A Helicoverpa spp é uma espécie de lepidóptero cujas lagartas têm atacado as plantações de algodão, milho, milheto, soja, sorgo e feijão.
- Adulto – Mariposa com aproximadamente 18 mm de comprimento e aproximadamente 35 mm de envergadura. Asas anteriores de cor castanha com uma mancha escura no centro e uma franja externa na ponta.
- Ovos – Cor branca ou creme, tornando-se pardo um dia após a postura.
- Lagarta – As lagartas recém eclodidas são de cor creme. Totalmente desenvolvidas chegam a medir de 41 a 50 mm de comprimento. Sua cor quando crescida varia entre o amarelo, verde, laranja ou vermelho e quase preto. Sua cabeça é amarela ou marrom.
- Pupa – Marrom, brilhante e escura, medindo aproximadamente 20 mm.
PRIMEIROS FOCOS:
Os primeiros focos da Helicoverpa spp foram observados na Bahia, atingindo o sul do Maranhão e sul do Piauí em 2012.
No princípio, se pensou que era a Heliothis spp (lagarta das maçãs do algodão) e muito tempo e dinheiro foram gastos até se chegar ao diagnóstico correto, que só veio cerca de 30 a 50 dias após o primeiro registro da praga.
POSSÍVEIS CAUSAS:
- Desequilíbrio climático caracterizado por uma longa seca;
- Esquema de diversificação e sucessão de culturas muito favorável à Helicoverpa spp, no atual modelo de produção;
- Retirada do inseticida Endosulfan do mercado pode ter favorecido o descontrole da praga no algodão;
- Reduzida eficiência dos inseticidas comerciais atuais;
- Produtores sem assistência agronômica de qualidade atrasaram o início do controle da praga em suas propriedades.
Ocorrência de Helicoverpa armigera no RS
Estas lagartas foram criadas em laboratório e após a emergência, os adultos foram enviados para identificação taxonômica por especialista deste grupo de insetos da Embrapa Cerrados.
A Superintendência Federal de Agricultura do RS oficializou ontem, dia 19, as primeiras ocorrências confirmadas de Helicoverpa armigera no RS. As lagartas para identificação foram coletadas por pesquisadores da UFSM, UPF e Embrapa Trigo, em lavouras de soja da safra 2012/2013, localizadas nos municípios de Espumoso, Carazinho e Passo Fundo. Estas lagartas foram criadas em laboratório e após a emergência, os adultos foram enviados para identificação taxonômica por especialista deste grupo de insetos da Embrapa Cerrados.
Diante desta confirmação, o MAPA/RS estará realizando, nesta quinta-feira dia 21 de novembro na sede Superintendência Federal de Agricultura do RS, reunião com especialistas da área de entomologia das principais instituições de pesquisa, ensino e extensão, como Emater, SEAPA, Embrapa Trigo, UFSM, UFRGS, UPF, Embrapa de Pelotas, Laboratórios de identificação, dentre outras, visando discutir e harmonizar ações para o monitoramento e controle da praga, sob a coordenação do MAPA/RS.
É importante ressaltar que até o momento não há relatos de prejuízos em lavouras do RS, semelhantes àqueles observados em outras regiões do Brasil com características e clima diferenciados. Portanto, segundo o Superintendente Federal de Agricultura do RS, Francisco Signor, não há motivos para criar um clima de bioterrorismo ou paranoia junto aos produtores, mas sim juntamente com os técnicos, definir estratégias e harmonizar as informações e ações a serem tomadas sob o ponto de vista técnico.
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