21 de julho de 2011

FLORESTA AMAZÔNICA: UM ECOSSISTEMA BRASILEIRO


A Floresta Amazônica é um dos ecossistemas mais ricos do mundo, graças a imensa diversidade em espécies vegetais e animais que a caracteriza. Possui árvores que podem chegar a mais de 40 metros de altura. Ao nível do solo há pouca vegetação, porque chega pouca luz à parte mais baixa da floresta, já que as copas das árvores são muito densas.
O índice de chuvas na região é muito alto, e por isso os ecossistemas desse tipo são chamados de florestas pluviais tropicais. As folhas das árvores são freqüentemente lisas, recobertas por cera e voltadas para baixo, com ponta em forma de goteira. Isso facilita o escoamento da água das abundantes chuvas. Apoiados aos troncos das árvores maiores, encontram-se numerosos cipós, orquídeas, liquens e samambaias. Uma grande variedade de animais vive nas copas das árvores e no chão.


Durante muito tempo, pensou-se que o solo dessa floresta fosse muito rico. Na realidade, a maior parte dele é pobre em nutrientes. Ocorre que a maior parte dos nutrientes está contida nos troncos, ramos, folhas e frutos dos vegetais. Quando essas plantas morrem e caem no chão, são decompostas por bactérias. Os nutrientes são então devolvidos ao solo, e em seguida absorvidos pelo emaranhado de raízes das outras plantas.
Dessa forma, os sais minerais estão sempre circulando rapidamente pelos vegetais da floresta.
Por causa disso, desmatar essa região para praticar agricultura ou extração de madeira acaba sendo um desastre. Isso ocorre porque a retirada da cobertura vegetal deixa o solo desprotegido e diretamente exposto à chuva, que carrega os sais minerais para o lençol de água subterrâneo, empobrecendo rapidamente a terra.

v    Trabalhando a leitura:

1. O que quer dizer “A floresta Amazônica é um ecossistema muito rico”?

2. Utilizando informações do texto, descreva resumidamente as características da floresta Amazônica quanto à:
·                    Altura das árvores:
·                    Luz que chega até o solo:
·                    Quantidade de chuvas na região:
·                    Variedade de animais:
·                    Riqueza do solo em nutrientes:

3. Por que motivo o desmatamento da Amazônia prejudica o solo da região?

TEXTOS E ATIVIDADES VARIADAS SOBRE MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA















REDUÇÃO DAS POPULAÇÕES MARINHAS

     A pesca oferece à humanidade um alimento rico em proteínas. Além disso, os peixes constituem um recurso natural renovável: eles se reproduzem e dão origem a novos peixes. Ao contrário do petróleo, por exemplo, que é um recurso natural não renovável, ou seja, não pode ser recomposto na natureza e, mais cedo ou mais tarde, vai acabar.
     No entanto, recursos renováveis também podem acabar. Ao serem consumidos em uma velocidade maior do que a de sua reposição natural, eles vão se reduzindo até chegar ao fim.

As populações de algumas espécies marinhas vêm diminuindo:

     É exatamente isso o que vem ocorrendo com algumas espécies de peixes e outros animais marinhos usados como alimento pelo ser humano. Nos últimos cinquenta anos, a pesca excessiva reduziu em 90% a população dos grandes peixes, como o atum, o arenque, o peixe-espada, o salmão, o hadoque, o esturjão, a cavala e o bacalhau. Houve redução também entre os crustáceos comestíveis, como o camarão e a lagosta. Estima-se que cerca de um terço das espécies marinhas encontra-se ameaçada de extinção. Essa ameaça deve-se, principalmente, à eficiência da pesca em escala industrial, que utiliza grandes navios pesqueiros capazes de locali­zar os cardumes por satélite ou sonar, e de fazer a captura com imensas redes de arrasto. Essas redes, que são puxadas junto ao fundo do mar, acabam arrastando também moluscos, crustáceos e peixes pequenos demais para o comércio, que, em sua maioria, morrem esmagados na própria rede ou no convés dos barcos, muito antes de serem devolvidos ao mar.

Oásis marinhos:

     Não devemos nos iludir com a vastidão dos oceanos. É verdade que eles cobrem cerca de 70% da superfície da Terra. No entanto, longe da costa, os sais minerais tendem a se depositar no fundo, onde não há luz. Sem os sais minerais, a fotossíntese diminui, diminuindo também a população de algas que sustentam a cadeia alimentar e, conseqüentemente, a população de peixes e de outros animais. Por isso, a maioria das espécies situa-se próxima às regiões costeiras. Elas podem ser encontradas também, em grande quantidade, nas regiões em que correntes marítimas levam os sais minerais do fundo para a superfície iluminada: é o fenômeno conhecido como ressurgência, que aumenta o número de algas e, em conseqüência, o de peixes.

    




     O resultado é que, apesar de toda a sua imensa área, os seres aquáticos estão concentrados em um número relativamente pequeno de "oásis". A pesca também se concentra nessas regiões, o que aumenta o risco de extinção das espécies. O problema não afeta apenas os que vivem da pesca e os seres humanos que consomem peixes, mas toda a cadeia alimentar.
     Os grandes peixes são predadores que estão no topo das cadeias alimentares. Por isso, sua extinção pode provocar desequilíbrios em toda a cadeia. Em um rio da Califórnia, por exemplo, observou-se que peixes do topo da cadeia alimentar, como as trutas, comiam libélulas, que, por sua vez, ingeriam um tipo de mosquito que se alimentava de algas. Os pesquisadores removeram então boa parte das trutas e observaram que a população de libélulas aumentou. Com isso, a população de mosquitos diminuiu e a de algas aumentou, a ponto de cobrir a superfície dos rios e provocar desequilíbrios ecológicos. Outro exemplo de desequilíbrio foi observado no Atlântico Norte, onde a pesca do bacalhau provocou o aumento da população de ouriços-do-mar, que destruíram as algas do fundo.
     E, ao contrário do que imaginamos, nem sempre a criação de peixes é a solução para desequilíbrios. Em artigo na revista Scientific American Brasil, Daniel Pauly e Reg Watson comentam que, embora muitos acreditem que criações de peixes possam ajudar a manter os estoques naturais, isso só acontece se os peixes criados não forem alimentados com produtos do mar. Mas a criação de peixes carnívoros, como o salmão, por exemplo, é feita com ração produzida de peixes e outros seres marinhos e, por isso, criações de salmão consomem mais peixes do que produzem.



Fernando Gewandsznajder

20 de junho de 2011

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@DaniGOliveira7

É DE ARREPIAR!!!!

     Encontrei estas imagens de microscopia eletrônica de alguns insetos no blog Diário de Biologia e resolvi compartilhar aqui:

 Formiga marrom em uma folha de grama


 Vespa européia. Muito show!

 
 Fêmea de mosca postando ovos


 Caruncho ou gorgulho (ordem Coleoptera)


 Mosca-da-flor


 Piolho prendendo a lêndea (ovo) no fio de cabelo


 Cabeça da larva de um inseto. Sinistro!

 
 Mosca-de-estábulo
 
 Mosca tsé-tsé, transmissora do protozoário causador da doença do sono.

Pois é, e pensar que eles juntamente com os demais artrópodes dominam o planeta! Graças a Deus, pois imagine se fosse a espécie humana a dominar, a Terra estaria pior ou acabada.

   

CIÊNCIA X RELIGIÃO


Para muitos filósofos e cientistas não há incompatibilidade entre ciência e religião. Essa é a posição de, entre outros, Stephen Jay Gould, um importante evolucionista norte-americano falecido em 2002 e autor de vários livros de divulgação científica.

Os objetivos da ciência e os da religião:
A ciência trabalha com hipóteses que podem ser testadas, por observações ou experimentos, acerca de fenômenos que podem ser detectados e medidos por instrumentos. Desse modo, a ciência tenta explicar fenômenos empíricos ou factuais por meio de leis e teorias cientificas. Já a religião trata de temas como a existência de Deus, da alma, e o livre-arbítrio, que não podem ser testados experimentalmente e, portanto, não podem ser provados nem refutados cientificamente. Esses temas estão fora da abordagem científica e constituem questões de fé, que dependem da convicção de cada um.
Enquanto a ciência procura descobrir como as coisas (o mundo factual) são, a religião trata de questões éticas, de valores, que procuram descobrir como as coisas devem ser. E muitos filósofos acham que é um erro inferir como as coisas devem ser a partir de como as coisas são (esse erro é conhecido como a falácia naturalista). A ciência pode nos dizer, então, o que somos capazes de fazer, enquanto a religião e a ética nos dizem o que devemos fazer. Isso significa que não podemos extrair um juízo de valor a partir de uma teoria científica: valores pertencem à esfera ética e não à esfera científica.
No livro Pilares do tempo, Stephen Jay Gould considera que ciência e religião são "magistérios não-interferentes". Com isso, ele quer dizer que ciência e religião não podem ser unificadas. Para ele, a ciência desenvolve teorias para explicar o universo natural. A religião, por sua vez, tenta explicar o universo moral, operando em "uma esfera completamente diferente, a dos desígnios, significados e valores humanos - assuntos que a esfera factual da ciência pode até esclarecer, mas nunca solucionar". Em outras palavras, a ciência tenta compreender os fatos, enquanto a religião procura estabelecer finalidades e distinguir o certo do errado, o bem do mal.

Religião e evolução:
Alguns grupos religiosos discordam da teoria da evolução e defendem a idéia de que os seres vivos foram criados por Deus exatamente como está escrito na Bíblia. Eles defendem, portanto, o criacionismo. Uma interpretação literal da Bíblia como essa pode entrar em contradição com as teorias científicas evolucionistas.
No entanto, várias religiões (dentre elas a católica) aceitam a teoria da evolução e consideram que a Bíblia não deve ser interpretada ao pé da letra. Para eles, o ser humano pode ter surgido de outros animais, mas suas características mais importantes seriam espirituais, em vez de materiais, e teriam origem divina. As mensagens espirituais e morais do relato bíblico continuam valiosas e inquestionáveis.
Segundo essa abordagem, uma pessoa pode ser religiosa e aceitar que Deus criou não só o universo, mas também as leis da natureza - como as leis da Física e o processo de evolução.
A maioria dos cientistas acha que há provas suficientes para aceitar que as espécies evoluíram e que essa evolução ocorreu, em linhas gerais, da forma como a teoria atual a explica. Isso não quer dizer que a teoria da evolução não possa ser corrigida e modificada, como qualquer outra teoria científica. É preciso ter sempre em mente o caráter parcial, incerto (hipotético) e inexato do conhecimento científico.
Para Gould, só há conflito quando ciência e religião tentam invadir o território uma da outra. Essa invasão ocorre também pelo lado da ciência, como foi o caso das teses do chamado "darwinismo social", defendido por Herbert Spencer, segundo o qual deveríamos adotar uma economia que deixasse perecer os mais fracos em nossa sociedade. Nesse caso, o erro é confundir um fenômeno natural (a seleção natural ou a sobrevivência dos mais aptos) com a esfera ética, que trata do que deve ser, extrapolando dos fatos para os princípios éticos. Assim, se, por exemplo, descobrirmos que os seres humanos têm uma tendência genética para serem agressivos com estranhos, isso não significa que essa tendência seja boa, ou que os comportamentos sociais decorrentes dela não possam ser mudados e, principalmente, que não devam ser mudados: com as armas capazes de destruição em massa que o homem possui, é vantajoso estimular mecanismos para aumentar a cooperação e diminuir as disputas entre os povos. Em resumo, nem tudo que é natural é necessariamente bom (ou mal), nem deve necessariamente ser preservado.

Religião e ciência podem dialogar:
A ciência não dá conta de todas as necessidades humanas e não é a única forma de conhecer e de se relacionar com o mundo. Ciência e religião respondem a necessidades humanas diferentes e se complementam. A esse respeito, o astrônomo Carl Sagan (1935-1996), em seu livro Bilhões e bilhões: reflexões sobre vida e morte na virada do milênio, afirma que "se grande parte do universo pode ser compreendida em termos de algumas leis simples da natureza, aqueles que desejam acreditar em Deus podem com certeza atribuir essas belas leis a uma razão que sustenta toda a natureza".
Sagan relata também encontros de cientistas com líderes religiosos de várias nações, mostrando que todos buscavam soluções para os problemas ambientais que ameaçam o planeta. Os documentos produzidos nessas reuniões mostram que é preciso ampliar a compreensão sobre os perigos que ameaçam o planeta e o compromisso com o bem-estar de nossa espécie e de todos os seres vivos. Para isso, é fundamental um esforço conjunto da ciência e da religião, um diálogo, uma compreensão e um respeito mútuo, com cada um reconhecendo a esfera em que age. Como resume Gould, no livro citado, ciência e religião "têm de controlar sua tendência a invadir o domínio do vizinho, mas só podem se enriquecer com o diálogo e a compreensão mútua".

Fernando Gewandsznajder(Licenciado em Biologia, doutor em Educação, professor de Biologia no Colégio Pedro II-RJ e autor de livros de Ciências e Biologia pela Ática)





Um livro muito interessante que aborda este assunto é UM CIENTISTA LÊ A BÍBLIA, escrito pelo físico e pastor anglicano John Polkinghorne. Eu li o livro e me identifiquei bastante, pois creio sim que a Ciência e a Religião devem ser parceiras, elas são muito mais parecidas do que podemos supor e na realidade dizem a mesma coisa, mas com maneiras diferentes, elas se complementam, nehuma sozinha tem respostas para todas as perguntas, mas juntas podem esclarecer muita coisa. Bom isso é o que eu penso!