28 de setembro de 2013
23 de setembro de 2013
DINÂMICA: APRENDENDO A RESPEITAR AS DIFERENÇAS
Aprendendo e respeitando as diferenças
# Divida a turma em grupos
* Providenciar vários objetos que podem ser pegos com a boca, com os pés e com as mãos, alimento doce e salgado, música, líquidos para cheirar (álcool e perfume), algodão e um objeto duro ou áspero, bola.
Grupo 1 * Amarrar com um lenço (ou apenas avisá-los que não podem usar as mãos) as mãos de alguns alunos e pedir que peguem os objetos. Eles deverão usar a criatividade e outras habilidades para pegar os objetos.
Grupo 2 * Sentá-los em uma cadeira (pois acredito que talvez seja dificil arrumar uma de rodas emprestada), com os pés para cima, e pedir que joguem bola sem colocar os pés no chão ( informe que a cadeira poderá ser arrastada usando o corpo).
Grupo 3 * Pedir que o colega tape os olhos de outro, enquanto você pede a ela para identificar o cheiro do liquido levado por você, o sabor do alimento, a textura do objeto ou o próprio objeto.
Grupo 4 * Eles devem tapar os ouvidos, (se você conseguir pode comprar um ou dois protetores auditivos em lojas de produtos de segurança, tem uns de espuma que são baratos) com as mãos, e você coloca uma musica com as caixas no chão e eles descalços devem dançá-la.
Conclusão: Apesar das diferenças e das limitações do corpo , é dado a todos a oportunidade de superar suas dificuldades, pois não se isso mais a palavra deficiência, através de outras habilidades e aptidões que lhes são concedidas por Deus, tendo a natureza como instrumento. E estas aptidões são usadas a partir do momento em damos aos outros a oportunidade de mostrar sua capacidade, e principalmente, quando os estimulamos a tal.
E isso não de aplica somente as Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais físicas ou mentais, mas a todos que tem dificuldade de amar, praticar o bem e exercitar a fé.
(autoria de Cláudia Moreira)
ÁGUA-VIVA
Descubra tudo sobre esse bicho feito de água, que já existem a mais de 700 milhões de anos!!!
Ih, evaporou!
A
água-viva não tem esse nome por acaso: 98% do corpo do animal é formado de
água. Por isso, quando encalha na praia, ela desaparece à medida que a água
evapora.
Bem antigas
Os
ancestrais da água-viva surgiram há uns 700 milhões de anos. Até hoje, os
cientistas já encontraram umas 9 mil espécies diferentes. E a cada dia outras
são descobertas em todo o mundo.
Só tentáculos
A
única defesa desse bicho são os longos tentáculos. Se eles esbarrarem em algo,
células especiais liberam uma espécie de agulha que injeta veneno para
paralisar o inimigo. É assim que a água-viva consegue se defender e capturar
comida. Na hora de comer, o alimento é levado à boca, fica no centro do corpo,
na parte de baixo, entre os tentáculos.
Ai, que dor!
A
fisgada da água-viva não costuma ser fatal para os humanos. Ela provoca dor,
queimadura, irritações na pele, febre e cãibras nos músculos. A intensidade do
ataque depende do tamanho e da espécie do bicho. Além disso, ela não tem o
hábito de atacar pessoas.
Conheça as três espécies de água-viva mais
poderosas (e venenosas):
Juba-de-leão
A
maior água-viva do planeta nada pelos mares árticos há 650 milhões de anos.
Cientistas já encontraram uma com 6 metros de diâmetro e tentáculos de uns 50
metros de comprimento.
Vespa-do-mar
A mais mortal das águas-vivas vive nos mares da Austrália. O veneno é
tão potente, que poderia matar 60 adultos em dois minutos! E ela nem é tão
grande: tem o tamanho de uma bola de basquete.
Irukandji
Com
menos do que 1 centímetro de diâmetro, ela dificilmente é notada a olho nu.
Apesar de pequena, essa água-viva que habita as praias australianas é uma das
mais perigosas do mundo e tem um veneno superpoderoso.
Ficha da água-viva:
- Onde vive: em
todos os oceanos
- Tamanho: de
poucos milímetros a mais de 2 metros de diâmetro (sem contar os
tentáculos, que podem chegar a 30 metros)
- O que comem: plânctons, pequenos crustáceos e peixes
- Tempo de vida:até 5
anos
OS MISTÉRIOS DA MENTE
A Neurociência é o ramo da Biologia que estuda o sistema nervoso. Atualmente, é considerada uma ciência interdisciplinar, pois permite que os estudos moleculares, celulares, estruturais, funcionais, médicos, evolutivos, do desenvolvimento e cibernéticos sejam realizados por diversas áreas do conhecimento, como Química, Medicina, Psicologia, Filosofia, Matemática e Engenharia da Computação.
Os métodos bioquímicos e a produção de imagens do cérebro vivo e intacto, por meio de tomografias e ressonância magnética, estão produzindo conhecimentos essenciais para entendermos o funcionamento cerebral, mas não é de hoje que pesquisadores estão empenhados em desvendar os mistérios da mente humana por meio da Neurociência. No Brasil, a Neurociência teve início a partir de experimentos de Neurofisiologia, pelos irmãos Álvaro e Miguel Ozório de Almeida, no início do século XX. Desde a década de 1920, a partir de estudos de Otto Loewi, busca-se desvendar como acontece a comunicação entre os neurônios, conhecida como sinapse.
Para compreender as sinapses, é importante voltarmos na história. Em 1904, Ramon y Cajal, obteve as primeiras evidências de que o sistema nervoso era formado por células individualizadas, os famosos neurônios.
Os neurônios são responsáveis por receber e transmitir informações. São formados por um corpo celular, onde está localizado o material genético: dendritos, que são prolongamentos responsáveis por receber o estímulo, axônio, que é um prolongamento por onde caminha a informação, e terminações nervosas, responsáveis por transmitir a informação. Nos axônios da maioria dos neurônios há a bainha de mielina, que faz com que a condução da mensagem aconteça mais rapidamente.
Uma característica importante dos neurônios diz respeito à capacidade de gerar e propagar impulsos elétricos. Isso é possível porque há diferença de íons presentes no meio extra e intracelular, o que torna a parte externa da membrana positiva e a interna, negativa. Merecem destaque os íons de sódio e potássio que estão distribuídos, respectivamente, nos meios extra e intracelular.
Na membrana, existem canais iônicos que permitem a entrada e/ou saída de íons das células. Quando ocorre um estímulo, esses canais são abertos, disparando um potencial de ação. Íons de sódio passam para o meio intracelular, gerando uma corrente elétrica que se propaga através da membrana do neurônio, o que faz com que os canais de potássio se abram, liberando íons no meio extracelular, equilibrando as cargas elétricas.
Na sinapse, as membranas dos neurônios não se tocam. Há um espaço entre eles conhecido como fenda sináptica. Mas, se há um espaço entre eles, você deve estar se perguntando: como a informação se propaga de um neurônio para o outro? Isso acontece graças à sinapse química.
Na terminação dos axônios ficam armazenados os neurotransmissores, que são substâncias químicas. Essas substâncias são liberadas na fenda sináptica quando ocorre potencial de ação e se ligam aos receptores presentes na membrana do outro neurônio, gerando uma resposta intracelular.
Existem vários neurotransmissores com funções específicas, ou seja, cada um leva uma mensagem e gera uma resposta diferente. A deficiência nesses neurotransmissores gera prejuízo nas sinapses e pode levar a várias patologias. Por exemplo, a acetilcolina é importante para a memória, a sua deficiência leva à doença de Alzheimer; a dopamina é importante para os movimentos e as emoções. Sua falta leva à doença de Parkinson e o excesso, à esquizofrenia. A depressão é causada pela falta de noradrenalina e serotonina.
O uso de drogas como cocaína, crack, êxtase, maconha, álcool e cigarro também causa prejuízo nas sinapses, inibindo ou estimulando a liberação dos neurotransmissores, o que pode gerar sérias consequências ao organismo.
O sistema nervoso é capaz de alterar sua estrutura ou função em resposta às influências ambientais, fenômeno conhecido como plasticidade. Essa capacidade independe da idade. Quando o cérebro é estimulado com a leitura, atividade física, trabalhos manuais, ou seja, com algo novo, ocorrem alterações no sistema nervoso, novas sinapses são formadas, a comunicação entre os neurônios se torna mais eficaz, o que melhora a concentração, o raciocínio, o aprendizado e a memória.
Quando o estímulo ocorre com algo que é prejudicial, como as drogas de abuso, as modificações são maléficas, podendo gerar prejuízos para o aprendizado e a memória de forma permanente.
Diferentemente do que muitos imaginam, o cérebro necessita de estímulos bons para se manter ativo e, mesmo quando dormimos, ele não “desliga”, continua trabalhando, processando, selecionando e armazenando as informações recebidas ao longo do dia.
Apesar dos avanços da Neurociência, o funcionamento do cérebro continua sendo um grande mistério. Hoje, muitas descobertas estão auxiliando não apenas a medicina, mas também o professor em sala de aula.
No século XIX, Piaget, Vygotsky e Wallon defendiam teorias sobre a interferência da emoção, da atenção, da motivação, da afetividade, da relação com o meio e dos conhecimentos prévios no aprendizado. Com o avanço das pesquisas no campo da Neurociência, é possível constatar que o desenvolvimento cerebral acontece a partir da integração entre o corpo e o meio social. A Psicologia Cognitiva busca formas de explicar como essa relação acontece, como os indivíduos percebem, interpretam e utilizam o conhecimento adquirido.
Ninguém nasce sabendo. Todas as pessoas são capazes de aprender e de se tornarem boas no que fazem. O grande desafio para o século XXI na área da Pedagogia consiste em criar estratégias de ensino inovadoras, capazes de melhorar os processos de ensino e aprendizagem.
Portanto, professor, diversifique sua forma de ensinar. Além de aulas expositivas, use vídeos, imagens, experimentos, cartazes, leitura de artigos de jornais e revistas, estimule trabalhos em equipe e coloque sempre o aluno como centro dos processos de ensino e aprendizagem. Dessa forma, você estará desenvolvendo habilidades diferentes e exercitando o seu cérebro e o de seus alunos também.
Neurociência e Educação
Emoção:
Estar atento às emoções dos alunos
ajuda a identificar se estão sendo adequadamente estimulados. Se perceber que estão desestimulados, você pode pensar em estratégias para reverter a situação, favorecendo a aprendizagem.
Motivação:
Hoje não se ensina mais como antes:
o professor falando e o aluno anotando. É preciso propor atividades diversificadas, estimulantes e desafiadoras, que despertem a curiosidade e a vontade de aprender.
Atenção:
A indisciplina e o desinteresse levam
à falta de atenção. A interação entre
o professor e os alunos e a seleção adequada de situações de aprendizagem são essenciais
para combater esse problema.
Plasticidade cerebral:
Todos somos capazes de aprender.
O professor deve estimular e orientar os alunos a desenvolver suas habilidades e suas potencialidades de diferentes formas.
Memória:
Só se aprende de verdade quando
o conhecimento tem significado, faz sentido e pode ser utilizado em situações do cotidiano. Cabe ao professor dar condições para que o conhecimento seja resignificado e gravado na memória.
Dicas para aprender mais e melhor
Escolha um ambiente agradável e silencioso
para estudar.
• Evite se distrair ouvindo música, assaltando a geladeira ou mandando mensagens enquanto estiver estudando. Atenção é fundamental para o aprendizado.
• Retome os estudos de uma aula no mesmo dia. Os conhecimentos estarão “frescos” e será mais fácil assimilá-los.
• Leia e escreva bastante. Esses são os melhores exercícios para o cérebro.
• Exercite o cérebro com atividades desafiadoras, como jogos, quebra-cabeças e estudo de idiomas.
• Tenha uma alimentação saudável, pratique exercícios físicos e durma bem – uma boa noite de sono é essencial para a memória.
• Respire fundo, assim
mais oxigênio chegará ao
seu cérebro e você conseguirá pensar melhor.
• Estude e explique aos colegas o conteúdo estudado. Ensinar é uma das melhores formas de exercitar a memória e aprender.
ATIVIDADES DIDÁTICAS
Refletir o pensar A partir de modelos do sistema nervoso, debata
da ação das drogas aos limites éticos da Neurociência e da tecnologia
1- Separe os alunos em grupos e proponha o desafio de criar modelos didáticos que representem o sistema nervoso. Os modelos podem ser,
por exemplo, de neurônios e sinapses. Os livros didáticos de Biologia trazem ilustrações que podem ser reproduzidas pelos alunos utilizando materiais simples. Oriente o processo de elaboração dos modelos e solicite
aos grupos que os apresente aos colegas, explicando as estruturas e os processos que os modelos representam. Os modelos e apresentações podem ser considerados como avaliação, desde que critérios sejam previamente determinados
e apresentados aos alunos.
2- No site do Projeto Unifesp Virtual, são apresentadas animações sobre a ação de diferentes tipos de drogas no cérebro. A partir da exibição das animações, essa atividade pode ser realizada de diferentes maneiras:
a) O professor pode debater um ou mais vídeos durante a aula.
b) Separados em grupos, os alunos podem criar textos para explicar a ação de cada droga apresentada.
c) Criando modelos didáticos, como aqueles propostos na atividade 1, professores e alunos podem representar a ação das diferentes drogas no cérebro. O mais importante nessa atividade
é que sejam discutidos, em todos
os casos, quais são os efeitos
e as consequências que as drogas causam ao organismo a partir
de sua ação no cérebro.
3- Proponha uma pesquisa detalhada sobre a proposta do cientista brasileiro Miguel Nicolelis, para que
em 2014 um tetraplégico dê o pontapé inicial da Copa do Mundo usando um exoesqueleto. O nome do projeto é Walk Again (www.walkagainproject.org – em inglês). Discuta as implicações éticas, biológicas e tecnológicas desse tipo de pesquisa.
Competências:
Apropriar-se de conhecimentos da Biologia para interpretar intervenções científico-tecnológicas
Habilidades:
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida;
avaliar propostas que
visam a preservação e a implementação da saúde individual ou coletiva
22 de setembro de 2013
O INFLUENZA DA TEMPORADA
Como são descobertas as linhagens do vírus que compõe as campanhas de vacinação
Por Rodrigo Mendes, professor de Biologia do Colégio Móbile — publicado na edição 78 da Revista Carta na Escola, de agosto de 2013
O corpo fica febril, a garganta dói e as crises de tosse são constantes. Ao que tudo indica, seu corpo foi tomado por vírus e você está gripado. Na maior parte das vezes, o seu corpo consegue destruir a legião de vírus que invadiu suas células e, nelas, se reproduz.
No entanto, em alguns casos, seu sistema imunológico pode não estar preparado para se defender e o que poderia ser uma simples gripe passa a ser uma das causas de óbito do indivíduo.
Na dúvida, como sugere o médico Rogério Tuma no texto “Vacina para a gripe vale a pena?”, publicado originalmente em Carta Capital, o mais recomendado é deixar seu corpo preparado para evitar uma invasão de influenza, o vírus responsável pela gripe.
A vacina da gripe não combate o vírus diretamente. Inclusive, ela é formada por pedaços do vírus que são reconhecidos por nosso sistema imunológico antes de uma possível contaminação. Caso isso venha a acontecer, nosso organismo já tem um sistema de defesa que reconheceria essas partes do invasor.
Duas proteínas externas ao influenza são, geralmente, reconhecidas pelo nosso sistema imunológico e, por isso, são importantes constituintes de vacinas contra a gripe. Hemaglutininas e neuroaminidases são essas proteínas virais, com importância para a entrada e a saída dos vírus nas células do hospedeiro.
Existem diversos tipos de hemaglutininas e neuroaminidases entre os vírus influenza que contaminam seres humanos e outras espécies animais, como porcos e aves. O vírus mais temido nessa temporada de gripe no Brasil foi o H1N1, o da gripe A. Ele possui hemaglutininas do tipo 1 (H1) e neuroaminidases do tipo 1 (N1).
As três maiores pandemias de gripe ocorridas no século XX foram causadas pelo vírus influenza H1N1 – causador da gripe espanhola, em 1918; H2N2 – causador da gripe asiática, em 1957; e H3N2 – causador da gripe de Hong Kong, em 1968.
Caça ao vírus
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reúne, em dois encontros anuais, pesquisadores que analisam os dados de saúde de diferentes países e decidem quais são as linhagens do influenza que estão em grande circulação pelo planeta e que devem compor a vacina da próxima estação de gripe. Esses encontros ocorrem antes do inverno de cada hemisfério do planeta.
A partir dessa decisão, a indústria farmacêutica passa a produzir grandes quantidades de vacinas contra algumas das linhagens do vírus. A campanha nacional de vacinação que ocorreu em abril de 2013, por exemplo, imunizou parte da população brasileira contra o influenza A (H1N1 e H3N2) e o influenza B.
Nessa campanha, mais de 40 milhões de doses da vacina foram distribuídas para atender aos doentes crônicos, idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes e mulheres no período até 45 dias depois do parto, indígenas, presidiários e profissionais de saúde.
A definição desses grupos é uma sugestão da Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem como base, grupos mais susceptíveis a complicações decorrentes da gripe. Pesquisas mostram que a vacinação pode reduzir a mortalidade de idosos, por exemplo, em 68% dos casos. E ainda tem gente com dúvidas sobre a pertinência da vacinação!
AIDS - TEXTO E ATIVIDADES
CAMINHOS PARA A CURA
São alentadoras as diversas notícias que a evidência científica puziu no campo da luta contra a Aids nos últimos anos, particularmente desde 2011. Mais de 30 anos depois do começo da epidemia, já se enxerga o início de uma nova era, com inovação e um discurso que considera a eliminação do HIV.
A epidemia global dá sinais de arrefecimento, com queda no número de novas infecções e de mortes associadas ao HIV nos últimos anos. É claro que esse quadro global não detalha o que podemos considerar como o convívio de diversos padrões de epidemia em todo o mundo, com lugares onde a doença continua explosiva e com países ou regiões onde ela nitidamente declina. O número de casos em 2011, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids e a Organização Mundial da Saúde , foi de 34 milhões, e o número de mortes, de 1,7 milhão. Assim, a Aids continua sendo, sem sombra de dúvida, um sério problema mundial de saúde pública.
Seguimos combatendo a epidemia com aquilo que a ciência mostrou ser eficaz (como camisinhas e lubrificantes, distribuição de seringas e tratamento de dependência de drogas com base em evidência científica, entre outras atividades). Tivemos enorme progresso, mas os obstáculos globais não foram todos superados.
A intolerância ideológica e política (como, por exemplo, em relação à distribuição de seringas e ao tratamento de dependência de drogas com base em evidência científica) e a resistência religiosa (em relação à camisinha, principalmente) continuam representando enormes obstáculos em todo o mundo. Isso sem falar no preconceito, na discriminação e na violação dos diretos humanos envolvendo as populações mais afetadas pela doença: homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas que usam drogas e, claro, as pessoas vivendo com HIV. Esses fenômenos apontam para o fato de que a luta contra a Aids ainda demanda mudanças sociológicas, antropológicas e legais, entre outras, as quais poderíamos simplificadamente denominar como estruturais. Alguns exemplos de mudanças estruturais necessárias seriam o combate à homofobia, ao machismo e à violência contra as mulheres e a eliminação da repressão às pessoas que fazem uso de drogas, dentre outros.
Tudo isso segue sendo uma tarefa hercúlea – que, é claro, continuamos enfrentando – e, eventualmente, uma missão impossível, não fosse essa luz no fim do túnel que a ciência colocou em nosso caminho.
Vários estudos científicos anunciados nos três últimos anos nas mais importantes conferências e revistas científicas da área médica apontam para a mesma direção. O tratamento com antirretrovirais tem enorme impacto no controle da epidemia e pode representar um instrumento adicional na prevenção da doença. O uso estratégico dessas medicações, se aliado à prevenção clássica, pode ter efeito imediato e direto na redução de eventos clínicos, na coinfecção com tuberculose e na mortalidade das pessoas que iniciam a terapia imediatamente, além do impacto na transmissão do HIV. Esse conceito vem sendo denominado pela sociedade científica internacional como “prevenção combinada” (soma de prevenção clássica, necessidade de mudanças estruturais e uso de antirretrovirais para a prevenção).
O ponto máximo dessa visão foi o protocolo de pesquisa conduzido pelo National Institute of Health (NIH) dos EUA em 2011, conhecido como protocolo HPTN 052. Nele, foram acompanhados 1.763 casais sorodiscordantes (quando um dos parceiros é positivo para o HIV e o outro, negativo) de todos os continentes, incluindo brasileiros. A medicação antirretroviral foi dada aos indivíduos HIV-positivos, que iniciaram o tratamento preventivo precocemente e foram acompanhados durante um ano e sete meses. As taxas de proteção dos indivíduos HIV-negativos chegaram a 96%, ou seja, quase total.
Usados por via oral ou como gel microbicida (vaginal ou anal) na pré-exposição ao HIV (antes do sexo ou do compartilhamento de seringas), alguns medicamentos antirretrovirais, como o tenofovir e a emtricitabina (ou sua combinação), apresentaram resultados extraordinários em vários estudos clínicos. Essa estratégia é conhecida como PrEP (sigla em inglês traduzida como “profilaxia pré-exposição”).
Estudos com o uso de antirretrovirais na PEP (profilaxia pós-exposição) também têm demonstrado eficácia. Utilizada para exposição de profissionais de saúde em acidentes biológicos, a PEP agora tem sido estendida para casos de acidentes sexuais e de compartilhamento de seringas.
Somados às descobertas da circuncisão masculina como forma de proteção contra a transmissão sexual do HIV, esses estudos apontam para o uso de uma combinação de diferentes estratégias no controle da epidemia de Aids enquanto uma vacina preventiva não é descoberta.
Durante a 7ª Conferência Internacional de Patogênese da Sociedade Internacional de Aids, ocorrida em Kuala Lumpur, Malásia, em julho, um simpósio debateu por um dia todos os primeiros casos de cura de Aids, além de estudos adicionais que estão sendo conduzidos em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil.
Uma vacina desenvolvida por pesquisadores brasileiros anunciou seus primeiros resultados em 2013, com potencial estimulante. Porém, isso não significa que estamos à beira de uma solução definitiva. Há um longo caminho a percorrer.
É claro que esses avanços não podem nos levar à empolgação e ao relaxamento, já que outras importantes doenças têm cura e vacina, como, por exemplo, a tuberculose, mas ainda acometem muita gente pelo mundo, inclusive no País. Mas não há como não se animar com os avanços no controle da epidemia de Aids no Brasil e no mundo.
No caso do Brasil, um país que é palco de diversos cenários não pode tratar com igualdade aqueles que estão em situação diferente. O Sistema Único de Saúde (SUS) trabalha com o princípio de equidade, ou seja, dar mais para quem precisa de mais atenção. Segundo dados do Boletim Epidemiológico de Aids do Departamento, o Rio Grande do Sul lidera a taxa de detecção da doença, apresentando 40,2 casos para cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 20,2. Esses dados sugerem que uma prioridade deve ser dada àquele estado. Além disso, ainda temos em 2013 uma inaceitável mortalidade de 12 mil brasileiros com Aids.
Apesar dessas dificuldades, o cenário é promissor, pois o Brasil tem grande potencial de recuperar sua bem-sucedida trajetória de prevenção clássica. Historicamente, colocamos a camisinha em rede nacional de televisão antes de qualquer outro país latino-americano. Estruturamos um programa de redução de danos que foi referência para países em desenvolvimento, apoiamos organizações de profissionais do sexo contra a maré conservadora global, sobretudo na era Bush, e mantivemos a questão LGBT como alta prioridade na agenda nacional.
O País precisa capitalizar os avanços ocorridos até hoje, sem se abster de entrar em um novo momento histórico de incorporação da prevenção combinada. Mas, para a conquista desse cenário de impacto na epidemia e na mortalidade, é preciso também persistir em mudanças estruturais, uma vez que a pavimentação ambiental é um dos pilares primordiais dessa luta. Há diversos projetos de lei que visam combater estigmas e discriminações e propagar a igualdade social e de gênero. Porém, muitos ainda estão em votação. Essas intervenções políticas, sociais e ambientais podem contribuir muito para mudar as causas básicas que influem na vulnerabilidade e no risco relacionados ao HIV.
Hoje, o Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento que têm uma resposta sustentável, com compromisso de Estado e governo. É também autossuficiente na linha de produção de antirretrovirais e está na iminência de produzir, em Farmanguinhos (laboratório de produção de medicamentos da Fundação Oswaldo Cruz), a dose fixa combinada – coquetel de tratamento de Aids com três medicamentos em um: tenofovir, lamivudina e efavirenz. Tem à disposição as estruturas do SUS (Conass, Conasems e demais Conselhos) para contribuir, sobretudo, na tarefa de capacitar o enfrentamento do HIV/Aids e possui uma sociedade civil aguerrida, capaz de viabilizar o impacto sobre a epidemia. Outros atores têm desempenhado um papel crucial nessa luta, como as universidades, as agências da ONU, a cooperação bilateral, os pesquisadores brasileiros e tantos outros. Temos a faca e o queijo na mão. É hora de mudar o jogo.
Por Fabio Mesquita — publicado na edição 79 da Revista Carta na Escola, de setembro de 2013
Atividades didáticas | Baseadas na matriz do Enem
O projeto a seguir tem o objetivo de resgatar os conhecimentos dos adolescentes e jovens sobre o HIV e a Aids. Possui também a missão de fazer com que os alunos reflitam sobre a importância da prevenção tanto no contexto sexual quanto no reprodutivo.
Material necessário: caixa com os nomes de todos os participantes do grupo, folhas grandes de papel, canetas de ponta grossa, lousa, giz e textos de apoio com conteúdo explicativo sobre prevenção.
Integração:
Escreva no quadro a palavra “Aids”. Peça que os (as) participantes falem a primeira coisa que lhes vem à cabeça. Conforme forem respondendo, escreva as palavras ao redor da “Aids” e explique o significado da sigla Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Atividade:
Oriente a formação de quatro subgrupos e distribua os temas a seguir para apresentação posterior por meio de cartazes, dramatização, seminário etc.
Grupo 1: Formas de transmissão do HIV /Como não se transmite;
Grupo 2: Formas de prevenção;
Grupo 3: Tratamento para pessoas vivendo com o HIV e Aids;
Grupo 4: Diferença entre viver com HIV e ter Aids (incluindo janela imunológica e controle da infecção para evitar o desenvolvimento da doença).
Estabeleça, juntamente com os (as) participantes, o tempo a ser destinado para preparação e apresentação de cada um dos temas. Quando os grupos terminarem, aprofunde a discussão a partir das questões a serem respondidas.
Observações:
Apesar de a Aids ser constantemente discutida pela mídia há mais de uma década, inclusive com relatos de experiências de pessoas que vivem e convivem com o vírus, ainda são bastante fortes o preconceito e a discriminação em relação às pessoas soropositivas e sob maior risco.
No Brasil, o acesso ao Ensino Fundamental é garantido pela Constituição Federal. É responsabilidade do Estado e dos pais que todas as crianças frequentem a escola, independentemente da sorologia para o HIV. Uma portaria dos Ministérios da Educação e da Saúde dispõe que a realização de testes compulsórios para a admissão do aluno na escola ou para a manutenção da sua matrícula nas redes pública e privada de ensino, em todos os níveis, é injustificável e não deve ser exigida.
O HIV não é um vírus que pode ser transmitido por contato social e não oferece perigo no ambiente escolar, por isso não há obrigatoriedade em revelar o diagnóstico da criança portadora do HIV para a escola.
Finalização da oficina:
Peça que, em uma única palavra, as pessoas expressem o significado da oficina Sexualidade em Tempos de Aids. Registre cada palavra no quadro.
Competências: Apropriar-se de conhecimentos da Biologia para, em situações problema, interpretar intervenções científico-tecnológicas
Habilidades: Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação da saúde individual ou coletiva.
21 de setembro de 2013
TEXTO E ATIVIDADES SOBRE MIGRAÇÃO DAS BALEIAS-JUBARTE
Ano/série: 6º ao 7º ano
Área: Ciências
Possibilidade Interdisciplinar: Geografia e Língua Portuguesa
Objetivos:
- Estabelecer relações entre as características e comportamentos dos seres vivos e as condições do ambiente em que vivem.
- Compreender cadeias alimentares e outras relações, identificando desequilíbrios ecológicos produzido por intervenção humana.
- Relacionar informações obtidas em diferentes fontes para construir argumentação consistente.
A CANTORA DOS SETE MARES
Por Milton Marcondes*
Abra os olhos! Quem visitar o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos até novembro terá um motivo a mais para ficar atento: além dos corais, peixes, tartarugas e aves marinhas que habitam o lugar, nesse período chegam à região as baleias-jubarte para reproduzir. As jubarte (Megaptera novaeangliae) são animais migratórios e para a reprodução buscam as águas tropicais, quentes e abrigadas, onde os filhotes têm mais condições de sobreviver, e para se alimentar elas viajam até as águas geladas das regiões polares, onde há mais fartura de alimento.
No Hemisfério Sul, as jubarte se alimentam de krill, um pequeno crustáceo que é a base da dieta de diversas outras espécies. Durante o verão, próximo aos polos, os dias são mais longos e isso favorece a fotossíntese e faz com que a proliferação de algas alimente o zooplancton, que por sua vez serve de alimento ao krill. No inverno, com os dias mais curtos, ocorre uma diminuição na oferta de alimentos nas regiões polares. Assim, as jubarte desenvolveram um ciclo de vida baseado no krill. No verão, elas se alimentam o máximo possível e armazenam o excesso de energia na forma de uma espessa camada de gordura. Quando o inverno se aproxima, elas migram para os trópicos para ter seus filhotes. Nesse período não se alimentam, apenas vão queimando a gordura acumulada até o próximo verão, quando repetem o ciclo.
Há sete populações de jubarte no Hemisfério Sul, uma delas é a do Brasil, que pode ser encontrada desde o norte do Rio de Janeiro até o Ceará, embora ocasionalmente seja vista também em São Paulo e nos estados da Região Sul. As outras seis populações da espécie são encontradas nas costas oeste e leste da África e da Austrália, na região da Polinésia e na costa oeste da América do Sul.
Na costa brasileira, a maior concentração de jubarte ocorre no Banco dos Abrolhos, um alargamento da plataforma continental localizado entre o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia, onde está também a maior concentração de recifes de coral do Atlântico Sul. O Banco dos Abrolhos é o grande berçário das jubarte brasileiras.
A jubarte é conhecida como baleia cantora, pois os machos cantam durante o período de reprodução para atrair as fêmeas e também para afastar outros machos. Após uma gestação de perto de 11 meses, nasce um único filhote, medindo de 4 a 4,5 metros de comprimento e pesando cerca de 1 tonelada. Nos primeiros meses de vida, o filhote é completamente dependente da mãe para amamentá-lo e protegê-lo do ataque de tubarões e orcas, seus grandes predadores.
Mas a maior ameaça já enfrentada foi a caça durante os séculos XIX e XX. Uma jubarte adulta pode chegar a 16 metros de comprimento e pesar 35 toneladas. Cerca de 30% desse peso é constituído de gordura, que foi muito utilizada no século XIX para iluminação pública e como argamassa na construção de casas. Calcula-se que existiam mais de 220 mil animais apenas no Hemisfério Sul antes da caça. Em 1966, porém, quando a caça da espécie foi proibida, restava menos de 10% da população. No Brasil, estima-se que existam entre 25 mil e 30 mil baleias-jubarte, mas no fim da década de 1960 restavam menos de mil desses cetáceos em nossas águas. A maior parte das jubartes brasileiras foi caçada quando elas estavam em áreas de alimentação, mas também houve caça nos locais de reprodução.
Passeio recorde
Em 1983, quando foi criado o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, não se conhecia quase nada sobre as jubartes. Somente com a implantação do Parque descobriu-se que elas visitavam regularmente aquela região. Iniciou-se assim um trabalho de pesquisa sobre a espécie que segue até hoje. Algumas questões básicas que intrigavam os pesquisadores eram: qual o tamanho da população das baleias e qual a área de sua ocorrência? Não se sabia para onde elas migravam quando deixavam o Brasil nem quantas existiam.
As jubartes possuem um padrão de manchas na parte de baixo de sua nadadeira caudal que é única em cada indivíduo e serve para identificá-las, como nossas impressões digitais. Ao se fotografar a cauda, quando elas mergulham, consegue-se identificar os indivíduos. As primeiras fotos foram feitas em 1989 e hoje existem mais de 4 mil indivíduos identificados. Algumas baleias são conhecidas e reavistadas há mais de 20 anos. Por meio da comparação de fotos feitas em Abrolhos com imagens registradas por pesquisadores, foi possível descobrir que as jubartes migram de Abrolhos para a região das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, percorrendo uma distância de cerca de 4 mil quilômetros.
Com a continuação desses estudos, também foram descobertos outros casos curiosos. Uma jubarte registrada em Abrolhos foi fotografada dois anos depois por um turista em Madagáscar, no Oceano Índico, com a população da costa leste da África. Isso representa o recorde mundial de migração de um mamífero, pois a distância mínima a ser percorrida entre os dois locais é de quase 10 mil quilômetros. Outro caso foi o de uma jubarte do Equador que deixou o Oceano Pacífico e foi encontrada em Abrolhos, mostrando que o contato entre as populações da espécie no Hemisfério Sul pode ser mais comum do que se imaginava.
Para descobrir quantas jubarte frequentam o litoral do Brasil e qual a sua distribuição exata, em 2001 os pesquisadores passaram a realizar sobrevoos ao longo da costa. São percorridas linhas previamente estabelecidas desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Dois observadores seguem nas janelas e, ao avistarem as baleias, registram a posição do avião, quantos animais foram vistos e o ângulo vertical. Com essas informações e usando trigonometria, é possível marcar a posição que os animais estavam, construir mapas com sua distribuição ao longo da costa e estimar o tamanho da população.
A boa notícia é que a população de baleias-jubarte vem aos poucos crescendo e se recuperando dos anos de caça. As primeiras estimativas, em 2002, apontavam para cerca de 3 mil baleias. Dez anos depois, o número pulou para, aproximadamente, 15 mil indivíduos na costa do Brasil. Ainda é um total baixo perto do que existia antes da caça, mas já é um bom sinal.
Contribuíram para a recuperação as medidas de proteção adotadas, como a criação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, as regulamentações que controlam a aproximação de barcos das baleias e a restrição à prospecção de petróleo na Bahia e no Espírito Santo no período em que elas estão no Brasil.
Mais encalhes
Mas, apesar disso, as jubarte enfrentam outras sérias ameaças. O atropelamento por navios e o emalhe acidental em redes de pesca são problemas que tendem a se tornar mais frequentes com o crescimento do número de baleias. Além disso, a degradação do ambiente marinho e as mudanças climáticas globais podem impactar a saúde da população. Para entender esses problemas são feitos estudos com animais encalhados nas praias. Um caso de sucesso foi uma jubarte encalhada em Ubatuba, no litoral de São Paulo, em 2000, que foi resgatada por pesquisadores da região. Esse mesmo animal foi encontrado oito anos depois em Abrolhos, comprovando o sucesso do resgate.
Em média, todos os anos, encalham perto de 37 jubarte no Brasil, e a maior parte já chega morta às praias. Em 2010, esse número quase triplicou, chegando a 96 encalhes. Há fortes indícios de que as mudanças climáticas afetaram a oferta de krill naquele ano na região da Geórgia do Sul, causando o aumento da mortandade no Brasil.
Embora as jubarte ainda enfrentem desafios, a população segue crescendo, voltando todos os anos ao Brasil para reproduzir, dando esperança de que seu canto continue sendo ouvido pelos mares por muitos anos.
* Diretor de Pesquisa do Instituto Baleia Jubarte
Fonte: Revista Carta Fundamental
ATIVIDADES
1. Onde estão as baleias?
Materiais:
- lápis
- compensado fino
- cola
- pó de serra
- pincel
- tinta guache
Oriente os alunos para construir um planisfério (um mapa-múndi) com as áreas de alimentação e reprodução das baleias-jubarte no Hemisfério Sul e sua migração de acordo com os períodos citados no texto.
2. Pensar a convivência:
Monte um debate em sala de aula sobre o tema "As Baleias e os Seres Humanos: Convivência ou Conflito". Cada grupo de alunos deverá desempenhar um papel e defender o ponto de vista de seus personagens. Os alunos podem usar o artigo como base e também pesquisar em outras fontes. O professor será o mediador do debate. Os demais alunos serão a plateia e poderão fazer perguntas aos debatedores, que serão:
* Pescador: preocupado com as baleias que se emalham e destroem suas redes de pesca, causando prejuízo para sua atividade. Depende da pesca para o sustento de sua família.
* Pesquisador: estuda as baleias e está preocupado com os impactos que elas sofrem pelas atividades humanas. Quer que a população de baleias cresça para não sofrerem ameaça de extinção.
* Governo: cria parques nacionais para proteger as baleias e outros animais, mas ao mesmo tempo quer aumentar a exploração de petróleo no País e incrementar a pesca.
* Operador de Turismo: o turismo de observação de baleias impulsiona a economia local, gera trabalho e renda para a comunidade, os turistas deixam dinheiro nos mercados, restaurantes e pousadas, indicam o passeio para seus amigos e deixam seu dinheiro no município. Isso não é uma forma sustentável de explorar nossas riquezas?
* Educador Ambiental: tenta ver todos os lados do problema e busca desenvolver uma sociedade que se preocupe com a conservação do planeta e com a qualidade de vida.
* Estudantes: dentro do processo de aprendizagem, buscam aprender sobre o tema e formar opiniões. Podem se engajar em campanhas defendendo suas ideias. Têm uma importância grande como modificadores da sociedade.
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