Foi em um tempo muito distante. Nesta
época, o desenvolvimento tecnológico, social e cultural eram tão altos, que a
fome não existia. A Humanidade folgava em muito conforto, espaços sempre verdes
e confortáveis, mas isto fez com que a população crescesse tanto que quase
todas as florestas e superfícies do mar eram residências ou escolas. As partes
mais atraentes, como o Cristo Redentor ficaram intactas permitindo que o Homem
contemplasse toda a vegetação e paisagem natural. A agricultura era tão bem
desenvolvida que apenas produzíamos os alimentos em prédios, não eram mais
necessários campos ou lavouras já que estas ocupariam muito espaço e seriam demasiadamente
caros. Os bois e cavalos eram criados para o conforto humano em prédios com ar condicionado
e alimentação adequada. Também conseguíamos controlar a qualidade do ar, dos
rios e dos mares. Apesar da grande devastação causada, a tecnologia para tratar
era tão avançada que poderíamos poluir e despoluir sempre à vontade. A água não
faltava, a vida era sempre farta.
Furacões e terremotos eram controlados
facilmente. As discussões políticas falavam em um limite de seres humanos no
planeta e em mantê-los aproximadamente constante, não porque o mundo iria acabar
ou faltassem alimentos, mas porque as pessoas estavam cansadas de ter que morar
cada vez em prédios mais altos.
Em uma época muito confortável para todos,
onde o crescimento humano estava estabilizado, todos se surpreendem com
terríveis destruições causadas pelas plantas. Com uma força tão propulsaste, as
plantas crescem desde dentro de casas até nos mais estranhos locais, como redes
elétricas, estradas e navios. Seu crescimento se torna tão rápido e intenso
destruindo tudo que não conseguíamos impedir, nem com tanta tecnologia, que as
plantas, desde os mais simples musgos, passando por algas e todo tipo de planta
com flor destruíssem os espaços abertos para os seres humanos comerem,
estudarem, se divertirem. Até mesmo os prédios que abrigavam as plantações para
o abastecimento de todos os alimentos começaram a não mais produzir como antes,
e como se fosse uma mágica ou bruxaria, os prédios de plantações eram tomados
por plantas invasoras fazendo com que os humanos começassem a morrer de fome.
Não era mais possível nem produzir um pé de feijão porque ele misteriosamente
era morto por outras plantas invasoras que cresciam rapidamente e sufocava o
feijãozinho até a morte.
Os humanos não paravam de pesquisar a
provável causa deste crescimento desordenado até que descobrem que um organismo
extraterrestre vivia de clorofila e precisava de todos os espaços para si. As
forças humanas conseguem lutar contra ele e garantir a volta do conforto e
segurança, mantendo cafeterias, shoppings, escolas e outras formas de lazer
como a caça, pesca, estradas livres para os carros além de casas grandes e
suntuosas. Os prédios de alimentos voltaram a ter suas respectivas safras, com
todos os controles possíveis para pragas e terremotos. Desta época em diante, a
humanidade se voltou para apenas um tema, uma paixão, um hobby. Todos os
famosos e todas as músicas famosas falavam do espaço. Todos pagavam fortunas
para viajar para o espaço em busca de outros seres vivos.
Fradman Sampaio Bertucci
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