As pteridófitas são plantas vasculares com ausência de flores, frutos e sementes, as mais conhecidas são popularmente denominadas de samambaias. Apresentam ciclo de vida com duas fases (esporofítica e gametofítica).
O esporófito é a planta mais evidente, é vascularizada tem xilema e floema como as plantas com flores e também é a planta formadora de esporos, como as briófitas. O gametófito, a planta menos conhecida, tem aparência e proporção de briófita e forma gametas.
Atualmente, estima-se que existam entre 12.000 a 15.000 espécies de pteridófitas no mundo.
Uma pteridófita bem interessante, e que em nada se parece com uma típica samambaia é a espécie aquática Regnellidium diphyllum, o formato de suas folhas lembra uma gravata borboleta. Possui caule rastejante que se fixa ao substrato e folhas flutuantes formadas por dois folíolos arredodados, o tamanho do pecíolo varia conforme a altura da lâmina d'água, podendo chegar a 20 cm de comprimento. Representa a única pteridófita conhecida que possui látex em seu esporófito, também, é endêmica do sul da América do Sul, tem sua ocorrência restrita a região sul do Brasil e Corrientes na Argentina. Devido à destruição crescente de seu hábitat (banhados e corpos d'água) e seu grau de endemismo, foi incluída na lista das Espécies Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul na categoria vulnerável. O látex é um líquido, geralmente, de aparência leitosa presente em algumas plantas, principalmente, em representantes das famílias Apocynaceae (p.ex. jasmim-catavento), Euphorbiaceae (p.ex. coroa-de-cristo e seringueira) e Moraceae (figueiras), e serve para proteção da planta.
Rosana Senna
Seção de Botânica - MCN/FZBRS
e-mail: senna@fzb.rs.gov.br
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