10 de dezembro de 2013

AULA PRÁTICA: VERTEBRADOS

Objetivos:
1) Observar e identificar as características morfológicas de cada classe dos vertebrados;

2) Reconhecer e relacionar as características de cada grupo aos exemplares observados.


Comentário:
Os animais vertebrados apresentam algumas características em comum, enquanto outras são bem específicas. Por exemplo: os peixes são aquáticos, sua morfologia e suas adaptações para esse ambiente são determinantes para sua sobrevivência; os anfíbios dependem da água para respiração e reprodução; os répteis foram os primeiros a conquistarem o ambiente terrestre e, para isto, se adaptaram muito, como realizar reprodução sexuada com postura de ovos com casca. Já as aves apresentam penas, bico, adaptações para o vôo, enquanto os mamíferos apresentam glândulas mamárias, sebáceas, sudoríparas, pêlos, diafragma etc. 
As semelhanças e diferenças entre os grupos foram se aprimorando conforme sua adaptação ao ambiente e sua evolução. 
Algumas destas características podem ser observadas e comparadas nesta aula, despertando, assim, a curiosidade. 


Materiais:
O professor deverá pedir aos alunos para providenciar um exemplar, no mínimo, de cada classe. Por exemplo: 

a) Um peixe (observado em um aquário ou um inteiro do supermercado); 

b) Um anfíbio (rã); 

c) Um réptil (jabuti, tartaruga); 

d) Uma ave (periquito); 

e) Um mamífero (hamster, porquinho-da-Índia); 

f) Ração para os animais; 

g) Jornal e/ou serragem. 



Estratégias:
1) Levar os animais para o laboratório de ciências ou outro espaço da escola;

2) Colocar cada exemplar, providenciado previamente, em uma bancada;

3) Orientar os alunos, antecipadamente, sobre sua conduta em relação aos animais (barulho, movimento brusco etc.);

4) Elaborar um relatório para observação dos exemplares, a fim de que o grupo olhe, discuta com os colegas e registre suas descobertas;

5) Discutir, com os alunos, quais são as características marcantes de cada grupo, sistematizando as informações na lousa, certificando-se da realização do registro. 


Sugestões e dicas:

O professor poderá solicitar pesquisa em livros sobre alguns animais curiosos, como por exemplo, o ornitorrinco, a équidna, o morcego, a baleia etc. 

Também poderá propor uma pesquisa sobre algum animal pelo qual o aluno se interesse. Ele apontará suas descobertas, podendo trazer ilustração e outros dados interessantes. 

AULA PRÁTICA: O ESTUDO DAS BACTÉRIAS


Objetivos:
1) Conhecer as bactérias e suas diferentes funções;

2) Reconhecer a importância das bactérias para a vida;

3) Relacionar as diferentes aplicabilidades às bactérias. 


Comentário:
As bactérias são seres vivos que pertencem ao Reino Monera e que têm característica exclusiva. Elas apresentam célula procariótica, ou seja, seu material genético fica espalhado pelo citoplasma.
Apesar de serem relativamente simples, as bactérias realizam papéis de suma importância para o ambiente, para a vida e sua manutenção, melhorando assim a qualidade dela. 



Estratégias:
1) O ponto de partida será a leitura de dois textos encontrados no site Educação: 



2) A leitura deverá ocorrer na sala de aula, sendo realizada em voz alta por alguns alunos, enquanto os outros acompanham; 

3) Ao término, o professor fará alguns questionamentos, do tipo: 
a) Como é o corpo de uma bactéria? 
b) Qual é o tamanho dela? 
c) Quais são suas utilidades? 
d) Em que elas nos ajudam? 

4) O professor poderá selecionar livros com diferentes imagens e informações, a fim de que os alunos descubram as respostas referentes aos questionamentos. 

5) Organizar na lousa as informações encontradas, pedindo para que os alunos as registrem em seu caderno. 



Sugestões e dicas:
1) Construir uma bactéria através de garrafas pet e outros materiais, identificando as estruturas de seu corpo. 

2) Pode-se finalizar este conteúdo, juntamente com o Reino Fungi, por meio de um café da manhã à base de micro-organismos (fungos e bactérias), pedindo que cada aluno traga determinado alimento, como por exemplo: 
·queijo gorgonzola (fungos); 
·pão (fungos); 
·iogurtes (bactérias) etc.

AULA PRÁTICA SOBRE FUNGOS


Objetivos:
1) Observar e diferenciar os fungos comestíveis;

2) Participar, questionar e levantar hipóteses durante a execução da atividade prática;

3) Entender o método científico e suas etapas. 


Comentário:
Os fungos são seres vivos que nos prejudicam causando doenças, como a micose, mas também nos beneficiam, pois são amplamente utilizados em nossa alimentação, como por exemplo, os cogumelos, o fermento biológico, o queijo gorgonzola, etc. 


Material:
1) O professor deverá adquirir previamente, diferentes tipos de cogumelos (shitake, pleurotus, shimeji, champignon) e fermento biológico. Cada grupo de alunos deve ter:
a) 1 Lupa; 
b) 1 Becker; 
c) 2 colheres de açúcar;
d) H2O morna; 
e) Lâmina; 
f) Microscópio. 


Estratégias:
1) O professor deverá separar o material (um cogumelo inteiro e um pela metade de cada tipo) em cada bancada do laboratório e um tablete de fermento biológico. Também colocará o Becker, o açúcar e a água. 

2) Posteriormente, pedirá aos alunos que misturem o açúcar ao fermento, mexendo bem. Por último, será acrescentada a água. Deve-se mexer bem e deixar descansar. 

3) Neta etapa, os alunos devem observar os cogumelos a olho nu e através da lupa, verificando a formação do chapéu, cores, cheiros, etc. e farão anotações em seu caderno ou no relatório de observação.

4) Após terminarem os registros da observação dos cogumelos, o grupo verificará o Becker, descrevendo-o e levantando hipóteses para o ocorrido. 

5) Após a discussão de hipóteses, os alunos devem preparar uma lâmina com o líquido do Becker, observar e relatar o ocorrido. 


Sugestões e dicas:
O professor poderá produzir uma massa de pão ou de pizza, para explicar a reação química ocorrida (Açúcar = Álcool etílico + CO2 + calor). A partir do açúcar e do calor inicial (água ou leite morno), o fungo transforma-se nas substâncias citadas anteriormente, sendo que o álcool evapora ao assar o pão e o CO2 é o responsável pelo crescimento da massa.

OS FUNGOS A NOSSO SERVIÇO

Quando ouvimos falar em biotecnologia, pensamos logo nas técnicas modernas de manipulação do DNA, como a engenharia genética e as sementes transgênicas. Contudo, a biotecnologia é muito mais antiga: há muito tempo o ser humano manipula microrganismos, criando produtos como o vinho e outras bebidas alcoólicas e o pão. Além, é claro, de vários antibióticos. E os fungos estão entre os principais microorganismos a nosso serviço.
Os fungos alimentam-se de substâncias orgânicas de folhas mortas, de cadáveres e de resíduos. Eles realizam a decomposição dessas substâncias e, dessa forma, contribuem para a reciclagem da matéria no planeta.
Algumas de suas formas são unicelulares, como o levedo. A maioria, porém, é formada por várias células, como os conhecidos cogumelos - alguns deles são muito apreciados na culinária; outros, porém, produzem substâncias venenosas. E somente especialistas podem identificar se um fungo é tóxico ou não.

Os fungos podem ser aeróbios - quando utilizam o gás oxigênio do ar para liberar energia do alimento - ou anaeróbios, quando realizam um processo chamado fermentação. Na fermentação, os fungos conseguem energia sem utilizar oxigênio. E é justamente nesse processo que diversos produtos úteis ao ser humano são fabricados.
Uma curiosidade: a maior forma de vida da Terra parece ser um fungo gigante com uma enorme rede de filamentos que se estende embaixo da terra, abrangendo uma área equivalente a 47 estádios do Maracanã.


A produção de álcool e pão

Na produção de álcool, de pão e de bebidas alcoólicas usamos um fungo conhecido como levedo (Saccharomyces cerevisiae). O processo é chamado de fermentação alcoólica e libera, além do álcool, gás carbônico (esse gás pode ser mantido na bebida, como no champanhe e na cerveja).
O vinho é produzido a partir  da fermentação do açúcar da uva; a cerveja resulta da fermentação da cevada; a cachaça tem origem na fermentação da cana-de-açúcar.
O fungo morre quando o nível de álcool chega a cerca de 12%. Por isso, no caso de bebidas de alto teor alcoólico, este nível é aumentado por meio da destilação.
O levedo é encontrado também no fermento de padaria e faz crescer a massa do pão pela produção de gás carbônico. As bolhas desse gás fazem a massa ficar fofa. Tanto o álcool como o gás carbônico acabam sendo eliminados da massa pelo calor do forno.
Alguns fungos defendem-se de predadores através da produção de substâncias químicas que matam ou inibem o crescimento de bactérias e outros seres vivos. Algumas dessas substâncias são usadas na produção de antibióticos.


Antibióticos e outros medicamentos

O primeiro antibiótico foi descoberto pelo cientista escocês Alexander Fleming (1881-1955). Fleming estava cultivando bactérias em placas de vidro quando observou que uma das placas tinha sido contaminada por fungos. Ele observou também que as bactérias não cresciam ao redor da região onde estava o fungo.A partir dessa observação, Fleming pode verificar que o fungo, da espécie denominada Penicillium, tinha a propriedade de inibir a reprodução das bactérias. Estava aberto o caminho para produção da substância denominada penicilina.
Muitos medicamentos são extraídos de fungos. Por exemplo: a ergotamina, usada para controlar sangramentos e estimular contrações musculares no parto; a ciclosporina, que reduz as reações imunológicas do corpo e é, por isso, importante nos transplantes de órgãos.
E, embora as bactérias sejam as preferidas para a produção de medicamentos pela engenharia genética, cientistas norte-americanos conseguiram fazer recentemente com que o levedo produzisse proteínas para fins terapêuticos semelhantes às proteínas humanas, utilizando as mesmas técnicas de engenharia genética.


Bioinseticidas

Os fungos também podem ser usados como controle ou combate biológico, uma técnica de combate a pragas. Por meio de seleção e melhoramento genético, pesquisadores da Universidade de São Paulo conseguiram espécies (Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana) que parasitam e matam insetos que atacam as plantações no Brasil. A vantagem do combate biológico é que ele é mais específico que os agrotóxicos: os insetos úteis (como os polinizadores e os predadores das pragas), além de outros animais, não são afetados por eles.


Fungos versus ser humano

Fungos podem ser benéficos ao ser humano, mas também podem trazer prejuízos. Eles atacam plantações, destroem alimentos estocados, roupas, papéis, couro e outros produtos. E há ainda fungos parasitas que se instalam em nosso corpo e causam doenças - as micoses, como a frieira, a candidíase (o popular "sapinho"), entre outras.
Os fungos do gênero Aspergillus, por exemplo,  produzem substâncias tóxicas, as aflatoxinas, que podem provocar câncer de fígado no ser humano. Eles podem se desenvolver em alimentos armazenados em locais úmidos, como milho, trigo e amendoim. Por isso, uma vigilância sanitária constante é necessária, a fim de detectar os níveis de aflatoxina nesses produtos.


Preservar a biodiversidade

Do ponto de vista da ciência, a natureza não existe para servir ao ser humano. Fungos, assim como todos os organismos do planeta, apresentam adaptações que permitem sua sobrevivência e reprodução. Muitos fungos produzem substâncias tóxicas para combater outros seres vivos. Muitas dessas substâncias acabam sendo transformadas em medicamentos para o ser humano. Assim, embora não houvesse nenhuma "intenção" por parte do fungo (ou de qualquer outro ser vivo) de nos ajudar, é isso que acaba acontecendo em muitos casos: basta pensar nas vidas salvas pelos antibiótiocs. A conclusão é que preservar a biodiversidade do planeta é preservar também a espécie humana.


ATIVIDADES SOBRE REINO FUNGI




7 de dezembro de 2013

REINO FUNGI













Os líquens

Esse perfeito "casamento" entre algas e fungos permite aos líquens sobreviver em regiões em que poucos seres vivos sobreviveriam. De fato, eles podem ser encontrados, por exemplo, sob a neve nas tundras árticas, onde são importantes fontes nutritivas para animais diversos, como a rena. Sobre rochas nuas, os líquens são, com freqüência, os primeiros colonizadores, desagregando o material rochoso e propiciando uma melhoria nas condições físicas do ambiente, o que favorece a instalação de futuras populações de musgos e outras plantas. Líquens são associações entre algas unicelulares (cianobactérias ou clorófitas) e fungos (principalmente ascomicetos). Nos líquens, as algas atuam como elementos produtores, sintetizando matéria orgânica e fornecendo parte dela para os fungos. Já os fungos, com suas hifas, envolvem e protegem as algas contra a desidratação, além de fornecer a elas água e sais minerais que retiram do substrato.

A reprodução dos líquens é assexuada e se realiza através de sorédios, estruturas microscópicas constituídas por pequenos fragmentos do corpo do líquen, nos quais existem hifas do fungo envolvendo algumas algas. Os sorédios são vistos como um pó esverdeado sobre o corpo do líquen, de onde são disseminados pelo vento.

Apesar de serem capazes de sobreviver nos mais variados tipos de habitat, os líquens são muito sensíveis a substâncias tóxicas, particularmente o dióxido de enxofre (SO2). Por isso, são utilizados como indicadores da poluição do ar atmosférico pelo SO2. Como esse gás é um poluente muito comum nas zonas urbanas, entende-se por que os líquens são relativamente escassos nas grandes cidades. 

Verifica-se também que os líquens são capazes de absorver e concentrar substâncias radioativas, como o estrôncio 90, elemento químico que pode se alojar nos ossos humanos, provocando anemia. Constatou-se, certa vez, que esquimós, no Alasca, apresentavam taxas elevadas desse elemento no organismo: haviam-no adquirido pela ingestão de carne de rena; os animais, por sua vez, obtiveram o elemento químico ao comerem líquens contaminados.

(Extraído de: Wilson Roberto Paulino. Biologia Atual - Seres vivos, Fisiologia - Vol. 2. São Paulo, Ática, 2002.)









1 de dezembro de 2013

FUNGOS









Þ    IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS:

¨       São importantes na fabricação de:
-          álcool ou de bebebidas alcóolicas como o vinho e a cerveja  (Saccharomyces  cerevisiae), realizando fermentação.
-          pães, bolos e biscoitos, pois ao converter a glicose presente na farinha (amido), liberam gás carbônico, o qual provoca o crescimento da massa.
¨       Na indústria de antibióticos. Ex.: penicilina (fabricada a partir do fungo Penicillium).
¨       Na alimentação – champignons e trufas. Ou conferindo sabor característico a queijos do tipo roquefort, camembert e gorgonzola.
¨       Na decomposição: os fungos, assim como as bactérias, atuam na natureza como decompositores. A ação demolidora desses organismos permite a reciclagem da matéria morta em matéria inorgânica, que pode ser reaproveitada por outros seres vivos.
¨        Certos cogumelos, como o Amanita, são extremamente venenosos. Outros produzem substâncias alucinógenas, de onde se extrai o LSD (dietilamida de ácido lisérgico).
¨       Embora fundamentais para a vida no planeta, a ação decompositora dos fungos pode causar dissabores, já que eles podem atacar qualquer material orgânico disponível, principalmente em ambientes úmidos.
¨       Alguns atuam como parasitas de plantas e animais. No homem são conhecidas diversas micoses (doenças causadas por fungos): a candidíase ou “sapinho” causada pelo Candida albicans e a frieira ou pé – de- atleta causada pelos fungos Tinea pedis.


RECUPERAÇÃO PARALELA DE CIÊNCIAS – ASSUNTO: REINO FUNGI


1. Quanto aos fungos é correto afirmar que:
I - os bolores não são fungos;
II - as leveduras são representadas pelos cogumelos;
III- algumas espécies de fungos são parasitas de animais, incluindo o homem, causando-lhes doenças como, por exemplo, as micoses.
Está(ão) correta(s)
a) apenas l e II.             b) apenas III.        c) apenas Il e III.                    d) apenas l e lll.            e) I, II e III.

2. Assinale o ser que não apresenta clorofila: a) cianofíceas.    b) algas verdes          c) algas pardas.           d) fungos.           
3. A unidade estrutural dos fungos é: a) micélio                        b) basidiomiceto          c) talo              d) hifas                       
4. A parte comestível de um cogumelo (champignon) corresponde ao: a) micélio         b) hifas             c) basidiomiceto                 
5. Leia o texto. “Eles são operários quase anônimos da natureza, ao mesmo tempo criadores e destruidores da vida. Há os que fazem o pão crescer. Alguns escurecem os azulejos do banheiro, outros causam e curam doenças, enriquecem o solo, apodrecem a madeira.” O texto acima se refere as (aos):
a) protozoários.            b)fungos                      c) bactérias                   d) algas                      e) animais                   
6. Os liquens são formados por uma associação biológica de dois tipos de organismos, que são:
a) fungos e bactérias                b) fungos e vírus          c) fungos e algas                     d) fundos e protozoários

7. Os fungos apresentam importância variada em muitos aspectos. São atividades dos fungos, exceto:
a) provocar doenças em plantas e animais                               b) produzir antibióticos usados no tratamento de doenças
c) ser utilizados na produção de alimentos, como pães d) causar difteria no ser humano
e) realizar decomposição da matéria orgânica, junto com as bactérias.

8. Micorrizas são relações mutualísticas entre fungos e raízes de vegetais, principalmente de florestas. Sobre essa relação, assinale a alternativa CORRETA:
a) o fungo fixa nitrogênio, tornando-o disponível à planta                     b) a planta fornece ao fungo água e sais minerais
c) a planta decompõe a matéria orgânica e dá ao fungo                       d) o fungo produz açúcares e dá a planta

9. Assinale a opção que apresenta uma característica ausente no Reino Fungi:
a) relação mutualística              b) célula procariótica                c) nutrição heterótrofa              d) uni ou pluricelulares

10. Algumas espécies do gênero Penicillium desempenham importante papel na obtenção de antibióticos e também na fabricação de queijos. Na escala de classificação dos seres vivos, o Penicillium é considerado:
a) bactéria                    b) fungo                       c) protozoário                          d) vírus                        e) alga




26 de novembro de 2013

LAGARTA HELICOVERPA


A Helicoverpa spp é uma espécie de lepidóptero cujas lagartas têm atacado as plantações de algodão, milho, milheto, soja, sorgo e feijão.


  • Adulto – Mariposa com aproximadamente 18 mm de comprimento e aproximadamente 35 mm de envergadura. Asas anteriores de cor castanha com uma mancha escura no centro e uma franja externa na ponta.
  • Ovos – Cor branca ou creme, tornando-se pardo um dia após a postura.
  • Lagarta – As lagartas recém eclodidas são de cor creme. Totalmente desenvolvidas chegam a medir de 41 a 50 mm de comprimento. Sua cor quando crescida varia entre o amarelo, verde, laranja ou vermelho e quase preto. Sua cabeça é amarela ou marrom.
  • Pupa – Marrom, brilhante e escura, medindo aproximadamente 20 mm.


PRIMEIROS FOCOS:

Os primeiros focos da Helicoverpa spp foram observados na Bahia, atingindo o sul do Maranhão e sul do Piauí em 2012.

No princípio, se pensou que era a Heliothis spp (lagarta das maçãs do algodão) e muito tempo e dinheiro foram gastos até se chegar ao diagnóstico correto, que só veio cerca de 30 a 50 dias após o primeiro registro da praga.


POSSÍVEIS CAUSAS:

  • Desequilíbrio climático caracterizado por uma longa seca;
  • Esquema de diversificação e sucessão de culturas muito favorável à Helicoverpa spp, no atual modelo de produção;
  • Retirada do inseticida Endosulfan do mercado pode ter favorecido o descontrole da praga no algodão;
  • Reduzida eficiência dos inseticidas comerciais atuais;
  • Produtores sem assistência agronômica de qualidade atrasaram o início do controle da praga em suas propriedades.

Fonte: Informativo Helicoverpa -  http://aiba.org.br/pagina-helicoverpa/publicacoes/informativo-helicoverpa-aiba.pdf

Ocorrência de Helicoverpa armigera no RS

Estas lagartas foram criadas em laboratório e após a emergência, os adultos foram enviados para identificação taxonômica por especialista deste grupo de insetos da Embrapa Cerrados.



A Superintendência Federal de Agricultura do RS oficializou ontem, dia 19, as primeiras ocorrências confirmadas de Helicoverpa armigera no RS. As lagartas para identificação foram coletadas por pesquisadores da UFSM, UPF e Embrapa Trigo, em lavouras de soja da safra 2012/2013, localizadas nos municípios de Espumoso, Carazinho e Passo Fundo. Estas lagartas foram criadas em laboratório e após a emergência, os adultos foram enviados para identificação taxonômica por especialista deste grupo de insetos da Embrapa Cerrados.

Diante desta confirmação, o MAPA/RS estará realizando, nesta quinta-feira dia 21 de novembro na sede Superintendência Federal de Agricultura do RS, reunião com especialistas da área de entomologia das principais instituições de pesquisa, ensino e extensão, como Emater, SEAPA, Embrapa Trigo, UFSM, UFRGS, UPF, Embrapa de Pelotas, Laboratórios de identificação, dentre outras, visando discutir e harmonizar ações para o monitoramento e controle da praga, sob a coordenação do MAPA/RS.

É importante ressaltar que até o momento não há relatos de prejuízos em lavouras do RS, semelhantes àqueles observados em outras regiões do Brasil com características e clima diferenciados. Portanto, segundo o Superintendente Federal de Agricultura do RS, Francisco Signor, não há motivos para criar um clima de bioterrorismo ou paranoia junto aos produtores, mas sim juntamente com os técnicos, definir estratégias e harmonizar as informações e ações a serem tomadas sob o ponto de vista técnico.




Para saber mais:




LAGARTA-VERDE: Opsiphanes sp.

Resolvi publicar alguma coisa referente a esta bela lagarta, especialmente após um comentário deixado no blog referente à postagem da Lagarta-do-coqueiro.

Pesquisei bastante, mas encontrei pouco material sobre a lagarta abaixo:


Quanto a identificação, arrisco-me somente ao gênero: Opsiphanes.

Existem várias espécies e subespécies bastante semelhantes, mas todas inofensivas. Algumas alimentam-se de coqueiros, especialmente o gerivá, outras de palmeiras e até mesmo de helicônias.

Há algum tempo surgiu uma na minha casa, peguei-a delicadamente e coloquei no coqueiro do vizinho, hehehehehe... Fotografei a interação com a mesma para comprovar que é inofensiva, quando encontrar as fotos, publico aqui neste post.

Abaixo imagens de adultos de uma das espécies de Opsiphanes: 



http://ppbio.inpa.gov.br/sites/default/files/Guia_borboletas.pdf

3 de novembro de 2013

RESÍDUOS A CÉU ABERTO

Na maioria das cidades brasileiras os resíduos são jogados em terrenos sem nenhum tipo de tratamento

Se imaginarmos as cidades como grandes organismos vivos não é difícil pressupor que, como tal, consomem energia e matéria para se manterem em funcionamento. Depois de consumida, a maior parte dela torna-se lixo. Se nos ambientes naturais os dejetos são reciclados por cadeias de organismos decompositores, como bactérias e fungos, em ambientes urbanos as cadeias alimentares de decompositores têm pouca eficiência. Além disso, a maior parte dos materiais rejeitados pelas sociedades humanas, como papel, vidro, metais e plástico, é de difícil decomposição. Somam-se a isso uma crescente população urbana e uma sociedade cada vez mais voltada para o consumo, e tem-se uma quantidade de rejeitos que ultrapassa muito a capacidade de os serviços públicos darem um destino adequado.

Nesse metabolismo urbano, em média, cada pessoa produz em torno de 1 quilo de lixo por dia. Só a cidade de São Paulo produz mais de 10 mil toneladas de lixo/dia. Problemas como a violência, os transportes coletivos e a educação pública formam um quadro bastante complexo para as grandes cidades e seus gestores. Por isso é fundamental uma mudança cultural na população, atuando conjuntamente com os poderes constituídos para a resolução dos problemas das cidades.

Redução, reutilização e reciclagem 
No caso específico do lixo, há anos vem se bradando o slogan dos 3 Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) para a diminuição da quantidade de lixo produzido. Mais que palavras de ordens, se pretendem operar na sociedade uma consciência coletiva que estimule cada cidadão a reduzir a quantidade de lixo produzido, reutilizar materiais em seu cotidiano e reciclar produtos que podem ser transformados em elementos para outra utilidade.

No Brasil, muitas cidades têm desenvolvido interessantes programas de coleta seletiva, visando à reutilização e à reciclagem da matéria. No entanto, seja pela falta de hábito da população, seja pela ineficiência da gestão desse processo, muitas dessas iniciativas têm baixa eficiência ou são paralisadas quando feitas as trocas de governantes.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, o sistema de coleta seletiva de lixo consegue reciclar aproximadamente 10 gramas/dia por habitante, correspondendo a 1% do lixo produzido na cidade. A população de Porto Alegre, cujo programa de reciclagem é considerado modelo, consegue separar para reciclagem cerca de 50 gramas/dia por habitante, cinco vezes o índice de São Paulo. Em Estocolmo, na Suécia, cada habitante recicla, em média, 400 gramas de lixo por dia, 40 vezes mais que o cidadão paulistano.

Parceria comunidade e governantes 
Um modo de encaminhar o problema do lixo é criar um serviço de coleta em parceria entre a comunidade e a prefeitura. Uma experiência muito interessante desenvolveu-se na cidade do Rio de Janeiro no projeto Favela Limpa, uma parceria entre a prefeitura e associações de moradores de quase 400 favelas. Eles desenvolveram uma forma criativa de coletar o lixo, retirar entulhos, limpar valas e encostas e desobstruir ralos e sarjetas, entre outros serviços, empregando pessoas da própria comunidade – chamadas de trabalhadores comunitários. Cerca de 2 mil trabalhadores participaram do projeto, atendendo mais de 1 milhão de habitantes. A Companhia de Limpeza Urbana da cidade do Rio participava com orientação e supervisão técnica, treinamento dos trabalhadores e cobrança do serviço, e a Associação de Moradores era responsável pela contratação e gestão do serviço. No momento, essa experiência está sendo reavaliada para que não seja descontinuada.

Gerando energia do lixo 
É possível também construir usinas que gerem energia a partir de lixo. O potencial brasileiro para gerar energia elétrica a partir de resíduos sólidos poderia aumentar a atual oferta do País em 50 milhões de megawatts/hora por ano, 15% do total hoje produzido. Usar o lixo para gerar energia não é apenas uma solução econômica, traz benefícios sociais e ambientais. Pode gerar empregos e contribuir para minimizar problemas de saneamento e saúde pública.

A formação do chorume 
Já em nossas casas é possível perceber um desagradável produto gerado pela decomposição do lixo. A parte orgânica dos dejetos inicia um rápido e intenso processo de decomposição, inicialmente aeróbia (com o uso do oxigênio). Com a extinção do oxigênio presente no lixo, inicia-se a decomposição anaeróbia (sem o uso do oxigênio). Como resultado da decomposição bacteriana do lixo, gases, entre eles o metano, são liberados, bem como um líquido denominado chorume. É comum ver esse líquido pingando nos caminhões de coleta ou no fundo das latas de lixo. 

Destinos do Lixo: as práticas mais comuns 
Como resultado das atividades humanas os rejeitos devem ser transportados para outras localidades. Alguns desses destinos são os depósitos clandestinos de lixo, os lixões e os aterros. Veja a seguir a diferença entre cada um deles:

Depósitos clandestinos de lixo 
O material recolhido é depositado em áreas impróprias, a céu aberto e sem nenhum planejamento. Os subprodutos da decomposição bacteriana são lançados e contaminam as imediações desses depósitos. Os gases espalham-se pelas camadas mais baixas da atmosfera, o chorume infiltra-se no solo, podendo atingir e contaminar as águas subterrâneas, tornando-as inapropriadas para uso. Associados aos depósitos de lixo proliferam ratos e insetos, os quais, devido ao seu alto potencial reprodutivo dispersam-se por áreas relativamente amplas. É muito comum também o despejo do lixo em córregos ou terrenos baldios pela população de periferias que não recebem atenção quanto à coleta ou educação municipal. De fato, 20% da população brasileira ainda não conta com serviços regulares de coleta.

Lixões 
Também são depósitos de lixo, sem nenhum tratamento, com a diferença de que são autorizados pelas prefeituras. No Brasil, a falta de uma política ambiental efetiva permitiu por várias décadas que a disposição de resíduos sólidos de origem doméstica e industrial, muitas vezes classificados como resíduos perigosos, fosse feita de maneira descontrolada e sem fiscalização. Cerca de 80% dos municípios depositam seus resíduos em lixões, perfazendo 1,5 mil desses depósitos espalhados por todo o seu território. Assim, os depósitos clandestinos causam poluição do solo, das águas que bebemos e do ar, pois as queimas espontâneas são constantes. O lixão traz ainda mais um problema: atraem a população mais carente e desempregada, que passa a se alimentar dos restos e a sobreviver dos materiais que podem ser vendidos. 

Aterros sanitários 
Cerca de 13% dos municípios destinam seus resíduos a aterros sanitários. Neles, o lixo sólido é depositado em áreas planejadas. O lixo comum e os entulhos devem ir para aterros sanitários quando não há mais a possibilidade de reciclagem ou reutilização. Os aterros são basicamente locais onde os resíduos são confinados no solo, livre do contato com o ar e cobertos com uma camada de terra. O terreno é impermeabilizado para permitir que os líquidos e os gases resultantes da decomposição que esses resíduos sofrem embaixo da terra (principalmente por bactérias) sejam drenados e tratados, para evitar a contaminação do ambiente. Apesar disso, muitos aterros sanitários não foram construídos de acordo com os padrões técnicos, comprometendo o solo e os recursos hídricos.

Métodos para tratar o lixo 

1) Incineração: neste método o lixo é queimado em fornos, reduzindo-se a cinzas minerais, às quais podem ser reutilizadas na indústria. Há muito poucos incineradores funcionais nas cidades brasileiras, os quais ainda não foram eleitos como um método eficaz para tratar grandes quantidades de lixo produzidas diariamente nas grandes cidades e metrópoles. Além de serem processos muito dispendiosos, os gases expelidos durante a queima do lixo devem ser devidamente tratados na unidade de incineração, antes de serem liberados. A incineração é um tipo de tratamento para, por exemplo, lixo hospitalar, que depois vira cinza e esta vai para os aterros sanitários. 

2) Reciclagem: a triagem e a reciclagem são tratamentos para alguns tipos de rejeitos, como papéis, plásticos, vidros ou metais. A triagem é um tratamento necessário para a reciclagem, e a reciclagem é um tratamento necessário para a fabricação de produtos feitos com a matéria-prima presente no lixo.

3) Usinas de compostagem: neste procedimento, apenas o lixo orgânico é concentrado em locais previamente definidos e constantemente revolvido, a fim de que o processo de decomposição seja predominantemente aeróbio, sem a produção dos gases de metano e do chorume. Como produto deste tratamento, resulta um composto orgânico rico em nutrientes o qual é reutilizado para fertilizar áreas agrícolas. Com este processo, pode-se aproveitar também toda a parcela não orgânica do lixo, como plásticos, vidros, metais, e também o próprio papel e derivados de celulose, através da reciclagem, a qual pode reduzir significativamente a quantidade e o volume do lixo. Logicamente, este procedimento traz divisas econômicas com o uso do composto produzido e a reciclagem de materiais.

4) Resíduos tóxicos: o lixo hospitalar também pode passar por tratamentos como microondas e autoclavagem e depois serem encaminhados a aterros sanitários ou valas sépticas. Outros resíduos tóxicos podem passar por tratamento prévio, como blindagem e encapsulamento, e são encaminhados para o seu destino final que são os aterros especiais.