10 de dezembro de 2013

PLANO DE AULA: PORÍFEROS



Objetivos:
1) Observar as características dos poríferos, seu habitat e seu modo de vida;

2) Familiarizar-se com a linguagem científica. 


Comentários:
Como sabemos, os poríferos são animais invertebrados e apresentam ausência de sistema digestório, respiratório e circulatório. Sua alimentação, respiração, excreção e reprodução dependem exclusivamente da água. Estes animais apresentam estruturas que o auxiliam nesses processos, como por exemplo, os coanócitos. 

Estratégias:
1) Apresentar figuras de diferentes poríferos para observação dos alunos;

2) Solicitar que os alunos levantem hipóteses sobre o habitat e a sobrevivência desses seres vivos (como se alimentam, como respiram e como se reproduzem, por exemplo);

3) Registrar na lousa uma lista com as hipóteses levantadas pelos alunos, discutindo-as e orientando a classe sobre a adequação ou não das respostas;

4) Dar uma aula expositiva sobre o assunto, utilizando recursos audiovisuais (como apresentação em power point ou transparências). 


Sugestões:
Essa atividade pode ser complementada com uma aula especial sobre esponjas. O professor pode levar esponjas para observação em classe. A seguir, pode apresentar um desenho do personagem Bob Esponja e solicitar que os alunos discutam a diferença entre a ficção e o conhecimento científico. Uma outra atividade possível é a elaboração de uma história em quadrinhos sobre as características dos poríferos e de outros invertebrados. 


Você encontra mais em: 

Aula Prática utilizando berinjelas para representar os poríferos (anatomia e circulação da água):

Aula-Filme: Documentário sobre ecossistemas aquáticos brasileiros, mostrando poríferos e cnidários:

AULA-FILME: BRASIL OCEÂNICO

Deixo aqui a dica de um documentário super interessante para ser assistido pela turma, com inúmeras possibilidades de explorações à nível fundamental e médio. Trata-se do Documentário EXPEDIÇÃO- BRASIL OCEÂNICO da Discovery Channel.
Como sugestão para o Ensino Fundamental, trabalhei com meus alunos essa ficha bem simples, mas que deixa registradas as impressões sobre o filme:
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CÂNDIDO GENRO

Relatório sobre o Documentário “Brasil Oceânico” da Discovery Channel 

Grupo: _____________________________________________________________________         Turma: ______

Disciplina: Ciências           6ª. Série      Profª. Daniela Gonçalves Oliveira                     Data: ____/____/______

Objetivos:
¡  Observar, conhecer e reconhecer algumas espécies da fauna marinha.
¡  Visualizar diferentes tipos de Poríferos e Cnidários.

1. No documentário, apareceram vários tipos de animais, escolham quatro espécies que pertençam a diferentes filos e escrevam abaixo:




2. Descrevam os aspectos mais interessantes que vocês observaram:





Ficha Técnica e Sinopse do Documentário:


Título Original: Expedição Brasil Oceânico

Gênero: Documentário

Origem/Ano: BRA/2002

Duração: 101 min

Direção: Lawrence Wahba

Elenco:

Narrador: Lima Duarte



Sinopse: EXPEDIÇÃO BRASIL OCEÂNICO é dividido em dois episódios:

Oásis do Atlântico

Acompanhe a expedição da equipe de Lawrence Wahba à Ilha de Trindade e aos Penedos de São Pedro e São Paulo. Distante da costa brasileira, as ilhas estão localizadas a um terço da África. Conheça os mistérios das criaturas marinhas, plantas e animais terrestres (filmados pela primeira vez) que habitam estas ilhas. São belas imagens de golfinhos, moréias e tubarões (como o tubarão-baleia, maior peixe dos oceanos). É um Brasil desconhecido para os próprios brasileiros, por isso mesmo, perceba o porquê das tentativas de Wahba e sua equipe em convencer o Governo Brasileiro à declarar essas ilhas costeiras como reservas marinhas.

O Atol Esquecido

Desde 1993, o Atol das Rocas (distante 224 Km do porto de Natal - RN), localizado no Atlântico Sul, é monitorado por guarda-parques. Mas esta é a primeira vez que uma equipe consegue filmar no Atol. Rocas é um complexo composto por ilhas, canais que ligam a lagoa interna ao alto mar, piscinas de maré e muito mais. Descubra outros segredos da vida marinha e terrestre no Atol das Rocas, como o fantástico mero (uma garoupa gigantesca raramente vista), os filhotes de peixes lutando pela sobrevivência contra predadores e os mais de 150 mil pássaros (como atobás, viuvinhas e trinta-réis) que vivem sobre duas pequenas ilhas.

AULA PRÁTICA: ESTUDO DE CAMPO

Objetivo:
- Aprender a demarcar uma área de estudo e conhecer suas especificidades.
- Observar fatores bióticos e abióticos num "microecossistema". 
- Elencar os fatores bióticos e abióticos. 
- Identificar as possíveis relações ecológicas existentes nesse ambiente. 
- Registrar as devidas observações. 


Comentários:
O estudo de campo permite observar um determinado local e/ou situação, observando uma realidade e, se necessário, buscando soluções para um problema específico. 

Durante o estudo de campo é imprescindível que ocorra a pesquisa de campo, que compreende a observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, a coleta de dados referentes aos fatos e, finalmente, a análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. 

A pesquisa de campo exige que as técnicas de coleta de dados sejam apropriadas à natureza do tema e, ainda, à própria definição das técnicas que serão empregadas para registro e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição fatual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social. 


Materiais:
- roteiro de estudo elaborado previamente pelo professor; 
- prancheta; 
- caneta; 
- termômetro; 
- barbante; 
- vareta; 
- luxímetro (se a escola possuir); 
- sacos plásticos para as devidas coletas; 
- etiquetas para identificação; 
- pá de jardinagem; 
- máquina fotográfica e/ou celular para registro; 
- livros específicos sobre vegetação e animais encontrados nas áreas verdes. 


Estratégias:
1. O professor deverá verificar previamente as áreas verdes em que os alunos trabalharão. 

2. Organizar os alunos em grupos de 5 componentes. 

3. Disponibilizar um roteiro para cada aluno. (Veja abaixo sugestão para elaboração do roteiro.)

4. Explicar os procedimentos durante a realização do trabalho: 
a) Medir e marcar com barbante e vareta uma área de 1m2 (área de estudo de campo de cada grupo). 
b) Verificar o que se pede no roteiro, executar e registrar de diferentes formas: por escrito, em desenhos, fotografando, etc. 
c) Realizar a coleta de folhas caídas e/ou animais mortos, como insetos, por exemplo. 

5. Organizar as diferentes informações e buscar alguns dados específicos nos livros disponibilizados pelo professor. 

6. Pedir para que o grupo aponte brevemente o que foi mais significativo em seu estudo. Exemplos: uma planta que despertou a curiosidade, a sensação térmica, a quantidade de matéria orgânica no solo, animais encontrados, etc. 

7. Organizar um cartaz coletivo com as informações obtidas sobre os fatores bióticos e abióticos, e também sobre supostas relações ecológicas observadas no ecossistema escolar.

Modelo de Roteiro:

Local pesquisado:_________________________________________

Fatores abióticos observados:_______________________________

________________________________________________________

Temperatura
Horário
Valor observado em graus Celsius




Intensidade luminosa
Horário
Valor indicado no luxímetro e/ou observação
da incidência de luz





Fatores bióticos observados:_________________________________

_________________________________________________________

Relações ecológicas observadas:_____________________________

_________________________________________________________

Observar e anotar se a vegetação foi introduzida ou é nativa:

________________________________________________________

________________________________________________________

Registro através de desenho da disposição da vegetação:



Observar o solo, verificar se tem muita ou pouca matéria orgânica. (Para isso, cave um pequeno buraco).

________________________________________________________

Desenhar um animal observado e descrever suas características:




Animal:__________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________


Dicas de trabalhos:

Os alunos podem: 
1) Comparar a área verde da escola com o trajeto para sua casa ou bairro, por exemplo. 

2) Caso o bairro não apresente muitas árvores, a escola poderá fazer uma proposta para arborizá-lo. Vale lembrar a importância de conscientizar a comunidade local sobre essa ação. 


AULA PRÁTICA: VERTEBRADOS

Objetivos:
1) Observar e identificar as características morfológicas de cada classe dos vertebrados;

2) Reconhecer e relacionar as características de cada grupo aos exemplares observados.


Comentário:
Os animais vertebrados apresentam algumas características em comum, enquanto outras são bem específicas. Por exemplo: os peixes são aquáticos, sua morfologia e suas adaptações para esse ambiente são determinantes para sua sobrevivência; os anfíbios dependem da água para respiração e reprodução; os répteis foram os primeiros a conquistarem o ambiente terrestre e, para isto, se adaptaram muito, como realizar reprodução sexuada com postura de ovos com casca. Já as aves apresentam penas, bico, adaptações para o vôo, enquanto os mamíferos apresentam glândulas mamárias, sebáceas, sudoríparas, pêlos, diafragma etc. 
As semelhanças e diferenças entre os grupos foram se aprimorando conforme sua adaptação ao ambiente e sua evolução. 
Algumas destas características podem ser observadas e comparadas nesta aula, despertando, assim, a curiosidade. 


Materiais:
O professor deverá pedir aos alunos para providenciar um exemplar, no mínimo, de cada classe. Por exemplo: 

a) Um peixe (observado em um aquário ou um inteiro do supermercado); 

b) Um anfíbio (rã); 

c) Um réptil (jabuti, tartaruga); 

d) Uma ave (periquito); 

e) Um mamífero (hamster, porquinho-da-Índia); 

f) Ração para os animais; 

g) Jornal e/ou serragem. 



Estratégias:
1) Levar os animais para o laboratório de ciências ou outro espaço da escola;

2) Colocar cada exemplar, providenciado previamente, em uma bancada;

3) Orientar os alunos, antecipadamente, sobre sua conduta em relação aos animais (barulho, movimento brusco etc.);

4) Elaborar um relatório para observação dos exemplares, a fim de que o grupo olhe, discuta com os colegas e registre suas descobertas;

5) Discutir, com os alunos, quais são as características marcantes de cada grupo, sistematizando as informações na lousa, certificando-se da realização do registro. 


Sugestões e dicas:

O professor poderá solicitar pesquisa em livros sobre alguns animais curiosos, como por exemplo, o ornitorrinco, a équidna, o morcego, a baleia etc. 

Também poderá propor uma pesquisa sobre algum animal pelo qual o aluno se interesse. Ele apontará suas descobertas, podendo trazer ilustração e outros dados interessantes. 

AULA PRÁTICA: O ESTUDO DAS BACTÉRIAS


Objetivos:
1) Conhecer as bactérias e suas diferentes funções;

2) Reconhecer a importância das bactérias para a vida;

3) Relacionar as diferentes aplicabilidades às bactérias. 


Comentário:
As bactérias são seres vivos que pertencem ao Reino Monera e que têm característica exclusiva. Elas apresentam célula procariótica, ou seja, seu material genético fica espalhado pelo citoplasma.
Apesar de serem relativamente simples, as bactérias realizam papéis de suma importância para o ambiente, para a vida e sua manutenção, melhorando assim a qualidade dela. 



Estratégias:
1) O ponto de partida será a leitura de dois textos encontrados no site Educação: 



2) A leitura deverá ocorrer na sala de aula, sendo realizada em voz alta por alguns alunos, enquanto os outros acompanham; 

3) Ao término, o professor fará alguns questionamentos, do tipo: 
a) Como é o corpo de uma bactéria? 
b) Qual é o tamanho dela? 
c) Quais são suas utilidades? 
d) Em que elas nos ajudam? 

4) O professor poderá selecionar livros com diferentes imagens e informações, a fim de que os alunos descubram as respostas referentes aos questionamentos. 

5) Organizar na lousa as informações encontradas, pedindo para que os alunos as registrem em seu caderno. 



Sugestões e dicas:
1) Construir uma bactéria através de garrafas pet e outros materiais, identificando as estruturas de seu corpo. 

2) Pode-se finalizar este conteúdo, juntamente com o Reino Fungi, por meio de um café da manhã à base de micro-organismos (fungos e bactérias), pedindo que cada aluno traga determinado alimento, como por exemplo: 
·queijo gorgonzola (fungos); 
·pão (fungos); 
·iogurtes (bactérias) etc.

AULA PRÁTICA SOBRE FUNGOS


Objetivos:
1) Observar e diferenciar os fungos comestíveis;

2) Participar, questionar e levantar hipóteses durante a execução da atividade prática;

3) Entender o método científico e suas etapas. 


Comentário:
Os fungos são seres vivos que nos prejudicam causando doenças, como a micose, mas também nos beneficiam, pois são amplamente utilizados em nossa alimentação, como por exemplo, os cogumelos, o fermento biológico, o queijo gorgonzola, etc. 


Material:
1) O professor deverá adquirir previamente, diferentes tipos de cogumelos (shitake, pleurotus, shimeji, champignon) e fermento biológico. Cada grupo de alunos deve ter:
a) 1 Lupa; 
b) 1 Becker; 
c) 2 colheres de açúcar;
d) H2O morna; 
e) Lâmina; 
f) Microscópio. 


Estratégias:
1) O professor deverá separar o material (um cogumelo inteiro e um pela metade de cada tipo) em cada bancada do laboratório e um tablete de fermento biológico. Também colocará o Becker, o açúcar e a água. 

2) Posteriormente, pedirá aos alunos que misturem o açúcar ao fermento, mexendo bem. Por último, será acrescentada a água. Deve-se mexer bem e deixar descansar. 

3) Neta etapa, os alunos devem observar os cogumelos a olho nu e através da lupa, verificando a formação do chapéu, cores, cheiros, etc. e farão anotações em seu caderno ou no relatório de observação.

4) Após terminarem os registros da observação dos cogumelos, o grupo verificará o Becker, descrevendo-o e levantando hipóteses para o ocorrido. 

5) Após a discussão de hipóteses, os alunos devem preparar uma lâmina com o líquido do Becker, observar e relatar o ocorrido. 


Sugestões e dicas:
O professor poderá produzir uma massa de pão ou de pizza, para explicar a reação química ocorrida (Açúcar = Álcool etílico + CO2 + calor). A partir do açúcar e do calor inicial (água ou leite morno), o fungo transforma-se nas substâncias citadas anteriormente, sendo que o álcool evapora ao assar o pão e o CO2 é o responsável pelo crescimento da massa.

OS FUNGOS A NOSSO SERVIÇO

Quando ouvimos falar em biotecnologia, pensamos logo nas técnicas modernas de manipulação do DNA, como a engenharia genética e as sementes transgênicas. Contudo, a biotecnologia é muito mais antiga: há muito tempo o ser humano manipula microrganismos, criando produtos como o vinho e outras bebidas alcoólicas e o pão. Além, é claro, de vários antibióticos. E os fungos estão entre os principais microorganismos a nosso serviço.
Os fungos alimentam-se de substâncias orgânicas de folhas mortas, de cadáveres e de resíduos. Eles realizam a decomposição dessas substâncias e, dessa forma, contribuem para a reciclagem da matéria no planeta.
Algumas de suas formas são unicelulares, como o levedo. A maioria, porém, é formada por várias células, como os conhecidos cogumelos - alguns deles são muito apreciados na culinária; outros, porém, produzem substâncias venenosas. E somente especialistas podem identificar se um fungo é tóxico ou não.

Os fungos podem ser aeróbios - quando utilizam o gás oxigênio do ar para liberar energia do alimento - ou anaeróbios, quando realizam um processo chamado fermentação. Na fermentação, os fungos conseguem energia sem utilizar oxigênio. E é justamente nesse processo que diversos produtos úteis ao ser humano são fabricados.
Uma curiosidade: a maior forma de vida da Terra parece ser um fungo gigante com uma enorme rede de filamentos que se estende embaixo da terra, abrangendo uma área equivalente a 47 estádios do Maracanã.


A produção de álcool e pão

Na produção de álcool, de pão e de bebidas alcoólicas usamos um fungo conhecido como levedo (Saccharomyces cerevisiae). O processo é chamado de fermentação alcoólica e libera, além do álcool, gás carbônico (esse gás pode ser mantido na bebida, como no champanhe e na cerveja).
O vinho é produzido a partir  da fermentação do açúcar da uva; a cerveja resulta da fermentação da cevada; a cachaça tem origem na fermentação da cana-de-açúcar.
O fungo morre quando o nível de álcool chega a cerca de 12%. Por isso, no caso de bebidas de alto teor alcoólico, este nível é aumentado por meio da destilação.
O levedo é encontrado também no fermento de padaria e faz crescer a massa do pão pela produção de gás carbônico. As bolhas desse gás fazem a massa ficar fofa. Tanto o álcool como o gás carbônico acabam sendo eliminados da massa pelo calor do forno.
Alguns fungos defendem-se de predadores através da produção de substâncias químicas que matam ou inibem o crescimento de bactérias e outros seres vivos. Algumas dessas substâncias são usadas na produção de antibióticos.


Antibióticos e outros medicamentos

O primeiro antibiótico foi descoberto pelo cientista escocês Alexander Fleming (1881-1955). Fleming estava cultivando bactérias em placas de vidro quando observou que uma das placas tinha sido contaminada por fungos. Ele observou também que as bactérias não cresciam ao redor da região onde estava o fungo.A partir dessa observação, Fleming pode verificar que o fungo, da espécie denominada Penicillium, tinha a propriedade de inibir a reprodução das bactérias. Estava aberto o caminho para produção da substância denominada penicilina.
Muitos medicamentos são extraídos de fungos. Por exemplo: a ergotamina, usada para controlar sangramentos e estimular contrações musculares no parto; a ciclosporina, que reduz as reações imunológicas do corpo e é, por isso, importante nos transplantes de órgãos.
E, embora as bactérias sejam as preferidas para a produção de medicamentos pela engenharia genética, cientistas norte-americanos conseguiram fazer recentemente com que o levedo produzisse proteínas para fins terapêuticos semelhantes às proteínas humanas, utilizando as mesmas técnicas de engenharia genética.


Bioinseticidas

Os fungos também podem ser usados como controle ou combate biológico, uma técnica de combate a pragas. Por meio de seleção e melhoramento genético, pesquisadores da Universidade de São Paulo conseguiram espécies (Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana) que parasitam e matam insetos que atacam as plantações no Brasil. A vantagem do combate biológico é que ele é mais específico que os agrotóxicos: os insetos úteis (como os polinizadores e os predadores das pragas), além de outros animais, não são afetados por eles.


Fungos versus ser humano

Fungos podem ser benéficos ao ser humano, mas também podem trazer prejuízos. Eles atacam plantações, destroem alimentos estocados, roupas, papéis, couro e outros produtos. E há ainda fungos parasitas que se instalam em nosso corpo e causam doenças - as micoses, como a frieira, a candidíase (o popular "sapinho"), entre outras.
Os fungos do gênero Aspergillus, por exemplo,  produzem substâncias tóxicas, as aflatoxinas, que podem provocar câncer de fígado no ser humano. Eles podem se desenvolver em alimentos armazenados em locais úmidos, como milho, trigo e amendoim. Por isso, uma vigilância sanitária constante é necessária, a fim de detectar os níveis de aflatoxina nesses produtos.


Preservar a biodiversidade

Do ponto de vista da ciência, a natureza não existe para servir ao ser humano. Fungos, assim como todos os organismos do planeta, apresentam adaptações que permitem sua sobrevivência e reprodução. Muitos fungos produzem substâncias tóxicas para combater outros seres vivos. Muitas dessas substâncias acabam sendo transformadas em medicamentos para o ser humano. Assim, embora não houvesse nenhuma "intenção" por parte do fungo (ou de qualquer outro ser vivo) de nos ajudar, é isso que acaba acontecendo em muitos casos: basta pensar nas vidas salvas pelos antibiótiocs. A conclusão é que preservar a biodiversidade do planeta é preservar também a espécie humana.


ATIVIDADES SOBRE REINO FUNGI




7 de dezembro de 2013

REINO FUNGI













Os líquens

Esse perfeito "casamento" entre algas e fungos permite aos líquens sobreviver em regiões em que poucos seres vivos sobreviveriam. De fato, eles podem ser encontrados, por exemplo, sob a neve nas tundras árticas, onde são importantes fontes nutritivas para animais diversos, como a rena. Sobre rochas nuas, os líquens são, com freqüência, os primeiros colonizadores, desagregando o material rochoso e propiciando uma melhoria nas condições físicas do ambiente, o que favorece a instalação de futuras populações de musgos e outras plantas. Líquens são associações entre algas unicelulares (cianobactérias ou clorófitas) e fungos (principalmente ascomicetos). Nos líquens, as algas atuam como elementos produtores, sintetizando matéria orgânica e fornecendo parte dela para os fungos. Já os fungos, com suas hifas, envolvem e protegem as algas contra a desidratação, além de fornecer a elas água e sais minerais que retiram do substrato.

A reprodução dos líquens é assexuada e se realiza através de sorédios, estruturas microscópicas constituídas por pequenos fragmentos do corpo do líquen, nos quais existem hifas do fungo envolvendo algumas algas. Os sorédios são vistos como um pó esverdeado sobre o corpo do líquen, de onde são disseminados pelo vento.

Apesar de serem capazes de sobreviver nos mais variados tipos de habitat, os líquens são muito sensíveis a substâncias tóxicas, particularmente o dióxido de enxofre (SO2). Por isso, são utilizados como indicadores da poluição do ar atmosférico pelo SO2. Como esse gás é um poluente muito comum nas zonas urbanas, entende-se por que os líquens são relativamente escassos nas grandes cidades. 

Verifica-se também que os líquens são capazes de absorver e concentrar substâncias radioativas, como o estrôncio 90, elemento químico que pode se alojar nos ossos humanos, provocando anemia. Constatou-se, certa vez, que esquimós, no Alasca, apresentavam taxas elevadas desse elemento no organismo: haviam-no adquirido pela ingestão de carne de rena; os animais, por sua vez, obtiveram o elemento químico ao comerem líquens contaminados.

(Extraído de: Wilson Roberto Paulino. Biologia Atual - Seres vivos, Fisiologia - Vol. 2. São Paulo, Ática, 2002.)









1 de dezembro de 2013

FUNGOS









Þ    IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS:

¨       São importantes na fabricação de:
-          álcool ou de bebebidas alcóolicas como o vinho e a cerveja  (Saccharomyces  cerevisiae), realizando fermentação.
-          pães, bolos e biscoitos, pois ao converter a glicose presente na farinha (amido), liberam gás carbônico, o qual provoca o crescimento da massa.
¨       Na indústria de antibióticos. Ex.: penicilina (fabricada a partir do fungo Penicillium).
¨       Na alimentação – champignons e trufas. Ou conferindo sabor característico a queijos do tipo roquefort, camembert e gorgonzola.
¨       Na decomposição: os fungos, assim como as bactérias, atuam na natureza como decompositores. A ação demolidora desses organismos permite a reciclagem da matéria morta em matéria inorgânica, que pode ser reaproveitada por outros seres vivos.
¨        Certos cogumelos, como o Amanita, são extremamente venenosos. Outros produzem substâncias alucinógenas, de onde se extrai o LSD (dietilamida de ácido lisérgico).
¨       Embora fundamentais para a vida no planeta, a ação decompositora dos fungos pode causar dissabores, já que eles podem atacar qualquer material orgânico disponível, principalmente em ambientes úmidos.
¨       Alguns atuam como parasitas de plantas e animais. No homem são conhecidas diversas micoses (doenças causadas por fungos): a candidíase ou “sapinho” causada pelo Candida albicans e a frieira ou pé – de- atleta causada pelos fungos Tinea pedis.


RECUPERAÇÃO PARALELA DE CIÊNCIAS – ASSUNTO: REINO FUNGI


1. Quanto aos fungos é correto afirmar que:
I - os bolores não são fungos;
II - as leveduras são representadas pelos cogumelos;
III- algumas espécies de fungos são parasitas de animais, incluindo o homem, causando-lhes doenças como, por exemplo, as micoses.
Está(ão) correta(s)
a) apenas l e II.             b) apenas III.        c) apenas Il e III.                    d) apenas l e lll.            e) I, II e III.

2. Assinale o ser que não apresenta clorofila: a) cianofíceas.    b) algas verdes          c) algas pardas.           d) fungos.           
3. A unidade estrutural dos fungos é: a) micélio                        b) basidiomiceto          c) talo              d) hifas                       
4. A parte comestível de um cogumelo (champignon) corresponde ao: a) micélio         b) hifas             c) basidiomiceto                 
5. Leia o texto. “Eles são operários quase anônimos da natureza, ao mesmo tempo criadores e destruidores da vida. Há os que fazem o pão crescer. Alguns escurecem os azulejos do banheiro, outros causam e curam doenças, enriquecem o solo, apodrecem a madeira.” O texto acima se refere as (aos):
a) protozoários.            b)fungos                      c) bactérias                   d) algas                      e) animais                   
6. Os liquens são formados por uma associação biológica de dois tipos de organismos, que são:
a) fungos e bactérias                b) fungos e vírus          c) fungos e algas                     d) fundos e protozoários

7. Os fungos apresentam importância variada em muitos aspectos. São atividades dos fungos, exceto:
a) provocar doenças em plantas e animais                               b) produzir antibióticos usados no tratamento de doenças
c) ser utilizados na produção de alimentos, como pães d) causar difteria no ser humano
e) realizar decomposição da matéria orgânica, junto com as bactérias.

8. Micorrizas são relações mutualísticas entre fungos e raízes de vegetais, principalmente de florestas. Sobre essa relação, assinale a alternativa CORRETA:
a) o fungo fixa nitrogênio, tornando-o disponível à planta                     b) a planta fornece ao fungo água e sais minerais
c) a planta decompõe a matéria orgânica e dá ao fungo                       d) o fungo produz açúcares e dá a planta

9. Assinale a opção que apresenta uma característica ausente no Reino Fungi:
a) relação mutualística              b) célula procariótica                c) nutrição heterótrofa              d) uni ou pluricelulares

10. Algumas espécies do gênero Penicillium desempenham importante papel na obtenção de antibióticos e também na fabricação de queijos. Na escala de classificação dos seres vivos, o Penicillium é considerado:
a) bactéria                    b) fungo                       c) protozoário                          d) vírus                        e) alga