóteses, chegando a novas conclusões e
conhecendo novas realidades.
Texto de: Maria Sílvia Abrão, Especial para a Página 3
Pedagogia & Comunicação.
2. Organizar os alunos em trios.
3. Pedir para que escolham, inicialmente, duas figuras dos órgãos dos
sentidos, discutindo o percurso das informações, desde que elas são capturadas
na realidade até chegarem ao cérebro.
4. Registrar no caderno os percursos discutidos.
5. Realizar o mesmo procedimento com os outros órgãos dos sentidos.
6. Assegurar o conteúdo, solicitando que alguns grupos realizem a
apresentação de seus registros. O professor deve fazer intervenções, quando
necessário.
7. Entregar a figura do cérebro aos grupos, a fim de eles conheçam as
diferentes regiões cerebrais e sua relação com os sentidos.
Dica:
Seria interessante que os alunos
pudessem assistir ao filme A
pessoa é para o que nasce, de Roberto Berliner.
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