A observação de fenômenos, a
experimentação e a reflexão, além de muita leitura, ampliam os conhecimentos
sobre questões dessa área.
Em um mundo em que o
desenvolvimento científico está por toda parte, o ensino de Ciências deve
propor situações-problema e trabalhos que gerem reflexão, permitam participação
ativa e tenham relação com o dia-a-dia. "A transposição da ciência
acadêmica para a escola amplia a visão do cotidiano", diz Cândida Muzzio,
coordenadora do Colégio Miró, em Salvador. É importante articular atividades.
Um experimento sem observação, pesquisa e leitura é insuficiente para a
aprendizagem.
No Centro Educacional de Ensino de 1º Grau, em Presidente Castelo
Branco, a 470 de Florianópolis, a professora da 3ª série Rozinei Forquezato
participou de um projeto sobre compostagem que contempla quatro situações
didáticas essenciais. Além de aprenderem
conteúdos, os alunos vêem o impacto de sua atuação na comunidade e no ambiente.
Veja a seguir as quatro situações didáticas essenciais ao ensino e aprendizagem
de Ciências:
1. Observação:
O que é: Análise de um experimento com a mediação
do educador. A atividade deve instigar perguntas e a elaboração de hipóteses.
Ao estudarem o desenvolvimento das plantas, por exemplo, as crianças podem ver
que crescem, mas nem sempre se atêm aos detalhes. Por isso a importância de
direcionar o olhar delas. Como está a sépala (a proteção que encobre o botão da
flor)? Aberta ou fechada? E depois de uma semana?
Quando propor: Sempre que houver uma investigação
desenvolvida em aula.
O que a criança aprende: Além de conteúdos
tradicionais, a observar fenômenos, elaborar hipóteses e organizar dados.
2. Experimentação:
O que é: Investigação
para relacionar o saber científico ao da garotada. O experimento não pode só
demonstrar conhecimentos já apresentados. Se é preciso entender quais materiais
flutuam, a turma sugere alguns e é desafiada. Uma folha de papel flutua? E se a
amassarmos em forma de esfera?
Quando propor: Sempre que
o conteúdo puder incluir experimentação.
O que a criança aprende: Além dos conteúdos relacionados, a manipular experimentos e a resolver
problemas.
3. Pesquisa em textos:
O que é: Busca por
respostas para a resolução de problemas em livros, revistas, jornais e
internet. A atividade não é produtiva se for atrelada apenas à coleta de dados.
Uma proposta: a turma faz uma experiência em que sal é dissolvido em água e o
professor apresenta uma questão - todo sólido se dissolve em água? - a ser
resolvida com base em fontes confiáveis. Quando propor: Sempre que for preciso buscar informações.
O que a criança aprende: Além dos conteúdos relacionados, a trabalhar com obras de caráter científico e a ter maior autonomia na aprendizagem.
O que a criança aprende: Além dos conteúdos relacionados, a trabalhar com obras de caráter científico e a ter maior autonomia na aprendizagem.
4. Leitura e escrita sobre Ciências
O que é: O professor cria uma oportunidade que gere dúvidas sobre um tema. Depois
de todos revelarem suas concepções em conversas, desenhos e textos, ele indica
a consulta a textos científicos. É essencial apresentar fontes variadas, além
do livro didático, marcando a diferença entre as linguagens. Devem-se discutir
conceitos, termos da área e características da linguagem, e não apenas supor
que sejam conhecidos.
Quando propor: Em todas as aulas.
Quando propor: Em todas as aulas.
O que a criança aprende: Compreendendo o que lê, aprofunda conhecimentos e informações sobre os
conteúdos.