Mostrando postagens com marcador Seres Vivos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Seres Vivos. Mostrar todas as postagens

27 de maio de 2014

MANUTENÇÃO DA VIDA


Objetivos:
- Entender os aspectos envolvidos na sobrevivência das espécies. 
- Conhecer as funções vitais para manutenção da vida. 

Conteúdos:
- Seres vivos. 
- Fotossíntese. 
- Nutrição. 
- Locomoção. 
- Características adaptativas. 
- Fatores limitantes.




Anos3º ao 5º. 

Tempo estimado: Um mês. 

Material necessário:
Adubo líquido NPK 4-14-8, sementes de feijão, terra vegetal, cinco potes plásticos de 150 ml ou copos vazios de iogurte, uma garrafa PET transparente de 2,5 litros com a parte estreita cortada (altura de 26 cm), um pedaço de filme plástico PVC, letra da música "A Pulga", de Vinícius de Moraes (www.abr.io/pulga), imagens variadas de animais em diferentes habitats (para selecioná-las, use como critério diferentes formas de locomoção) e imagens de ambientes com características distintas, como floresta tropical e caatinga. 

Flexibilização:
Para trabalhar com alunos com deficiência intelectual, antes de iniciar a primeira atividade, tenha uma conversa individual com o aluno e explique em detalhes o que a turma vai fazer e qual será a sua participação. Organize o espaço e a disposição dos estudantes, colocando a criança com deficiência perto de um colega colaborativo, que ajude a mantê-lo atento e favoreça sua participação. 

Na segunda etapa, deixe que o aluno ilustre apenas um pote - aquele pelo qual ele mais se interessou ou o que lhe ofereça mais possibilidade de antecipar hipóteses. 

Na quarta etapa, oriente individualmente o estudante quando for necessário - antes, durante ou depois da atividade. 

Na quinta etapa, estimule a capacidade de observação do aluno com deficiência intelectual fazendo perguntas dirigidas a ele sobre o que pode ser analisado em ambientes naturais específicos. 

Na avaliação, adapte a proposta, oferecendo ao aluno figuras para serem coladas no caderno em substituição ao desenho. 



Desenvolvimento:

1ª etapa 
Oriente a turma a preparar cinco amostras de plantação de feijão (um vegetal de crescimento rápido, ideal para esse tipo de experimento), colocando três sementes em cada um dos recipientes já com terra vegetal. As sementes não devem ser muito enterradas, pois isso comprometeria a germinação. Basta espalhá-las e cobri-las levemente com a terra. Programe regas periódicas (60 ml de água a cada três dias) e certifique-se de que os potes fiquem em um local que receba iluminação. Quando as plantas alcançarem aproximadamente 7 centímetros de altura, peça à garotada para enumerar os potes. Explique que cada uma das amostras deve ser submetida às seguintes condições: 1) Manutenção das regas e da iluminação (planta controle); 2) Ausência quase total de iluminação e ventilação, mas com regas periódicas - para tal, o pote deve ser guardado em uma caixa fechada com um furo central de 1,5 centímetro de diâmetro na lateral; 3) Manutenção da iluminação e ausência de regas; 4) Acréscimo de duas gotas de NPK (adubo) diluído em 60 ml de água e manutenção das regas e da iluminação; 5) Apenas uma rega e, depois dela, inserção do pote na garrafa PET cortada e fechada com o filme plástico. 


2ª etapa 
Peça que os estudantes ilustrem a situação dos potes com um desenho de observação - eles devem ser tão realistas quanto possível ao reproduzir em seus registros características como forma, coloração e disposição do caule e das folhas. Em seguida, solicite que tentem prever o que vai acontecer com cada amostra. Ajude-os a elaborar as previsões com perguntas to tipo: "Haverá diferença no desenvolvimento das cinco plantas?". As crianças devem registrar individualmente suas hipóteses em uma tabela como a do modelo a seguir.

Situação
O que vai acontecer?
O que aconteceu?
1) Planta controle


2) Planta na caixa com furo


3) Planta com privação de água


4) Planta adubada


5) Planta com privação de água na garrafa PET





Depois de duas semanas, discuta com as crianças o que aconteceu. São esperados os seguintes resultados: a planta 1 (controle) se desenvolveu, mas o crescimento foi inferior ao da planta 4 (adubada com as duas gotas de NPK). Pergunte o porquê dessa diferença. A justificativa dos estudantes deve estar fundamentada na condição nutricional privilegiada; a planta 2 (colocada na caixa com um furo central) verteu seu crescimento na direção ao orifício. Aproveite a oportunidade para discutir a importância da luz no desenvolvimento das plantas; 3) e 5) Esses potes merecem uma investigação conjunta, pois ambos foram privados de água. As duas plantas devem ter definhado, embora a do pote 5 provavelmente esteja em melhor estado graças à umidade preservada pela garrafa, que acabou funcionando como uma espécie de estufa. Desafie os alunos a explicar a diferença no desenvolvimento de cada uma. 


3ª etapa 
Organize os estudantes em duplas para escutar e analisar a letra da música "A Pulga": Um, dois, três / Quatro, cinco, seis / Com mais um pulinho / Estou na perna do freguês / Um, dois, três / Quatro, cinco, seis / Com mais uma mordidinha / Coitadinho do freguês / Um, dois, três / Quatro, cinco, seis / Tô de barriguinha cheia / Tchau / Good bye / Auf Wiedersehen. Feito isso, pergunte quem é o freguês citado na letra e por que a pulga precisa dos "pulinhos". Em seguida, distribua imagens de diferentes animais e solicite que a registrem qual é a forma de se locomover de cada um, relacionando-a às características do ambiente em que o animal vive. Isso criará condições para que as crianças entendam a locomoção como algo importante para a sobrevivência, pois permite que o animal saia em busca de água e alimento. 


4ª etapa 
Relembre as diferenças no desenvolvimento das plantas observadas na 1ª etapa e peça que os alunos reflitam sobre as variáveis ambientais (luz, temperatura, aridez ou abundânca de água etc.) que podem determinar o desenvolvimento de animais também. Espera-se que eles identifiquem fatores limitantes em ambas as situações e concluam que a biodiversidade de uma região está relacionada a essas variáveis. 


5ª etapa 
Organize as imagens de ambientes com características distintas e peça que os alunos apontem semelhanças e diferenças. Em seguida, solicite que façam uma pesquisa sobre quais animais e plantas snao espécies características de cada um desses ambientes. Oriente-os a buscar informações sobre as adaptações ao meio. Por exemplo: vegetais com grande capacidade de armazenar água e répteis com o corpo coberto de escamas são típicos de regiões áridas. Sem adequações desse tipo à escassez de água e ao calor, essas espécies não sobreviveriam. Outro assunto a ser pesquisado: a coloração de alguns animais, tão adaptada ao ambiente onde vivem que se transforma em uma camuflagem perfeita, protegendo a espécie da ação de predadores. 


Avaliação:
Entregue uma folha com a imagem de apenas um animal ou uma planta e peça que, individualmente, os estudantes ilustrem o ambiente em que ele vive. Solicite também que elaborem uma lista com cinco elementos essenciais para a sobrevivência do animal.

15 de fevereiro de 2014

MAIOR SER VIVO DO PLANETA

O maior organismo vivo do planeta é um fungo! O nome do fungo gigante é Armillaria ostoyae, conhecido popularmente como cogumelo-mel. Encontrado em novembro de 2000 sob o solo da Floresta Nacional de Malheur, no leste do estado chuvoso de Oregon, nos Estados Unidos, e foi então apontado pela ciência como o maior organismo já encontrado no planeta. O gigante tem parasitado milhares de árvores simultaneamente, crescendo indefinidamente.

É incrível, mas através de estudos de DNA e índices de taxa de crescimento, os cientistas descobriram que este “grandão” cobre uma área de quase 880 hectares, equivalente a aproximadamente 1.200 campos de futebol. Enquanto uma estimativa precisa ainda não se confirme, acredita-se que a massa total da colônia pode chegar a 605 toneladas. E embora alguns estudiosos afirmem que este organismo pode ter 2.400 anos de idade, pesquisas recentes com base no genoma do fungo, estima-se que ele pode ter 8 mil anos de idade.

O fungo nasceu como uma partícula minúscula impossível de ser vista a olho nu, vem estendendo seus filamentos entre as raízes das árvores Tais filamentos são chamados rizomorfos, que nada mais são do que um agregados de hifas (micélio) com aparência de raízes. No outono, o fungo se manisfesta na forma de pequenos cogumelos de aparência inocentem, que podem chegar até a 30 cm de diâmetro, mas sob o solo fixa-se nas raízes das árvores da floresta, roubando-lhes água, nutrientes, provocando putrefação e morte das mesmas. Embora existam espécies de árvores que resistam a este fungo, a taxa de crescimento fica comprometida. Assim, abre caminho para outros vegetais florescerem no lugar. Mesmo que algumas partes do organismo morram, a estrutura não é comprometida e continua viva e em expansão, crescendo ainda 70 centímetros a 1,20 metro por ano.

Fonte: http://diariodebiologia.com/2009/05/qual-o-maior-organismo-vivo-do-planeta/#.Uv-I2PldXCt


Texto e atividades:

10 de dezembro de 2013

ATIVIDADES: REINOS MONERA, PROTOCTISTA E FUNGI




ATIVIDADES: CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS







AULA PRÁTICA: OBSERVANDO OS VERTEBRADOS

Objetivos:
1) Observar as características dos vertebrados; 

2) Relacionar os diferentes vertebrados a seu habitat e sua morfologia. 


Estratégias:
1) Preparar cartas de diferentes cores, contendo figuras de animais vertebrados. Material necessário para confecção das cartas:

· papel tipo colorset nas cores azul (mamíferos), amarela (aves), verde (répteis); vermelha (anfíbios) e laranja (peixes);

· fotos ou figuras de diferentes vertebrados.

É interessante colocar figuras de muitos animais conhecidos e algumas exceções, como o morcego (mamífero que voa), ou o ornitorrinco (mamífero que põe ovos).;


2) Solicitar aos grupos que classifiquem esses animais baseando-se em critérios observados nas figuras (como, por exemplo, o revestimento do corpo, se há ou não patas, o habitat e assim por diante). Os alunos devem anotar no caderno todos os critérios utilizados pelo grupo. 


Sugestões:
1) Para enriquecer as aulas, o professor pode trazer um exemplar de cada grupo de mamíferos, como por exemplo um hamster, um periquito, uma tartaruga, uma rã e um beta, a fim de que os alunos observem as características externas e marcantes de cada grupo; 


2) Uma visita ao zoológico pode ser uma atividade muito interessante para a observação de diferentes animais. Após a visitação os alunos podem confeccionar um álbum de figurinhas.


PLANO DE AULA: PORÍFEROS



Objetivos:
1) Observar as características dos poríferos, seu habitat e seu modo de vida;

2) Familiarizar-se com a linguagem científica. 


Comentários:
Como sabemos, os poríferos são animais invertebrados e apresentam ausência de sistema digestório, respiratório e circulatório. Sua alimentação, respiração, excreção e reprodução dependem exclusivamente da água. Estes animais apresentam estruturas que o auxiliam nesses processos, como por exemplo, os coanócitos. 

Estratégias:
1) Apresentar figuras de diferentes poríferos para observação dos alunos;

2) Solicitar que os alunos levantem hipóteses sobre o habitat e a sobrevivência desses seres vivos (como se alimentam, como respiram e como se reproduzem, por exemplo);

3) Registrar na lousa uma lista com as hipóteses levantadas pelos alunos, discutindo-as e orientando a classe sobre a adequação ou não das respostas;

4) Dar uma aula expositiva sobre o assunto, utilizando recursos audiovisuais (como apresentação em power point ou transparências). 


Sugestões:
Essa atividade pode ser complementada com uma aula especial sobre esponjas. O professor pode levar esponjas para observação em classe. A seguir, pode apresentar um desenho do personagem Bob Esponja e solicitar que os alunos discutam a diferença entre a ficção e o conhecimento científico. Uma outra atividade possível é a elaboração de uma história em quadrinhos sobre as características dos poríferos e de outros invertebrados. 


Você encontra mais em: 

Aula Prática utilizando berinjelas para representar os poríferos (anatomia e circulação da água):

Aula-Filme: Documentário sobre ecossistemas aquáticos brasileiros, mostrando poríferos e cnidários:

AULA-FILME: BRASIL OCEÂNICO

Deixo aqui a dica de um documentário super interessante para ser assistido pela turma, com inúmeras possibilidades de explorações à nível fundamental e médio. Trata-se do Documentário EXPEDIÇÃO- BRASIL OCEÂNICO da Discovery Channel.
Como sugestão para o Ensino Fundamental, trabalhei com meus alunos essa ficha bem simples, mas que deixa registradas as impressões sobre o filme:
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CÂNDIDO GENRO

Relatório sobre o Documentário “Brasil Oceânico” da Discovery Channel 

Grupo: _____________________________________________________________________         Turma: ______

Disciplina: Ciências           6ª. Série      Profª. Daniela Gonçalves Oliveira                     Data: ____/____/______

Objetivos:
¡  Observar, conhecer e reconhecer algumas espécies da fauna marinha.
¡  Visualizar diferentes tipos de Poríferos e Cnidários.

1. No documentário, apareceram vários tipos de animais, escolham quatro espécies que pertençam a diferentes filos e escrevam abaixo:




2. Descrevam os aspectos mais interessantes que vocês observaram:





Ficha Técnica e Sinopse do Documentário:


Título Original: Expedição Brasil Oceânico

Gênero: Documentário

Origem/Ano: BRA/2002

Duração: 101 min

Direção: Lawrence Wahba

Elenco:

Narrador: Lima Duarte



Sinopse: EXPEDIÇÃO BRASIL OCEÂNICO é dividido em dois episódios:

Oásis do Atlântico

Acompanhe a expedição da equipe de Lawrence Wahba à Ilha de Trindade e aos Penedos de São Pedro e São Paulo. Distante da costa brasileira, as ilhas estão localizadas a um terço da África. Conheça os mistérios das criaturas marinhas, plantas e animais terrestres (filmados pela primeira vez) que habitam estas ilhas. São belas imagens de golfinhos, moréias e tubarões (como o tubarão-baleia, maior peixe dos oceanos). É um Brasil desconhecido para os próprios brasileiros, por isso mesmo, perceba o porquê das tentativas de Wahba e sua equipe em convencer o Governo Brasileiro à declarar essas ilhas costeiras como reservas marinhas.

O Atol Esquecido

Desde 1993, o Atol das Rocas (distante 224 Km do porto de Natal - RN), localizado no Atlântico Sul, é monitorado por guarda-parques. Mas esta é a primeira vez que uma equipe consegue filmar no Atol. Rocas é um complexo composto por ilhas, canais que ligam a lagoa interna ao alto mar, piscinas de maré e muito mais. Descubra outros segredos da vida marinha e terrestre no Atol das Rocas, como o fantástico mero (uma garoupa gigantesca raramente vista), os filhotes de peixes lutando pela sobrevivência contra predadores e os mais de 150 mil pássaros (como atobás, viuvinhas e trinta-réis) que vivem sobre duas pequenas ilhas.

AULA PRÁTICA SOBRE FUNGOS


Objetivos:
1) Observar e diferenciar os fungos comestíveis;

2) Participar, questionar e levantar hipóteses durante a execução da atividade prática;

3) Entender o método científico e suas etapas. 


Comentário:
Os fungos são seres vivos que nos prejudicam causando doenças, como a micose, mas também nos beneficiam, pois são amplamente utilizados em nossa alimentação, como por exemplo, os cogumelos, o fermento biológico, o queijo gorgonzola, etc. 


Material:
1) O professor deverá adquirir previamente, diferentes tipos de cogumelos (shitake, pleurotus, shimeji, champignon) e fermento biológico. Cada grupo de alunos deve ter:
a) 1 Lupa; 
b) 1 Becker; 
c) 2 colheres de açúcar;
d) H2O morna; 
e) Lâmina; 
f) Microscópio. 


Estratégias:
1) O professor deverá separar o material (um cogumelo inteiro e um pela metade de cada tipo) em cada bancada do laboratório e um tablete de fermento biológico. Também colocará o Becker, o açúcar e a água. 

2) Posteriormente, pedirá aos alunos que misturem o açúcar ao fermento, mexendo bem. Por último, será acrescentada a água. Deve-se mexer bem e deixar descansar. 

3) Neta etapa, os alunos devem observar os cogumelos a olho nu e através da lupa, verificando a formação do chapéu, cores, cheiros, etc. e farão anotações em seu caderno ou no relatório de observação.

4) Após terminarem os registros da observação dos cogumelos, o grupo verificará o Becker, descrevendo-o e levantando hipóteses para o ocorrido. 

5) Após a discussão de hipóteses, os alunos devem preparar uma lâmina com o líquido do Becker, observar e relatar o ocorrido. 


Sugestões e dicas:
O professor poderá produzir uma massa de pão ou de pizza, para explicar a reação química ocorrida (Açúcar = Álcool etílico + CO2 + calor). A partir do açúcar e do calor inicial (água ou leite morno), o fungo transforma-se nas substâncias citadas anteriormente, sendo que o álcool evapora ao assar o pão e o CO2 é o responsável pelo crescimento da massa.

OS FUNGOS A NOSSO SERVIÇO

Quando ouvimos falar em biotecnologia, pensamos logo nas técnicas modernas de manipulação do DNA, como a engenharia genética e as sementes transgênicas. Contudo, a biotecnologia é muito mais antiga: há muito tempo o ser humano manipula microrganismos, criando produtos como o vinho e outras bebidas alcoólicas e o pão. Além, é claro, de vários antibióticos. E os fungos estão entre os principais microorganismos a nosso serviço.
Os fungos alimentam-se de substâncias orgânicas de folhas mortas, de cadáveres e de resíduos. Eles realizam a decomposição dessas substâncias e, dessa forma, contribuem para a reciclagem da matéria no planeta.
Algumas de suas formas são unicelulares, como o levedo. A maioria, porém, é formada por várias células, como os conhecidos cogumelos - alguns deles são muito apreciados na culinária; outros, porém, produzem substâncias venenosas. E somente especialistas podem identificar se um fungo é tóxico ou não.

Os fungos podem ser aeróbios - quando utilizam o gás oxigênio do ar para liberar energia do alimento - ou anaeróbios, quando realizam um processo chamado fermentação. Na fermentação, os fungos conseguem energia sem utilizar oxigênio. E é justamente nesse processo que diversos produtos úteis ao ser humano são fabricados.
Uma curiosidade: a maior forma de vida da Terra parece ser um fungo gigante com uma enorme rede de filamentos que se estende embaixo da terra, abrangendo uma área equivalente a 47 estádios do Maracanã.


A produção de álcool e pão

Na produção de álcool, de pão e de bebidas alcoólicas usamos um fungo conhecido como levedo (Saccharomyces cerevisiae). O processo é chamado de fermentação alcoólica e libera, além do álcool, gás carbônico (esse gás pode ser mantido na bebida, como no champanhe e na cerveja).
O vinho é produzido a partir  da fermentação do açúcar da uva; a cerveja resulta da fermentação da cevada; a cachaça tem origem na fermentação da cana-de-açúcar.
O fungo morre quando o nível de álcool chega a cerca de 12%. Por isso, no caso de bebidas de alto teor alcoólico, este nível é aumentado por meio da destilação.
O levedo é encontrado também no fermento de padaria e faz crescer a massa do pão pela produção de gás carbônico. As bolhas desse gás fazem a massa ficar fofa. Tanto o álcool como o gás carbônico acabam sendo eliminados da massa pelo calor do forno.
Alguns fungos defendem-se de predadores através da produção de substâncias químicas que matam ou inibem o crescimento de bactérias e outros seres vivos. Algumas dessas substâncias são usadas na produção de antibióticos.


Antibióticos e outros medicamentos

O primeiro antibiótico foi descoberto pelo cientista escocês Alexander Fleming (1881-1955). Fleming estava cultivando bactérias em placas de vidro quando observou que uma das placas tinha sido contaminada por fungos. Ele observou também que as bactérias não cresciam ao redor da região onde estava o fungo.A partir dessa observação, Fleming pode verificar que o fungo, da espécie denominada Penicillium, tinha a propriedade de inibir a reprodução das bactérias. Estava aberto o caminho para produção da substância denominada penicilina.
Muitos medicamentos são extraídos de fungos. Por exemplo: a ergotamina, usada para controlar sangramentos e estimular contrações musculares no parto; a ciclosporina, que reduz as reações imunológicas do corpo e é, por isso, importante nos transplantes de órgãos.
E, embora as bactérias sejam as preferidas para a produção de medicamentos pela engenharia genética, cientistas norte-americanos conseguiram fazer recentemente com que o levedo produzisse proteínas para fins terapêuticos semelhantes às proteínas humanas, utilizando as mesmas técnicas de engenharia genética.


Bioinseticidas

Os fungos também podem ser usados como controle ou combate biológico, uma técnica de combate a pragas. Por meio de seleção e melhoramento genético, pesquisadores da Universidade de São Paulo conseguiram espécies (Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana) que parasitam e matam insetos que atacam as plantações no Brasil. A vantagem do combate biológico é que ele é mais específico que os agrotóxicos: os insetos úteis (como os polinizadores e os predadores das pragas), além de outros animais, não são afetados por eles.


Fungos versus ser humano

Fungos podem ser benéficos ao ser humano, mas também podem trazer prejuízos. Eles atacam plantações, destroem alimentos estocados, roupas, papéis, couro e outros produtos. E há ainda fungos parasitas que se instalam em nosso corpo e causam doenças - as micoses, como a frieira, a candidíase (o popular "sapinho"), entre outras.
Os fungos do gênero Aspergillus, por exemplo,  produzem substâncias tóxicas, as aflatoxinas, que podem provocar câncer de fígado no ser humano. Eles podem se desenvolver em alimentos armazenados em locais úmidos, como milho, trigo e amendoim. Por isso, uma vigilância sanitária constante é necessária, a fim de detectar os níveis de aflatoxina nesses produtos.


Preservar a biodiversidade

Do ponto de vista da ciência, a natureza não existe para servir ao ser humano. Fungos, assim como todos os organismos do planeta, apresentam adaptações que permitem sua sobrevivência e reprodução. Muitos fungos produzem substâncias tóxicas para combater outros seres vivos. Muitas dessas substâncias acabam sendo transformadas em medicamentos para o ser humano. Assim, embora não houvesse nenhuma "intenção" por parte do fungo (ou de qualquer outro ser vivo) de nos ajudar, é isso que acaba acontecendo em muitos casos: basta pensar nas vidas salvas pelos antibiótiocs. A conclusão é que preservar a biodiversidade do planeta é preservar também a espécie humana.


ATIVIDADES SOBRE REINO FUNGI




7 de dezembro de 2013

REINO FUNGI













Os líquens

Esse perfeito "casamento" entre algas e fungos permite aos líquens sobreviver em regiões em que poucos seres vivos sobreviveriam. De fato, eles podem ser encontrados, por exemplo, sob a neve nas tundras árticas, onde são importantes fontes nutritivas para animais diversos, como a rena. Sobre rochas nuas, os líquens são, com freqüência, os primeiros colonizadores, desagregando o material rochoso e propiciando uma melhoria nas condições físicas do ambiente, o que favorece a instalação de futuras populações de musgos e outras plantas. Líquens são associações entre algas unicelulares (cianobactérias ou clorófitas) e fungos (principalmente ascomicetos). Nos líquens, as algas atuam como elementos produtores, sintetizando matéria orgânica e fornecendo parte dela para os fungos. Já os fungos, com suas hifas, envolvem e protegem as algas contra a desidratação, além de fornecer a elas água e sais minerais que retiram do substrato.

A reprodução dos líquens é assexuada e se realiza através de sorédios, estruturas microscópicas constituídas por pequenos fragmentos do corpo do líquen, nos quais existem hifas do fungo envolvendo algumas algas. Os sorédios são vistos como um pó esverdeado sobre o corpo do líquen, de onde são disseminados pelo vento.

Apesar de serem capazes de sobreviver nos mais variados tipos de habitat, os líquens são muito sensíveis a substâncias tóxicas, particularmente o dióxido de enxofre (SO2). Por isso, são utilizados como indicadores da poluição do ar atmosférico pelo SO2. Como esse gás é um poluente muito comum nas zonas urbanas, entende-se por que os líquens são relativamente escassos nas grandes cidades. 

Verifica-se também que os líquens são capazes de absorver e concentrar substâncias radioativas, como o estrôncio 90, elemento químico que pode se alojar nos ossos humanos, provocando anemia. Constatou-se, certa vez, que esquimós, no Alasca, apresentavam taxas elevadas desse elemento no organismo: haviam-no adquirido pela ingestão de carne de rena; os animais, por sua vez, obtiveram o elemento químico ao comerem líquens contaminados.

(Extraído de: Wilson Roberto Paulino. Biologia Atual - Seres vivos, Fisiologia - Vol. 2. São Paulo, Ática, 2002.)









1 de dezembro de 2013

FUNGOS









Þ    IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS:

¨       São importantes na fabricação de:
-          álcool ou de bebebidas alcóolicas como o vinho e a cerveja  (Saccharomyces  cerevisiae), realizando fermentação.
-          pães, bolos e biscoitos, pois ao converter a glicose presente na farinha (amido), liberam gás carbônico, o qual provoca o crescimento da massa.
¨       Na indústria de antibióticos. Ex.: penicilina (fabricada a partir do fungo Penicillium).
¨       Na alimentação – champignons e trufas. Ou conferindo sabor característico a queijos do tipo roquefort, camembert e gorgonzola.
¨       Na decomposição: os fungos, assim como as bactérias, atuam na natureza como decompositores. A ação demolidora desses organismos permite a reciclagem da matéria morta em matéria inorgânica, que pode ser reaproveitada por outros seres vivos.
¨        Certos cogumelos, como o Amanita, são extremamente venenosos. Outros produzem substâncias alucinógenas, de onde se extrai o LSD (dietilamida de ácido lisérgico).
¨       Embora fundamentais para a vida no planeta, a ação decompositora dos fungos pode causar dissabores, já que eles podem atacar qualquer material orgânico disponível, principalmente em ambientes úmidos.
¨       Alguns atuam como parasitas de plantas e animais. No homem são conhecidas diversas micoses (doenças causadas por fungos): a candidíase ou “sapinho” causada pelo Candida albicans e a frieira ou pé – de- atleta causada pelos fungos Tinea pedis.


RECUPERAÇÃO PARALELA DE CIÊNCIAS – ASSUNTO: REINO FUNGI


1. Quanto aos fungos é correto afirmar que:
I - os bolores não são fungos;
II - as leveduras são representadas pelos cogumelos;
III- algumas espécies de fungos são parasitas de animais, incluindo o homem, causando-lhes doenças como, por exemplo, as micoses.
Está(ão) correta(s)
a) apenas l e II.             b) apenas III.        c) apenas Il e III.                    d) apenas l e lll.            e) I, II e III.

2. Assinale o ser que não apresenta clorofila: a) cianofíceas.    b) algas verdes          c) algas pardas.           d) fungos.           
3. A unidade estrutural dos fungos é: a) micélio                        b) basidiomiceto          c) talo              d) hifas                       
4. A parte comestível de um cogumelo (champignon) corresponde ao: a) micélio         b) hifas             c) basidiomiceto                 
5. Leia o texto. “Eles são operários quase anônimos da natureza, ao mesmo tempo criadores e destruidores da vida. Há os que fazem o pão crescer. Alguns escurecem os azulejos do banheiro, outros causam e curam doenças, enriquecem o solo, apodrecem a madeira.” O texto acima se refere as (aos):
a) protozoários.            b)fungos                      c) bactérias                   d) algas                      e) animais                   
6. Os liquens são formados por uma associação biológica de dois tipos de organismos, que são:
a) fungos e bactérias                b) fungos e vírus          c) fungos e algas                     d) fundos e protozoários

7. Os fungos apresentam importância variada em muitos aspectos. São atividades dos fungos, exceto:
a) provocar doenças em plantas e animais                               b) produzir antibióticos usados no tratamento de doenças
c) ser utilizados na produção de alimentos, como pães d) causar difteria no ser humano
e) realizar decomposição da matéria orgânica, junto com as bactérias.

8. Micorrizas são relações mutualísticas entre fungos e raízes de vegetais, principalmente de florestas. Sobre essa relação, assinale a alternativa CORRETA:
a) o fungo fixa nitrogênio, tornando-o disponível à planta                     b) a planta fornece ao fungo água e sais minerais
c) a planta decompõe a matéria orgânica e dá ao fungo                       d) o fungo produz açúcares e dá a planta

9. Assinale a opção que apresenta uma característica ausente no Reino Fungi:
a) relação mutualística              b) célula procariótica                c) nutrição heterótrofa              d) uni ou pluricelulares

10. Algumas espécies do gênero Penicillium desempenham importante papel na obtenção de antibióticos e também na fabricação de queijos. Na escala de classificação dos seres vivos, o Penicillium é considerado:
a) bactéria                    b) fungo                       c) protozoário                          d) vírus                        e) alga