10 de dezembro de 2013

PLANO DE AULA: CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

Objetivos:
1) Sensibilizar os alunos para a necessidade de classificar os objetos de estudo;

2) Levá-los a fazer uma classificação a partir de critérios por eles criados;

3) Levá-los a explicar os critérios escolhidos;

4) Conhecer a classificação científica dos seres vivos.


Estratégias:
1) Dividir a classe em grupos e pedir que os integrantes de cada grupo traga para a classe uma certa quantidade de botões diferentes entre si (cinco por aluno, por exemplo);

2) Supondo que o cada grupo tenha quatro alunos, vão ser formados conjuntos com 20 botões;


Atividades:
1) Agora, cada grupo deve subdividir o seu conjunto de botões em subconjuntos de acordo com as características que eles observarem nos botões: tamanho, cores, número de furos, relevo, formato, material de que é feito, etc.;

2) Cada grupo deve formar o maior número possível de subconjuntos, sem que o mesmo botão figure em mais de um subconjunto;

3) Pedir que cada grupo explique os critérios adotados para criar os subconjuntos, ou seja, seus critérios de classificação;

4) Comparar os critérios estabelecidos pelos grupos.


Comentários:

· A partir das atividades acima descritas, de caráter lúdico e aparentemente despretensioso, o professor pode introduzir os alunos à classificação dos seres vivos, mostrando como esta se estrutura de maneira análoga à que eles desenvolveram ao classificar os botões.

· A exposição do professor pode ser complementada pela leitura do texto Classificação dos seres vivos no site Educação, que aprofunda o tema, apresentando seu desenvolvimento histórico de Aristóteles a nossos dias.



Texto Complementar:

Como e por que classificá-los?
Lineu, o criador do sistema de classificação 

Sabia que você nunca está sozinho no mundo? À sua volta, existe sempre uma imensa quantidade de seres vivos. Uma gota d'água pode conter milhares de minúsculas plantas e animais. Existem seres vivos habitando o solo, o ar, a água congelada, as águas profundas. A vida é encontrada em quase toda parte da Terra. As formas de vida são muito variadas: águas vivas, mofo do pão, pólen das plantas superiores, pássaros, vermes, plantas, cogumelos etc.

Mas, o que caracteriza um ser vivo?

Até o século 18, os seres existentes no universo costumavam ser divididos em três grupos: animais, vegetais e minerais. Com o avanço do conhecimento descobriu-se que animais e plantas tinham muito em comum, sendo bem diferente dos minerais. Assim, os cientistas dividiram os componentes da natureza em dois grandes grupos: seres vivos e matéria bruta.

Para distinguir os seres vivos dos seres não vivos (matéria bruta, como uma pedra) costumamos usar a seguinte definição: os seres vivos são aqueles que são constituídos por células, nascem, movimentam-se, têm reações aos estímulos físicos e químicos, crescem, desenvolvem-se, reproduzem-se e morrem.

Tudo bem, mas...
Então, é bastante simples caracterizar um ser vivo. Porém, se questionarmos alguns aspectos dessa definição dos seres vivos veremos que não é bem assim.

Para começar, verifique o significado de algumas palavras que aparecem no texto da definição: 

· Morrer significa o fim da vida. 

· Nascer significa vir ao mundo, vir à luz começar a ter vida. 

· Crescer significa aumentar em volume, grandeza ou extensão. 

· Desenvolver, fazer crescer, originar, gerar, produzir. 

· Reproduzir, produzir novamente, tornar a produzir.

Agora vamos pensar em alguns seres:

Uma bactéria é, sem dúvida, um ser vivo. Mas, as bactérias nascem e morrem? Durante seu processo de reprodução, as bactérias dividem-se ao meio por processos bastante complicados que recebem nomes especiais. Nesse processo um indivíduo é dividido ao meio dando origem a dois novos indivíduos. É possível definir quem morreu? Alguém morreu? Alguém nasceu?

Quando retiramos uma parte de uma planta e fazemos uma muda que crescerá, tornando-se uma planta grande como a que forneceu o galho, não conseguimos definir quando foi que essa planta nasceu. Afinal, podemos considerar que ela já era nascida, quando a retiramos da planta anterior.

Em que momento nascemos?
E nós, seres humanos, nascemos quando? No momento da fecundação? Quando o embrião se transforma em feto? Quando saímos do útero materno e ganhamos o mundo exterior? E quanto aos indivíduos que morrem logo após o nascimento? Esses não têm tempo de crescer. Por acaso, eles deixam de ter sido seres vivos por não terem se desenvolvido?

Vamos agora pensar em outros seres vivos: as mulas e os burros. Os dois são provenientes do cruzamento entre cavalos e jumentos (normalmente é usado um jumento e uma égua, o inverso é mais difícil) Esses animais são estéreis, embora raras vezes uma mula ou um burro possam procriar. No caso do burro, assim como a maioria dos cavalos e bois, costuma-se castrá-los. Esses animais não se reproduzem, seja porque não são capazes ou por que foram castrados. Então, eles deixaram de ser seres vivos?

E o vírus? Pode ser classificado como um ser vivo? Vírus são organismos muito simples, mais simples do que uma única célula, com ou sem núcleo definido. Os vírus possuem apenas uma cápsula protéica e o DNA. Não são formados por células e só se reproduzem utilizando-se de algum tipo de célula que exerça todas as funções necessárias, como uma célula vegetal, animal ou de uma bactéria. Durante os períodos de dormência, podem se assemelhar aos minerais apresentando-se na forma de cristal.

Uma fronteira?
Os vírus são caracterizados como seres vivos pela sua capacidade de reprodução.

Como você pôde ver, não é nada simples definir um ser vivo. A única característica de um ser vivo que não gera nenhum tipo de contestação é o fato de se desenvolverem. Mas, se definirmos seres vivos como aqueles que se desenvolvem, o resultado é bastante vago.

O ideal é defini-los como estruturas formadas por células (reafirmando a teoria celular que hoje é plenamente comprovada), capazes de se desenvolver, e discutir o caso dos vírus, os quais não possuem células. 

Existem cientistas que consideram os vírus a "fronteira" entre a "matéria bruta" e a "matéria viva". 

Necessidade de classificação:
O homem tem a necessidade dar nomes a tudo o que ele conhece para organizar esses conhecimentos. Sendo assim, um dos trabalhos fundamentais das ciências é nomear todos os seus objetos de estudo e classificá-los, segundo critérios definidos, para facilitar a sua localização quando for necessário.

Os critérios de classificação são definidos pelos seres humanos, e assim os grupos se estruturam. Em um trabalho de classificação, portanto, o primeiro passo é estabelecer um único critério de classificação.

Animais e vegetais:
Aristóteles foi o primeiro cientista que procurou classificar os seres vivos. Ele dividia os seres vivos em dois grandes grupos: animais e vegetais. Após a morte do sábio grego os estudos sobre os seres vivos ficaram praticamente esquecidos e só foram retomados a partir do século 14, com o Renascimento. Nessa época os artistas passaram a se interessar pela anatomia do homem e dos animais. A classificação dos seres vivos passou a ser uma grande preocupação dos naturalistas dessa época.

As classificações biológicas baseavam-se na observação direta dos indivíduos. Os pesquisadores estavam preocupados com a forma. Mas, imagine quanta confusão não apareceu? Uma lagarta é totalmente diferente de uma borboleta na sua forma, entretanto são duas fases da vida de um mesmo ser. Na realidade existem vários critérios diferentes de classificação que foram adotados ao longo dos tempos.

Lineu e a taxonomia:
No final do século 18, os componentes da natureza foram divididos em dois grandes grupos: os seres vivos e não vivos. Carolus Linnaeus (1707-1778), ou simplesmente Lineu, um naturalista, foi quem criou o sistema pelo qual nomeamos os organismos hoje em dia. Ele é considerado o fundador da taxonomia.

A taxonomia é ciência das classificações, é a sistemática da organização dos seres vivos em grupos. 

Atualmente as classificações baseiam-se nas relações evolutivas entre os diferentes grupos de seres vivos. Essas relações são estabelecidas por meio de vários diferentes estudos: anatomia, composição química (DNA), comportamento etc. 

Com o avanço da tecnologia, as pesquisas progrediram muito. Milhares de novos seres (principalmente microorganismos) foram descobertos. Atualmente os seres vivos são agrupados em cinco grandes grupos, conhecidos como reinos: Monera, Protista, Fungo, Vegetal e Animal. 

PLANO DE AULA: CONHECENDO AS CÉLULAS



Objetivos:
1) Reconhecer uma célula eucariótica, identificando suas principais partes.

2) Elaborar uma célula eucariótica comestível, reconhecendo sua organização (núcleo) e suas organelas.

3) Diferenciar a célula eucariótica animal da vegetal. 


Comentário:
Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados por células. Existem seres formados por uma única célula, denominados unicelulares, e os pluricelulares ou multicelulares, que contêm duas ou mais células. A espécie humana tem cerca de alguns trilhões delas.

Há seres vivos que apresentam células procarióticas, como o caso dos organismos que pertencem ao Reino Monera (bactérias e cianobactérias), enquanto os organismos pertencentes aos outros Reinos (Protozoa, Fungi, Plantae e Animalia) apresentam células eucarióticas. Estas diferem quanto à organização do material nuclear e quanto às organelas citoplasmáticas. 


Estratégias:
1) Após uma prévia explicação sobre células procarióticas e eucarióticas, suas semelhanças e suas diferenças, o professor pedirá aos alunos que desenhem em seu próprio caderno, uma célula eucariótica (animal ou vegetal). Neste desenho, os alunos identificarão a membrana plasmática, o citoplasma, o núcleo organizado e suas organelas citoplasmáticas.

2) Depois, os alunos devem pesquisar as respectivas funções de cada organela e quais destas são exclusivamente da célula eucariótica animal e quais as da célula eucariótica vegetal.

3) Dividir a classe em grupos de alunos, os quais podem decidir que ingredientes utilizarão para representar as estruturas das células, como o citoplasma, a membrana plasmática e as organelas. Doces podem ser utilizados: por exemplo, jujuba para representar a mitocôndria, fios de ovos para o retículo endoplasmático, etc.

4) O educador pode orientar o trabalho durante a aula e pedir para que o grupo execute sua obra em casa e a traga na aula posterior. Se a escola apresentar um espaço adequado, o trabalho pode ser executado durante a aula. Ao final, as células poderão ser saboreadas, claro.

5) É importante que os grupos façam uma legenda com os alimentos utilizados. 


Materiais:
Desenho das células eucarióticas (animal e vegetal) realizada no caderno e a pesquisa sobre as diferentes funções de suas estruturas. Ingredientes alimentares diversos trazidos pelos alunos, depois de combinação prévia. 


Sugestões e dicas:
1) Seria interessante que se realizasse uma aula prática de observação de células animais e vegetais, utilizando o microscópio, a fim de que os alunos observassem as diferenças básicas entre os dois tipos.

2) Durante ou após a degustação, o docente poderia estimular a oralidade, perguntando qual organela determinado aluno comeu, por exemplo, e pedindo para que explique sua respectiva função.

AULA PRÁTICA: OBSERVANDO OS VERTEBRADOS

Objetivos:
1) Observar as características dos vertebrados; 

2) Relacionar os diferentes vertebrados a seu habitat e sua morfologia. 


Estratégias:
1) Preparar cartas de diferentes cores, contendo figuras de animais vertebrados. Material necessário para confecção das cartas:

· papel tipo colorset nas cores azul (mamíferos), amarela (aves), verde (répteis); vermelha (anfíbios) e laranja (peixes);

· fotos ou figuras de diferentes vertebrados.

É interessante colocar figuras de muitos animais conhecidos e algumas exceções, como o morcego (mamífero que voa), ou o ornitorrinco (mamífero que põe ovos).;


2) Solicitar aos grupos que classifiquem esses animais baseando-se em critérios observados nas figuras (como, por exemplo, o revestimento do corpo, se há ou não patas, o habitat e assim por diante). Os alunos devem anotar no caderno todos os critérios utilizados pelo grupo. 


Sugestões:
1) Para enriquecer as aulas, o professor pode trazer um exemplar de cada grupo de mamíferos, como por exemplo um hamster, um periquito, uma tartaruga, uma rã e um beta, a fim de que os alunos observem as características externas e marcantes de cada grupo; 


2) Uma visita ao zoológico pode ser uma atividade muito interessante para a observação de diferentes animais. Após a visitação os alunos podem confeccionar um álbum de figurinhas.


PLANO DE AULA: PORÍFEROS



Objetivos:
1) Observar as características dos poríferos, seu habitat e seu modo de vida;

2) Familiarizar-se com a linguagem científica. 


Comentários:
Como sabemos, os poríferos são animais invertebrados e apresentam ausência de sistema digestório, respiratório e circulatório. Sua alimentação, respiração, excreção e reprodução dependem exclusivamente da água. Estes animais apresentam estruturas que o auxiliam nesses processos, como por exemplo, os coanócitos. 

Estratégias:
1) Apresentar figuras de diferentes poríferos para observação dos alunos;

2) Solicitar que os alunos levantem hipóteses sobre o habitat e a sobrevivência desses seres vivos (como se alimentam, como respiram e como se reproduzem, por exemplo);

3) Registrar na lousa uma lista com as hipóteses levantadas pelos alunos, discutindo-as e orientando a classe sobre a adequação ou não das respostas;

4) Dar uma aula expositiva sobre o assunto, utilizando recursos audiovisuais (como apresentação em power point ou transparências). 


Sugestões:
Essa atividade pode ser complementada com uma aula especial sobre esponjas. O professor pode levar esponjas para observação em classe. A seguir, pode apresentar um desenho do personagem Bob Esponja e solicitar que os alunos discutam a diferença entre a ficção e o conhecimento científico. Uma outra atividade possível é a elaboração de uma história em quadrinhos sobre as características dos poríferos e de outros invertebrados. 


Você encontra mais em: 

Aula Prática utilizando berinjelas para representar os poríferos (anatomia e circulação da água):

Aula-Filme: Documentário sobre ecossistemas aquáticos brasileiros, mostrando poríferos e cnidários:

AULA-FILME: BRASIL OCEÂNICO

Deixo aqui a dica de um documentário super interessante para ser assistido pela turma, com inúmeras possibilidades de explorações à nível fundamental e médio. Trata-se do Documentário EXPEDIÇÃO- BRASIL OCEÂNICO da Discovery Channel.
Como sugestão para o Ensino Fundamental, trabalhei com meus alunos essa ficha bem simples, mas que deixa registradas as impressões sobre o filme:
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CÂNDIDO GENRO

Relatório sobre o Documentário “Brasil Oceânico” da Discovery Channel 

Grupo: _____________________________________________________________________         Turma: ______

Disciplina: Ciências           6ª. Série      Profª. Daniela Gonçalves Oliveira                     Data: ____/____/______

Objetivos:
¡  Observar, conhecer e reconhecer algumas espécies da fauna marinha.
¡  Visualizar diferentes tipos de Poríferos e Cnidários.

1. No documentário, apareceram vários tipos de animais, escolham quatro espécies que pertençam a diferentes filos e escrevam abaixo:




2. Descrevam os aspectos mais interessantes que vocês observaram:





Ficha Técnica e Sinopse do Documentário:


Título Original: Expedição Brasil Oceânico

Gênero: Documentário

Origem/Ano: BRA/2002

Duração: 101 min

Direção: Lawrence Wahba

Elenco:

Narrador: Lima Duarte



Sinopse: EXPEDIÇÃO BRASIL OCEÂNICO é dividido em dois episódios:

Oásis do Atlântico

Acompanhe a expedição da equipe de Lawrence Wahba à Ilha de Trindade e aos Penedos de São Pedro e São Paulo. Distante da costa brasileira, as ilhas estão localizadas a um terço da África. Conheça os mistérios das criaturas marinhas, plantas e animais terrestres (filmados pela primeira vez) que habitam estas ilhas. São belas imagens de golfinhos, moréias e tubarões (como o tubarão-baleia, maior peixe dos oceanos). É um Brasil desconhecido para os próprios brasileiros, por isso mesmo, perceba o porquê das tentativas de Wahba e sua equipe em convencer o Governo Brasileiro à declarar essas ilhas costeiras como reservas marinhas.

O Atol Esquecido

Desde 1993, o Atol das Rocas (distante 224 Km do porto de Natal - RN), localizado no Atlântico Sul, é monitorado por guarda-parques. Mas esta é a primeira vez que uma equipe consegue filmar no Atol. Rocas é um complexo composto por ilhas, canais que ligam a lagoa interna ao alto mar, piscinas de maré e muito mais. Descubra outros segredos da vida marinha e terrestre no Atol das Rocas, como o fantástico mero (uma garoupa gigantesca raramente vista), os filhotes de peixes lutando pela sobrevivência contra predadores e os mais de 150 mil pássaros (como atobás, viuvinhas e trinta-réis) que vivem sobre duas pequenas ilhas.

AULA PRÁTICA: ESTUDO DE CAMPO

Objetivo:
- Aprender a demarcar uma área de estudo e conhecer suas especificidades.
- Observar fatores bióticos e abióticos num "microecossistema". 
- Elencar os fatores bióticos e abióticos. 
- Identificar as possíveis relações ecológicas existentes nesse ambiente. 
- Registrar as devidas observações. 


Comentários:
O estudo de campo permite observar um determinado local e/ou situação, observando uma realidade e, se necessário, buscando soluções para um problema específico. 

Durante o estudo de campo é imprescindível que ocorra a pesquisa de campo, que compreende a observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, a coleta de dados referentes aos fatos e, finalmente, a análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. 

A pesquisa de campo exige que as técnicas de coleta de dados sejam apropriadas à natureza do tema e, ainda, à própria definição das técnicas que serão empregadas para registro e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição fatual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social. 


Materiais:
- roteiro de estudo elaborado previamente pelo professor; 
- prancheta; 
- caneta; 
- termômetro; 
- barbante; 
- vareta; 
- luxímetro (se a escola possuir); 
- sacos plásticos para as devidas coletas; 
- etiquetas para identificação; 
- pá de jardinagem; 
- máquina fotográfica e/ou celular para registro; 
- livros específicos sobre vegetação e animais encontrados nas áreas verdes. 


Estratégias:
1. O professor deverá verificar previamente as áreas verdes em que os alunos trabalharão. 

2. Organizar os alunos em grupos de 5 componentes. 

3. Disponibilizar um roteiro para cada aluno. (Veja abaixo sugestão para elaboração do roteiro.)

4. Explicar os procedimentos durante a realização do trabalho: 
a) Medir e marcar com barbante e vareta uma área de 1m2 (área de estudo de campo de cada grupo). 
b) Verificar o que se pede no roteiro, executar e registrar de diferentes formas: por escrito, em desenhos, fotografando, etc. 
c) Realizar a coleta de folhas caídas e/ou animais mortos, como insetos, por exemplo. 

5. Organizar as diferentes informações e buscar alguns dados específicos nos livros disponibilizados pelo professor. 

6. Pedir para que o grupo aponte brevemente o que foi mais significativo em seu estudo. Exemplos: uma planta que despertou a curiosidade, a sensação térmica, a quantidade de matéria orgânica no solo, animais encontrados, etc. 

7. Organizar um cartaz coletivo com as informações obtidas sobre os fatores bióticos e abióticos, e também sobre supostas relações ecológicas observadas no ecossistema escolar.

Modelo de Roteiro:

Local pesquisado:_________________________________________

Fatores abióticos observados:_______________________________

________________________________________________________

Temperatura
Horário
Valor observado em graus Celsius




Intensidade luminosa
Horário
Valor indicado no luxímetro e/ou observação
da incidência de luz





Fatores bióticos observados:_________________________________

_________________________________________________________

Relações ecológicas observadas:_____________________________

_________________________________________________________

Observar e anotar se a vegetação foi introduzida ou é nativa:

________________________________________________________

________________________________________________________

Registro através de desenho da disposição da vegetação:



Observar o solo, verificar se tem muita ou pouca matéria orgânica. (Para isso, cave um pequeno buraco).

________________________________________________________

Desenhar um animal observado e descrever suas características:




Animal:__________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________


Dicas de trabalhos:

Os alunos podem: 
1) Comparar a área verde da escola com o trajeto para sua casa ou bairro, por exemplo. 

2) Caso o bairro não apresente muitas árvores, a escola poderá fazer uma proposta para arborizá-lo. Vale lembrar a importância de conscientizar a comunidade local sobre essa ação. 


AULA PRÁTICA: VERTEBRADOS

Objetivos:
1) Observar e identificar as características morfológicas de cada classe dos vertebrados;

2) Reconhecer e relacionar as características de cada grupo aos exemplares observados.


Comentário:
Os animais vertebrados apresentam algumas características em comum, enquanto outras são bem específicas. Por exemplo: os peixes são aquáticos, sua morfologia e suas adaptações para esse ambiente são determinantes para sua sobrevivência; os anfíbios dependem da água para respiração e reprodução; os répteis foram os primeiros a conquistarem o ambiente terrestre e, para isto, se adaptaram muito, como realizar reprodução sexuada com postura de ovos com casca. Já as aves apresentam penas, bico, adaptações para o vôo, enquanto os mamíferos apresentam glândulas mamárias, sebáceas, sudoríparas, pêlos, diafragma etc. 
As semelhanças e diferenças entre os grupos foram se aprimorando conforme sua adaptação ao ambiente e sua evolução. 
Algumas destas características podem ser observadas e comparadas nesta aula, despertando, assim, a curiosidade. 


Materiais:
O professor deverá pedir aos alunos para providenciar um exemplar, no mínimo, de cada classe. Por exemplo: 

a) Um peixe (observado em um aquário ou um inteiro do supermercado); 

b) Um anfíbio (rã); 

c) Um réptil (jabuti, tartaruga); 

d) Uma ave (periquito); 

e) Um mamífero (hamster, porquinho-da-Índia); 

f) Ração para os animais; 

g) Jornal e/ou serragem. 



Estratégias:
1) Levar os animais para o laboratório de ciências ou outro espaço da escola;

2) Colocar cada exemplar, providenciado previamente, em uma bancada;

3) Orientar os alunos, antecipadamente, sobre sua conduta em relação aos animais (barulho, movimento brusco etc.);

4) Elaborar um relatório para observação dos exemplares, a fim de que o grupo olhe, discuta com os colegas e registre suas descobertas;

5) Discutir, com os alunos, quais são as características marcantes de cada grupo, sistematizando as informações na lousa, certificando-se da realização do registro. 


Sugestões e dicas:

O professor poderá solicitar pesquisa em livros sobre alguns animais curiosos, como por exemplo, o ornitorrinco, a équidna, o morcego, a baleia etc. 

Também poderá propor uma pesquisa sobre algum animal pelo qual o aluno se interesse. Ele apontará suas descobertas, podendo trazer ilustração e outros dados interessantes. 

AULA PRÁTICA: O ESTUDO DAS BACTÉRIAS


Objetivos:
1) Conhecer as bactérias e suas diferentes funções;

2) Reconhecer a importância das bactérias para a vida;

3) Relacionar as diferentes aplicabilidades às bactérias. 


Comentário:
As bactérias são seres vivos que pertencem ao Reino Monera e que têm característica exclusiva. Elas apresentam célula procariótica, ou seja, seu material genético fica espalhado pelo citoplasma.
Apesar de serem relativamente simples, as bactérias realizam papéis de suma importância para o ambiente, para a vida e sua manutenção, melhorando assim a qualidade dela. 



Estratégias:
1) O ponto de partida será a leitura de dois textos encontrados no site Educação: 



2) A leitura deverá ocorrer na sala de aula, sendo realizada em voz alta por alguns alunos, enquanto os outros acompanham; 

3) Ao término, o professor fará alguns questionamentos, do tipo: 
a) Como é o corpo de uma bactéria? 
b) Qual é o tamanho dela? 
c) Quais são suas utilidades? 
d) Em que elas nos ajudam? 

4) O professor poderá selecionar livros com diferentes imagens e informações, a fim de que os alunos descubram as respostas referentes aos questionamentos. 

5) Organizar na lousa as informações encontradas, pedindo para que os alunos as registrem em seu caderno. 



Sugestões e dicas:
1) Construir uma bactéria através de garrafas pet e outros materiais, identificando as estruturas de seu corpo. 

2) Pode-se finalizar este conteúdo, juntamente com o Reino Fungi, por meio de um café da manhã à base de micro-organismos (fungos e bactérias), pedindo que cada aluno traga determinado alimento, como por exemplo: 
·queijo gorgonzola (fungos); 
·pão (fungos); 
·iogurtes (bactérias) etc.

AULA PRÁTICA SOBRE FUNGOS


Objetivos:
1) Observar e diferenciar os fungos comestíveis;

2) Participar, questionar e levantar hipóteses durante a execução da atividade prática;

3) Entender o método científico e suas etapas. 


Comentário:
Os fungos são seres vivos que nos prejudicam causando doenças, como a micose, mas também nos beneficiam, pois são amplamente utilizados em nossa alimentação, como por exemplo, os cogumelos, o fermento biológico, o queijo gorgonzola, etc. 


Material:
1) O professor deverá adquirir previamente, diferentes tipos de cogumelos (shitake, pleurotus, shimeji, champignon) e fermento biológico. Cada grupo de alunos deve ter:
a) 1 Lupa; 
b) 1 Becker; 
c) 2 colheres de açúcar;
d) H2O morna; 
e) Lâmina; 
f) Microscópio. 


Estratégias:
1) O professor deverá separar o material (um cogumelo inteiro e um pela metade de cada tipo) em cada bancada do laboratório e um tablete de fermento biológico. Também colocará o Becker, o açúcar e a água. 

2) Posteriormente, pedirá aos alunos que misturem o açúcar ao fermento, mexendo bem. Por último, será acrescentada a água. Deve-se mexer bem e deixar descansar. 

3) Neta etapa, os alunos devem observar os cogumelos a olho nu e através da lupa, verificando a formação do chapéu, cores, cheiros, etc. e farão anotações em seu caderno ou no relatório de observação.

4) Após terminarem os registros da observação dos cogumelos, o grupo verificará o Becker, descrevendo-o e levantando hipóteses para o ocorrido. 

5) Após a discussão de hipóteses, os alunos devem preparar uma lâmina com o líquido do Becker, observar e relatar o ocorrido. 


Sugestões e dicas:
O professor poderá produzir uma massa de pão ou de pizza, para explicar a reação química ocorrida (Açúcar = Álcool etílico + CO2 + calor). A partir do açúcar e do calor inicial (água ou leite morno), o fungo transforma-se nas substâncias citadas anteriormente, sendo que o álcool evapora ao assar o pão e o CO2 é o responsável pelo crescimento da massa.

OS FUNGOS A NOSSO SERVIÇO

Quando ouvimos falar em biotecnologia, pensamos logo nas técnicas modernas de manipulação do DNA, como a engenharia genética e as sementes transgênicas. Contudo, a biotecnologia é muito mais antiga: há muito tempo o ser humano manipula microrganismos, criando produtos como o vinho e outras bebidas alcoólicas e o pão. Além, é claro, de vários antibióticos. E os fungos estão entre os principais microorganismos a nosso serviço.
Os fungos alimentam-se de substâncias orgânicas de folhas mortas, de cadáveres e de resíduos. Eles realizam a decomposição dessas substâncias e, dessa forma, contribuem para a reciclagem da matéria no planeta.
Algumas de suas formas são unicelulares, como o levedo. A maioria, porém, é formada por várias células, como os conhecidos cogumelos - alguns deles são muito apreciados na culinária; outros, porém, produzem substâncias venenosas. E somente especialistas podem identificar se um fungo é tóxico ou não.

Os fungos podem ser aeróbios - quando utilizam o gás oxigênio do ar para liberar energia do alimento - ou anaeróbios, quando realizam um processo chamado fermentação. Na fermentação, os fungos conseguem energia sem utilizar oxigênio. E é justamente nesse processo que diversos produtos úteis ao ser humano são fabricados.
Uma curiosidade: a maior forma de vida da Terra parece ser um fungo gigante com uma enorme rede de filamentos que se estende embaixo da terra, abrangendo uma área equivalente a 47 estádios do Maracanã.


A produção de álcool e pão

Na produção de álcool, de pão e de bebidas alcoólicas usamos um fungo conhecido como levedo (Saccharomyces cerevisiae). O processo é chamado de fermentação alcoólica e libera, além do álcool, gás carbônico (esse gás pode ser mantido na bebida, como no champanhe e na cerveja).
O vinho é produzido a partir  da fermentação do açúcar da uva; a cerveja resulta da fermentação da cevada; a cachaça tem origem na fermentação da cana-de-açúcar.
O fungo morre quando o nível de álcool chega a cerca de 12%. Por isso, no caso de bebidas de alto teor alcoólico, este nível é aumentado por meio da destilação.
O levedo é encontrado também no fermento de padaria e faz crescer a massa do pão pela produção de gás carbônico. As bolhas desse gás fazem a massa ficar fofa. Tanto o álcool como o gás carbônico acabam sendo eliminados da massa pelo calor do forno.
Alguns fungos defendem-se de predadores através da produção de substâncias químicas que matam ou inibem o crescimento de bactérias e outros seres vivos. Algumas dessas substâncias são usadas na produção de antibióticos.


Antibióticos e outros medicamentos

O primeiro antibiótico foi descoberto pelo cientista escocês Alexander Fleming (1881-1955). Fleming estava cultivando bactérias em placas de vidro quando observou que uma das placas tinha sido contaminada por fungos. Ele observou também que as bactérias não cresciam ao redor da região onde estava o fungo.A partir dessa observação, Fleming pode verificar que o fungo, da espécie denominada Penicillium, tinha a propriedade de inibir a reprodução das bactérias. Estava aberto o caminho para produção da substância denominada penicilina.
Muitos medicamentos são extraídos de fungos. Por exemplo: a ergotamina, usada para controlar sangramentos e estimular contrações musculares no parto; a ciclosporina, que reduz as reações imunológicas do corpo e é, por isso, importante nos transplantes de órgãos.
E, embora as bactérias sejam as preferidas para a produção de medicamentos pela engenharia genética, cientistas norte-americanos conseguiram fazer recentemente com que o levedo produzisse proteínas para fins terapêuticos semelhantes às proteínas humanas, utilizando as mesmas técnicas de engenharia genética.


Bioinseticidas

Os fungos também podem ser usados como controle ou combate biológico, uma técnica de combate a pragas. Por meio de seleção e melhoramento genético, pesquisadores da Universidade de São Paulo conseguiram espécies (Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana) que parasitam e matam insetos que atacam as plantações no Brasil. A vantagem do combate biológico é que ele é mais específico que os agrotóxicos: os insetos úteis (como os polinizadores e os predadores das pragas), além de outros animais, não são afetados por eles.


Fungos versus ser humano

Fungos podem ser benéficos ao ser humano, mas também podem trazer prejuízos. Eles atacam plantações, destroem alimentos estocados, roupas, papéis, couro e outros produtos. E há ainda fungos parasitas que se instalam em nosso corpo e causam doenças - as micoses, como a frieira, a candidíase (o popular "sapinho"), entre outras.
Os fungos do gênero Aspergillus, por exemplo,  produzem substâncias tóxicas, as aflatoxinas, que podem provocar câncer de fígado no ser humano. Eles podem se desenvolver em alimentos armazenados em locais úmidos, como milho, trigo e amendoim. Por isso, uma vigilância sanitária constante é necessária, a fim de detectar os níveis de aflatoxina nesses produtos.


Preservar a biodiversidade

Do ponto de vista da ciência, a natureza não existe para servir ao ser humano. Fungos, assim como todos os organismos do planeta, apresentam adaptações que permitem sua sobrevivência e reprodução. Muitos fungos produzem substâncias tóxicas para combater outros seres vivos. Muitas dessas substâncias acabam sendo transformadas em medicamentos para o ser humano. Assim, embora não houvesse nenhuma "intenção" por parte do fungo (ou de qualquer outro ser vivo) de nos ajudar, é isso que acaba acontecendo em muitos casos: basta pensar nas vidas salvas pelos antibiótiocs. A conclusão é que preservar a biodiversidade do planeta é preservar também a espécie humana.