3 de maio de 2013
30 de abril de 2013
UM ANIMAL FASCINANTE E EU...
Essa belezura estava viva e muito dócil, como defesa ela só achatou-se dorso-ventralmente e errolava a ponta da cauda.
Visualmente, eu identifiquei como Micrurus altirostris (coral-verdadeira), mas ao verificar a dentição não visualizei a dentição proteróglifa (presas na frente). E fiquei em dúvida, mas ainda acho ser uma coral-verdadeira. A dúvida me deixou frustrada de certa forma, sempre pensei que a identificação pelas presas seria muito fácil.
Se alguém puder opinar, aceito bem!!!!
Corrigindo...
É sim uma coral-verdadeira, após pesquisas e consulta com um especialista em Animais peçonhentos, cheguei a está conclusão. Descobri que a dentição proteróglifa das corais-verdadeiras é bastante sutil...
Micrurus altirostris (Cope, 1860)
Coral-verdadeira
Fonte: As informações abaixo apresentadas seguem basicamente a compilação apresentada em Borges-Martins et al. (2007).
Espécie peçonhenta de porte mediano, com corpo bastante delgado e cauda curta que atinge até 1300 mm de comprimento total. Ocorre no sul do Brasil, nordeste da Argentina e Uruguai (Campbell & Lamar, 2004). Possui hábito fossorial, habitando áreas abertas e áreas de mata (Campbell & Lamar, 2004), e atividade diurna. Alimenta-se de cobras-cegas (Amphisbaena spp.), serpentes e lagartos (Amaral, 1978; Cechin, 1999; Achaval & Olmos, 2003). É ovípara, havendo registros de desovas constituídas por um a sete ovos (Vaz-Ferreira et al., 1970). O comportamento defensivo da espécie consiste em erguer e enrolar a cauda, escondendo a cabeça sob o corpo. Os acidentes com esta espécie são muito raros, uma vez que geralmente não é agressiva, contudo pode morder quando molestada. No Rio Grande do Sul, apenas 0,1% dos acidentes ofídicos são causados por corais verdadeiras. Apresenta secreção extremamente tóxica, de ação neurotóxica, que pode causar acidentes muito graves e potencialmente letais se não tratados com soro antiofídico. A coloração dorsal e ventral avermelhada com anéis pretos e amarelos, torna a espécie de fácil reconhecimento. É interessante notar que, apesar de distribuída por quase todo Rio Grande do Sul, aparentemente não ocorre no litoral norte, ao sul de Tramandaí, na península de Mostardas e possivelmente também no litoral sul do Estado (ver mapa em Silva Jr. & Sites Jr., 1999). A ocorrência no litoral marinho parece estar restrita ao extremo norte do litoral, com registros conhecidos para Arroio do Sal e Torres.
Fonte: http://www.ufrgs.br/herpetologia/R%C3%A9pteis/Micrurus%20altirostris.htm
20 de abril de 2013
MELANOPHRYNISCUS ADMIRABILIS LUTANDO EM PROL DE SUA PRESERVAÇÃO E CONTRA A IGNORÂNCIA DE MUITOS
Nos últimos dias, temos acompanhado uma série de discussões sobre o 'atraso nas obras de uma hidrelétrica' por conta de um 'sapinho que cabe na palma da mão' e infelizmente a abordagem dada sempre coloca o pequeno anfíbio como vilão, quando na verdade seria justamente o contrário, a obra ameaçando o animal!
Uma das reportagens mais comentadas foi a veiculada pelo site "Zero hora" (veja a reportagem aqui: http://tinyurl.com/bwtlcdp), que também comentou sobre outro sapo que emperrou outra obra e sobre o comentário do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a questão (veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Qzu-qrBQkPs).
Por conta disso, gostaríamos de divulgar essa Carta Eletrônica enviada ao "Zero hora".
Vale a pena parar para ler!
"Carta eletrônica enviada a Zero Hora.
Caros editores e redatores da ZH,
É vergonhosa a postura da ZH perante o polêmico caso do licenciamento ambiental da PCH Perau de Janeiro e seu envolvimento com a espécie endêmica e ameaçada de sapo, Melanoprhyniscus admirabilis.
O texto foi construído de forma extremamente parcial, onde a posição técnico-científica, que possui amparo legal na constituição e na legislação ambiental brasileira, é reduzida a mera ideologia. Saibam que a conservação de uma espécie biológica é obrigatoriedade constitucional, sustentada por critérios científicos e éticos mundialmente reconhecidos. O Brasil peca por não reconhecer o valor de sua biodiversidade, a qual poderia estar aliada ao desenvolvimento e não impedindo-o, como frisa o texto de vocês. Os países desenvolvidos sabem muito bem desse ponto e a biopirataria ocorre desde sempre em nossas terras, com patentes de produtos de alto valor mundial (vide Captopril e o caso da Petunia exserta) sendo extraídos de nosso território. A biodiversidade é a grande riqueza nacional ainda não reconhecida.
Nosso modelo de desenvolvimento segue sendo o modelo colonial, onde somos o grande exportador de commodities (soja, minério de ferro, alumínio, celulose, etc), produtos sem grande valor agregado. Nessa lógica entram as obras do PAC, principalmente aquelas que constituem o setor energético. As empresas do setor eletrointensivo são as grandes consumidoras de energia elétrica em território nacional. As obras não estão a favor da população em geral. Os casos emblemáticos de Belo Monte e Pai Querê representam de forma quase caricatural essa situação.
Uma matéria que não menciona sequer um aspecto desse panorama maior e usa frases de tendência clara e alinhada com o empreendedor como "Animal raro emperra construção de usina no Vale do Taquari", "Um animal que cabe na palma da mão de uma criança ameaça a construção de uma hidrelétrica em Arvorezinha, no Vale do Taquari." e "Atrasada, a obra pode não avançar por colocar em risco de extinção do sapo que só existiria no Rio Grande do Sul." mostra claramente seu descompromisso com a verdade.
Pergunto-lhes:
- O animal emperra a construção de uma usina? Qual é o processo já estabelecido e qual é o interferente? A espécie existe há milhões de anos. A hidrelétrica é a novidade que deveria estar sendo contestada e repensada. Não só pelos problemas ambientais, mas sua proposta deveria ser alvo de um pensamento crítico mais criterioso. Para quem vai essa energia? Para quem serve esse investimento? Sabiam que a produção energética da usina (1,8 MW) é inferior a um ÚNICO aerogerador moderno (2 MW)?
- O tamanho do animal é proporcional à sua relevância ecológica? Essa é a ideia que o texto parece passar...
- A obra não está atrasada. A realidade é que a lei concebe a possibilidade de a obra NÃO SE CONCLUIR. Sim, isso é possível, de acordo com as leis de Licenciamento Ambiental.
Encerro reafirmando o imenso descontentamento do setor acadêmico e científico com a equipe de reportagem da ZH no tratamento dado a esse caso. Fica evidente a posição vergonhosa do veículo. A Zero Hora, mais uma vez, presta um desserviço à população, fornecendo conteúdo claramente tendencioso. Qualquer um com um mínimo conhecimento de psicologia de massas e retórica sabe reconhecer o mecanismo de uma estratégia de manipulação e devo afirmar que, nesse quesito, os senhores fizeram um bom trabalho."
Texto de Paulo Barradas
18 de abril de 2013
DIA DA TERRA - 22 DE ABRIL
O Dia da Terra foi
criado pelo senador americano Gaylord
Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tem por finalidade criar uma
consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações
ambientais para proteger a Terra.
História:
A primeira manifestação teve
lugar em 22 de abril de 1970.
Foi iniciada pelo senador Gaylord
Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta
manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e
secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o
governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental
(Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do
meio ambiente.
Em 1972 se
celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de
Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre
a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas
necessárias para erradicar-los.
O Dia da Terra é uma festa que
pertence ao povo e não está regulara por somente uma entidade ou organismo,
tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas
ou ideológicas.
O Dia da Terra refere-se à
tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à
educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e
responsáveis.
No Dia da Terra todos estamos
convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta,
tanto a nível global como regional e local.
"A Terra é nossa casa e a
casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um
universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com
uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes
ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do
nosso ser..."
Surgiu como um movimento
universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento
educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para
avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e
solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies
animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este
dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos
das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais
manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a
proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de
habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies
ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.
Este dia não é reconhecido
pela ONU.
9 de abril de 2013
Assinar:
Postagens (Atom)