21 de janeiro de 2011

CARTA DO CACIQUE SEATTLE

      No ano de 1854, o Presidente dos Estados Unidos, "Grande Chefe Branco", em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma "reserva" para os índios.
       A resposta do Chefe Seattle, escrita em forma de uma carta, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio ambiente:
 

“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.
Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa
nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo,
é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo a memória
e a experiência do meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo as memórias
do homem vermelho.
Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quando
vão caminhar entre as estrelas.
Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra,
pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da Terra e ela é parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo,
a grande águia, estes são nossos irmãos.
Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei,
e o homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que
quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós.
O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugar
onde poderemos viver confortavelmente.
Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos.
Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra.
Mas não vai ser fácil.
Pois esta terra é sagrada para nós.
A água brilhante que se move nos riachos e rios não é
simplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais.
Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é o sangue sagrado de nossos ancestrais.
Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagrada
e que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisas
da vida de meu povo.
O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios nossos irmãos saciam nossa sede.
Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças.
Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se de
ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês,
e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmo
carinho que têm para com seus irmãos.
Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras.
Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranho
que chega à noite e tira da terra tudo o que precisa.
A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence,
segue em frente.
Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa.
Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.

O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhos
são esquecidos.
Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, como
coisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes.
Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto.
Não sei.
Nossas maneiras são diferentes das suas.
A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho.
Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.
Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco.
Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ou
o ruído das asas de um inseto.
Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo.
A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos.
E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitário
de um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa.
Sou um homem vermelho e não entendo.

O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, e
o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ou
perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas
compartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem,
todos compartilham o mesmo hálito.
O homem branco parece não perceber o ar que respira.
Como um moribundo há dias esperando a morte,
ele é insensível ao mau cheiro.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o ar
é precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritos
com toda a vida que ele sustenta.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada,
como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o vento
que é adoçado pelas flores da campina.
Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra.
Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem branco
deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não entendo de outra forma.
Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelo
homem branco que os matou da janela de um trem que passava.

Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fuma
pode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamos
para ficarmos vivos.

O que é o homem sem os animais?
Se todos os animais acabassem, o homem morreria
de uma grande solidão do espírito.
Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem.
Todas as coisas estão ligadas.

Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pés
é as cinzas de nossos avós.
Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terra
é rica com as vidas de nossos parentes.
Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos,
que a Terra é nossa mãe.
Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra.
Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.
Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –
o homem pertence à Terra.
Isto nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.
Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de
amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.

Podemos ser irmãos, afinal de contas.
Veremos.
De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia
descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus.
Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam
possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo.
Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com
o homem vermelho quanto para com o branco.
A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo
por seu criador.
Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.
Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade,
queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum
propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra
e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os
búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos
secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista
das montanhas maduras manchadas por fios que falam.

Onde está o bosque?
Acabou.
Onde está a águia?
Acabou.
O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”

18 de janeiro de 2011

COCA-COLA e MENTOS

     Você já deve ter ouvido falar que tomar coca-cola diet ou light e ingerir uma bala Mentos pode levar à morte. Existem alguns sites na internet falando sobre isso e até mesmo histórias sobre crianças que morreram devido a essa "mistura mortal".
       Nada a ver!!!!!!!!!!!!!!!!!! Isso é pura invenção e sensacionalismo! Nem tudo que circula na net é verdade.


       O consumo de Coca-Cola ou Coca-Cola Light associado a balas não traz qualquer dano à saúde. Líquidos como refrigerantes, cervejas e águas minerais gasosas em contato com sólidos como areia, sal, açúcar ou gelo liberam o gás da bebida mais rapidamente.
      
       No caso dos vídeos que circulam na internet que mostram pessoas jogando balas da marca Mentos em garrafas de Coca-Cola ou Coca-Cola Light, a entrada da bala no meio líquido faz com que o gás se concentre ao redor dela. Esta concentração leva à expansão do gás, que sai pelo gargalo da garrafa rapidamente e em maior quantidade.
      
       Com relação ao ser humano, ao ingerir uma bebida gasosa, esta entra em contato com a comida e o máximo que pode ocorrer é uma pequena expansão do gás dentro da boca, que se dissipa rapidamente, até mesmo através de um "bom arroto".

       Na verdade, o que acontece é:

       As balas de Mentos provocam uma pequena revolução na garrafa: em contato com o refri, as balas aumentam a quantidade de gás e provocam o surgimento de bolhas grandes, que tendem a escapar na forma de um jato explosivo.

       O equilíbrio entre o gás e o líquido nos refrigerantes é facilmente quebrável. Se você pegar um pedaço de gelo e jogar na Coca, também vão se formar bolhas em torno dele. Qualquer coisa que quebre a homogeneidade do sistema gás-líquido provoca uma saída de gás.  

       Mas por que só com o Mentos a coisa bomba pra valer?

       Mais densa que o refri, a bala vai direto para o fundo da garrafa quando jogada lá dentro. Além disso, o Mentos tem ácido cítrico - o mesmo do limão -, que tende a aumentar a formação de gás carbônico. Outro fator é a superfície irregular da bala - vista pelo microscópio, ela apresenta buracos minúsculos. E, quanto mais irregular uma superfície, maior a tendência de provocar bolhas. E a Coca Light, apesar de ter se consagrado na internet como o refri ideal para essa bomba nojenta, não é a única bebida que provoca o jato,  com guaraná e soda também dá certo. Na teoria, isso pode acontecer com qualquer refrigerante, especialmente nos diet e light. Por ser mais denso por causa do açúcar, o refrigerante normal retém a expansão do gás carbônico. No refri diet, que não leva açúcar na fórmula, as bolhas têm mais liberdade para se movimentar.

AGORA, FAÇA ESSA EXPERIÊNCIA:

Geiser-cola

INGREDIENTES:
1 Coca-Cola Light -  2 litros
1 Pacote de bala Mentos
1 Tubo de cola branca

PROCEDIMENTOS:

1. Para conseguir uma explosão considerável, você vai precisar de mais de uma bala. A sugestão é grudar, com cola branca, sete confeitos de Mentos em sequência. Espere cerca de uma hora até a cola secar.

2. Só abra a garrafa na hora da experiência - senão o gás do refri escapa e a explosão perde a força. Com a tampa aberta, jogue as sete balas juntas e saia de perto! Por que sete balas? Por que dá uma explosão bacana. Quanto mais balas, maior a sujeira...

3. O gás que forma as bolhinhas do refrigerante é o gás carbônico, colocado dentro da garrafa a uma pressão de 5 atmosferas, cinco vezes a pressão normal da atmosfera. Por causa disso, qualquer alteração no refri pode fazer com que o gás fique mais agitado e tenda a escapar.

4. Quando a  "rajada de Mentos" é jogada no refrigerante, duas coisas acontecem simultaneamente. A primeira é que o ácido cítrico da bala é dissolvido pela água. Isso desencadeia uma série de reações físicas que culminam com a geração de mais bolhas de gás carbônico

5. A segunda coisa que acontece é que, como o Mentos é sólido e pesado, as balas vão direto para o fundo da garrafa. Nesse movimento, os microporos da superfície da bala tendem a agir como pontos de atração de bolhas, formando bolhas cada vez maiores junto da bala.

6. Essas bolhas grandes de gás carbônico se formam no fundo da garrafa - mas, como são leves, tendem a subir. Conforme sobem violentamente, elas arrastam parte do líquido para cima e vão formando um número maior de pequenas bolhas, ganhando volume.

7. Para sair da garrafa, esse turbilhão de bolhas e líquido enfrenta um último desafio: o gargalo da garrafa. Submetida a esse "estreitamento de pista", a mistura sai a uma pressão elevada, gerando um jato de refri que pode alcançar quase 2 metros de altura!

ATENÇÃO!

Este EXPERIMENTO  faz muita sujeira! É importante também se afastar da garrafa após jogar as balas!

LAGARTA-DO-COQUEIRO

      Brassolis sophorae e B. astyra, são borboletas, têm hábito crepuscular e durante o dia escondem-se nas próprias plantas hospedeiras ou em outras plantas. Vivem em toda extensão da América do Sul, possivelmente porque a região é mais rica em palmeiras.
       Os ovos são colocados em grupo, em número que pode ultrapassar a 200, na face inferior dos folíolos, e às vezes, sobre os frutos e no estipe; o período de incubação dos ovos varia de 20-25 dias. As lagartas apresentam comportamento gregário e têm hábito noturno, abrigando-se em casulo (um ou mais) que tecem unindo os folíolos com fios de seda; ciclo larval em torno de 150 dias. Terminada a fase de lagarta (em torno de 150 dias) abandonam a planta hospedeira, ocasião em que é comum encontrá-las em grande número pelas calçadas e gramados em busca de um local como paredes, muros e mesmo árvores onde se fixam e crisalidam. A fase de crisálida pode variar de 15 a 20 dias, findo os quais eclodem os adultos.
                     Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br



      

      Essas lagartas são inofensivas, não possuem pelos urticantes, portanto não causam queimaduras ou "cobreiros" como dizem na crendice popular.

       Um imenso número de pessoas as consideram pragas, pois durante a fase em que estão na forma de lagartas, se alimentam das folhas de coqueiros e palmeiras. Entretanto, devemos lembrar sempre que na natureza, todos os seres vivos precisam alimentar-se e nesse processo outro ser vivo será consumido.

       Nós, seres humanos somos os organismos que fazem o "maior estrago" na natureza, em função de nossa alimentação: criamos gado bovino, suíno, ovino, entre outros, que aumentam os níveis de carbono e contribuem para o aquecimento global, além de acabarmos predando nossas criações; desmatamos e queimamos extensas áreas de mata nativa para utilizarmos como lavoura, a fim de plantar nosso alimento; nas lavouras utilizamos os mais diversos tipos de inseticidas e outros agrotóxicos, que certamente destruíram inúmeras espécies e poluíram o solo e as fontes de água. Nem continuarei citando, por que é uma infinidade de ações que prejudicam o meio ambiente... desvio de cursos d´água, irrigação, poluição das indústrias alimentícias... Tudo isso só na alimentação! Imagine no resto de nossas necessidades básicas...

       Certamente, o forrageio destas lagartas, não traz danos tão grandes quanto os nossos ao meio ambiente. Por que elas teríam menos direito a alimentar-se? Algumas folhas devoradas e galhos caídos não se comparam a poluição, desmatamento, queimadas, tráfico e morte de animais...

       E ainda, essas belas borboletas são polinizadoras, ou seja, garantem que as plantas produzam frutos e consequentemente através das sementes, novas espécies vegetais venham a existir. Sem o papel polinizador de borboletas, abelhas, morcegos, etc, não teríamos frutos (que gostamos tanto de comer) e nem novas plantas.

       Lagartas são bebês-borboleta! Pensem dessa maneira e reflitam um pouco: Se Deus, em sua sabedoria criou todos e cada ser, certamente foi com um propósito! E quem somos nós para questionarmos ou eliminarmos essas criaturas?

      

SOMOS APENAS UM FIO PARTICULAR NA TEIA DA VIDA

        "Reconectar-se com a teia da vida significa construir, nutrir e educar comunidades sustentáveis, nas quais podemos satisfazer nossas aspirações e nossas necessidades sem diminuir as chances das gerações futuras. Para realizar esta tarefa precisamos compreender estudos de ecossistemas, compreender os princípios básicos da ecologia, ser ecologicamente alfabetizado ou "eco-alfabetizado"(Capra, 1999).

11 de janeiro de 2011

LOBO-GUARÁ (Chrysocyon brachyurus)


Classe:  Mammalia

Ordem: Carnivora

Família: Canidae

Nome científicoCrysocyon brachyurus

Nome vulgar: Guará ou lobo-guará

Nome em inglês: Maned wolf

Distribuição mundial: Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia.

Distribuição no Brasil: do Rio Grande do Sul até o sul do Pará e Maranhão, incluindo os estados das regiões centro-oeste, sudeste e nordeste.

Categoria de ameaça:  vulnerável
       O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo nativo da América do Sul. É um primo distante dos cães do pólo-norte e parente próximo da raposa-do-campo e do cachorro-do-mato. É muito tímido e solitário, mas não é feroz como muitos pensam. O lobo-guará só ataca quando está com medo.

       Inconfundível, possui patas tão compridas que chegam a atingir 1 metro, estando assim adaptado para a locomoção entre as altas gramíneas do cerrado. A cabeça também é alongada e as orelhas são grandes, eretas e com o pavilhão aberto para diante. Sua cor geral é parda avermelhada, mais clara na região ventral e mais escurecida na dorsal. As patas são inteiramente negras. Cabeça pequena, orelhas grandes, focinho afilado. Alimentam-se de pequenos roedores, aves, répteis, peixes, insetos, moluscos e frutas silvestres, como a lobeira, um fruto parecido com o tomate.

       Ao contrário dos outros lobos, seus hábitos são solitários, formando casais apenas na época de reprodução. Uma vez ao ano a fêmea concebe de 2 a 4 filhotes. Os lobinhos são pardoscom a ponta da cauda branca. Eles recebem cuidados tanto da mãe quanto do pai.



Longevidade: 13 anos

Tamanho: 95 a 115 cm (corpo) e 38 a 50 cm (cauda)

Peso: 20 a 30 kg

      
       AMEAÇAS: A principal ameaça ao lobo-guará provém da redução e destruição do seu habitat, principalmente pela conversão de terras para agricultura e pecuária extensiva, que altera o equilíbrio e a diversidade biológica do ecossistema. Assim, acaba buscando alimento nos ambientes domiciliares, predando animais domésticos, o que, em decorrência, acaba gerando o seu abate ilegal por tiro pelos granjeiros e fazendeiros. Outras ameaças são a suscetibilidade à doenças de cães domésticos e atropelamentos em estradas.

       CURIOSIDADE: Há uma relação de troca interessante entre o lobo-guará e a lobeira: este fruto muito consumido por esta espécie, ajuda a equilibrar a excessiva quantidade de proteína da sua dieta, prevenindo algumas doenças. Por outro lado, as sementes eliminadas em suas fezes garantes a repovoação da espécie vegetal.

       COMO AJUDAR: Colabore com a Pró-Carnívoros, que mantém um projeto de biologia e conservação do lobo-guará na Estação Ecológica de Águas Emendadas (DF), e em outras áreas onde também se encontra essa espécie. A instituição mantém o site atualizado com informações sobre as próprias atividades e sugere diversos caminhos para quem deseja colaborar.
                                   Acesse: http://www.procarnivoros.org.br/

Fontes:
Livro -  100 Animais Ameaçados de Extinção no Brasil e o que você pode fazer para evitar. Sávio Freire Bruno






      
     


10 de janeiro de 2011

LOBO-GUARÁ ATROPELADO FAZ TRATAMENTO COM CÉLULAS-TRONCO

       Em um zoológico de Brasília, uma fêmea de lobo-guará conseguiu sobreviver a um atropelamento e voltar para a natureza graças a um tratamento com células-tronco, novidade que pode ajudar na preservação de animais selvagens.
        A fêmea  chegou ao zoológico de Brasília em estado de pré-coma após ser atropelada por um caminhão. Para tratar os ferimentos e a pata quebrada, a equipe de veterinários optou por um tratamento inédito, usando células-tronco.
       De acordo com o veterinário Rafael Borino, ao fazer uso de células-tronco, a cicratização óssea ocorre mais rapidamente e diminui-se o risco de fraturar.
       No mesmo dia da operação, a loba conseguiu ficar em pé. Uma semana depois, não precisava mais tomar remédios e não sentia dor. Nessa fase, a loba deu um susto nos veterinários, pois no dia 22 de setembro, o tratador chegou de manhã e descobriu que o animal, com 8 dias de operação, conseguiu ter força para fugir do local.
       Ela foi encontrada a dois quilômetros do zoológico e levada de volta para continuar o tratamento. Um mês depois da cirurgia, o raio-x já mostrava a recuperação no osso da loba. "É o primeiro registro no Planeja Terra de um caso com animal silvestre, neste caso com lobo-guará", diz o diretor do zoológico de Brasília, Raul Gonzalez.
       Ao todo, foram quatro meses de tratamento. Sem as células-tronco, seria o dobro do tempo. Após se recuperar, a loba foi solta no Cerrado, sua moradia original, e voltou para casa.

Fonte:http://g1.globo.com