Mostrando postagens com marcador Poluição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Poluição. Mostrar todas as postagens

3 de novembro de 2013

RESÍDUOS A CÉU ABERTO

Na maioria das cidades brasileiras os resíduos são jogados em terrenos sem nenhum tipo de tratamento

Se imaginarmos as cidades como grandes organismos vivos não é difícil pressupor que, como tal, consomem energia e matéria para se manterem em funcionamento. Depois de consumida, a maior parte dela torna-se lixo. Se nos ambientes naturais os dejetos são reciclados por cadeias de organismos decompositores, como bactérias e fungos, em ambientes urbanos as cadeias alimentares de decompositores têm pouca eficiência. Além disso, a maior parte dos materiais rejeitados pelas sociedades humanas, como papel, vidro, metais e plástico, é de difícil decomposição. Somam-se a isso uma crescente população urbana e uma sociedade cada vez mais voltada para o consumo, e tem-se uma quantidade de rejeitos que ultrapassa muito a capacidade de os serviços públicos darem um destino adequado.

Nesse metabolismo urbano, em média, cada pessoa produz em torno de 1 quilo de lixo por dia. Só a cidade de São Paulo produz mais de 10 mil toneladas de lixo/dia. Problemas como a violência, os transportes coletivos e a educação pública formam um quadro bastante complexo para as grandes cidades e seus gestores. Por isso é fundamental uma mudança cultural na população, atuando conjuntamente com os poderes constituídos para a resolução dos problemas das cidades.

Redução, reutilização e reciclagem 
No caso específico do lixo, há anos vem se bradando o slogan dos 3 Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) para a diminuição da quantidade de lixo produzido. Mais que palavras de ordens, se pretendem operar na sociedade uma consciência coletiva que estimule cada cidadão a reduzir a quantidade de lixo produzido, reutilizar materiais em seu cotidiano e reciclar produtos que podem ser transformados em elementos para outra utilidade.

No Brasil, muitas cidades têm desenvolvido interessantes programas de coleta seletiva, visando à reutilização e à reciclagem da matéria. No entanto, seja pela falta de hábito da população, seja pela ineficiência da gestão desse processo, muitas dessas iniciativas têm baixa eficiência ou são paralisadas quando feitas as trocas de governantes.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, o sistema de coleta seletiva de lixo consegue reciclar aproximadamente 10 gramas/dia por habitante, correspondendo a 1% do lixo produzido na cidade. A população de Porto Alegre, cujo programa de reciclagem é considerado modelo, consegue separar para reciclagem cerca de 50 gramas/dia por habitante, cinco vezes o índice de São Paulo. Em Estocolmo, na Suécia, cada habitante recicla, em média, 400 gramas de lixo por dia, 40 vezes mais que o cidadão paulistano.

Parceria comunidade e governantes 
Um modo de encaminhar o problema do lixo é criar um serviço de coleta em parceria entre a comunidade e a prefeitura. Uma experiência muito interessante desenvolveu-se na cidade do Rio de Janeiro no projeto Favela Limpa, uma parceria entre a prefeitura e associações de moradores de quase 400 favelas. Eles desenvolveram uma forma criativa de coletar o lixo, retirar entulhos, limpar valas e encostas e desobstruir ralos e sarjetas, entre outros serviços, empregando pessoas da própria comunidade – chamadas de trabalhadores comunitários. Cerca de 2 mil trabalhadores participaram do projeto, atendendo mais de 1 milhão de habitantes. A Companhia de Limpeza Urbana da cidade do Rio participava com orientação e supervisão técnica, treinamento dos trabalhadores e cobrança do serviço, e a Associação de Moradores era responsável pela contratação e gestão do serviço. No momento, essa experiência está sendo reavaliada para que não seja descontinuada.

Gerando energia do lixo 
É possível também construir usinas que gerem energia a partir de lixo. O potencial brasileiro para gerar energia elétrica a partir de resíduos sólidos poderia aumentar a atual oferta do País em 50 milhões de megawatts/hora por ano, 15% do total hoje produzido. Usar o lixo para gerar energia não é apenas uma solução econômica, traz benefícios sociais e ambientais. Pode gerar empregos e contribuir para minimizar problemas de saneamento e saúde pública.

A formação do chorume 
Já em nossas casas é possível perceber um desagradável produto gerado pela decomposição do lixo. A parte orgânica dos dejetos inicia um rápido e intenso processo de decomposição, inicialmente aeróbia (com o uso do oxigênio). Com a extinção do oxigênio presente no lixo, inicia-se a decomposição anaeróbia (sem o uso do oxigênio). Como resultado da decomposição bacteriana do lixo, gases, entre eles o metano, são liberados, bem como um líquido denominado chorume. É comum ver esse líquido pingando nos caminhões de coleta ou no fundo das latas de lixo. 

Destinos do Lixo: as práticas mais comuns 
Como resultado das atividades humanas os rejeitos devem ser transportados para outras localidades. Alguns desses destinos são os depósitos clandestinos de lixo, os lixões e os aterros. Veja a seguir a diferença entre cada um deles:

Depósitos clandestinos de lixo 
O material recolhido é depositado em áreas impróprias, a céu aberto e sem nenhum planejamento. Os subprodutos da decomposição bacteriana são lançados e contaminam as imediações desses depósitos. Os gases espalham-se pelas camadas mais baixas da atmosfera, o chorume infiltra-se no solo, podendo atingir e contaminar as águas subterrâneas, tornando-as inapropriadas para uso. Associados aos depósitos de lixo proliferam ratos e insetos, os quais, devido ao seu alto potencial reprodutivo dispersam-se por áreas relativamente amplas. É muito comum também o despejo do lixo em córregos ou terrenos baldios pela população de periferias que não recebem atenção quanto à coleta ou educação municipal. De fato, 20% da população brasileira ainda não conta com serviços regulares de coleta.

Lixões 
Também são depósitos de lixo, sem nenhum tratamento, com a diferença de que são autorizados pelas prefeituras. No Brasil, a falta de uma política ambiental efetiva permitiu por várias décadas que a disposição de resíduos sólidos de origem doméstica e industrial, muitas vezes classificados como resíduos perigosos, fosse feita de maneira descontrolada e sem fiscalização. Cerca de 80% dos municípios depositam seus resíduos em lixões, perfazendo 1,5 mil desses depósitos espalhados por todo o seu território. Assim, os depósitos clandestinos causam poluição do solo, das águas que bebemos e do ar, pois as queimas espontâneas são constantes. O lixão traz ainda mais um problema: atraem a população mais carente e desempregada, que passa a se alimentar dos restos e a sobreviver dos materiais que podem ser vendidos. 

Aterros sanitários 
Cerca de 13% dos municípios destinam seus resíduos a aterros sanitários. Neles, o lixo sólido é depositado em áreas planejadas. O lixo comum e os entulhos devem ir para aterros sanitários quando não há mais a possibilidade de reciclagem ou reutilização. Os aterros são basicamente locais onde os resíduos são confinados no solo, livre do contato com o ar e cobertos com uma camada de terra. O terreno é impermeabilizado para permitir que os líquidos e os gases resultantes da decomposição que esses resíduos sofrem embaixo da terra (principalmente por bactérias) sejam drenados e tratados, para evitar a contaminação do ambiente. Apesar disso, muitos aterros sanitários não foram construídos de acordo com os padrões técnicos, comprometendo o solo e os recursos hídricos.

Métodos para tratar o lixo 

1) Incineração: neste método o lixo é queimado em fornos, reduzindo-se a cinzas minerais, às quais podem ser reutilizadas na indústria. Há muito poucos incineradores funcionais nas cidades brasileiras, os quais ainda não foram eleitos como um método eficaz para tratar grandes quantidades de lixo produzidas diariamente nas grandes cidades e metrópoles. Além de serem processos muito dispendiosos, os gases expelidos durante a queima do lixo devem ser devidamente tratados na unidade de incineração, antes de serem liberados. A incineração é um tipo de tratamento para, por exemplo, lixo hospitalar, que depois vira cinza e esta vai para os aterros sanitários. 

2) Reciclagem: a triagem e a reciclagem são tratamentos para alguns tipos de rejeitos, como papéis, plásticos, vidros ou metais. A triagem é um tratamento necessário para a reciclagem, e a reciclagem é um tratamento necessário para a fabricação de produtos feitos com a matéria-prima presente no lixo.

3) Usinas de compostagem: neste procedimento, apenas o lixo orgânico é concentrado em locais previamente definidos e constantemente revolvido, a fim de que o processo de decomposição seja predominantemente aeróbio, sem a produção dos gases de metano e do chorume. Como produto deste tratamento, resulta um composto orgânico rico em nutrientes o qual é reutilizado para fertilizar áreas agrícolas. Com este processo, pode-se aproveitar também toda a parcela não orgânica do lixo, como plásticos, vidros, metais, e também o próprio papel e derivados de celulose, através da reciclagem, a qual pode reduzir significativamente a quantidade e o volume do lixo. Logicamente, este procedimento traz divisas econômicas com o uso do composto produzido e a reciclagem de materiais.

4) Resíduos tóxicos: o lixo hospitalar também pode passar por tratamentos como microondas e autoclavagem e depois serem encaminhados a aterros sanitários ou valas sépticas. Outros resíduos tóxicos podem passar por tratamento prévio, como blindagem e encapsulamento, e são encaminhados para o seu destino final que são os aterros especiais.


26 de agosto de 2013

DESCARTE INADEQUADO DE ÓLEO LUBRIFICANTE PODE CAUSAR DANOS À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE

Todo bom motorista sabe, trocar óleo do carro é necessário e muito importante! Mas você imagina para onde vão os lubrificantes usados depois daquela "geral" no mecânico? Segundo a Agência Nacional do Petróleo, pelo menos 30% do óleo lubrificante que chega às oficinas deveria ser devolvido às refinarias para o reaproveitamento.

A importância de reciclar o óleo lubrificante usado ou contaminado vai muito além das vantagens econômicas. O motivo mais importante de efetuar um descarte correto é evitar riscos à saúde e ao meio ambiente. O seu manuseio despreocupado acarreta inúmeros danos à saúde.

Por vir do petróleo, o óleo já é tóxico e, geralmente, contém diversos tipos de aditivos que, em altas concentrações, potencializam seus efeitos contaminantes. Tudo isso sem contar que o manuseio incorreto do óleo lubrificante, além de carregar essa carga original, gera compostos perigosos para a saúde e o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Ele também contém elementos tóxicos, como cromo, cádmio, chumbo e arsênio, oriundos da fórmula original ou absorvidos do próprio motor do equipamento.

Esses contaminantes são, em sua maioria, bio-acumulativos (permanecem por longos períodos no organismo) e causam diversos problemas graves de saúde, como mostrado no quadro abaixo:
Assim como danos à saúde das pessoas que entram em contato direto com o resíduo, o óleo também tem grande poder de destruição quando é descartado incorretamente no ambiente, causando danos irreversíveis.
O óleo lubrificante usado ou contaminado, por não ser biodegradável, leva dezenas de anos para desaparecer na natureza. Quando vaza ou é jogado no solo, inutiliza-o, tanto para a agricultura, quanto para edificações, matando a vegetação e os micro-organismos e destruindo o húmus, além de causar a infertilidade da área, que pode se tornar uma fonte de vapores de hidrocarbonetos.
Quando dispensado no solo, a substância pode atingir o lençol freático, danificando os poços da região de entorno. Um litro de óleo lubrificante pode contaminar um milhão de litros de água. Além disso, se jogado no esgoto, ele irá comprometer o funcionamento das estações de tratamento de água, chegando, em alguns casos, a causar a interrupção do funcionamento desse serviço essencial.
Quando queimados (o que é ilegal e constitui crime), os óleos lubrificantes usados ou contaminados causam forte concentração de poluentes num raio de dois quilômetros Também ocorre a geração de uma grande quantidade de particulados (fuligem), produzindo precipitação de partículas que, literalmente, grudam na pele e penetram no sistema respiratório das pessoas.
Fique atento
É importante certificar que a sua oficina não descarte o óleo de forma inadequada. No município de Santiago-RS, todas as Oficinas e outros empreendimentos que realizam troca de óleo necessitam ter Licença Ambiental, uma dica é procurar aquelas que estejam com sua licença em dia, pois certamente têm como condicionante para o funcionamento, o descarte adequado de seus resíduos.
Fonte: APROMAC

VOCÊ SABIA QUE O ESGOTO PODE SER UMA FONTE DE NUTRIENTES?

    Já parou para pensar no caminho que o cocô faz pelos canos? 

   Lá no final ele se junta a muitas outras coisas, formando lodo e dando origem a novos projetos



Tudo o que nós comemos tem que sair do nosso corpo uma hora, certo? E é através do cocô que eliminamos o que não foi usado pelo nosso organismo: depois que todos os nutrientes necessários foram retirados dos alimentos ingeridos, forma-se o bolo fecal, que será eliminado.
Quando defecamos no vaso sanitário de nossas casas, o cocô é levado pela água, através de um caminho de canos, até chegar à estação de tratamento. Lá, a água que trouxe as fezes se encontra com a que trouxe xixi, com a que veio do banho (contendo resíduos de xampu e sabonete), com a que veio da chuva e por aí vai.
Um grande problema é que na estação de tratamento não há apenas um acúmulo de excretas humanas, mas também existem camisinhas usadas e papel higiênico descartados pelo vaso, celulares que foram perdidos esgoto abaixo, e móveis que foram jogados diretamente nem um córrego de esgoto. E os canos que participam do processo de tratamento acabam sendo entupidos por esses materiais que foram descartados de forma errada.
Na estação, bactérias são adicionadas para degradar o material orgânico que veio pelos canos, formando o lodo e limpando a porção líquida do esgoto. O lodo continuará a ser degradado por bactérias, que liberarão metano, enquanto que a água, limpa porém não potável, será devolvida a rios ou usada pra limpeza de ruas ou manutenção de jardins.
O reprocessamento de água pode trazer de volta nutrientes importantes que derivaram de atividades econômicas ou domésticas, como a recuperação de fosfatos presentes em fertilizantes e que serviriam para gerar energia. A água do esgoto poderia então ser uma rica fonte de matéria-prima. Mas não é por isso que devemos dar destino errado ao lixo que produzimos. Veja mais dicas aqui sobre como reciclar seus resíduos.

Fonte: Grist


7 de abril de 2013

PLANO DE AULA: MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE


Objetivos:

- Compreender as questões atuais referentes ao meio ambiente, como efeito estufa e aquecimento global, chuva ácida, poluição ambiental, desperdício de recursos naturais e geração de lixo.

- Evidenciar que os problemas ambientais vêm ocorrendo sequencialmente e há muito tempo, estando vinculados às atividades econômicas praticadas no planeta.

 

Duração das atividades: 4 horas/aula
 
Desenvolvimento:

1-      Leitura e discussão sobre o texto:

2-      Recurso:

3 - Caso o professor não tenha trabalhado nunca com o assunto, segue um recurso que pode ser utilizado.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/12435/chuva_acida.swf
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/12435/chuva_acida.swf


4 - ATIVIDADE : Discussão de notícias de jornal. Segue alguns links abaixo encontrados no site www. folha.uol.com.br:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u494425.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u482598.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u453401.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u441273.shtml
Uma sugestão ao professor é dividir a turma em grupos, onde cada um se responsabiize por ler e analisar cada reportagem. Alguém do grupo expõe resumidamente a matéria em voz alta para os outros grupos. O professor dá continuidade à discussão com questionamentos que busquem uma reflexão crítica por parte dos alunos..
5 - Partindo da temática poluição, a próxima sugestão é a abordagem do tema aquecimento global.
 
AQUECIMENTO GLOBAL E EFEITO ESTUFA - GRANDE AMEAÇA DA MODERNIDADE

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/9063/01_mudancas_ambientais_globais/01_mudancas_ambientais_globais.html

A partir da utilização do recurso, o professor já introduz um resumo do assunto. A questão da poluição já é abordada, mas aconselha-se uma explicação razoável do que de fato acontece com as emissões desenfreadas de dióxido de carbono para o efeito estufa:
 O efeito estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. Por isso ele chega a ser essencial à vida, caso contrário o nosso planeta seria uma bola de gelo!!!
6 - TEXTO:

EFEITO ESTUFA
COMO ISSO SE DÁ?
"Pense na Terra como sendo um carro que ficou estacionado o dia inteiro exposto ao Sol. Depois de algum tempo sob o Sol a temperatura dentro do carro está sempre bem mais alta do que a externa. Os raios do Sol entram pelas janelas do carro, e parte do calor é absorvida pelos assentos, pelo painel, pelo carpete e pelos tapetes. Quando esses objetos liberam calor, ele não sai totalmente pelas janelas. Um pouco se reflete no interior do veículo. O calor que os assentos liberam tem um comprimento de onda diferente da luz do Sol que conseguiu atravessar as janelas. Isso quer dizer que a quantidade de energia que entra é maior do que a que sai. O resultado é um aumento gradual na temperatura dentro do carro."
O calor que não consegue sair pela atmosfera da Terra mantém o planeta mais aquecido do que o espaço sideral, porque há mais energia entrando por ela do que saindo. Tudo isso faz parte do efeito estufa que mantém a Terra aquecida.

QUAL O PROBLEMA ENTÃO? 
O excesso dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa, ao qual desencadeia um fenômeno conhecido como Aquecimento Global, que é o grande vilão.
A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes na atmosfera. Essa camada impede a dispersão da energia luminosa proveniente do Sol, que aquece e ilumina a Terra e também retém a radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície do planeta. O efeito do espessamento da camada gasosa é semelhante ao de uma estufa de vidro para plantas, o que originou seu nome. 


E AS CONSEQUÊNCIAS???
Professor, instigue os alunos a responderem quais são as consequências do aquecimento global de acordo com os conhecimentos prévios deles e qual a participação deles, mesmo que indireta sobre o aquecimento global.
Algumas consequências...  Verões cada vez mais quentes; pessoas morrendo por causa das altas temperaturas; peixes migrando para águas mais profundas por causa do calor; gelo dos pólos derretendo; inundações em algumas regiões, grandes secas em outras...


7 - Uma animação/simulação do efeito estufa pode ser encontrado no repositório de objetos educacionais do mec, no site:

8 - Introduzindo o conceito de sustentabilidade: Professor, para começar, instigue seus alunos sobre a palavra SUSTENTÁVEL e SUSTENTABILIDADE. O que eles conhecem sobre o assunto e o que de fato ele significa para eles.
Conceitos: “desenvolvimento que vem ao encontro das necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras atingirem as suas necessidades” - Comissão Mundial do Desenvolvimento e Meio Ambiente
*** Quais são, de fato, essas necessidades ??? As necessidades de hoje são as mesmas de antes??
                      “necessidades do desenvolvimento com perspectivas a longo prazo, integrando os efeitos locais e regionais de mudança global no processo de desenvolvimento, e usando o melhor conhecimento científico e tradicional disponível” - Agenda 21, capítulo 35.
*** Que tipo de desenvolvimento, é esse? até onde ele pode  ir ??
*** Qual é e qual a importância desse conhecimento tradicional citado ?
*** Questões sugeridas para que o professor se questione para posteriormente questionar seus alunos

9 - Considera-se interessante a reflexão do professor, juntamente com os estudantes, sobre o impacto do desenvolvimento econômico e social na sustentabilidade dos recursos do planeta. Sugestão de vídeo: The story of stuff. Mostra de modo crítico, o modo de produção existente em nosso sistema. Pode ser facilmente encontrado na rede.


10 - “O ser humano se diferencia dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser Livre. Livre é o estado daquele que tem liberdade. Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” ILHA DAS FLORES, documentário de Jorge Furtado, produzido em 1989, e ainda completamente atua. Super recomendável sua apresentação aos alunos.

  • Professor, o vídeo pode e deve ser considerado como uma ferramenta de aprendizagem. Deve, portanto ser levado a sério. Para isso, torna-se indispensável o aprofundamento do mesmo. Instigar a discussão é uma ótima alternativa. Instigar com ela a criticidade, primordial. Passá-la para o papel melhor ainda. Além de um mecanismo de avaliação, trata-se de um forte mecanismo para formar alunos cidadãos pensantes.


 
Avaliação: A avaliação das aulas deve ser feita a partir da participação dos alunos, da atividade de discussão das reportagens, podendo o professor pedir algum texto reflexivo sobre o que entendeu das discussões. Outra ferramenta avaliativa pode ser um trabalho ilustrativo/visual sobre o cotidiano dos alunos que ilustre o modo de vida, consumo, desperdício, lixo ou ainda quando promovem ações sustentáveis.



23 de fevereiro de 2013

A VIAGEM DO LIXO

Resíduos capazes de flutuar são potenciais viajantes. Ao serem levados pelas águas, desaparecem de vista, mas permanecem no ambiente por um longo tempo, contaminando a fauna e flora. Veja esse caminho no infográfico abaixo:



8 de janeiro de 2012

CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E BIOMAGNIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS

  Quando os agrotóxicos são aplicados nos agroecossistemas, eles sofrem uma séria de reações e redistribuem-se nos diversos componentes deste ambiente, contaminando-os.

   O grupo de agrotóxicos organoclorados foi o primeiro que despertou opinião pública devido a sua elevada estabilidade química que lhes confere prolongada persistência no ambiente.

  O termo biomagnificação expressa o acúmulo dos agrotóxicos nos diversos níveis tróficos das cadeias ecológicas dos ecossistemas.O homem, por estar no topo de diversas cadeias alimentares, assim como os pássaros predadores, são os organismos que mais concentram os compostos organoclorados, com maiores riscos de intoxicação e morte.

  A biomagnificação nos agrotóxicos nos organismos e a contaminação pode ser apresentada da seguinte maneira:

=> Resíduos em água
=> Resíduos em ecossistemas aquáticos
=> Resíduos no solo
=> Resíduos em organismos terrestres 
=> Resíduos na atmosfera

   São dois os processos de biomagnificação:
=> Biomagnificação em certo nível trófico 
=> Biotransferência de um nível trófico para outro

   São duas as formas como ocorre a biomagnificação:
=> Absorção direta do meio através da osmose 
=> Assimilação direta via oral através de alimentos

  A característica de um praguicida para sofrer magnificação biológica é persistência no meio ambiente, na forma disponível e no sistema biológico.

Como manejar os resíduos tóxicos:

   O controle efetivo do armazenamento, do tratamento, da reciclagem e reutilização, do transporte, da recuperação e do deposito dos resíduos perigosos é de extrema importância para a saúde do homem, a proteção do meio ambiente, o manejo dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Isto requer a cooperação e participação ativa da comunidade internacional, dos Governos e da indústria..

  A prevenção da geração de resíduos perigosos e a reabilitação dos locais contaminados são elementos essenciais e ambos exigem conhecimentos, pessoal qualificado, instalações, recursos financeiros e capacidades técnicas e científicas.

   Vários programas relacionados a manejo têm como objetivo geral impedir, tanto quanto possível, e reduzir a produção de resíduos perigosos e submeter esses resíduos a um manejo que impeça que provoquem danos ao meio ambiente e a saúde humana.

1 - Objetivos dos programas:
=> Promover a prevenção e a redução ao mínimo dos resíduos perigosos
=> Promover e fortalecer a capacidade institucional do manejo de resíduos perigosos
=> Prevenir o trafico ilícito dos resíduos perigosos
=> Estratégias de recuperação de resíduos perigosos para convertê-los em materiais úteis

2 - Cuidados com embalagens usadas:
=> Embalagens e vasilhames contaminados com agrotóxicos nunca devem ser queimados, enterrados, despejados no solo, jogadas na água ou deixadas nas beiras de rios ou estradas. Esse cuidado evitará a contaminação das águas, lagos e rios, e também de animais e pessoas.
=> As embalagens de agrotóxicos vazias devem ser lavadas três vezes e serem guardadas em local seguro, até irem para um centro de recepção e coleta para reciclagem e destinação final sem riscos.
=> O usuário de agrotóxicos deve consultar o fabricante e o revendedor para saber quais os centro de recepção e coleta de embalagens vazias que existem na sua região.
=> A água da lavagem dos vasilhames deve ser colocada no tanque do equipamento de aplicação para ser reutilizada nas áreas de lavoura recém-tratadas.
=> Para conhecer o grau de risco dos agrotóxicos, observar as informações do rótulo que indicam a classe toxicológica dos produtos.

3 - Regulamentação no manejo de resíduos tóxicos:
   Na seção I da resolução 44/226, de 22 de dezembro de 1989, a Assembléia Geral solicitou a cada uma das comissões regionais que, dentro dos recursos existentes, contribuíssem para a prevenção do tráfico ilícito de produtos e resíduos tóxicos e perigosos, por meio de monitoramento e avaliações regionais desse tráfico e de suas repercussões sobre o meio ambiente e a saúde. A Assembléia solicitou também às comissões regionais que atuassem em conjunto e cooperassem com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) tendo em vista manter o monitoramento e a avaliação eficazes e coordenadas do tráfico ilícito de produtos e resíduos tóxicos e perigosos

   A saúde humana e a qualidade do meio ambiente se degradam constantemente devido a quantidade cada vez maior de resíduos tóxicos que são produzidos.Estão aumentando os custos diretos e indiretos que representam para a sociedade e para os cidadãos a produção, manipulação e depósitos desses resíduos.

O controle de pragas e uso de pesticidas:

1 - Necessidade do controle de pragas

  Produtos químicos como pesticidas ou praguicidas são utilizados contra pragas animais ou vegetais prejudiciais ao ser humano e a plantas cultivadas.

  Combatem as endemias, como o controle da dengue, febre amarela, controle de chagas e as pragas na lavoura.

   Usualmente se diz que determinada praga está controlada, quando se mantém sua densidade populacional abaixo do chamado “nível de dano econômico”, no caso de pragas agrícolas; ou, abaixo do “nível de transmissão”, no caso de doenças transmitidas por vetores, em saúde publica.

2 - Perdas agrícolas devido a pragas

    Desde tempos mais remotos, os problemas fitossanitários têm causado inúmeros prejuízos à agricultura. Indubitavelmente, esta batalha persistirá, pois homem, pragas, patógenos e plantas invasoras têm em comum um princípio básico de busca: o alimento, sem o qual não sobrevivem.

   A maior expansão demográfica ocorrida no início deste século, a maior demanda de alimentos, o monocultivo, a abertura de novas fronteiras agrícolas em áreas tropicais e sub-tropicais, bem como as significativas modificações nos ecossistemas fizeram com que estes agentes biológicos e seus subseqüentes danos abalassem a economia de diversos países, com enormes prejuízos.Pragas introduzidas em novas áreas estão custando atualmente à sociedade moderna direta e indiretamente US$ 6 bilhões/ano em perdas na produção e produtividade, adoções de medidas de controle, desemprego, citando apenas alguns fatores.


    Em estimativas feitas pelo governo americano, 43 insetos invasores exóticos, no período de 1906 a 1991, causaram prejuízos de US$ 925 bilhões aos cofres públicos. Nos últimos anos, apenas cinco grupos de insetos, foram os responsáveis por US$ 3 bilhões/ano. Para as associações de cotonicultura americanas, no sistema produtivo de algodão, no ano de 2002, os prejuízos somaram US$ 1,2 bilhão/ano provocados por alguns poucos insetos. As perdas totais nessa cultura causadas por esses insetos foram de 4,79%, o que provocou aumentos de US$ 60,67 por acre na adoção de medidas de controle e de US$ 88,80 por acre, considerando custos e perdas.

     A introdução do bicudo do algodoeiro, na década de 1980, levou à queda de produção de algodão, principalmente na região nordeste do país, gerando uma catástrofe social. O desenvolvimento de cultivares pela Embrapa adaptadas a outras condições climáticas, associado ao manejo integrado de pragas, está fazendo com que o país, ainda que timidamente, volte a exportar esse produto.

   A entrada e dispersão recente da sigatoka negra da bananeira, que entrou pela Venezuela ou pela Colômbia, a mosca-da-carambola vinda, provavelmente da Guiana Francesa, a mosca-negra-dos-citros proveniente do Caribe, a ferrugem asiática da soja, proveniente do Paraguai, além de outros exemplos já ocorridos no Brasil, como a mosca-branca, nematóide do cisto da soja, vírus da tristeza do citros, cancro-cítrico, ferrugem do cafeeiro, vespa-da-madeira, são apenas alguns dos organismos presentes, atualmente, nos sistemas agrícolas de forma localizada ou dispersos nos sistemas agrícolas.

     Outro exemplo a ser dado e que não deve ser esquecido de introdução e conseqüente estabelecimento da praga, é o da vassoura-de-bruxa. O Brasil passou do segundo produtor mundial de cacau, em 1985, com uma produção de 500.000 toneladas para um quarto da produção da Costa do Marfim, no ano de 2000. Da mesma forma, o psilídeo de concha que afeta o setor florestal e foi introduzido recentemente poderá ter seu efeito diminuído pela descoberta de um inimigo natural dessa praga, em solo brasileiro. A criação massal desse agente de controle por parte da Embrapa, para liberação em áreas infestadas pelo psilídeo já se iniciou.

     Apesar de inúmeras pragas já terem sido introduzidas no Brasil, outras centenas, ainda podem entrar e estabelecer. Em levantamentos recentes realizados pelo Laboratório de Quarentena Vegetal (LQV), da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, observou-se que aproximadamente 1.000 insetos podem colocar em risco a agricultura brasileira. Essas e outras pragas ou espécies invasoras exóticas podem afetar o valor agronômico e florestal de produtos, elevar custos de controle, diminuir a qualidade e quantidade de alimentos disponíveis a sociedade, contaminar o meio-ambiente, entre outros fatores, tirando o país da competição do comércio internacional.

3 - O problema das soluções químicas - Promessas
    A utilização de pesticidas químicos é e continuará a ser importante para a redução dos prejuízos das colheitas causados por pragas, nos próximos anos. O mercado de pesticidas registra, atualmente, um volume de receitas de US $30 bilhões por ano, sendo 80% dos pesticidas utilizados nos países desenvolvidos. Espera-se que a procura dos pesticidas aumentará à medida que os países em desenvolvimento forem aumentando a sua produção agrícola para satisfazer as necessidades nacionais. Essa tendência será, provavelmente, impulsionada por muitas das forças responsáveis pela aceleração do crescimento no passado: a ênfase sobre soluções "químicas" para os problemas agrícolas; a promoção do uso de pesticidas pelos serviços de extensão rural, as campanhas de vendas agressivas dos distribuidores de pesticidas; a quase ausência de investimento em métodos alternativos dos pesticidas para proteger as colheitas, especialmente nos países em desenvolvimento; e uma maior resistência das plantas, o que leva cada vez mais ao uso intensivo de pesticidas com o fim de minorar as perdas.

    Assiste-se a uma contínua controvérsia acerca da extensão dos efeitos nocivos dos pesticidas químicos. Devido à criação de uma legislação mais rigorosa sobre o uso de alguns pesticidas e a proibição de outros, as principais sociedades transnacionais que dominam o mercado dos pesticidas estão a investir em novos produtos de pequeno espectro, menos tóxicos e de efeito menos persistentes, a fim de cumprirem as normas mais rigorosas nos seus principais mercados.

     Esses novos e melhores produtos, que são mais caros enfrentam a concorrência dos pesticidas mais antigos sem patentes e sem alvos definidos, que contêm compostos perigosos proibidos, mas a fiscalização do cumprimento da legislação é muito pouco rigorosa.

4 - Problemas originados do uso de inseticidas

    Os inseticidas produzidos nas décadas de 50 e 60 foram muito eficientes e baratos, no entanto trouxeram vários efeitos indesejáveis:
=> A resistência das pragas
=> Destruição de organismos não-alvos
=> Ressurgência de pragas como conseqüências dos fatores a cima
=> Surgimento de pragas secundárias
=> Efeitos adversos ao meio ambiente através da contaminação do solo e da água


Soluções Alternativas Para o Controle de Pestes:

1 - O cultivo sem agrotóxicos

    Núcleos de agricultura natural ou orgânica (sem o uso de agrotóxicos) surgem como alternativa ao modelo das monoculturas, que privilegia a produtividade a custa da saúde dos lavradores e dos consumidores. Os produtores orgânicos estão ganhando cada vez mais espaço junto aos consumidores.

     Os produtos orgânicos, em geral, são de menor tamanho e levam mais tempo para serem produzidos e colhidos. O fato é que quanto mais bonita a fruta ou hortaliça, mais se deve desconfiar do uso abusivo de agrotóxicos.

2 - Gestão integrada do controle de pragas (Integrated Pest Manegement-IPM)

   Promover a Gestão Integrada do Controlo de Pragas (“IPM") seria uma forma de reduzir o uso de pesticidas. Alguns especialistas vêem a IPM como uma componente de um processo mais amplo para uma agricultura "isenta de produtos químicos", ao passo que outros a vêem como um sistema que proporciona o uso mais eficiente de pesticidas químicos. Todos eles, porém, concordam que devem ser escolhidas alternativas de controlo das pragas sem o uso de produtos químicos.

    Dada a atual situação de prevalência dos pesticidas químicos, além das incertezas quanto aos resultados de métodos isentos de produtos químicos, é pouco provável que venha a existir uma agricultura totalmente sem pesticidas nas próximas décadas. É sim, muito provável, que as versões GIP que serão promovidas adotem métodos biológicos, mas com o emprego judicioso de alguns pesticidas químicos. Terá o cuidado em aplicar as quantidades certas de pesticidas em épocas do ano adequadas, sem a destruição dos organismos predadores naturais das pragas.

   Atualmente, varias praticas e métodos permitem controlar pragas e doenças sem o uso de produtos tóxicos, o uso de variedades de plantas resistentes a pragas; rotação de cultura; distribuição de resíduos de colheitas; adubação adequada e outras boas práticas agrícolas.Os principais métodos recomendados são, utilização de inimigos naturais das pragas (controle biológico), controle físico (calor, frio e umidade) e uso de armadilhas e barreiras. 


3 - Aumento da resistência

    O uso abusivo de inseticidas tem propiciado a seleção de inúmeras linhagens de insetos resistentes, alguns dos quais já estão sendo chamados de “superinsetos” devido à grande dificuldade de sua erradicação por via química.

   A resistência é o resultado da seleção de indivíduos geneticamente predispostos a sobreviver aos efeitos dos inseticidas.

  Tolerância é a habilidade que um indivíduo tem de sobreviver aos efeitos dos inseticidas.
  
  A resistência múltipla ocorre quando uma população desenvolve mais de um mecanismo de resistência contra determinados compostos.

4 - Controle biológico

   Esse método consiste em introduzir no ecossistema um inimigo natural (predador, parasita ou competidor) da espécie nociva ao interesse humano, para manter sua densidade populacional em níveis em que os prejuízos provocados sejam toleráveis. Quando bem planejado, acarreta evidentes vantagens em relação ao uso de agentes químico, uma vez que não polui o ambiente e não causa desequilíbrios ecológicos.

   Exemplos de alguns seres vivos que atuam no controle biológico no Brasil:
=> Metarhizium anisoplive: Fungo que parasita insetos diversos como lagartas, besouros, cigarrinhas etc. O micélio do fungo envolve o inseto, mumificando-o.
=> Apenteles flavipes; Pequena vespa, que injeta ovos em lagartas diversas (parasitas da cana-de-açúcar, milho etc). Dos ovos eclodem larvas que destroem o inseto parasitado.
=> Coccinella septempunetata: Inseto conhecido como joaninha, que atua como predador de diversas espécies de pulgões.
=> Boculovirus anticorsia: Vírus utilizado no combate a largata-da-soja.

5 - Biotecnologia

    Futuramente a biotecnologia será utilizada no controle de pragas, fazendo modificações genéticas nas plantas. Essas plantas receberiam os herbicidas mas somente as ervas daninhas seriam destruídas. Já outras plantas foram criadas para resistir a pragas sem uso de pesticidas e outros seriam resistentes tanto a herbicidas como a insetos. Existe porém, uma preocupação de que as variedades melhoradas poderão causar mais resistência às pragas, e uma possível transferência das propriedades genéticas de plantas modificadas para ervas daninhas resistentes aos herbicidas. E não se sabe os efeitos de longo prazo do consumo dessas plantas geneticamente alteradas, tanto em seres humanos como em animais.

6 - Bioinseticidas para o controle de insetos

   O mosquito urbano, também conhecido por muriçoca, carapanã e pernilongo, com sua picada dolorida e um barulho incômodo, está presente em todas as regiões do Brasil. Algumas raças transmitem doenças como a malária e a dengue.

   A Embrapa desenvolveu um inseticida biológico a partir de uma bactéria existente no meio ambiente, que tem se mostrado muito eficaz no combate ao mosquito, eliminando diretamente suas larvas. Mortal para os insetos, o bioinseticida é inofensivo ao homem e aos animais.

   As pesquisas avançam e em breve serão lançados novos bioinseticidas, a partir de bactérias específicas, para combater o mosquito da dengue, borrachudos e lagartas.

7 - Feromônios

    Feromônios são definidos, como substâncias liberadas por insetos e ácaros - e, pelos animais - as quais exercem influência sobre indivíduos da mesma espécie. Ou seja, são substâncias que possuem ou carregam uma excitação ou estímulo.

   Nos programas de controle de pragas, os feromônios, chamados como "atraentes sexuais", agem atraindo o sexo oposto. Têm sido estudados, quanto à sua eventual aplicação nos programas de combate às pragas da lavoura, diferentes aspectos:
=> Como monitor, ou seja, para determinação do nível populacional de diferentes pragas, do que resulta orientação segura sobre a ocasião oportuna para a aplicação dos tratamentos químicos.
=> Poderão ter também aplicação nos estudos bio-ecológicos como, por exemplo: levantamentos, curvas de flutuações, alcance e altura de vôo, hábitos (diurnos e noturnos), horas de maior atividade dos insetos, etc.
=> Um outro aspecto do emprego é o de "controle massal", isto é, controle direto das populações de insetos. O feromônio é colocado em armadilhas, atraindo as pragas de maneira específica, sendo então capturadas em grande número, promovendo queda de população e como conseqüência, de prejuízos.
=> Existem, ainda, sistemas denominados de "confusão dos machos" , em que doses maiores de feromônios sexuais, promovem o desnorteamento na procura das fêmeas, pois são atraídos em todas as direções, sem detectar o ponto zero (ausência de feromônio), permanecendo então, como que inertes até sobrevir à morte.

8 - Gama-radiação

    A energia nuclear já vem sendo utilizada em diversas partes do mundo na desinfestação de larvas em frutas. O método consiste em expor as frutas à radiação em ambiente fechado, garantindo a conservação e a qualidade dos produtos.

    Outro uso da tecnologia que começa a ser desenvolvido no Brasil é a energia nuclear para a esterilização de insetos-praga. Os machos são irradiados e liberados no ambiente para competirem com os reprodutores da espécie-praga.

Fonte: Portal Escola

DIA DO CONTROLE DE POLUIÇÃO POR AGROTÓXICOS - 11 DE JANEIRO

“O uso dos agrotóxicos não significa produção de alimentos, significa concentração de terra, contaminação do meio ambiente e do ser humano”

  
     A contaminação por agrotóxicos é um dos grandes problemas ambientais assim como a escassez dos recursos naturais (água, petróleo, minerais etc) e o aquecimento global, tudo isso fruto da sociedade industrial consumista que não reflete sobre suas ações e impactos no planeta.

  O homem, ao promover a destruição da Natureza, afeta diretamente os diversos ecossistemas e seus elementos (hidrosfera, atmosfera, litosfera, animais, plantas entre outros). E como tudo na Natureza está inter-relacionado e conectado, o impacto sobre os ecossistemas atinge diretamente o ser humano na sua qualidade de vida e futura sobrevivência.

    Os números revelados pelo Programa Nacional de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) /ANVISA, dizem que nos 3271 resíduos detectados, 71,5% estavam abaixo do Limite Máximo de Resíduos - LMR, apenas 4,7% estavam acima 23,7% referiam-se a resíduos de pesticidas sem registro ou não autorizados para a cultura. Misturados no balcão dos supermercados ou nas feiras livres, fica impossível dizer se resíduos ainda estão nos alimentos ou se entre estes resíduos constam agrotóxicos não permitidos para aquela cultura. 

      A preocupação em relação aos alimentos com detecções irregulares é uma preocupação mundial. Mas mesmo aqueles alimentos considerados dentro do padrão não podem de forma alguma ser chamados de inócuos. Por isso faz-se importante esclarecer dois aspectos: como se chega ao limite máximo aceitável para a ingestão nos seres humanos e em segundo lugar saber porque determinados pesticidas estão proibidos para determinadas culturas. As doses de agrotóxicos usadas hoje na agricultura convencional foram elaboradas a partir da ingestão diária aceitável - IDA. Segundo este padrão, o organismo humano pode ingerir, inalar ou absorver certa quantidade diária, sem que isso tenha consequencia para sua saúde. O IDA deriva de um outro conceito a LD50 ou seja, dose letal 50%, que vem a ser a dose de uma substância química que provoca a morte de 50% de um grupo de animais da mesma espécie, quando administrada pela mesma via.

      Partindo desse princípio os defensores do agrotóxico recorrem à máxima de que veneno é questão de dose, logo a água é essencial para vida, mas em grandes quantidades, nos afogam. Voltando a bela maçã, vermelha e brilhante e os 60 tipos diferentes de agrotóxicos. Normalmente os venenos se potencializam mutuamente, mas o IDA não contempla essa interação. Adriano explicou que, " a mistura de agrotóxicos para aplicação não está preconizada pela lei de agrotóxicos, contudo sabemos que na prática isto acontece e não temos resultados das interações destas misturas".


    Em segundo lugar: por que é preocupante o fato de algumas amostras (23,7%) apresentarem resíduos de agrotóxicos proibidos para determinadas culturas? Estes agrotóxicos estão proibidos ou não registrados para determinadas culturas (embora possam estar permitidos para outras) porque "durante o processo de registro dos agrotóxicos, atendendo a normas específicas (Lei Nº 7802, Decreto 4074/2002) são apresentados os estudos de resíduos de agrotóxicos nas culturas a serem indicadas em bula, contendo, basicamente, dose utilizada, número de aplicações, intervalo de segurança, época e modalidade de aplicação e os resultados obtidos através de cromatografia, que deverão estar de acordo com a monografia do produto. Não ser permitido para a cultura significa que, nunca foi registrado, ou que a cultura foi excluída devido ao impacto na ingesta ou até mesmo devido à modalidade de aplicação do produto, sendo que a aplicação com equipamentos carregados pelo próprio aplicador são as que provocam o maior número de exclusões de culturas durante a reavaliação do produto", informou Adriano.

      Este é um aspecto relevante a ser considerado, pois divide opiniões. A CEAGESP, que há vários anos faz um trabalho de monitoramento, faz a seguinte leitura do problema: "Um dos principais problemas apontados pelo monitoramento é a detecção de grande participação de agrotóxicos sem registro. Este acompanhamento estimulou a criação de um grupo de trabalho... do qual partiu a proposta de mudanças na legislação de registro de agrotóxicos, que hoje tramita no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A CEAGESP é parte ativa do esforço de regularização do registro de agroquímicos (já utilizados e não regulamentados para certas culturas)".

         Já o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) tem opinião bem diferente. Segundo o Instituto, "a ANVISA e o Ministério da Agricultura devem reavaliar a autorização no País de determinados agrotóxicos que estão sendo comercializados e utilizados em culturas para as quais são proibidos e qual a responsabilidade das indústrias de agrotóxicos em relação a esse fato". 

         Se o consumo de alimentos com resíduos de agrotóxicos permitidos ou não, é um risco para os consumidores, para os agricultores o problema é muito mais grave. Quando há comprovação de resíduos nos alimentos, a indústria química se apressa em apontar os agricultores como principais responsáveis. No Rio de Janeiro, a Microbacia do Córrego do São Lourenço, Nova Friburgo, é uma das principais produtoras de legumes do Estado e do País. Um número representativo de casos suspeitos e confirmados de intoxicação por agrotóxicos, inclusive com o registro de alguns óbitos, motivou a Associação de Pequenos Produtores Rurais de São Lourenço e a Cooperativa de Produtores de Nova Friburgo, a procurar o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Fundação Oswaldo Cruz, Laboratório de Toxicologia. Os casos relatados resultaram na construção de um projeto de que revelou dados alarmantes: Os cálculos do indicador quantidade de agrotóxico/ trabalhador/ano revelaram uma relação de 56,5 kg de agrotóxicos por trabalhador/ano, valor 76% maior do que a média do IBGE para todo o Estado de São Paulo (o maior índice do País) e 1.822% maior que a média do Estado do Rio de Janeiro.

      Segundo os agricultores o uso massivo desses venenos iniciou-se há cerca de 30 anos, com a agricultura intensiva, voltada para grande produtividade. O pacote tecnológico vinha pronto e o crédito rural era vinculado ao uso de pesticidas para assegurar que as pragas não acabassem com as lavouras. Soma-se a isso o baixo grau de escolaridade desses produtores o que não permite que estes tenham uma leitura eficiente das instruções de uso e segurança na aplicação e armazenamento destes produtos químicos, que estão dispostas nas embalagens. Vejam este exemplo que consta no estudo de Frederico Peres em sua dissertação de Mestrado(1999):

      "Esta formulação contém um agente emético, portanto não controle vômito em pacientes recém intoxicados por via oral até que pela ação do esvaziamento gástrico do herbicida, o líquido estomacal venha a ser claro." Dos 12 agricultores consultados 7 não conseguiram interpretar que era necessário deixar que a pessoa intoxicada colocasse pra fora o veneno. Para Felipe da Costa Brasil, Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutor em Agronomia/Ciência do Solo e Presidente da AEARJ, o fato dos rótulos serem de difícil compreensão para os agricultores demonstra ausência total de responsabilidade social por parte das indústrias químicas. 

        No cerne da questão dos agrotóxicos está o paradigma de que a praga é um inimigo que precisa ser destruído, eliminado. Na verdade, a praga é um indicador biológico. Se há praga é porque alguma coisa está errada. Holística que é a agricultura biológica leva em consideração aspectos fundamentais com a saúde do solo, fazendo rotação de cultivos, consorciações, promovendo uma boa alimentação da planta, que forte não permite que as pragas se alastrem. 

      Para o Engenheiro agrônomo Jean Dubois, "em primeiro lugar, convém lembrar que agrotóxicos podem matar (diversos casos de morte entre produtores de fumo no RS) ou afetar a saúde de produtores (por exemplo, na bananicultura em monocultivo a pleno sol no Estado de S.Paulo, com freqüentes aplicações de agroquímicos por avionetes) e intoxicação progressiva de consumidores. As alternativas são: agricultura orgânica, agricultura ecológica, permacultura, sistemas agroflorestais (SAFs). Quando esses SAFs reúnem um número bastante elevado de espécies perenes (SAFs adequadamente "biodiversificados"). Hoje, muitos agricultores têm SAFs insuficientemente "biodiversificados" nos quais as pragas encontram boas condições de se multiplicar e, neste caso, o agricultor quando tem dinheiro compra e aplica agrotóxicos. Daí a necessidade quando se trata de SAFs de implantar e manejar SAFs adequadamente biodiversificados."

Fonte:http://www.portalescolar.net/2011/12/controle-da-poluicao-por-agrotoxicos-11.html#ixzz1iu4fIk1p