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2 de junho de 2020

A FLORESTA COM ARAUCÁRIAS

        A Floresta com Araucárias, chamada cientificamente de Floresta Ombrófila Mista, é uma das Fitofisionomias Florestais que compõem o bioma Mata Atlântica. Originalmente ocupava cerca de 200.000 Km , dos estados do Sul e Sudeste do Brasil, principalmente nos planaltos, regiões onde predomina o clima subtropical.




         Originalmente a Floresta com Araucária ocupava cerca da 40% do território do Paraná, 30% de Santa Catarina e 25% do Rio Grande do Sul. Também ocorria em maciços descontínuos, nas partes mais elevadas das Serras do Mar, Paranapiacaba, Bocaina e Mantiqueira, no sudeste e nordeste de São Paulo, noroeste do Rio de Janeiro e Sul de Minas Gerais e no leste da Província de Misiones (Argentina).

        A Floresta com Araucárias é caracterizada pela presença predominante do Pinheiro Brasileiro (Araucaria augustifolia). Árvore de tronco cilíndrico e reto, cujas copas dão um destaque especial à paisagem, a araucária chega a viver até 700 anos, alcançando diâmetro de dois metros e altura de até 50 metros. No sub-bosque da floresta ocorre uma complexa e grande variedade de espécies, como a canela sassafrás, a imbuia, a erva-mate e o xaxim, algumas das quais endêmicas.

        No Paraná, onde é a árvore símbolo do Estado, a araucária é conhecida como pinheiro-do-paraná. No passado, as sementes de pinheiro serviram de alimentação para os índios e ainda hoje os pinhões são muito consumidos nas festas juninas do Sul do Brasil.

        "A Araucaria angustifolia é uma das espécies mais antigas da flora brasileira, passou por diversos períodos geológicos, foi submetida às mais drásticas mudanças climáticas, conviveu com invasões e retrações marinhas, extinções de seres, mas no curto tempo de duas gerações humanas, não está resistindo às queimadas, ao fio de machados e motosserras, disputas de terras, ausência de políticas públicas estratégicas, e à imperiosa cultura humana de domínio e posse" ( Koch&Correa, 2002).


Floresta Ameaçada

    A qualidade da madeira, leve e sem falhas, fez com que a araucária fosse intensamente explorada, principalmente a partir do início do século XX. Calcula-se que entre 1930 e 1990, cerca de 100 milhões de pinheiros tenham sido derrubados. Nas décadas de 1950 e 1960, a madeira de araucária figurou no topo da lista das exportações brasileiras. Atualmente a Floresta com Araucárias
está à beira da extinção. Restam menos de 3%de sua área original, incluindo as florestas exploradas e matas em regeneração. Menos de 1%da área original guarda as características da floresta primitiva, ou seja, são áreas pouco ou nunca exploradas.

        A extrema vulnerabilidade da Floresta Ombrófila Mista é confirmada pelo Atlas " A Floresta com Araucária no Paraná" (PROBIO/MMA/FUPEF/2004), que registra, no Estado, apenas 0,8% de remanescentes em estágio avançado de regeneração, guardando as condições e características originais, enquanto que os remanescentes secundários e descontínuos somam somente 14,6%. Esta situação é cotidianamente agravada pela exploração ilegal da madeira e pela conversão da floresta em áreas agrícolas e reflorestamentos de espécies exóticas como o Pinus , aumentando ainda mais o isolamento e insularização dos remanescentes. A mesma pressão é exercida sobre os campos naturais associados à Floresta Ombrófila Mista, agravando ainda mais a situação desse ecossistema.



28 de dezembro de 2016

GOVERNO DO RS EXTINGUE A FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA

O governador do RS José Ivo Sartori (PMDB) propôs a extinção da Fundação Zoobotânica do RS (FZB/RS) e a Assembleia Legislativa aprovou.




A decisão causou revolta e repudio por parte de diversas entidades e associações ligadas ao Meio Ambiente e profissionais da área, Conselho Regional de Biologia, Juízes ambientais de vários estados, universidades, entre outros. Para estes, a Fundação Zoobotânica exercia papel estratégico na preservação da biodiversidade, realizando, entre muitas atividades, pesquisas de fauna e flora; inventários e diagnósticos de ecossistemas; recuperação em áreas degradadas; reposição florestal; preservação do patrimônio fóssil; conscientização ambiental, além de administrar o Jardim Botânico, o Parque Zoológico de Sapucaia do Sul e o Museu de Ciências Naturais.


Para compreender melhor o quão significativa será a perda da FZB, compartilho aqui uma reportagem feita pela Sul21, em http://www.sul21.com.br/jornal/entenda-o-que-pode-significar-para-o-estado-a-extincao-da-fundacao-zoobotanica/,publicada em 13/12/16, enquanto a extinção da Fundação ainda não havia sido aprovada.


Neste texto, fica explícito toda real importância da FZB para a preservação da biodiversidade do Rio Grande do Sul e o retrocesso socioambiental que sua extinção promoverá.


Entenda o que pode significar para o Estado a extinção da Fundação Zoobotânica


Jaqueline Silveira
Prevista para ser extinta no pacote do governo José Ivo Sartori (PMDB) em nome do ajuste fiscal, a Fundação Zoobotânica (FZB) está presente na comunidade, por meio dos serviços prestados, embora, muitas vezes, a própria sociedade desconheça esse trabalho. O biomonitoramento da qualidade do ar que respiramos todos os dias, por exemplo, é feito pela FZB. Já o horto florestal, mantido pela fundação dentro de uma área de 640 hectares do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, é um sopro de ar puro em meio aos núcleos urbanos cercados de concreto. Ao mesmo tempo, é um oásis que ameniza a temperatura escaldante nos dias mais quentes – estudos apontam que a temperatura nessa região é 8ºC menor devido à preservação da área verde.
É a fundação, ainda, que fornece o veneno usado para a produção do soro antiofídico, usado para tratar pessoas picadas por cobras no Estado. Os animais apreendidos em virtude do tráfico ou provenientes de resgates também contam com o auxílio da FZB. Todos são levados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Zoológico, onde recebem os cuidados de tratadores, biólogos e médicos veterinários. Só em 2015, o Cetas recebeu cerca de 2 mil animais. Atualmente, há aproximadamente 350 animais apreendidos ou resgatados. “O Cetas é um órgão muito importante para o Estado”, frisou Josy Matos, presidente da Associação de Funcionários da FZB, sobre o trabalho que é de responsabilidade do governo.


Diferentes frentes de atuação
Essas ações em diferentes frentes são uma pequena amostra do trabalho da Fundação Zoobotânica, tocado por 198 funcionários. Constituída, além do Zoológico de Sapucaia do Sul, pelo Museu de Ciências Naturais e o Jardim Botânico, a FZB é responsável, ainda, pelo auxílio nos licenciamentos, pela elaboração da lista de espécies da flora e da fauna em extinção no Rio Grande do Sul e por laudos paleontológicos. Somado a isso, é a única instituição estadual responsável pela preservação da biodiversidade do Rio Grande do Sul e pela execução da política de educação ambiental, atendendo 150 mil alunos por ano.
Com a extinção, o trabalho hoje feito pela FZB tende a ficar prejudicado, já que, de acordo com o projeto do Piratini, as atividades serão assumidas por um departamento da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, à qual a fundação é vinculada, e os funcionários da fundação, que são celetistas, serão demitidos. Como a pasta não teria suporte e nem um quatro técnico específico para desempenhar essas atividades, a extinção da FZB aponta para prejuízos tanto ao meio ambiente quanto à qualidade de vida dos gaúchos. “Não tem especialista, o trabalho que nós desenvolvemos é muito específico”, explicou a presidente da Associação dos Funcionários da FZB, sobre o fato de a Secretaria do Ambiente assumir o trabalho.
Dos 198 funcionários da fundação, 194 são técnicos, 43 deles pesquisadores. Só quatro são cargos em comissão (CC). Recentemente, a promotora da Promotoria da Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre Ana Marchesan demonstrou preocupação com o fim da FZB, depois de uma reunião com funcionários e ambientalistas. A fundação, justificou ela, tem um quadro técnico de alto nível e faz “trabalhos indelegáveis”, já que seus funcionários têm a “expertise” para desempenhar tais atividades. “Nós temos uma posição bem clara: contrária à extinção da fundação”, afirmou Ana, na ocasião.

Instituto carioca usa veneno da FZB para soro
Uma das instituições beneficiadas com o trabalho da FZB é o Instituto Vital Brazil de Niterói, no Rio de Janeiro, produtor de soro antiofídico. A fundação é a única instituição da Região Sul que fornece o veneno ao instituto. Comparadas às cascáveis do restante do país, conforme o pesquisador do Vital Brazil Carlos Corrêa Netto, as cobras dessa espécie encontradas no Rio Grande do Sul apresentam um componente peculiar na composição do seu veneno, dificultando ao instituto obtê-lo caso se confirme a extinção da FZB. “É retroceder em qualidade, a gente vai ter dificuldade de obter o veneno”, comentou Netto.
A partir dessa peculiaridade, o soro produzido e aplicado nas pessoas picadas por cascavel no Estado é muito mais eficiente em relação ao medicamento fabricado com veneno proveniente de outra região. “Esse soro não vai ser tão eficiente, por isso da importância (extração do veneno pela FZB)”, esclareceu a bióloga Maria Lúcia Machado Alves, que trabalha no Núcleo Regional de Ofiologia de Porto Alegre (Nopa) do Museu de Ciências, onde fica o serpentário com mais de 300 cobras. “Eu vejo um retrocesso na ciência, principalmente pela dificuldade para a produção de antivenenos”, completou o pesquisador do Vital Brazil, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Netto alertou ainda que os funcionários da fundação têm “habilidade” para trabalhar com as serpentes. “Precisa ter uma experiência grande. Não dá para fazer a soltura no meio ambiente”, enfatizou a bióloga do Nopa, sobre o trabalho com as serpentes e o futuro das mesmas com a extinção da FZB. Com uma parceria que já dura oito anos, a fundação e o Vital Brazil, neste momento, realizam estudos sobre o veneno da cobra coral. A FZB também, segundo o professor, tem um papel relevante na educação ambiental. “(A fundação) tem um papel social não só na produção de veneno, mas em educação ambiental”, avaliou ele, lamentando a possibilidade de extinção da instituição ambiental. A extinção prejudicará, ainda, a produção de pesquisas, na opinião de Netto. “Se fechar a Fundação Zoobotânica, compromete o desenvolvimento científico do Estado”, concluiu Netto.

Orçamento pequeno
O recurso destinado à fundação – cerca de R$ 26 milhões por ano – representa 0,04% do montante total do Estado, que em 2016 é de R$ 63,4 bilhões. Dos R$ 26 milhões, R$ 18,6 milhões são para o pagamento da folha e dos encargos dos 198 funcionários e R$ 8,8 milhões são para manutenção do Jardim Botânico, do Museu de Ciências e do Zoológico. Como a FZB tem uma receita anual de R$ 5,2 milhões, que vem de consultorias, de pareceres e laudos elaborados, entre outros serviços, o Estado destinaria aproximadamente R$ 20 milhões, o que, na opinião dos servidores, não seria um valor significativo diante da importância do trabalho da instituição ambiental à sociedade.

Argumento do governo
Já o governo do Estado argumenta que o Plano de Modernização do Estado (PME), que inclui a extinção de nove fundações, é necessário para que o Piratini possa investir os recursos em áreas essenciais, como saúde, educação, segurança, infraestrutura e social. Entretanto, as verbas economizadas com o fim dos nove órgãos, que somariam R$ 137,1 milhões ao ano, só serão revertidas, por exemplo, em asfalto e contratação de mais policiais, depois que o Piratini equilibrar as contas.
O Zoológico, conforme o governo, registra um gasto com pessoal de R$ 474 mil, valor que corresponderia a 30% das despesas com a folha de pagamento da FZB, e passará a ser administrado por uma parceria público-privada. Por ano, o parque, que possui 79 funcionários, recebe aproximadamente 620 mil pessoas, 200 mil são estudantes. Apesar da concessão, a Secretaria do Ambiente garante que o trabalho não será comprometido. “O Jardim Zoológico será mantido e continuará acessível a todos os gaúchos. E os cuidados com os animais estarão assegurados, pois a concessão será apenas para a gestão do parque”, promete a titular da pasta, Ana Pellini.

Conceito A do Jardim Botânico
Já o Jardim Botânico e o Museu de Ciências Naturais ficarão sob a gestão da secretaria, que criará um departamento para absorver as inúmeras atividades hoje de responsabilidade da FZB, e seu patrimônio será revertido para o Estado. Os três órgãos, de acordo com Ana Pellini, são bens públicos e “merecem ser preservados com as características que possuem.” Entretanto, os funcionários projetam que o trabalhado realizado pelos técnicos da FZB ficará comprometido. Com conceito A, ao lado de somente mais quatro espaços no país, o Jardim Botânico, por exemplo, pode não conservar suas características, caso não receba os cuidados adequados de especialistas, alertou a presidente da Associação dos Funcionários da FZB. Isso porque o espaço não se limita a áreas de lazer, mas tem por finalidade a realização de pesquisas, conservação de espécies raras e ameaçadas e manutenção de reservas genéticas.
“O Jardim Botânico pode deixar de ser Jardim e virar um Parque da Redenção”, avisou Josy, sobre as consequências de não contar com o cuidado de um quadro técnico especializado. Com 39 hectares distribuídos numa área nobre de Porto Alegre e de valorização imobiliária, o local possui um banco de sementes de grande importância tanto para pesquisas da própria fundação e de instituições acadêmicas (UFRGS e PUCRS), quanto para a produção de mudas de espécies nativas em extinção no Estado e que são usadas para a recuperação de áreas degradadas.



Museu abre as portas para a comunidade
Já o Museu de Ciências Naturais realiza uma série de atividades focadas na educação ambiental em escolas e lugares públicos, por meio dos projetos Museu vai à escola e Ciência na praça. O museu também abre as portas para a população conhecer o trabalho realizado no local e, ainda, recebe escolas e universidades. Além disso, há uma intensa produção de pesquisas científicas. Atualmente, os especialistas na área estão engajados no desenvolvimento de 54 projetos de pesquisa em diversas áreas, como de monitoramento de fauna e flora, ecologia, taxonomia, sistemática, paleontologia.
Diante das inúmeras atividades realizadas e serviços prestados à comunidade pela instituição ambiental, os funcionários consideram irrisória a economia pregada pelo Estado para o fechamento das portas da FZB. Isso porque, conforme a analista bióloga da instituição Janine Oliveira Arruda, o Estado terá de repassar serviços à iniciativa privada com um custo bem mais elevado. “Não vai ter economia nenhuma. Os serviços que a fundação presta à sociedade terão de ser contratados pela iniciativa privada”, sustentou ela. Em documento entregue aos deputados para justificar a manutenção da fundação, os trabalhadores fizeram um comparativo entre os valores cobrados pela FZB e pela iniciativa privada. Na elaboração dos planos de manejo, por exemplo, o Estado economizaria uma média de quase R$ 5 milhões com o trabalho hoje realizado pela instituição pública. Também, enfatizou a analista, como será criado um departamento para tocar as atividades, será inviável a captação de recursos.

Votação do projeto ocorre neste mês
O projeto de extinção da FZB e das demais fundações será votado ainda neste mês. Diretora do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi), ao qual a FZB está vinculada,  Mara Feltes disse que “o pacote faz mudanças severas na estrutura do Estado” e que, por esse motivo não pode ser avaliado em 30 dias, tempo que tramitará no legislativo gaúcho. No caso específico das fundações, afirmou a dirigente sindical, essas instituições têm uma grande importância devido “à captação de recursos e ao acúmulo de saber” não podendo ter o futuro decidido num período tão curto. Ela também criticou a versão dada pelo Estado para promover as extinções: “O que o governo diz para a sociedade está muito longe do que é verdade, da realidade.”
Se o projeto de extinção da FZB for aprovado na Assembleia Legislativa, as inúmeras atividades, distribuídas em diferentes frentes de atuação, ficarão limitadas a um departamento da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento e a seus servidores.

Trabalho que só a FZB faz:

É a única instituição do sul do Brasil fornecedora de veneno para produção de soro antiofídico
– Faz pesquisas sobre a descrição de novas espécies de plantas e animais, realiza inventários biológicos, o manejo de animais peçonhentos visando à produção de soro antiofídico
– Faz biomonitoramento da qualidade do ar, da recuperação de ambientes degradados, do impacto de estradas sobre a fauna, da proliferação de algas tóxicas, do efeito de espécies parasitas e exóticas invasoras, da fauna fóssil e muitos outros
– É única instituição pública estadual que realiza o monitoramento da qualidade do ar utilizando organismos vivos como indicadores de índices de poluição atmosférica
– É o único órgão no Estado que mantém acervos vivos de espécies da flora raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, cujo resguardo requer cuidados e manejo especializados
– Mantém, por meio do Jardim Botânico, banco de sementes representativo da flora de todo o Rio Grande do Sul, para fins de pesquisa e melhoramento do manejo de sementes visando ao repovoamento e à restauração de ambientes degradados
– Realiza laudos para detectar florações de algas tóxicas em reservatórios de abastecimento de água à população e outros mananciais, atendendo demandas de prefeituras e órgãos públicos
– Oferece treinamentos específicos no manuseio de animais silvestres e peçonhentos a agentes de fiscalização da Polícia Ambiental do Estado e de outros órgãos públicos de controle, assim como a criadouros de animais
– Elabora a pedido dos poderes Executivo e Judiciário pareceres e laudos sobre questões relacionadas à fauna, à flora e ao meio ambiente
– Elabora laudos paleontológicos
– Coordena a elaboração das listas da fauna e da flora em extinção no Rio Grande do Sul e propõe medidas para a sua conservação
–Treinamento de agentes ambientais no manuseio de animais silvestres e peçonhentos
– Auxilia nos licenciamentos
–Execução da política estadual de educação ambiental

Movimentação financeira da FZB
Orçamento – R$ 26 milhões, representa 0,04% do orçamento total do Estado, de R$ 63,4 bilhões
Folha de pagamento e encargos dos 198 funcionários– R$ 18, 6 milhões
Manutenção do Zoológico, Jardim Botânico e Museu de Ciências Naturais – R$ 8,8 milhões
Receita (recurso do trabalho prestado pela fundação) – R$ 5,2 milhões

A FZB em números
Funcionários – 198, só quatro ocupam cargos em comissão
Técnicos de pesquisa – 43 (33 biólogos, 3 engenheiros agrônomos, 3 engenheiros florestais, 2 veterinários, químico e 1 paleontólogo
– 70% do quadro técnico possui doutorado
Coleções científicas do Museu de Ciências Naturais – 500 mil exemplares, entre plantas, animais e fósseis
Coleção de plantas vivas do Jardim Botânico – mais de 1.000 espécies e dezenas de milhares de exemplares
Animais do Parque Zoológico – 1.065 animais
Plantel do serpentário – Mais de 300 serpentes
Acervo da biblioteca – cerca de 13 mil livros e 1.300 títulos de periódicos científicos

O que o Estado perderá com a extinção da FZB?
– Mais de R$ 3 milhões de reais captados em projetos de pesquisa nos últimos 5 anos
– R$ 884 milhões de reais captados para o Estado em apenas dois grandes projetos internacionais
– Todos os veículos novos da FZB adquiridos com recursos de projetos de pesquisa próprios
– Corpo técnico altamente qualificado: 70% possui titulação de doutorado
– Serviços prestados pela FZB ao Estado apresentam valores inferiores aos do mercado

5 de julho de 2014

COSTA RICA: FENÔMENO VERDE MUNDIAL




Não é só no futebol que a Costa Rica surpreende. Com inovação, planejamento e boa gestão, este pequeno país da América Central mandou para escanteio uma das maiores taxas de desmatamento do mundo, transformando-se em exemplo de conservação ambiental e disputado destino de ecoturismo.

Na década de 70, quase 80% da cobertura florestal da Costa Rica havia praticamente desaparecido para dar espaço à criação de gado para produção de carne bovina, que tinha como principal comprador (e financiador) os Estados Unidos.

Mas isso é passado. Atualmente, mais da metade da cobertura florestal existente no país encontra-se sob a proteção de parques nacionais, reservas biológicas, ou refúgios de vida silvestre.

A vitória nessa seara só foi possível graças aos esforços do governo e da sociedade nos últimos 20 anos, a começar pela implementação de um programa de pagamento por serviços ambientais (PES).

Remunerar produtores rurais familiares e comunidades tradicionais, com o objetivo de incentivar uma mudança de comportamento para conservação da natureza, é o cerne do pagamento por serviços ambientais.

Instituído na Lei de Florestas da Costa Rica, em 1996, o programa é financiado por um imposto de energia, principalmente sobre combustíveis fósseis.

Este programa formou a base para o protagonismo do país no programa REDD+, mecanismo que busca reconhecer a contribuição das florestas em mitigar mudanças climáticas através do sequestro de carbono.

Além da fotossíntese, que captura o gás carbônico (CO2) da atmosfera, as plantas e árvores ajudam a fixar o carbono no solo. Quando são derrubadas, este carbono no subsolo é liberado.

É aí que o REDD+ , compensando países em desenvolvimento por emissões evitadas por aumento do estoque de carbono.

O sucesso dessas investidas demonstrou que desenvolvimento social e econômico pode ser importante para diminuir o desmatamento, conforme destaca relatório recente da Union of Concerned Scientists, que reconhece a Costa Rica como um campeão no combate ao desmatamento.

Mudanças no mercado internacional também ajudaram a reverter as taxas de desmatamento, segundo o estudo.

O colapso das exportações de carne bovina na década de 80, por exemplo, impulsionou a criação e expansão de áreas protegidas em larga escala no nordeste do país, uma região dominada pela criação de gado desde os tempos coloniais.

Em paralelo, o país descobriu seu potencial para o ecoturismo, um setor fundamental para a economia costa-riquenha.

Todos os anos, milhões de turistas visitam o país, atraídos pelos encantos naturais e diversos como suas cordilheiras, vulcões, reservas ambientais, praias e resorts no Pacífico e no Caribe.

Pensa que a Costa Rica se dá por satisfeita? Nada disso.

No ano passado, surpreendeu o mundo ao anunciar que fecharia seus dois zoológicos estatais para transformá-los em jardins botânicos.

Sua meta mais ambiciosa é tornar-se um país neutro em carbono, com pelo menos 100% das suas emissões que causam o aquecimento global equilibradas pelo sequestro de carbono até 2021.





Fonte: Revista Exame

28 de setembro de 2013

POR QUE É FUNDAMENTAL CONSERVAR A BIODIVERSIDADE

Conteúdos específicos: Evolução e conservação da biodiversidade e hotspots.

Objetivo: Compreender a importância da biodiversidade.

Ano:  8º e 9º anos

Tempo estimado: Duas aulas de 50 minutos


Leia mais no site do Planeta Sustentável:

Introdução:
Montanhas cobertas pela floresta tropical intocada, abrigando centenas de espécies animais e vegetais, muitas delas até então desconhecidas ou consideradas extintas. Essas palavras fazem lembrar o romance O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle. Mas elas se referem à região montanhosa de Foja, na ilha de Nova Guiné (Indonésia) um santuário ecológico descrito por um pesquisador como "o mais próximo do Jardim do Éden que se pode encontrar na Terra". A área compreende a maior extensão contínua de florestas tropicais preservadas da Ásia, graças sobretudo ao fato de as populações humanas locais possuírem excelentes condições de caça e pesca no litoral, sem precisarem recorrer às vizinhanças montanhosas.

No entanto, MUNDO ESTRANHO informa que outras regiões da Indonésia a mata tropical praticamente desapareceu. Ao lado da Malásia e de muitas ilhas do Sudeste Asiático, essas áreas devastadas do país integram o vasto hotspot de Sundaland, no qual mais de 90% da cobertura original já foi destruída. A revista apresenta um mapa com este e outros nove pontos críticos da biodiversidade.

O aprofundamento dessas informações serve para complementar o que os jovens já conhecem sobre o assunto. E permite ainda uma abordagem mais ampla, com o objetivo de ressaltar a importância da aplicação das noções de evolução nas questões relacionadas à conservação ambiental.

Desenvolvimento:

1ª aula
Destaque a riqueza da idéia de espécie como categoria classificatória. Nos estudos sobre preservação da biodiversidade, é fundamental ter clareza a respeito desse conceito e de suas questões controversas. Do ponto de vista biológico, uma espécie é um conjunto de indivíduos capazes de intercruzamento e produção de descendência fértil, afastados reprodutivamente de outros grupos. Esse aspecto do isolamento pode ser explorado lembrando que tal condição e a conseqüente ruptura do intercruzamento são o ponto de partida para a formação de uma espécie. Um exemplo de onde isso se deu: as ilhas oceânicas visitadas por Darwin. Nelas, o isolamento produziu uma série de espécies únicas, o que chamou a atenção do naturalista inglês e, mais tarde, tornou-se uma das evidências para a teoria de evolução por seleção natural.

Nesse momento, é possível abordar o conceito de espécie endêmica, aquela restrita a determinada localidade ou região. Mostre que o endemismo é grande em áreas cuja particularidade geográfica separou certas populações das demais caso das ilhas oceânicas. O fenômeno também ocorre em Madagascar, Sri Lanka, Austrália, Nova Zelândia, Nova Caledônia, Havaí e Fernando de Noronha. Apresente fotografias de espécies desses lugares. Isso vai servir de apoio para uma discussão sobre as questões relacionadas à conservação da biodiversidade insular.

Lembre que podem existir espécies endêmicas em regiões continentais marcadas por geomorfologias particulares. Altas elevações, vales profundos e áreas isoladas por climas locais se encaixam nessa definição. Na América do Sul, temos, entre outros casos curiosos, a faixa de montanhas em Roraima. Informe que O Mundo Perdido foi inspirado nas narrativas do botânico inglês Everard Im Thum, explorador do Monte Roraima, santuário ecológico localizado entre o Brasil e a Venezuela.

2ª aula
Focalize o termo hotspot, usado na revista e neste plano de aula. Ele foi criado em 1988 pelo ambientalista britânico Norman Myers para resolver um dos maiores dilemas dos conservacionistas: quais os critérios para criar uma área de preservação? Quais os pontos mais importantes para a manutenção da riqueza de espécies na Terra?

Ao observar que a biodiversidade não está igualmente distribuída pelo planeta, Myers procurou identificar as regiões que concentram, nesse quesito, os mais altos níveis, e se perguntou onde as ações de conservação seriam mais urgentes. Esses locais os hotspots são, então, um tipo de pronto-socorro das espécies, áreas de rica biodiversidade e ameaçadas no mais alto grau, portanto prioritárias para os ambientalistas.

Peça que os alunos releiam as informações sobre os hotspots e, em especial, os critérios para defini-los. A Mata Atlântica e o cerrado estão nessa lista. Isso quer dizer que tais biomas têm pelo menos 1500 espécies de plantas endêmicas que só existem neles e em nenhuma outra parte e já perderam 70% ou mais da vegetação original. Proponha que a turma compare o mapa publicado na revista e o deste plano de aula, que é um recorte do que o site da Conservation International apresenta. Em ambos consta a Mata Atlântica, mas o cerrado aparece apenas no mapa da aula. Mostre que isso acontece porque MUNDO ESTRANHO relaciona os hotspots nos quais a vegetação foi destruída em pelo menos 90%, e o cerrado conserva 20% da cobertura original. Sugira pesquisas sobre o cerrado, para obter as informações apresentadas na revista: extensão original, extensão remanescente, espécies endêmicas ameaçadas e a principal ameaça. Vale a pena consultar o professor de Geografia para conseguir dados sobre a ocupação, o crescimento demográfico e as atividades econômicas dessa região.

Uma atividade complementar, que pode ser realizada nas aulas seguintes, consiste em selecionar alguns dos hotspots americanos e organizar seminários sobre eles, mostrando as características da biodiversidade local e os problemas relativos à sua conservação.

Fonte: Nova Escola

21 de setembro de 2013

TEXTO E ATIVIDADES SOBRE MIGRAÇÃO DAS BALEIAS-JUBARTE



Ano/série: 6º ao 7º ano

Área: Ciências

Possibilidade Interdisciplinar: Geografia e Língua Portuguesa

Objetivos:

  • Estabelecer relações entre as características e comportamentos dos seres vivos e as condições do ambiente em que vivem.
  • Compreender cadeias alimentares e outras relações, identificando desequilíbrios ecológicos produzido por intervenção humana.
  • Relacionar informações obtidas em diferentes fontes para construir argumentação consistente.


A CANTORA DOS SETE MARES

Por Milton Marcondes*
Abra os olhos! Quem visitar o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos até novembro terá um motivo a mais para ficar atento: além dos corais, peixes, tartarugas e aves marinhas que habitam o lugar, nesse período chegam à região as baleias-jubarte para reproduzir. As jubarte (Megaptera novaeangliae) são animais migratórios e para a reprodução buscam as águas tropicais, quentes e abrigadas, onde os filhotes têm mais condições de sobreviver, e para se alimentar elas viajam até as águas geladas das regiões polares, onde há mais fartura de alimento.
No Hemisfério Sul, as jubarte se alimentam de krill, um pequeno crustáceo que é a base da dieta de diversas outras espécies. Durante o verão, próximo aos polos, os dias são mais longos e isso favorece a fotossíntese e faz com que a proliferação de algas alimente o zooplancton, que por sua vez serve de alimento ao krill. No inverno, com os dias mais curtos, ocorre uma diminuição na oferta de alimentos nas regiões polares. Assim, as jubarte desenvolveram um ciclo de vida baseado no krill. No verão, elas se alimentam o máximo possível e armazenam o excesso de energia na forma de uma espessa camada de gordura. Quando o inverno se aproxima, elas migram para os trópicos para ter seus filhotes. Nesse período não se alimentam, apenas vão queimando a gordura acumulada até o próximo verão, quando repetem o ciclo.

Há sete populações de jubarte no Hemisfério Sul, uma delas é a do Brasil, que pode ser encontrada desde o norte do Rio de Janeiro até o Ceará, embora ocasionalmente seja vista também em São Paulo e nos estados da Região Sul. As outras seis populações da espécie são encontradas nas costas oeste e leste da África e da Austrália, na região da Polinésia e na costa oeste da América do Sul.
Na costa brasileira, a maior concentração de jubarte ocorre no Banco dos Abrolhos, um alargamento da plataforma continental localizado entre o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia, onde está também a maior concentração de recifes de coral do Atlântico Sul. O Banco dos Abrolhos é o grande berçário das jubarte brasileiras.
A jubarte é conhecida como baleia cantora, pois os machos cantam durante o período de reprodução para atrair as fêmeas e também para afastar outros machos. Após uma gestação de perto de 11 meses, nasce um único filhote, medindo de 4 a 4,5 metros de comprimento e pesando cerca de 1 tonelada. Nos primeiros meses de vida, o filhote é completamente dependente da mãe para amamentá-lo e protegê-lo do ataque de tubarões e orcas, seus grandes predadores.
Mas a maior ameaça já enfrentada foi a caça durante os séculos XIX e XX. Uma jubarte adulta pode chegar a 16 metros de comprimento e pesar 35 toneladas. Cerca de 30% desse peso é constituído de gordura, que foi muito utilizada no século XIX para iluminação pública e como argamassa na construção de casas. Calcula-se que existiam mais de 220 mil animais apenas no Hemisfério Sul antes da caça. Em 1966, porém, quando a caça da espécie foi proibida, restava menos de 10% da população. No Brasil, estima-se que existam entre 25 mil e 30 mil baleias-jubarte, mas no fim da década de 1960 restavam menos de mil desses cetáceos em nossas águas. A maior parte das jubartes brasileiras foi caçada quando elas estavam em áreas de alimentação, mas também houve caça nos locais de reprodução.

Passeio recorde
Em 1983, quando foi criado o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, não se conhecia quase nada sobre as jubartes. Somente com a implantação do Parque descobriu-se que elas visitavam regularmente aquela região. Iniciou-se assim um trabalho de pesquisa sobre a espécie que segue até hoje. Algumas questões básicas que intrigavam os pesquisadores eram: qual o tamanho da população das baleias e qual a área de sua ocorrência? Não se sabia para onde elas migravam quando deixavam o Brasil nem quantas existiam.
As jubartes possuem um padrão de manchas na parte de baixo de sua nadadeira caudal que é única em cada indivíduo e serve para identificá-las, como nossas impressões digitais. Ao se fotografar a cauda, quando elas mergulham, consegue-se identificar os indivíduos. As primeiras fotos foram feitas em 1989 e hoje existem mais de 4 mil indivíduos identificados. Algumas baleias são conhecidas e reavistadas há mais de 20 anos. Por meio da comparação de fotos feitas em Abrolhos com imagens registradas por pesquisadores, foi possível descobrir que as jubartes migram de Abrolhos para a região das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, percorrendo uma distância de cerca de 4 mil quilômetros.
Com a continuação desses estudos, também foram descobertos outros casos curiosos. Uma jubarte registrada em Abrolhos foi fotografada dois anos depois por um turista em Madagáscar, no Oceano Índico, com a população da costa leste da África. Isso representa o recorde mundial de migração de um mamífero, pois a distância mínima a ser percorrida entre os dois locais é de quase 10 mil quilômetros. Outro caso foi o de uma jubarte do Equador que deixou o Oceano Pacífico e foi encontrada em Abrolhos, mostrando que o contato entre as populações da espécie no Hemisfério Sul pode ser mais comum do que se imaginava.
Para descobrir quantas jubarte frequentam o litoral do Brasil e qual a sua distribuição exata, em 2001 os pesquisadores passaram a realizar sobrevoos ao longo da costa. São percorridas linhas previamente estabelecidas desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Dois observadores seguem nas janelas e, ao avistarem as baleias, registram a posição do avião, quantos animais foram vistos e o ângulo vertical. Com essas informações e usando trigonometria, é possível marcar a posição que os animais estavam, construir mapas com sua distribuição ao longo da costa e estimar o tamanho da população.
A boa notícia é que a população de baleias-jubarte vem aos poucos crescendo e se recuperando dos anos de caça. As primeiras estimativas, em 2002, apontavam para cerca de 3 mil baleias. Dez anos depois, o número pulou para, aproximadamente, 15 mil indivíduos na costa do Brasil. Ainda é um total baixo perto do que existia antes da caça, mas já é um bom sinal.
Contribuíram para a recuperação as medidas de proteção adotadas, como a criação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, as regulamentações que controlam a aproximação de barcos das baleias e a restrição à prospecção de petróleo na Bahia e no Espírito Santo no período em que elas estão no Brasil.
Mais encalhes
Mas, apesar disso, as jubarte enfrentam outras sérias ameaças. O atropelamento por navios e o emalhe acidental em redes de pesca são problemas que tendem a se tornar mais frequentes com o crescimento do número de baleias. Além disso, a degradação do ambiente marinho e as mudanças climáticas globais podem impactar a saúde da população. Para entender esses problemas são feitos estudos com animais encalhados nas praias. Um caso de sucesso foi uma jubarte encalhada em Ubatuba, no litoral de São Paulo, em 2000, que foi resgatada por pesquisadores da região. Esse mesmo animal foi encontrado oito anos depois em Abrolhos, comprovando o sucesso do resgate.
Em média, todos os anos, encalham perto de 37 jubarte no Brasil, e a maior parte já chega morta às praias. Em 2010, esse número quase triplicou, chegando a 96 encalhes. Há fortes indícios de que as mudanças climáticas afetaram a oferta de krill naquele ano na região da Geórgia do Sul, causando o aumento da mortandade no Brasil.
Embora as jubarte ainda enfrentem desafios, a população segue crescendo, voltando todos os anos ao Brasil para reproduzir, dando esperança de que seu canto continue sendo ouvido pelos mares por muitos anos.
* Diretor de Pesquisa do Instituto Baleia Jubarte
Fonte: Revista Carta Fundamental

ATIVIDADES


1. Onde estão as baleias?

Materiais: 
  • lápis
  • compensado fino
  • cola
  • pó de serra
  • pincel
  • tinta guache

Oriente os alunos para construir um planisfério (um mapa-múndi) com as áreas de alimentação e reprodução das baleias-jubarte no Hemisfério Sul e sua migração de acordo com os períodos citados no texto.

2. Pensar a convivência: 

Monte um debate em sala de aula sobre o tema "As Baleias e os Seres Humanos: Convivência ou Conflito". Cada grupo de alunos deverá desempenhar um papel e defender o ponto de vista de seus personagens. Os alunos podem usar o artigo como base e também pesquisar em outras fontes. O professor será o mediador do debate. Os demais alunos serão a plateia e poderão fazer perguntas aos debatedores, que serão:

* Pescador: preocupado com as baleias que se emalham e destroem suas redes de pesca, causando prejuízo para sua atividade. Depende da pesca para o sustento de sua família.

* Pesquisador: estuda as baleias e está preocupado com os impactos que elas sofrem pelas atividades humanas.  Quer que a população de baleias cresça para não sofrerem ameaça de extinção.

* Governo: cria parques nacionais para proteger as baleias e outros animais, mas ao mesmo tempo quer aumentar a exploração de petróleo no País e incrementar a pesca.

* Operador de Turismo: o turismo de observação de baleias impulsiona a economia local, gera trabalho e renda para a comunidade, os turistas deixam dinheiro nos mercados, restaurantes e pousadas, indicam o passeio para seus amigos e deixam seu dinheiro no município. Isso não é uma forma sustentável de explorar nossas riquezas?

* Educador Ambiental: tenta ver todos os lados do problema e busca desenvolver uma sociedade que se preocupe com a conservação do planeta e com a qualidade de vida.

* Estudantes: dentro do processo de aprendizagem, buscam aprender sobre o tema e formar opiniões. Podem se engajar em campanhas defendendo suas ideias. Têm uma importância grande como modificadores da sociedade.