27 de junho de 2014

NOSSO CÉREBRO E OS CINCO SENTIDOS: PLANO DE AULA

Objetivos:
1. Conhecer a importância dos órgãos dos sentidos para nossa sobrevivência.
2. Associar os sentidos à percepção do ambiente em que estamos inseridos e dos perigos que nos cercam.
3. Identificar os órgãos dos sentidos e seu funcionamento.
4. Relacionar os sentidos ao cérebro.


Introdução:

Os seres humanos têm cinco sentidos: audição, olfato, tato, paladar e visão. Eles nos garantem a percepção do ambiente em que estamos inseridos, reconhecendo tudo que está ao nosso redor, identificando se algo oferece ou não perigo à nossa sobrevivência.
A visão nos permite distinguir pessoas, objetos, formas, cores e muito mais. Por meio do tato, pegamos um objeto, sentimos como é sua textura, temperatura, etc. O paladar garante que percebamos os diferentes sabores e se o alimento está estragado, assegurando nossa saúde. O olfato permite que as partículas dispersas no ar sejam captadas e levadas ao cérebro, reconhecendo os diferentes odores. Pela audição captamos os sons, que passam através do nosso tímpano e chegam até o ouvido interno e, depois, ao cérebro.
Para que os sentidos exerçam suas funções é necessário que as informações captadas cheguem ao cérebro, pois é ele quem decodifica e interpreta os dados.


Materiais:

1. Texto: Órgãos dos sentidos.
2. De 20 a 25 figuras dos órgãos dos sentidos, em folha A3. Essas figuras deverão conter todas as partes de cada órgão, devidamente identificadas e nomeadas.
3. Dez figuras do cérebro em A3, demarcando as regiões onde são interpretados os cinco sentidos.

Estratégias:
1. Introduzir o tema por meio da leitura do texto (que pode ocorrer de forma coletiva).

Órgãos dos sentidos: Visão, audição, tato, olfato e paladar


Você já reparou quantas coisas diferentes nosso corpo é capaz de fazer? Podemos perceber o ambiente vendo, ouvindo, cheirando, apalpando, sentindo sabores. Recebemos informações sobre o meio que nos cerca. Ao processá-las em nosso cérebro, nós as interpretamos, seja como sinais de perigo, sensações agradáveis ou desagradáveis, etc. Depois dessa interpretação, respondemos aos estímulos do ambiente, interagindo com ele.

Nossos corpos podem fazer diversas coisas que uma máquina não é capaz.

Como você sabe o que está acontecendo ao seu redor? Recebemos informações sobre o ambiente através dos cinco sentidosvisãoaudiçãopaladarolfato e tato.


A visão
A energia luminosa (luz) chega aos nossos olhos trazendo informações do que existe ao nosso redor. Nossos olhos conseguem transformar o estímulo luminoso em uma outra forma de energia (potencial de ação) capaz de ser transmitida até o nosso cérebro. Esse último é responsável pela criação de uma imagem a partir das informações retiradas do meio.

Observe seus olhos em um espelho. Você verá uma "bolinha" bem preta no centro da região colorida. É a pupila. Mas, o que é a pupila? Nada mais do que um orifício que deixa passar a luz.




Você já saiu de um local escuro e entrou em outro ambiente bem claro? O que aconteceu? Provavelmente, você ficou ofuscado, isto é, deixou de enxergar por alguns segundos. A região colorida de seus olhos é conhecida como íris. Trata-se de uma delicada musculatura que faz sua pupila ficar grande ou pequena, de acordo com a quantidade de luz que ela recebe.

Quando a quantidade de luz é pequena, é preciso aumentar esse orifício para captar a maior quantidade possível de energia luminosa. Já quando a luminosidade é grande, a íris diminui a pupila, tornando menor a entrada de luz, para seus olhos não receberem tanta "informação" ficando incapazes de transmiti-las ao cérebro.


Audição
Nossos ouvidos também nos ajudam a perceber o que está ocorrendo a nossa volta. Além de perceberem os sons, eles também nos dão informações sobre a posição de nossos corpos, sendo parcialmente responsáveis por nosso equilíbrio. O pavilhão auditivo (orelha externa) concentra e capta o som para podermos ouvir os sons da natureza, diferenciar os sons vindos do mar do som vindo de um automóvel, os sons fortes e fracos, graves e agudos.

Por possuirmos duas orelhas, uma de cada lado da cabeça, conseguimos localizar a que distância se encontra o emissor do som. Percebemos a diferença da chegada do som nas duas diferentes orelhas. Desse modo, podemos calcular a que distância encontra-se o emissor. Nossas orelhas captam e concentram as vibrações do ar, ou melhor, as ondas sonoras, que passam para a parte interna do nosso aparelho auditivo, as orelhas médias, onde a vibração do ar faz vibrar nossos tímpanos - as membranas que separam as orelhas externas das médias.

Essa vibração, por sua vez, será transmitida para três ossículos, o martelo, a bigorna e o estribo. Através desses ossos, o som passa a se propagar em um meio sólido, sendo assim transmitido mais rapidamente. Assim, a vibração chega à janela oval - cerca de vinte vezes menor que o tímpano - concentrando-se nessa região e amplificando o som.

Da orelha interna, partem os impulsos nervosos. Nosso aparelho auditivo consegue ampliar o som cerca de cento e oitenta vezes até o estímulo chegar ao nervo acústico, o qual levará a informação ao cérebro. Quando movemos a cabeça, movimentamos também os líquidos existentes nos canais semicirculares e no vestíbulo da orelha interna. É esse movimento que gera os estímulos que dão informações sobre os movimentos que nosso corpo está efetuando no espaço e sobre a posição da cabeça, transmitindo-nos com isso a noção de equilíbrio.


Olfato e tato
Podemos adivinhar o que está no forno apenas pelo cheiro que sentimos no ar da cozinha. Esse é o sentido do olfato. Partículas saídas dos alimentos, de líquidos, de flores, etc. chegam ao nosso nariz e se dissolvem no tecido que reveste a região interna do teto da cavidade nasal, a mucosa olfatória. Ali a informação é transformada, para ser conduzida, através do nervo olfatório, até o cérebro, onde será decodificada.

Já a nossa pele nos permite perceber a textura dos diferentes materiais, assim como a temperatura dos objetos, pelas diferenças de pressão, captando as variações da energia térmica e ainda as sensações de dor. Podemos sentir a suavidade do revestimento externo de um pêssego, o calor do corpo de uma criança que seguramos no colo e a maciez da pele de um corpo que acariciamos. Sem essas informações, nossas sensações de prazer seriam diminuídas, poderíamos nos queimar ou nos machucaríamos com frequência. Essa forma de percepção do mundo é conhecida como tato.

Os receptores do tato percebem as diferenças de pressão (receptores de pressão), traduzem informações recebidas pelo contato com diferentes substâncias químicas, percebem também a transferência de energia térmica que ocorre de um corpo para outro (receptores de calor).


Paladar
Mesmo com os olhos vendados e o nariz tapado, somos capazes de identificar um alimento que é colocado dentro de nossa boca. Esse sentido é o paladar. Partículas se desprendem do alimento e se dissolvem na nossa boca, onde a informação é transformada para ser conduzida até o cérebro, que vai decodificá-la. Os seres humanos distinguem as sensações de doce, salgado, azedo e amargo através das papilas gustativas, situadas nas diferentes regiões da língua.

Para sentirmos os diferentes sabores, os grupamentos atômicos dos alimentos são dissolvidos pela água existente em nossa boca e estimulam nossos receptores gustativos existentes nas papilas.

Nossos sentidos nos informam, de várias maneiras, sobre o que está acontecendo a nossa volta. Podemos ver e ouvir, cheirar e sentir sabores. Podemos sentir a textura e a temperatura das coisas que tocamos. Nossos sentidos são impressionados pela matéria e a energia e, assim, nosso organismo entra em contato com o meio ambiente.

No entanto, nossos órgãos dos sentidos são limitados, percebem apenas uma determinada quantidade de comprimentos de ondas luminosas, sonoras, etc. Do mesmo modo, nosso corpo suporta somente uma determinada quantidade de pressão. Mas o homem passou a criar instrumentos para ampliar a sua percepção do mundo, podendo enxergar objetos cada vez menores e maiores, compreender e identificar ultra-sons e infra-sons. Com a possibilidade de um novo olhar, o homem foi encontrando novos problemas, levantando novas hipóteses, chegando a novas conclusões e conhecendo novas realidades.

Texto de: Maria Sílvia Abrão, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação. 


2. Organizar os alunos em trios.
3. Pedir para que escolham, inicialmente, duas figuras dos órgãos dos sentidos, discutindo o percurso das informações, desde que elas são capturadas na realidade até chegarem ao cérebro.
4. Registrar no caderno os percursos discutidos.
5. Realizar o mesmo procedimento com os outros órgãos dos sentidos.
6. Assegurar o conteúdo, solicitando que alguns grupos realizem a apresentação de seus registros. O professor deve fazer intervenções, quando necessário.
7. Entregar a figura do cérebro aos grupos, a fim de eles conheçam as diferentes regiões cerebrais e sua relação com os sentidos.


Dica:
Seria interessante que os alunos pudessem assistir ao filme A pessoa é para o que nasce, de Roberto Berliner.
 


TIPOS DE AÇÚCAR E SUAS PROPRIEDADES NUTRICIONAIS


O COLORIDO BEIJA-FLOR



As cores do beija-flor sempre chamaram atenção. Com uma média de 940 penas por polegada, ele tem mais penas por polegada quadrada do que qualquer outro tipo de ave conhecida.

Suas cores interessantes vêm de sua iridescência, fenômeno óptico que dá capacidade a algumas superfícies de refletir as cores do arco-íris, no caso, as suas microestruturas que interferem com a luz.

Foto: I Fuck Love Science

Fonte: Discovery Brasil

21 de junho de 2014

SUA ESCOLA NA COPA DO MUNDO - SUGESTÕES ABRIL EDUCAÇÃO








ALIMENTAÇÃO DOS JOGADORES NAS COPAS DO MUNDO



A alimentação do atleta é muito importante para favorecer o melhor desempenho esportivo. Com uma alimentação equilibrada, pode-se melhorar os depósitos de energia, reduzir as doenças, reduzir o cansaço, aumentar o tempo de atividade do atleta, recuperar os músculos depois do treino e melhorar a saúde geral.

PROTEÍNAS: São consideradas nutrientes construtores, porque constroem e reparam músculos, tecidos, células, produzem anticorpos (para combater doenças e infecções), enzimas e hormônios (que regulam funções do corpo). Suas fontes são: carnes, ovos, leite e derivados, feijão, ervilha, castanha, etc.

VITAMINAS E MINERAIS: São os elementos reguladores, importantes por participarem do funcionamento intestinal, digestão, circulação sanguínea e sistema imunológico (sistema de defesa contra doenças). São necessárias para o crescimento normal e manutenção da vida.

CARBOIDRATOS: São considerados nutrientes energéticos, porque têm como função o fornecimento de energia necessária para o corpo realizar atividades como: andar, trabalhar, estudar, correr e outras. São encontrados em alimentos como: pães, massas (sem molhos gordurosos), arroz, batata, frutas, etc.

ÁGUA: A água, juntamente com o oxigênio, é o constituinte mais importante para a manutenção da vida. Portanto, a quantidade de água perdida através da urina, fezes, suor e ar expirado deve ser reposta para manter a saúde. Recomendação para atletas: 10 a 12 copos ou mais.

LIPÍDIOS: Existem 2 tipos de gorduras: as saturadas, que são encontradas em produtos de origem animal (carnes, manteiga, creme de leite, requeijão) ou origem vegetal sólidos (gordura vegetal hidrogenada, presente, por exemplo, em sorvetes, bolachas, salgadinhos, batata frita, pipocas – esta faz mal a saúde e deve ser evitada); e as insaturadas, que são mais saudáveis e são encontrados na forma líquida como os óleos de canola, soja, oliva, de milho e girassol.

13 de junho de 2014

FULECO


VOCÊ SABIA? O tatu-bola, espécie exclusivamente brasileira, está cada vez mais em evidência e ganhou a simpatia de muita gente! Ele foi escolhido para ser o mascote da Copa do Mundo 2014: o famoso FULECO! Este nome, escolhido em votação popular no site da FIFA, é uma combinação das palavras FUTEBOL e ECOLOGIA! Ele traz a mensagem da importância do meio ambiente para o mundo!

FOTO: André Pessoa

27 de maio de 2014

MANUTENÇÃO DA VIDA


Objetivos:
- Entender os aspectos envolvidos na sobrevivência das espécies. 
- Conhecer as funções vitais para manutenção da vida. 

Conteúdos:
- Seres vivos. 
- Fotossíntese. 
- Nutrição. 
- Locomoção. 
- Características adaptativas. 
- Fatores limitantes.




Anos3º ao 5º. 

Tempo estimado: Um mês. 

Material necessário:
Adubo líquido NPK 4-14-8, sementes de feijão, terra vegetal, cinco potes plásticos de 150 ml ou copos vazios de iogurte, uma garrafa PET transparente de 2,5 litros com a parte estreita cortada (altura de 26 cm), um pedaço de filme plástico PVC, letra da música "A Pulga", de Vinícius de Moraes (www.abr.io/pulga), imagens variadas de animais em diferentes habitats (para selecioná-las, use como critério diferentes formas de locomoção) e imagens de ambientes com características distintas, como floresta tropical e caatinga. 

Flexibilização:
Para trabalhar com alunos com deficiência intelectual, antes de iniciar a primeira atividade, tenha uma conversa individual com o aluno e explique em detalhes o que a turma vai fazer e qual será a sua participação. Organize o espaço e a disposição dos estudantes, colocando a criança com deficiência perto de um colega colaborativo, que ajude a mantê-lo atento e favoreça sua participação. 

Na segunda etapa, deixe que o aluno ilustre apenas um pote - aquele pelo qual ele mais se interessou ou o que lhe ofereça mais possibilidade de antecipar hipóteses. 

Na quarta etapa, oriente individualmente o estudante quando for necessário - antes, durante ou depois da atividade. 

Na quinta etapa, estimule a capacidade de observação do aluno com deficiência intelectual fazendo perguntas dirigidas a ele sobre o que pode ser analisado em ambientes naturais específicos. 

Na avaliação, adapte a proposta, oferecendo ao aluno figuras para serem coladas no caderno em substituição ao desenho. 



Desenvolvimento:

1ª etapa 
Oriente a turma a preparar cinco amostras de plantação de feijão (um vegetal de crescimento rápido, ideal para esse tipo de experimento), colocando três sementes em cada um dos recipientes já com terra vegetal. As sementes não devem ser muito enterradas, pois isso comprometeria a germinação. Basta espalhá-las e cobri-las levemente com a terra. Programe regas periódicas (60 ml de água a cada três dias) e certifique-se de que os potes fiquem em um local que receba iluminação. Quando as plantas alcançarem aproximadamente 7 centímetros de altura, peça à garotada para enumerar os potes. Explique que cada uma das amostras deve ser submetida às seguintes condições: 1) Manutenção das regas e da iluminação (planta controle); 2) Ausência quase total de iluminação e ventilação, mas com regas periódicas - para tal, o pote deve ser guardado em uma caixa fechada com um furo central de 1,5 centímetro de diâmetro na lateral; 3) Manutenção da iluminação e ausência de regas; 4) Acréscimo de duas gotas de NPK (adubo) diluído em 60 ml de água e manutenção das regas e da iluminação; 5) Apenas uma rega e, depois dela, inserção do pote na garrafa PET cortada e fechada com o filme plástico. 


2ª etapa 
Peça que os estudantes ilustrem a situação dos potes com um desenho de observação - eles devem ser tão realistas quanto possível ao reproduzir em seus registros características como forma, coloração e disposição do caule e das folhas. Em seguida, solicite que tentem prever o que vai acontecer com cada amostra. Ajude-os a elaborar as previsões com perguntas to tipo: "Haverá diferença no desenvolvimento das cinco plantas?". As crianças devem registrar individualmente suas hipóteses em uma tabela como a do modelo a seguir.

Situação
O que vai acontecer?
O que aconteceu?
1) Planta controle


2) Planta na caixa com furo


3) Planta com privação de água


4) Planta adubada


5) Planta com privação de água na garrafa PET





Depois de duas semanas, discuta com as crianças o que aconteceu. São esperados os seguintes resultados: a planta 1 (controle) se desenvolveu, mas o crescimento foi inferior ao da planta 4 (adubada com as duas gotas de NPK). Pergunte o porquê dessa diferença. A justificativa dos estudantes deve estar fundamentada na condição nutricional privilegiada; a planta 2 (colocada na caixa com um furo central) verteu seu crescimento na direção ao orifício. Aproveite a oportunidade para discutir a importância da luz no desenvolvimento das plantas; 3) e 5) Esses potes merecem uma investigação conjunta, pois ambos foram privados de água. As duas plantas devem ter definhado, embora a do pote 5 provavelmente esteja em melhor estado graças à umidade preservada pela garrafa, que acabou funcionando como uma espécie de estufa. Desafie os alunos a explicar a diferença no desenvolvimento de cada uma. 


3ª etapa 
Organize os estudantes em duplas para escutar e analisar a letra da música "A Pulga": Um, dois, três / Quatro, cinco, seis / Com mais um pulinho / Estou na perna do freguês / Um, dois, três / Quatro, cinco, seis / Com mais uma mordidinha / Coitadinho do freguês / Um, dois, três / Quatro, cinco, seis / Tô de barriguinha cheia / Tchau / Good bye / Auf Wiedersehen. Feito isso, pergunte quem é o freguês citado na letra e por que a pulga precisa dos "pulinhos". Em seguida, distribua imagens de diferentes animais e solicite que a registrem qual é a forma de se locomover de cada um, relacionando-a às características do ambiente em que o animal vive. Isso criará condições para que as crianças entendam a locomoção como algo importante para a sobrevivência, pois permite que o animal saia em busca de água e alimento. 


4ª etapa 
Relembre as diferenças no desenvolvimento das plantas observadas na 1ª etapa e peça que os alunos reflitam sobre as variáveis ambientais (luz, temperatura, aridez ou abundânca de água etc.) que podem determinar o desenvolvimento de animais também. Espera-se que eles identifiquem fatores limitantes em ambas as situações e concluam que a biodiversidade de uma região está relacionada a essas variáveis. 


5ª etapa 
Organize as imagens de ambientes com características distintas e peça que os alunos apontem semelhanças e diferenças. Em seguida, solicite que façam uma pesquisa sobre quais animais e plantas snao espécies características de cada um desses ambientes. Oriente-os a buscar informações sobre as adaptações ao meio. Por exemplo: vegetais com grande capacidade de armazenar água e répteis com o corpo coberto de escamas são típicos de regiões áridas. Sem adequações desse tipo à escassez de água e ao calor, essas espécies não sobreviveriam. Outro assunto a ser pesquisado: a coloração de alguns animais, tão adaptada ao ambiente onde vivem que se transforma em uma camuflagem perfeita, protegendo a espécie da ação de predadores. 


Avaliação:
Entregue uma folha com a imagem de apenas um animal ou uma planta e peça que, individualmente, os estudantes ilustrem o ambiente em que ele vive. Solicite também que elaborem uma lista com cinco elementos essenciais para a sobrevivência do animal.

21 de maio de 2014


HISTÓRIA EM QUADRINHOS


Sugestões: 

# Pode-se fazer um trabalho interdisciplinar entre Ciências, Língua Portuguesa e Arte: leitura, interpretação, exploração ortográfica do texto, dramatização e exploração de conteúdos de Ciências.

# Conteúdos de Ciências: Reprodução Animal, Insetos, Dimorfismo sexual entre animais, Vertebrados e Invertebrados, Artrópodes, Ecdise, Ciclo de Vida, Função Biológica-hábitat e nicho ecológico de cada animal.

PLANO DE AULA: FÍSICA E MEIO AMBIENTE

As mortes causadas pela poluição do ar equivalem a inúmeros acidentes nucleares

Em tempos de crise ambiental é surpreendente que se fale tão pouco, ou tão mal, da opção nuclear. Afinal, as centrais nucleares não têm emissões diretas de gases de efeito estufa, ao contrário das termoelétricas a óleo, gás ou carvão. Uma das razões é que pesa sobre ela  a imagem negativa em razão dos graves acidentes de Chernobyl, em 1986, na Rússia, e mais recentemente de Fukushima, no Japão. Pouco importa que o primeiro tenha sido fruto de manobras irresponsáveis e o segundo causado por um forte terremoto seguido de um tsunami de rara violência.

O trecho acima contém uma palavra-chave no debate: imagem. Não temos contato direto com centrais nucleares e construímos nossa percepção dos riscos associados a essas instalações a partir de informações e análises de terceiros. Mesmo que as estatísticas mostrem que a produção de 1 quilowatt de energia a partir do átomo tem menos impacto sobre a morbidade ou mortalidade do que aquela a partir de petróleo, sem nem sequer mencionar os efeitos sobre o clima, continuaremos temendo mais a primeira do que a segunda. Por quê?

Há vários motivos. Tememos mais o risco do desconhecido. Nascemos num mundo organizado em torno do petróleo, cheio de carros, caminhões e postos de gasolina que compõem uma paisagem que nos é familiar. Já o ciclo nuclear é invisível no dia a dia, surge na mídia quando há grandes desastres, e os processos envolvidos são complexos e difíceis de explicar ao público em geral. 

Acidentes ocorrem em todas as atividades humanas. Plataformas afundam, refinarias e postos de gasolina pegam fogo e grandes vazamentos de petróleo no mar são frequentes. Mas justamente por serem relativamente rotineiros, nem ao menos lembramos qual foi o último acidente. Ao contrário, lembramos os últimos grandes acidentes nucleares, mesmo que tenham matado menos gente. A nossa percepção, moldada no decorrer de uma longa -evolução, -registra o que é brusco, raro. 

Ciclo produtivo:

Toda forma de gerar energia tem um -custo financeiro, ambiental e de saúde. Não existe energia limpa, a não ser nas campanhas publicitárias: existem as mais ou menos sujas. Comparar -custos e impacto ambiental de diferentes opções é complexo, e envolve questões éticas incômodas. 

O mesmo se aplica a decisões individuais mais comuns. Por exemplo, temos satisfação em comprar um produto atraente e muito barato, mesmo que tenha sido produzido num país distante por pessoas que nunca veremos. Se soubéssemos que o tal produto foi fabricado em condições desumanas e exigiu a extração predatória e não sustentável de recursos naturais, talvez hesitássemos. Mas a maioria esmagadora dos consumidores não tem a menor ideia de como são produzidos os itens que consomem. A reação natural é optar pelo menor preço, claro. Nessa hora, um economista dirá que o valor que você aceita pagar a mais pelo produto (ou não) é uma medida da importância que você atribui (ou não) a valores subjetivos como justiça, equidade, solidariedade, sustentabilidade etc. 

Note que para tomar uma decisão bem fundamentada você precisa conhecer o que se chama de ciclo produtivo. Quem mora na roça sabe o que é isso: para fazer um simples bolo de fubá, foi preciso desmatar uma área de floresta, arar o solo, plantar a semente do milho, rezar para chover, capinar, colher o milho, debulhar, moer, peneirar, secar, adicionar -outros ingredientes cuja produção também tem seu próprio e laborioso ciclo produtivo, assar o bolo com lenha ou gás e se livrar dos restos do processo. Cada uma dessas etapas tem custos em dinheiro e traz riscos facilmente perceptíveis à saúde: cortes, luxações, fraturas, picadas de animais peçonhentos, queimaduras, insolação etc. 

Há também os menos perceptíveis, associados a exposições crônicas, como catarata e câncer de pele, provocados por tempo excessivo e prolongado ao sol, câncer de pulmão por inalação regular de fumaça de queimada ou do fogão a lenha e por aí vai. Nosso economista ainda conseguirá calcular o preço de tudo. Adoeceu? Há o custo do tratamento e o dinheiro que o doente não ganhou, enquanto não podia trabalhar. Piorou e morreu? Há o custo do enterro e o custo dos anos de serviço que o morto naturalmente não poderá cumprir, traduzido na forma de uma eventual pensão para os familiares. Continua fácil calcular. Mas se a doença ou morte acabar desestruturando completamente a família em questão, será possível calcular o custo de suas consequências? 


Petróleo X Urânio:

Parece que esquecemos o tema inicial do artigo, mas não: avaliar os custos e riscos de produzir um bolo de fubá ou 1 quilowatt de energia elétrica passa pelos mesmos caminhos e envolve a análise de um longo ciclo produtivo e dos riscos associados a todas as suas etapas, desde a extração das matérias-primas até a gestão dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos produzidos. 

No caso do petróleo, os riscos da extração e do processamento desse minério líquido são familiares e parecem até naturais, afinal, estamos falando de substâncias voláteis, inflamáveis e explosivas. Quando explodem de forma controlada dentro do motor de nossos carros, elas os impulsionam e achamos o máximo, mas quando vazam e contaminam rios, por exemplo, não achamos a menor graça.

Já no caso do ciclo nuclear, nada é familiar nem parece natural, embora sua parte mais visível, a central nuclear, seja um tipo de termoelétrica. Na termoelétrica a gás ou óleo, a combustão desses aquece água numa caldeira e o vapor formado aciona as pás de uma turbina gerando energia elétrica. Depois, o vapor é resfriado com água ou ar, condensando-se e sendo novamente aquecido, num circuito fechado. A central nuclear funciona segundo o mesmo princípio, mas com outro combustível, o urânio-235. O minério de urânio, natural, contém muito mais urânio-238 do que 235, mas apenas o último pode ser fissionado e gerar grandes quantidades de calor. 

Outra semelhança entre termoelétricas a óleo ou urânio é sua abundante produção de resíduos. Sempre soubemos da fuligem e dos produtos menos visíveis e cancerígenos emitidos na combustão dos derivados de petróleo. Mas os ignoramos diante da percepção de que o CO2 se acumula na atmosfera, altera o clima do planeta e nos reserva um futuro mais quente, incerto e sombrio. Ponto para as usinas nucleares, que não emitem fuligem ou CO2? Sim e não. Não emitir carbono é uma vantagem, mas se uma termoelétrica convencional pode ser desligada, fechando-se o suprimento de combustível, desligar uma termoelétrica nuclear não é tão simples. 

Por um lado, a fissão do urânio só pode ser interrompida progressivamente, e a radioatividade que ela já gerou não pode ser desligada. Isso significa que mesmo que não gere mais energia suficiente para assar um simples bolo de fubá, o reator nuclear deve continuar sendo refrigerado por um bom tempo após interromper sua produção. Qualquer coisa que impeça a refrigeração pode levar- ao derretimento- das barras metálicas que contêm o urânio e seus produtos de -fissão, que podem assim acabar liberados para a atmosfera, como ocorreu em Fukushima. Embora uma central nuclear- não possa nunca explodir como uma bomba atômica, a liberação acidental de material radioativo na atmosfera pode ter consequências graves para a saúde de funcionários e habitantes da região, o que força a evacuação ao seu redor. 

Ora, direis, a poluição radioativa tem data de validade, enquanto o CO2 é eterno. É verdade, mas alguém que sofreu um acidente relativo ao ciclo do petróleo dificilmente será discriminado por isso. Já as vítimas de acidentes nucleares, além das eventuais sequelas de saúde, têm de suportar a discriminação e a exclusão social. Algumas foram apenas irradiadas, outras foram contaminadas e podem irradiar quem chegar perto. Como não se sabe distinguir uma coisa da outra e não se carrega um detector de radiação na mochila, consideram-se todos como contaminados. 

Esse talvez seja o efeito mais perverso de um acidente nuclear, e um dos mais difíceis de avaliar. Afinal, quanto valem a culpa e o sofrimento? Nosso economista de plantão dirá que essas variáveis não são quantificáveis, enquanto não se transformarem em sintomas ou fatos concretos. Portanto, desconfie de decisões tomadas apenas em razão de -custos. Nem tudo é calculável, e o cálculo estará sempre contaminado por interesses e crenças. Preço é uma coisa, valor é outra.


Atividades Didáticas:


Avalie os esforços e os custos para geração de energia em contraposição aos limites da produção e do consumo energético

Entre as muitas razões para se discutir as questões ambientais, certamente, estão as implicações entre as expectativas por qualidade de vida e os recursos materiais e energéticos para satisfazê-las. Quais os limites do consumo? É nessa perspectiva que se insere o texto de Jean Remy Davée Guimarães, cuja leitura suscitará o debate sobre os prós e os contras da utilização da energia nuclear. Nele, é importante que exista a contextualização de conteúdos da Física relativos a ele. Vejamos algumas possibilidades:

Competências Apropriar-se de conhecimentos da Física para, em situações-problema, interpretar e avaliar intervenções científico-tecnológicas

Habilidades Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas