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5 de fevereiro de 2020

AULAS LÚDICAS PARA O ENSINO DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS

Muitas vezes, nós, professores, ficamos restritos a ministrar aulas expositivas, fugindo pouco do quadro e giz. Algumas vezes essa escolha é baseada na comodidade, uma vez que essas aulas são mais fáceis de elaborar. Entretanto, o aprendizado obtido por meio dessa metodologia é bem inferior quando comparado ao de outras.

Na Biologia e Ciências, por exemplo, frequentemente lidamos com temas que não despertam a curiosidade dos alunos. Processos e nomes complexos tornam a aula facilmente desmotivante e de difícil assimilação por parte dos alunos. Sendo assim, procurar metodologias diferentes é essencial para melhorar o aprendizado em sala de aula.

Diante dessa realidade, é cada dia mais comum o uso de atividades lúdicas em aulas de Biologia, Ciências e também de outras disciplinas. Chamamos de atividades lúdicas aquelas que estimulam e causam prazer nas pessoas que estão envolvidas, tais como jogos e brincadeiras.

A utilização dessas atividades pode contribuir positivamente para a construção do conhecimento do aluno. Os jogos, por exemplo, fazem com que os estudantes sejam desafiados e busquem as respostas para determinado problema. Além disso, fazem com que eles aprendam a interagir, ajudem o colega e também respeitem regras. As atividades lúdicas também atuam estimulando a criatividade e melhorando a autoestima.

Outro ponto importante dessas atividades é que elas tornam a rotina escolar mais leve e com menos pressão. Ao preparar-se para uma prova, por exemplo, o aluno está sob pressão de conseguir boas notas, o que faz com que o estudo seja obrigatório. Quando estamos brincando, por outro lado, não existe o peso das notas e o conhecimento torna-se prazeroso. Sendo assim, é importante não tornar o jogo uma imposição, e sim uma atividade que todos queiram participar.

É importante destacar que as aulas lúdicas necessitam de grande dedicação do professor, que deve orientar a aula e guiar o aprendizado. Preparar a aula com cuidado e compreender os objetivos que devem ser alcançados são fundamentais para que a atividade tenha sucesso.

Outro ponto fundamental é deixar que os alunos divirtam-se e entreguem-se à atividade proposta. Se o professor ficar evidenciando a cada momento o que deverá ser aprendido naquela aula, o aluno perderá o interesse na metodologia aplicada. Sendo assim, o papel do professor é estimular a atividade e não deixar que ela perca o foco.

Diante da importância das atividades lúdicas para o ensino de Biologia e Ciências, separamos alguns exemplos de brincadeiras e atividades, são eles:















12 de dezembro de 2013

ARTIGO: MOTIVAÇÃO PARA ESTUDAR

Artigo sobre a importância do estudo para a formação profissional do jovem.


Há alguns anos, a educação escolar justificava-se pela conquista de uma vaga no mercado de trabalho. Na atualidade, essa ideia vem sendo questionada. A escola tem buscado preparar o jovem para além do mercado de trabalho. Assim, estudar continua sendo essencial para a qualificação da vida cotidiana de todas as pessoas.


Estudar é lidar, fundamentalmente, com a abstração e com a palavra escrita. Ingressar na escola é aprender que as letras, numa dança peculiar, constroem palavras. As palavras, não apenas pelo som, mas pela entonação da voz e pelos gestos de quem as emite, permitem a leitura de um significado específico. Cada arranjo de grupos de palavras leva à criação de mensagens frasais para analisar limitações e possibilidades nas simples ações do dia a dia.

A linguagem escrita é uma das características das formas superiores de pensamento porque é instrumento de sistematização e categorização. No decorrer das vivências, a relevância da escola reside não apenas nos múltiplos aprenderes do ambiente coletivo, mas também na criação de condições para utilização do pensamento como instrumento de planejamento e não apenas de memória. É um pensar que prima pelo prospectivo e não apenas pelo retrospectivo.

Motivação do estudante

Sendo a educação escolar pretensamente honesta e bem intencionada, no sentido de auxiliar o sujeito em sua constituição integral, a interrogação ou reflexão que podemos fazer se refere ao envolvimento dos estudantes nessa proposta: há motivação dos alunos para estudar? Têm resistência à escola? Por quê?

Inicialmente, é importante reconhecer a inquietude, contestação/contrariedade e insubordinação que sabemos serem expressões comuns nos jovens estudantes, e que foram motivo de registros históricos há muitos séculos.

Nesse sentido, gestores e professores podem autoconvocar-se à reflexão: o mundo atual globalizado, capitalista, neoliberal, com sua superficialidade, rapidez e consumismo, não serve como argumento principal para justificar a apatia ou a contrariedade dos estudantes para com a escola. Paralelamente, essa capacidade de contrariedade interrogativa, especialmente no coletivo da diversidade da sala de aula, pode servir para alimentar os debates, desde que se administre a situação de aprendizagem de modo a canalizar as indagações para o encontro e confronto com conhecimentos e conceitos científicos.

Aos estudantes, uma análise pertinente diz respeito à sua compreensão de papéis, hierarquias, liberdades e responsabilidade, no contexto dos diversos grupos de pessoas e das diferentes instituições. Obviamente, não se vai à festa para rezar, nem à igreja para estudar conceitos científicos. Então, vai-se à escola, que é local de encontro, para evocar aprendizagens de conhecimentos conceituais, para desenvolver habilidades intelectuais, enfim, para construir estruturas de pensamento que permitam viver melhor. Aprender é arbitrário e intencional e não supõe apenas prazer e alegria.

Estudar para viver melhor

Assim como as letras formam as palavras e estas as frases, também é desse modo que se constroem os conceitos. Quanto mais generalizantes, mais complexos, porque abrangem mais elementos que podem ser sinteticamente representados. Estudar é essencial para que as decisões diárias não dependam apenas da experimentação concreta em tentativas com acertos e erros.

Mapas, gráficos, equações e imagens em geral são códigos que na escola são criados e interpretados no percurso da construção dessas capacidades superiores. Nas diferentes áreas do conhecimento, ler e escrever continuam sendo o centro das elaborações do pensamento e consequentemente da qualificação do viver. Assim, podemos dizer que, além da satisfação pessoal que o conhecimento proporciona, uma pessoa que estuda desenvolve mais a capacidade de elaboração do pensamento. Por isso seu cotidiano será mais bem planejado e organizado, até mesmo na criação de estratégias para encontrar trabalho ou sobreviver.

Adriana Maria Andreis professora, formada em Geografia, doutoranda em Educação nas Ciências pela Unijuí, RS. adrianandreis@hotmail.com

Artigo publicado no jornal Mundo Jovem, edição nº 413, fevereiro de 2011, página 4.

Atividade:

·         Refletindo sobre como estudamos
Proponha um debate em aula buscando que os estudantes compartilhem como têm se dedicado a estudar fora da escola.
Veja com o grupo o que pensam sobre estudar em casa diariamente. O que os impede de ter essa rotina? Os que estudam diariamente, por que o fazem? Sentem melhor aproveitamento das aulas?
E sobre o estudo em grupo? Que tal reunir os amigos para se dedicarem a estudar um conteúdo que têm encontrado dificuldade em sua disciplina?

Questões para debate

·         1 - Qual é a nossa vontade de estudar? Por quê?
2 - Para que serve o estudo em nossa vida?
3 - No início do ano, como podemos nos motivar para aproveitar bem o ano escolar?

29 de outubro de 2013

O PAPEL DO PROFESSOR NO EDUCAR PARA O PENSAR

O professor poderá trazer para a realidade dos educandos atitudes aparentemente simples e, refletir filosoficamente sobre elas, inserindo questões como o que faz com que as pessoas joguem ou não o papel na rua; quais as conseqüências de se jogar o papel na rua; de onde vem esse costume; o que se pode fazer para se ter uma postura diferente; se quando se tem atitudes como esta está-se cooperando com o direito de cidadania das pessoas que vivem no mesmo bairro, enfim, no mesmo país e por que não, como fica nesta situação a questão do responsável pela limpeza do quarteirão (provavelmente um gari) em relação à sua cidadania. Se necessário, partir para a investigação analisando os prós e contras, as novas possibilidades... Ainda em relação às atitudes do dia-a-dia perante o tema da CIDADANIA, é interessante também para esta reflexão, o que aponta Elizabeth Maia Bório, quando expõe que “em inúmeras ocasiões, por exemplo, os brasileiros, dão demonstrações de que falta o senso comunitário. Em assembleias de condomínio, comparecem poucos moradores para resolver questões que são de todos. Também não se sente co-responsável pela conservação do edifício onde mora ou da praia que é pública, e lá joga papéis, plásticos e latas.”

Elizabeth Maia Bório que “Em razão do baixo nível de educação do povo brasileiro, da perda de suas tradições e raízes culturais, da fraca capacidade de organização das classes subalternas para defesa de seus interesses e da pequena participação na vida política do país, confirmamos, como povo, a força do individualismo crescente na sociedade moderna. Esse individualismo dificulta uma convivência em que possam reinar a igualdade, a justiça e a fraternidade.” Pode parecer que não, mas refletir sobre atitudes do dia-a-dia é um dos caminhos para a conscientização, capaz de proporcionar mudanças na prática que atualmente anda tão banalizada, inclusive no que se refere ao tratamento em relação a uma outra pessoa humana. Em razão disto, nas aulas de filosofia ou mesmo num trabalho interdisciplinar, utilizando-se do aspecto filosófico, o professor-educador poderá criar condições para que o aluno reflita sobre suas próprias atitudes, de forma que possa confrontar a sua ação com as normas da sociedade, bem como sobre a atitude das pessoas da sociedade (grupo) em relação ao seu aspecto individual e o dos outros; aprendendo então, a lidar com seus direitos e deveres juntamente com o grupo em que convive.

O processo de conscientização através da reflexão filosófica, para a efetivação da cidadania para todos, capaz de levar à mudança da prática a nível da relação social, não se poderá esquecer da importância e necessidade do enfoque moral e ético, como norteadores desta reflexão. Para tal, ressalta-se que num primeiro momento, cabe aos educadores resgatar, ou seja, “trazer à tona” (fazer conhecer) o que é a moral e a ética, seus “papéis”, como funcionam, etc.; para que a partir deste estudo possa ser desenvolvida tal reflexão. É pertinente enfocar esta importância, porque nos dias atuais aumenta cada vez mais os péssimos exemplos (corrupções nos cofres públicos, descaso com a pessoa do outro, diferentes tipos de opressão e abusos que geram milhares de desabrigados, famintos e miseráveis, refugiados em drogas...) que impedem as pessoas de viverem plenamente sua cidadania; não deixando parâmetros capazes de levar as crianças e jovens a agirem e acreditarem que vale a pena ter um comportamento diferente, que vale a pena e é possível oferecer boas condições de vida para todas as pessoas.

7 de abril de 2013

AS SITUAÇÕES DIDÁTICAS DE CIÊNCIAS



A observação de fenômenos, a experimentação e a reflexão, além de muita leitura, ampliam os conhecimentos sobre questões dessa área.

Em um mundo em que o desenvolvimento científico está por toda parte, o ensino de Ciências deve propor situações-problema e trabalhos que gerem reflexão, permitam participação ativa e tenham relação com o dia-a-dia. "A transposição da ciência acadêmica para a escola amplia a visão do cotidiano", diz Cândida Muzzio, coordenadora do Colégio Miró, em Salvador. É importante articular atividades. Um experimento sem observação, pesquisa e leitura é insuficiente para a aprendizagem.
No Centro Educacional de Ensino de 1º Grau, em Presidente Castelo Branco, a 470 de Florianópolis, a professora da 3ª série Rozinei Forquezato participou de um projeto sobre compostagem que contempla quatro situações didáticas essenciais.  Além de aprenderem conteúdos, os alunos vêem o impacto de sua atuação na comunidade e no ambiente. Veja a seguir as quatro situações didáticas essenciais ao ensino e aprendizagem de Ciências:

1. Observação:
O que é: Análise de um experimento com a mediação do educador. A atividade deve instigar perguntas e a elaboração de hipóteses. Ao estudarem o desenvolvimento das plantas, por exemplo, as crianças podem ver que crescem, mas nem sempre se atêm aos detalhes. Por isso a importância de direcionar o olhar delas. Como está a sépala (a proteção que encobre o botão da flor)? Aberta ou fechada? E depois de uma semana? 
Quando propor: Sempre que houver uma investigação desenvolvida em aula. 
O que a criança aprende: Além de conteúdos tradicionais, a observar fenômenos, elaborar hipóteses e organizar dados.

2. Experimentação:
O que é: Investigação para relacionar o saber científico ao da garotada. O experimento não pode só demonstrar conhecimentos já apresentados. Se é preciso entender quais materiais flutuam, a turma sugere alguns e é desafiada. Uma folha de papel flutua? E se a amassarmos em forma de esfera? 
Quando propor: Sempre que o conteúdo puder incluir experimentação. 
O que a criança aprende: Além dos conteúdos relacionados, a manipular experimentos e a resolver problemas.

3. Pesquisa em textos:
 O que é: Busca por respostas para a resolução de problemas em livros, revistas, jornais e internet. A atividade não é produtiva se for atrelada apenas à coleta de dados. Uma proposta: a turma faz uma experiência em que sal é dissolvido em água e o professor apresenta uma questão - todo sólido se dissolve em água? - a ser resolvida com base em fontes confiáveis. Quando propor: Sempre que for preciso buscar informações. 
O que a criança aprende:  Além dos conteúdos relacionados, a trabalhar com obras de caráter científico e a ter maior autonomia na aprendizagem.

4. Leitura e escrita sobre Ciências
 O que é:  O professor cria uma oportunidade que gere dúvidas sobre um tema. Depois de todos revelarem suas concepções em conversas, desenhos e textos, ele indica a consulta a textos científicos. É essencial apresentar fontes variadas, além do livro didático, marcando a diferença entre as linguagens. Devem-se discutir conceitos, termos da área e características da linguagem, e não apenas supor que sejam conhecidos. 
Quando propor: Em todas as aulas. 
O que a criança aprende: Compreendendo o que lê, aprofunda conhecimentos e informações sobre os conteúdos.

O QUE ENSINAR EM CIÊNCIAS NATURAIS?


    Por quê? Essa é uma das perguntas que as crianças fazem com bastante frequência. Elas têm curiosidade em saber a origem das coisas e as causas dos fenômenos da natureza e em explorar aquilo que lhes parece diferente, intrigante. A disciplina de Ciências, quando bem trabalhada na escola, ajuda os alunos a encontrar respostas para muitas questões e faz com que eles estejam em permanente exercício de raciocínio. 

    "Trabalhar os conteúdos de Ciências é dar oportunidade a crianças e jovens de entender o mundo e interpretar as ações e os fenômenos que observam e vivenciam no dia a dia", diz Luciana Hubner, formadora de professores e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Com a tecnologia mais presente na vida das pessoas, ter conhecimento científico também significa estar preparado para analisar as questões da contemporaneidade e se posicionar frente a elas - alguns dos objetivos da disciplina.


Metodologias mais comuns no ensino de Ciências:


    O ensino de Ciências dos últimos 50 anos adotou estratégias diferentes. Confira:

TRADICIONAL: Também chamada de conteudista ou convencional. Predominou desde o século 19 até 1950 e, embora não seja considerada a mais adequada para as práticas atuais, ainda é adotada. 

Foco: Tomar contato com os conhecimentos existentes sobre determinado tema. 

Estratégia de ensino: Aulas expositivas, sendo o professor e o livro didático as únicas fontes de informação. Incentivo à memorização de definições. A experimentação em laboratório serve para comprovar a teoria. 

TECNICISTA: Surgiu na década de 1950 para se contrapor à concepção tradicional. 

Foco: Reproduzir o método científico. 

Estratégia de ensino: Aulas experimentais, em laboratório, com ênfase na reprodução dos passos feitos pelos cientistas. 

INVESTIGATIVA: Criada por volta de 1970 mesclou algumas características das concepções anteriores e colocou o aluno no centro do aprendizado. 

Foco: Resolução de problemas que exigem levantamento de hipóteses, observação, investigação, pesquisa em diversas fontes e registros ao longo de todo o processo de aprendizagem. 

Estratégia de ensino: Apresentação de situação-problema para que o aluno mobilize seus conhecimentos e vá em busca de novos para resolvê-la. Disponibilização de várias fontes de pesquisa. 

Mitos pedagógicos:

Aula deve ser experimental: Uma atividade prática não carrega em si todos os conteúdos que se quer ensinar, assim como não é necessariamente o procedimento principal ou obrigatório no ensino de Ciências. As aulas em laboratório devem fazer parte de uma sequência didática que envolva exposições teóricas, registros dos alunos e confrontações de ideias. 

Experiência, só em laboratório: Aula prática não depende de equipamentos de alta tecnologia. Com material alternativo também é possível produzir experimentos que levam à construção de conceitos pelos alunos. Observações de fenômenos podem ser feitas no pátio da escola ou na vizinhança. 

Memorizar nunca mais: É um erro reduzir os aprendizados de Ciências a apenas uma lista de enunciados a serem decorados. Porém a memorização às vezes é importante depois de entender os conteúdos. Nem toda terminologia deve ser abandonada. Ela tem sentido e deve ser valorizada por meio de objetivos claros. 

7 de março de 2013

DINÂMICA: SONHAR É PRECISO

Objetivo: Integração do grupo.

Para conversar: Em circulo, pedir para que as pessoas se apresentem dizendo seu nome, se sabem quem escolheu esse nome (pai, mãe...) e a história que tem por traz dele.

Somos quem podemos ser
- Em cada nome tem uma história, um sonho, um desejo bom de alguém para conosco. Mas, a gente cresce e começa a ter sonhos próprios.

- De que sonho você se alimenta? É o mesmo sonho de seus pais? Converse sobre isso com o colega do lado.

Sonhos que queremos ter 

Dividir o poema Sonho Domado em 5 partes numeradas de 1 a 5. Distribuir para o grupo e formar 5 subgrupos (todos os números 1,2,3,4,5):

Sonho Domado ( Thiago de Mello)

Sei que é preciso sonhar.

Campo sem orvalho, seca
A frente de quem não sonha.
Quem não sonha o azul do vôo
perde seu poder de pássaro.

A realidade da relva
cresce em sonho no sereno
para não ser relva apenas,
mas a relva que se sonha.

Não vinga o sonho da folha
se não crescer incrustado
no sonho que se fez árvore.

Sonhar, mas sem deixar nunca
que o sol do sonho se arraste
pelas campinas do vento.

É sonhar, mas cavalgando
o sonho e inventando o chão
para o sonho florescer.


- Fazer a leitura coletiva do poema, iniciando pelo grupo 1 e conversar sobre sua mensagem. Depois, falar sobre os sonhos que nos são comuns.

- Retomar com o grupo: para que servem os sonhos e a importância de tê-los, de alimentá-los, de traçar um plano a curto, médio e longo prazo no sentido de como pensamos poder realizá-los.

- Pedir para que cada pessoa do grupo leia sua parte do poema e anote nesta folha uma frase relacionada a algum sonho que traz consigo. Por ex: meu sonho é.............. e para realizá-lo eu penso que seja preciso...........

- Pedir para que cada um guarde sua anotação com carinho, com o compromisso de fortalecer seu sonho e não deixá-lo definhar.

Finalizar com todos em pé, de mãos dadas e num grande abraço, simbolizando o quanto precisamos uns dos outros para concretizar nossos sonhos e ser feliz.

Fonte: Mundo Jovem

IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NA ESCOLA

Os alunos, em sua maioria, não buscam respostas para seus questionamentos acerca de diversos assuntos, quando estão resolvendo exercícios que necessitam de uma pesquisa dentro do texto ficam desanimados e muitas vezes desistem. 

A pesquisa pode ser um grande instrumento na construção do conhecimento do aluno, por isso se faz necessário, sempre que possível, que o professor mande algum tema para pesquisa relacionado com o conteúdo, a fim de contribuir na construção da aprendizagem. 

Por meio da pesquisa o aluno tem possibilidade de descobrir um mundo diferente, coisas novas, curiosidades. Dessa forma, o professor tem a incumbência de gerenciar e orientar os seus alunos na busca de informações, sua função é disponibilizar referências bibliográficas, oferecendo melhores condições de desenvolvimento da pesquisa. Além de atuar na orientação da construção de textos a partir do material da pesquisa, o professor deve ensinar como retirar as partes mais importantes do conteúdo pesquisado. Outro ponto de grande relevância que o educador deve abordar é a conscientização de que uma pesquisa não é uma mera cópia e sim uma síntese de um conjunto de informações. 

A etapa técnico-científico informacional que a humanidade está atravessando e a ascensão dos meios de comunicação tem facilitado o acesso às informações, desse modo, podem ser usados como base de pesquisas: livros, revistas, artigos científicos, enciclopédias, documentários, entrevistas, internet entre outras. 

A pesquisa na escola não deve ter apenas o objetivo de ocupar o aluno, de modo que o mesmo não fique sem fazer nada em casa, sua finalidade vai além, formar pessoas curiosas acerca do que se passa no mundo, assim, por meio dessa busca, o conhecimento será construído pelo próprio educando. 

Por Eduardo de Freitas - Equipe Brasil Escola

15 de maio de 2011

CARTA DE UMA PROFESSORA À REVISTA VEJA

Recebi um email contendo uma carta escrita por uma professora e enviada para a Revista Veja, não tenho certeza se realmente foi escrita pela pessoa que assina, nem se realmente foi enviada a referida revista; mas o conteúdo dela é a mais triste e pura realidade.

Acho que essa carta serve como um "desabafo coletivo" dos proessores brasileiros.

Eu fico indignada quando ouço dizer que os professores são incapazes e mal-formados. É claro que não somos os donos da verdade e não sabemos tudo. Mas, somos competentes sim, estudamos muito para poder exercer nossa profissão, fazemos graduação, especialização, quando possível, mestrado e doutorado, participamos de cursos e mais cursos, formações, seminários, capacitações, etc., Vivemos  sobre os livros e hoje na internet também, pesquisando, correndo atrás da informação, nos atualizando, estudando sempre, elaborando planos de aula, corrigindo "calhamaços" de avaliações. Que outro profissional chega em casa e em vez de descansar, vai planejar para o dia seguinte? Ganhamos pouco sim, pois gastamos muito na nossa formação e nossa carga horária não restringe-se as aulas dadas na escola, trabalhamos muito em casa; nossos pais, esposos (as), filhos que o digam. Amo muito minha profissão, dou aula com prazer, esforço-me, estou sempre buscando melhorar, mas infelizmente, quando tiver uma oportunidade fora do magistério, acho que não pensarei muito para "cair fora". É uma profissão maravilhosa, mas mal-paga, mal valorizada e muito desgastante, além de que atualmente, a indisciplina e falta de educação da maioria dos alunos tem "destroçado" o ensino brasileiro. E não venham culpar os professores, porque EDUCAÇÃO e DISCIPLINA vem de casa, a família é que tem essas atribuições, nós só podemos complementá-la.

Bom, acabei desabafando, também, aqui vai a tal cartinha:

     Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

     Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.
    
    Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.

    Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.     Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.

    Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.

    Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.

    Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?

    E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

    Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

    E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração.
    Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.

    Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.

    Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

    Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.

    E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

    Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

    Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade..

    Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo

    Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!

    Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.

    Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

Patrícia Chioratto - professora da rede pública estadual do Paraná