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11 de janeiro de 2012

UMA HISTÓRIA DE AMOR SINCERO ENTRE ANIMAIS E HUMANOS

JUMA

Hoje resolvi fazer uma postagem especial, nela vou contar a história da Juma, minha gatinha que neste dia 13 de janeiro irá completar 3 anos de vida.

A mãe biológica da Juma era minha gata de estimação, chamava-se Biguta, era bem dócil e comilona, apareceu no pátio da minha antiga casa esfomeada, magra e bem suja; comecei a por comida para ela, que acabou ficando em minha casa, mas com restrições: nada de subir no sofá ou outro móvel, dormir na casinha junto com o Guapo (meu cachorrinho), não subir no colo, nem ficar se esfregando muito, etc.
 Biguta

A Biguta ficou prenha algumas vezes e nasceram lindos gatinhos que sempre doamos a pessoas que realmente cuidassem com carinho.

 Esse aqui é o Frajola, que dei para minha sogra, aqui era filhotão ainda.

Quando construímos nossa casa e nos mudamos, a Biguta foi junto, é claro, logo ela entrou em cio e engravidou. No início de janeiro de 2009 aguardávamos o nascimento dos filhotes, mas isso estava demorando a acontecer. Então no dia 13, percebi que meu cachorro estava muito bravo latindo em direção a sua casinha, fui conferir o que estava acontecendo, e para minha surpresa lá estava a Biguta com seu primeiro filhote (mais parecia uma patinha extra dela de tão pequenino que era). Providenciei uma caixa e coloquei-a e “o” filhote dentro, abrigando-os em um galpão. Mais tarde, descobrimos que mais um filhote havia nascido bem maior que o primeiro.

No outro dia percebemos, que a barriga dela continuava bastante grande, fui ao veterinário que receitou medicamento para expulsão do “que havia ficado dentro” e antibióticos. Ela não estava amamentando os filhotes e por estar bem doente, abandonou-os. Então, eu os levei para dentro de casa, improvisei uma mamadeira e comecei alimentá-los. Fiz algumas tentativas para que ela desse mama para eles, mas foram em vão.

No dia seguinte, a Biguta sumiu, provavelmente fora morrer longe de casa, acreditamos que ela tenha tido uma forte infecção pós-parto.

Cuidei dos filhotes, mas ao quarto dia, o maior deles morreu. Fiquei triste e resolvi pesquisar na internet como alimentá-los e cuidá-los adequadamente.

Descobri uma receita de leite que substituía nutricionalmente o leite materno da gata:
1 copo de leite UHT integral (jamais dar leite de vaca, pois tem muita lactose, dificulta a digestão e não nutre os gatinhos).
1 copo de água fervida
2 colheres de sopa de farinha láctea
1 colher de sopa de mel
1 gema de ovo bem cozida
Misture tudo, bata no liquidificador e coloque numa vasilha de vidro lacrada. Guarde na geladeira e na hora de alimentar o bebê gatinho retire só a quantidade necessária. Esta receita serve para até 3 dias. Depois disso precisa fazer uma nova.

Eu alimentava o gatinho de 2 em 2 horas (inclusive de madrugada), com uma mamadeira adaptada, contendo cerca de 5 ml de leite.

Em cada mamada, passava um algodãozinho (umedecido em água morna) na região urogenital para estimular ele a urinar, visto que a mãe gata faz isso lambendo-o. Duas vezes ao dia, introduzia uma pequena lasquinha de supositório infantil no seu ânus para estimulá-lo a defecar e massageava com um algodãozinho úmido.





Para mantê-lo aquecido, eu colocava 2 garrafas Pet com água quente dentro da caixa de papelão e cobria com panos até ficar uma temperatura em torno de 38ºC.
        
         Observando bem o filhote, descobri meio que instintivamente que era uma fêmea.
        
        Quando completou uma semana, eu enxertei ela em uma gata que estava com filhotes da mesma idade, porém estes tinham o dobro ou mais de tamanho. A gata foi levada ao Centro de Controle de Zoonoses do meu município (popular canil municipal), fiquei com dó em fazer isso, mas acreditava que a gatinha teria mais chances de sobreviver se fosse cuidada por uma gata. A gata mãe aceitou-a bem, lambeu bastante como se fosse sua.

 Mamãe gata postiça


         No dia seguinte, resolvi ir levar uma doação ao CCZ e verificar a feliz família de gatinho que eu deixei lá. Mas para minha surpresa, quando cheguei lá, vi uma cena triste de mais. A gata havia sido solta para fazer necessidades e não havia retornado à gaiola, os 6 gatinhos irmãos estavam todos emboladinhos num canto da gaiola e a minha estava em outro canto rejeitada e tremendo de frio. Na hora, fiquei sem reação e voltei para casa, onde chorei muito, então resolvi voltar lá e buscar minha pequena.

         Ela chegou em casa, muito magra, gelada de frio, judiada e urinando sangue, acho que a gata acabou assustada e rejeitou-a. Neste dia, escolhi o nome para ela: JUMA , pois na época estava em reprise a novela Pantanal a qual eu gostava muito e a personagem principal, interpretada pela Cristiana de Oliveira, chamava-se Juma e era uma mulher bem guerreira, na trama ela havia sido colocada recém-nascida numa canoa e abandonada em um rio pela mãe, que arrependida resgatou-a. Havia semelhança nos fatos, não é?

         A coloração do pelo dela é exatamente a que sempre achei feia, assim meio cinzenta tigrada, o popular mourisco, mas o correto é agouti.

      Durante um mês e alguns dias realizei todos os procedimentos descritos anteriormente, só aumentando semanalmente a quantidade de leite por mamada e o intervalo entre elas.

        Enfim, ela cresceu, se desenvolveu, tornou-se o meu xodó, minha paixão, minha filha de estimação.

 Aqui ela tá com a tia Dadah

Juma se alimentando sozinha, sem minha ajuda pela 1ª vez.

 Com um mês de idade ela foi acampar comigo e minha família, não confiei em ninguém para deixar cuidando dela.
Explorando a natureza...
 Brincando com a tia Dadah
 Querendo comer um dedo...




 Folias com a Daiane


 Sapeca da mãe!!!!
 Meu bem-bem!




 Dentro da bolsa da tia Dadah
Sendo "judiada" pelo Luciano (meu marido)

         Aos 15 meses de idade, levei-a ao veterinário para castrá-la, porém o procedimento não foi realizado, pois ela resistiu a anestesia. O veterinário fez a dose indicada para o peso e mais um pouco, seguiu todos os passos, mas quando foi fazer a incisão ela acordou. Acabei desistindo da castração, ela toma quinzenalmente pílulas anticoncepcionais para gatas e nunca teve filhotes.

        Eu cresci sem poder acariciar nenhum gatinho, pois era muito alérgica, por isso tantas restrições á Biguta. Mas, com a Juma eu acho que desenvolvi resistência, ela vive no meu colo, no sofá, na cama e nunca tive alergia dela.

      Eu e a Juma temos uma ligação muito forte, mostrando que o amor fraternal entre humanos e animais é sim possível e real.

        Nos entendemos pelo olhar. Eu conheço cada tipo de miado dela e sei o que ela está querendo dizer ou pedir: ração, leite, sair pra fora de casa, colo, carinho, anticoncepcional, ir dormir junto comigo. Até quando ela vai entrar em cio, sobe no colo e começa a miar e olhar bem na minha cara, contando que tem algo diferente acontecendo, então eu dou o remedinho dela e tudo passa.

         Ela também me conhece na alegria, na tristeza, na dor, certa vez, eu estava deitada com muita dor de estômago, a Juma veio deitar comigo, me cheirou, ronronou e deitou bem rente a minha barriga que ficou aquecida e passou a dor.

Tem unhas bem afiadas e uma mordida fabulosa, mas é só os “estranhos” não mexerem na barriga ou cauda dela que não há problemas.










 Com cara de má!!!


 No colinho da mamãe!!!


 Mimindo...



       Juma adora brincar de esconde-esconde e pega-pega comigo, parecemos duas crianças correndo pelas peças da casa. Ela também adora um ventilador nos dias de calor. Gosta de caçar meus rabicós perdidos pela casa e começa a miar até me achar e ofertar a sua “caça”, gosta de vir digitar comigo quando estou no computador. Esta sempre no lugar da casa onde eu estou, muito carinhosa comigo é minha grande companheira.

         Juma eu amo você minha pelúcia, paixão da minha vida!!!!


Apelidos carinhosos: Jumisca, Juba, Buba, Bubisca, Bubalina, Maria Pelúcia, Maria Pretinha, Cheiro de Cu, Paixão, Bebê, Doce... Ela atende a todos.